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Games

Sony anuncia PlayStation Showcase para o dia 24 de maio

A Sony transmitirá seu próximo PlayStation Showcase na próxima quarta-feira, 24 de maio.

Os espectadores podem assistir nos canais do YouTubeda Twitch a partir das 15h, horário de Brasília.

O show durará cerca de uma hora e se concentrará nos jogos PlayStation 5 e PS VR2 da PlayStation Studios, parceiros terceirizados e criadores independentes de todo o mundo.

Isso significa que a Sony está à frente em calendário da Microsoft e do Summer Games Fest .

O Xbox Games Showcase da Microsoft acontecerá no domingo, 11 de junho, e o Summer Game Fest, que começa na quinta-feira, 8 de junho.

O que você espera ver no showcase da Sony?

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Quadrinhos

Como Assim, Dona Marvel Comics?

Atenção, o texto a seguir possui spoilers de Amazing Spider-Man #26

Inexplicavelmente a Marvel Comics resolveu matar a Ms. Marvel, a adorada Kamala Khan. O fato irá acontecer em Amazing Spider-Man 26, que será publicada no final desse mês nos EUA. A informação é do site EW.

Kamala Khan tornou-se parte importante na atual HQ do Homem-Aranha, que tem roteiro de Zeb Wells e arte de John Romita Jr. Ela estava estagiando na Oscorp para ficar de olho no, supostamente regenerado Norman Osborn. E em 12 de julho, a Marvel vai lançar o especial Fallen Friend: The Death of Ms. Marvel.

Na edição especial, será apresentado outros heróis do Universo Marvel se reunindo para lembrar da jovem heroína. A edição terá três roteiristas: G. Willow Wilson (uma das criadoras da personagem), Salasin Ahmed e Mark Waid.

 

Decisão estranha da editora visto que a personagem é uma das mais queridas e populares da nova leva de heróis da editora. Além de ser uma forte representação feminina e religiosa. E sem contar que a personagem finalmente teve sua série própria e estrelará o filme The Marvels.

Mas como todos nós sabemos, que tirando o Tio Ben, ninguém fica morto para valer na Marvel Comics, não seria surpresa um retorno da personagem no futuro.

Assim esperamos Dona Marvel Comics.

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Gameplay Games

Review | Star Wars Jedi: Survivor, de qual lado você está?

Já imagino um dos motivos de você se interessar em ler esta análise e a resposta é: Sim! Sinta-se à vontade, pode ir comprar o seu jogo na sua plataforma preferida. Star Wars Jedi: Survivor é um jogo excepcional. 

Star Wars Jedi: Survivor se passa cerca de cinco anos após os eventos de Fallen Order, durante o período de controle do Império Galático, pós Ep. III – A Vingança dos Sith, conectando sua história com todo o universo que conhecemos. A busca de Cal o leva a novos cantos da galáxia, mas a jornada mais atraente que ele faz é introspectiva. 

Star Wars Jedi: Survivor baseia-se na fórmula já vencedora de Star Wars Jedi: Fallen Order , tornando Cal Kestis um Cavaleiro Jedi mais poderoso do que na sua última aparição, infelizmente o mesmo não ocorre com os desafios que enfrentamos durante a gameplay.

Em comparação a Fallen Order, Survivor é bem mais fácil, os inimigos não escalam acompanhando a sua evolução de poder. Fallen Order tinha um pouco de soulslike em seu gameplay, já em Survivor não sentimos isso, pelo que vivenciei aqui temos uma maior exploração de recursos para a jogabilidade do que na jogabilidade em si.

Para acompanhar essa ideia de que Cal Kestis está mais velho, mais habilidoso, e para esse novo mecanismo de gameplay relacionada aos recursos, temos uma árvore de talentos, ainda prematura, mas bem-vinda. A adição de duas novas posições de sabre de luz. 

Uma com estilo de luta à distância, e outra com golpes lentos, mas fortes. Ambos têm suas vantagens e desvantagens, mas não é algo que te fará refletir, basicamente uma funciona melhor durante a gameplay, e o game design sabe disso, é tanto que para “dificultar” um pouco as coisas, eles te limitam o uso de cada guarda, para que você utilize mais de uma durante sua gameplay.

