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Crítica | Transformers: O Último Cavaleiro

O primeiro Transformers completou 10 anos na última terça-feira e continua sendo o filme mais bem equilibrado e estruturado da franquia. Depois do primeiro filme, a franquia se perdeu com o péssimo A Vingança dos Derrotados e se recuperou aos poucos com O Lado Oculto da Lua e A Era da Extinção, ainda que sejam filmes arrastados. Transformers: O Último Cavaleiro, quinto capítulo da saga, é Michael Bay em seus melhores dias.

É incrível ver como Bay amadureceu durante estes 10 anos e aprendeu com seus erros do passado. O Último Cavaleiro não é arrastado, não cria subtramas desnecessárias e esquece o humor sem graça dos três filmes anteriores para dar espaço ao que realmente interessa: A aventura.

Cena tensa porém curta, mas ainda sim, tensa.

E que aventura! Na trama, Optimus Prime está no espaço a procura de seus criadores, enquanto isso na Terra, Cade Yeager (Mark Wahlberg) protege os Autobots que estão sendo caçados pelos humanos. Com uma grande ameaça a caminho, Sir Edmund Burton (Anthony Hopkins) reúne Cade e Vivian Wembley, uma professora de Oxford, para entender as origens dos Transformers e salvar o mundo.

O filme é frenético, não há