Embora isso tenha me causado um pouco de frustração e sufoco, entendi com o passar do gameplay que essa limitação me forçou a me adaptar, e passar pelos mesmos sentimentos que Cal Kestis estava passando. Se foi algo proposital, não tenho como afirmar. Além de que, somos Jedi, então temos um leque de habilidades com a Força para nos ajudar.

Star Wars Jedi: Survivor é sem dúvida superior a Fallen Order, vemos o orçamento maior sendo usado. Tanto na história, nas localidades, quanto na jogabilidade, desafios de plataforma, quebra-cabeças, etc. Os combates são pontos altos, combinações de habilidades Jedi e encontros cinematográficos tensos, fazem uma ponte perfeita para a entrada da trilha sonora, que cresce desde o início da gameplay.

Survivor conta com um sistema de dicas, que respeita sua inteligência, aparecendo em momentos que o jogo entende que você está com dificuldade. E mesmo assim, como Fallen Order, o jogo perguntará se você gostaria de uma dica.

O jogo também reserva tempo para momentos de silêncio e contemplação. Principalmente quando estamos em Koboh, sem dar spoiler, Cal pode visitar NPCs que atuam como vendedores, entre outras coisas, Koboh é importante tanto para você quanto para Cal. Infelizmente os NPCs não mergulham em narrativa, servem apenas a um propósito, algo que me frustrou. Um planeta tão grande, onde pensei que poderíamos explorar e realizar algumas atividades, no final das contas é apenas um casco para a narrativa geral, e é assim com a maioria dos planetas. 

O desempenho gráfico de Survivor é um obstáculo que não podemos passar em branco. Ao jogar no PlayStation 5 notei oscilações no frame rate, alguns travamentos aleatórios, mas em nenhum deles foi algo que me prejudicou, claro que é irritante, mas em questão de atrapalhar em batalhas ou em cut scenes, posso dizer que minha experiência geral foi satisfatória. Alguns veículos comentaram também sobre travamentos em outras plataformas. O que me deixou curioso foram as telas de loading, principalmente no início do jogo, eram bem longas e irritantes.

Star Wars Jedi: Survivor melhora de maneira significativa muitos pontos de Fallen Order, mecânica de combate, expansão do universo, e os puzzles.

Por diversas vezes temos os conflitos internos de Cal, vindo à tona, suas oscilações em direção ao Lado Sombrio da Força, enquanto enfrenta novos desafios.

Star Wars Jedi: Survivor é um conto Jedi muito bem desenvolvido sobre medo, resiliência, e adaptação. Mostra o que medo significa para alguém como Cal, que é um sobrevivente de uma guerra e de um ataque genocida contra seu povo, uma verdadeira história Jedi que merecemos.

PONTOS POSITIVOS:

  • Aborda o medo existente do personagem, trazendo para uma visão mais humana.
  • A evolução do combate comparado com o jogo anterior.
  • Puzzles que respeitam a gameplay.
  • Trilha sonora.

PONTOS NEGATIVOS:

  • Exploração geral pouco empolgante.
  • Problemas técnicos que podem prejudicar a gameplay.

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Games

Street Fighter 6 receberá beta aberto este mês de maio

A Capcom anunciou um beta aberto de Street Fighter 6 neste mês de maio. O período de testes irá do dia 19 até 22 de maio e estará disponível para os jogadores no PlayStation 5, Xbox Series X|S e Steam.

Partidas online estarão disponíveis, mesmo que o jogador não tenham uma assinatura da PlayStation Plus ou Xbox Live Gold.

O único requisito para os jogadores será a criação da Capcom ID. A Capcom recomenda o cadastro seja feito antes do lançamento da beta aberta, para evitar contratempos.

Ryu, Ken, Chun-Li, Guile, Kimberly, Juri, Luke e Jamie e seis cenários diferentes, estarão disponíveis.

Street Fighter 6 será lançado em 2 de junho para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S e PC.

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Consoles Games PC

Chrono Odyssey, o MMORPG sensação ganha novo trailer

Chrono Odyssey é um MMORPG desenvolvido com Unreal Engine 5, motor gráfico da Epic Games. O jogo promete muito em relação a jogabilidade, história, gráficos, e para dar um gostinho a mais aos ansiosos, o estúdio coreano NPixel, divulgou um novo trailer do jogo.

A trilha sonora do trailer, vem da mente de um velho conhecido. Cris Velasco que participou também de jogos como God of WarStarCraft Overwatch.

O que mais impressiona no trailer é o fator manipulação do tempo, em algumas cenas do trailer podemos ver os personagens voltando, congelando ou adiantando o tempo ao seu redor. Como será que essa mecânica irá funcionar dentro do game?

Originalmente previsto para 2022, Chrono Odysseyainda não tem date de lançamento confirmada, mas já está garantido chegar para PC (Steam), PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Não há informações sobre as versões para mobiles, Android e iOS.

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Quadrinhos

Solidão e Homenagens estão presentes nas ruas de Cidade

No ano passado a editora Comix Zone, lançou aqui no Brasil, aquela que viria se tornar uma obra obrigatória em todas as listas de melhores leituras de 2022. Cidade, que tem roteiro de Ricardo Barreiro e artes de Juan Giménez, realmente faz por merecer todas as honrarias. O roteiro tem ação, drama, reflexão sobre a vida, sobre à solidão e ainda sobra espaço para homenagens ao cinema, literatura e aos quadrinhos.

A trama de Cidade começamos acompanhando o jovem escritor Jean, que vive em Paris e depois de mais uma briga com sua namorada, resolve voltar para a casa caminhando. Ele entra em uma área desconhecida do seu bairro e, como um passe de mágica (ou castigo), acaba entrando no mundo fantástico e apocalíptico conhecido como A Cidade. Então ele conhece a ex-garota de programa Karen e iniciam uma saga para tentar encontrar uma saída do lugar.

Ricardo Barreiro coloca no roteiro um conceito genial de que no final das contas uma cidade, é composta de pessoas solitárias. A dupla de protagonistas, eram pessoas solitárias que sofriam com alguma coisa, seja depressão, tédio, ou abuso, antes de irem para o mundo da Cidade. Assim como outras personagens que encontram no caminho, como por exemplo, uma das melhores histórias do volume, o maestro que vive com os ratos.

O maestro “caiu” na Cidade e então vive com a companhia de milhares de ratazanas. Que o protegem contra os perigos, mas o afasta de toda presença humana e possível vida em sociedade. O que torna sua vida como um Deus entre os bichos, mas um pária entre os humanos. E nesse círculo o torna solitário.

Se pararmos para pensar, nossas vidas urbanas são um tanto assim. Andamos pelas ruas das cidade onde moramos, muitas vezes encontramos um ou outro conhecido, mas na maioria das vezes é solitário e com a mente e cara fechada por causa dos diversos problemas e perigos urbanos. E no meio disso, enquanto estamos dentro de um onibus, ou metrô ou em aplicativos de transportes, pensamos ou sonhamos em coisas fantásticas.

Em uma outra história, Bairro Castelo, apresenta um sistema feudal perfeito, onde todos seguem ordens já determinadas, dentro do local. Mas existe uma peste que ronda e mata os habitantes a esmo. Mas mesmo sabendo que a morte anda pelas ruas do local, as pessoas não saem de lá. Pois preferem viver no perigo e eminencia mortal, do que se aventurar fora dos muros em uma vida nova e arriscada. Isso leva a mais uma reflexão sobre nossas vidas em que preferimos muitas vezes vivermos em nossas vidas monótonas do que investir em algo novo.

Em meio a reflexões sobre a vida, uma viagem fantástica que reúne um imaginário entre viagens no tempo, sociedades milicianas, enchentes, monstros marinhos mitológicos, plantas carnívoras, críticas ao capitalismo (a história do mercado é incrível!), canibalismo e até um culto ao Cthulhu. E Maravilhosamente, tudo encaixa e o que pode parecer fantástico, faz total sentido no roteiro do Ricardo Barreiro.

A arte de Juan Giménez é sempre um espetáculo à parte. Cenários (principalmente os mais abertos) são deleites visuais, e dar ao leitor a visão e sensação da imensidão em que Jean e Karen estão enfiados. Muitas vezes, graças a mistura do roteiro e da arte, temos a perspectiva de estarmos dentro da Cidade, perdidos juntamente com eles.

Cidade é um prato cheio para quem gosta de um bom quadrinho, com grandes referências, reflexões sobre a vida e nós mesmos. E o final, por mais apoteótico e incrível que seja, é uma grande homenagem aos quadrinhos, principalmente aos argentinos. E por mais que estranho que possa aparecer, ele apresenta que talvez possa existir um lugar, ou jeito, de vivermos em uma sociedade sem as mazelas e ódio do mundo. E ele faz todo sentido.

Cidade tem formato 21 x 28.5 cm, 192 páginas e tradução da Jana Bianchi.

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Entretenimento Games Tecnologia

Team Liquid e CT no Brasil

Atualmente, a Team Liquid atua no cenário brasileiro de esports com três equipes em diferentes jogos, são eles? Free Fire, Rainbow Six e também VALORANT feminino. Além das equipes, a organização trabalha com diversos influenciadores brasileiros.

Se não bastava estar presente no cenário, a Team Liquid está agora presente no Brasil de forma concreta. Um Centro de Treinamentos e Office inaugurado esta semana em São Paulo. Com 13 andares e um total de 3 mil metros quadrados, a organização já possuía estruturas semelhantes as chamas Facilitys nos Estados Unidos e Holanda, mas esta do Brasil é atualmente a maior entre elas.

O que mais agradou os fãs da organização foi a notícia de que a Alienware Training Facility conta com uma loja física da equipe, além dos troféus dos times brasileiros.

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Quadrinhos

Já chegou! Panini Comics lança A Saga do Flash Vol.1

Para a alegria dos fãs do Velocista Escarlate, chega às bancas e comic shops, A Saga do Flash Vol.1. A publicação segue os mesmos moldes das já conhecidas coleções em andamento da Panini Comics, compilando em ordem cronológica histórias de figurinhas conhecidas dos quadrinhos, como Homem-Aranha, Batman, Demolidor, Superman, Liga da Justiça e outros mais. Confira a sinopse liberada pela editora.

“Em seus mais de 80 anos de história, o Flash foi redefinido para cada geração, e estrelou inúmeras histórias clássicas. Porém, poucas são tão marcantes quanto a fase do roteirista Mark Waid! No começo da década de 1990, Wally West tinha assumido o manto de seu tio Barry Allen, e foi completamente redefinido para toda uma nova geração de leitores pelo gênio de Waid! Acompanhe o Homem Mais Rápido do Mundo em uma coleção da fase icônica que tornou Wally o Flash favorito de grande parte dos fãs. Neste primeiro volume: Flash Ano Um! Acompanhe a imperdível origem do Velocista Escarlate!”

Neste primeiro volume, temos o arco Flash: Year One Born to Run, escrito por Mark Waid e desenhado por Greg LaRoque. Um ótimo ponto de partida para novos leitores. A publicação em capa cartão e 144 páginas, também conta com outros nomes de peso como Humberto Ramos, Jim Aparo, Tom Peyer e Pop Mhan.

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Serial-Nerd Séries

Retorno de Succession é síntese do que a série sempre foi

Humor e drama andam de mãos dadas em Succession. O sucesso estrondoso do streaming faz por merecer a audiência e a repercussão. Após três temporadas finalizadas, a série ainda se mantém fiel aquilo que a fez chegar aos holofotes, e sem perder a qualidade e as particularidades técnicas que a tornaram incomparável e única no meio de tantas produções televisivas. Sua principal virtude recai na forma como ela enxerga a elite econômica americana. Isto é, um retrato irônico sobre uma família que possui tudo do ponto de vista financeiro e, ao mesmo tempo, nada na perspectiva familiar e afetiva – e talvez um dos seus apelos seja justamente rir daqueles que estão acima (em termos de concentração de renda e poder), como se fosse uma catarse temporária para nós, espectadores, rodeados por uma dinâmica de tensão de classes.

Rir e chorar, aliás, ditam os ritmos do primeiro episódio, que serve como abertura para já anunciada quarta e última temporada. Em poucos minutos, a série consegue criar tensão sobre um negócio particular complicado, que envolve uma transação de bilhões de dólares; humor na festa de aniversário de Logan (Brian Cox) rodeada de pessoas interesseiras que se esforçam para conseguir o mínimo de apreço e apenas recebem desprezo; estranhamento pelo fiasco da campanha presidencial de Connor; dramaticidade a partir do conflito amoroso entre Shiv e Tom; além do constrangimento decorrente da situação enfrentada por Greg. Assim, são cenas que geram emoções contraditórias: preocupação, atenção, alegria, tristeza – e isto é síntese do que a série sempre foi. Um amálgama de emoções que nos fazem odiar e amar todos os personagens, torcer contra alguns, mas depois torcer para outros. É uma experiência audiovisual inteligente e capaz de nos fazer enxergar uma família por diferentes perspectivas e, desse modo, nos tornar ativos a cada episódio: para quem estamos torcendo, afinal?

Numa das cenas de abertura do episódio, os convidados cantam parabéns para Logan, este que sai da sala esbravejando: “put* que o pariu…”. Já é popularmente conhecida a insatisfação geral de Logan pela vida e as pessoas ao seu redor. Embora seja um dos personagens mais cruéis, sinto uma sinceridade rara exalando nele; como se fosse o único realmente consciente do interesse que move o cotidiano corporativo. O diálogo entre ele e seu segurança num simpático e humilde restaurante demonstram uma preocupação honesta sobre o destino e a finitude das coisas. De certo modo, é um momento particular que enxergamos as outras camadas da sua personalidade, nos afeiçoando brevemente – para logo depois o próprio criticar e colocar pra baixo a sua equipe de suporte inteira.

Ao fim da terceira temporada, os personagens se separaram em dois pequenos grupos. Shiv (Sarah Snook), Roy (Kieran Culkin) e Kendall (Jeremy Strong) fizeram uma tentativa frustrada de tomar as rédeas da corporação presidida pelo seu pai, enquanto Logan ficou com Tom, este que traiu a confiança da esposa para conseguir o mínimo apreço e finalmente conquistar seu espaço dentro da empresa. Como prometido, portanto, a quarta temporada será marcada pelo conflito entre esses dois grupos, ambos ambicionando poder, influência e dinheiro. Nesse episódio especificamente, os filhos finalmente conquistam a primeira vitória contra as tentativas do pai, que subestimou a coragem destes. A repercussão desse embate, contudo, só poderá ser vista no próximo episódio.

Antes de entrar na cena mais dramática, devo mencionar o quão engraçado foi descobrir os resultados da campanha presidencial do Connor (Alan Ruck). O filho mais velho de Logan é um coadjuvante na trama principal, mas guarda para si uma missão: tornar-se presidente dos EUA. Porém, seus gastos milionários na campanha quase não surtiram efeito, atingindo a marca impressionante de 1% nas pesquisas. E sua dúvida é se um investimento adicional de 100 milhões de dólares seja suficiente para que sua campanha não perca décimos e não seja considerada um fracasso (como se 1% não fosse cômico suficiente). Greg (Nicholas Braun) também passa por uma situação engraçada ao praticar relações sexuais com a parceira num dos quartos de Logan, onde Tom afirma que existem câmeras instaladas. Greg, então, fica preocupado e começa a questionar Logan durante o ponto mais crítico da negociação. Logo, enquanto todos estão preocupados com o desfecho do acordo, Greg fica completamente deslocado da seriedade e tensão do ambiente, resultando em cenas constrangedoras – e hilárias.

Para finalizar a análise do episódio, é preciso comentar sobre a relação entre Shiv e Tom. Após diversos momentos críticos em episódios variados, o casamento parece ter chegado no seu limite emocional. Cansados de manter algo desgastado e sem sentido, o diálogo que serve como desfecho do episódio é um dos mais sentimentais da série por representar o fim do amor a partir da consciência de dois adultos maduros que compreendem que aquilo ali acabou, por mais duro que seja. A cena com ambos deitados de mãos dadas é, desde já, uma das imagens mais marcantes e tristes do ano.

Tom, particularmente, possui um retrato melancólico. Enquanto este despreza as pessoas sem poder aquisitivo, algo que fica marcado nas piadas referentes à companheira de Greg, suas brincadeiras e gozações acobertam uma vida artificialmente construída pelo interesse, um casamento infeliz, além de relações de trabalho frágeis. É um personagem habilmente construído e atuado com excelência por Matthew Macfadyen, que traz consigo trejeitos quase infantis como alguém que não possui habilidades sociais suficientes para dizer aquilo que sente, apenas arrota arrogância para disfarçar a insegurança.

Portanto, Tom não é  retratado exclusivamente como um pobre coitado, mas também como um vilão oportunista e manipulador, indiferente em como as atitudes irão respingar em seus relacionamentos. Essa ambiguidade envolta dele, e de todos os outros, é uma das razões para a série se destacar em meio a tantas produções.

Succession volta aos domingos preenchendo uma lacuna possível de ser alcançada por raríssimas obras que tenham algo a dizer, mas principalmente mostrar – e isso ela tem de sobra. Chega com a proposta de combater uma associação socialmente construída entre poder aquisitivo e valores pessoais, como se o bilionário fosse exemplo de perfeição em carne e osso, uma idealização altamente difundida nesses tempos sombrios de coaching. Mesmo com a crueldade e perversidade de alguns personagens, a série é capaz de extrair sentimentalismo e sinceridade das relações de seus protagonistas, e destacar como estão perdidos tentando aprender uma lição fundamental: nem tudo se compra.

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Gameplay Games

CUIDADO! Vampire Survivors é vício difícil de escapar

Eu passei por um momento complicado há dois meses, e gostaria de compartilhar a experiência com os simpáticos leitores da Torre de Vigilância.

No começo desse ano, estive praticamente obcecado por um jogo indie intitulado Vampire Survivors. Era quase como se me sugasse para uma dimensão minimalista e não me deixasse escapar. Foram horas de gameplay absolutamente incríveis e, quando estava com o console desligado, eram horas pensando nele. Seu segredo não é mistério, muito pelo contrário, é até óbvio se pensarmos em sua proposta e estrutura, mas diante do cenário atual da indústria de games, sua fórmula de sucesso é quase como uma equação matemática complicadíssima.

E esta é a simplicidade. Sim, porque a jogabilidade de Vampire Survivors se resume a você movimentar o seu personagem e clicar, quando requisitado, na escolha de suas armas e na eventual evolução dos poderes. Andar, coletar baús, cumprir curtas missões no mapa, e sair matando descontroladamente dentro do limite de 30 minutos são a base da fórmula do sucesso. (isto até você liberar a opção de tornar a fase interminável). Aliás, não há necessidade de aperta um botão sequer para atirar/lançar tiros, feitiços ou encantamentos. Você ‘só’ precisa andar e desviar dos inimigos – que te geram dano ao encostar – deixando que a magia aconteça pela combinação dos poderes e seus upgrades, possibilitando cenas insanas de luz, cores e demônios sendo devorados na  tela. (Capaz de você ficar anestesiado após um bom round).

Não posso esquecer de comentar sobre o sistema de conquistas do jogo, que transforma todas as suas tarefas em conquistas, o que atrai ainda mais viciados por gamerscore e/ou troféus. É um jogo que possui a capacidade de agradar públicos variados, mas um perigo para aqueles particularmente obcecados por evolução e conquistas.

O início pode soar um pouco arrastado e cansativo, tanto na lentidão do personagem quanto na sua evolução propriamente dita. Porém, após cerca de duas a três horas de jogatina, serão liberados tantos personagens e habilidades que o início irá se tornar recompensador – como todo o resto. Não só pelas conquistas, mas também a mecânica de coletar moedas – e sobreviver o máximo que conseguir – é relevante para a progressão do jogo por conta do desbloqueio de heróis e habilidades passivas que permanecem contigo até o final (podendo ser desativadas se assim desejado). Assim, Vampire Survivors possui elementos rogue-lite, onde morrer e tentar de novo são fundamentais, mas a frustração é mínima quando se nota a sua evidente evolução no decorrer do jogo.

Afinal, são essas pequenas percepções que engrandecem a experiência num bom jogo de vídeo-game. Sentir seu aprendizado e, consequentemente, sua melhora na compreensão das mecânicas do jogo e nas habilidades requisitadas por este. Foi com sentimento de satisfação que terminei minha jornada insana com Vampire Survivors, no qual passei dias e noites mal dormidas num único objetivo: matar e upar. Matar e upar. Matar e upar. Matar e upar.

Vampire Survivors prova como a simplicidade às vezes é o caminho ideal para aquelas empresas que querem gerar impacto aos seus consumidores. O vício se instaura em questão de minutos, num jogo onde a premissa básica é se movimentar e sobreviver. E você não irá perceber quando as garras do vampiro estiverem cravadas em seus músculos e cérebro. Quando isso acontecer, fique tranquilo, porque a maior dificuldade será enfrentar a crise de abstinência após a conclusão. (E eu continuo sofrendo, esperando a morte cinza me levar).

Vampire Survivors está disponível para os assinantes do Game Pass no Xbox Series X|S e PC, além de possuir versões para Android e iOS.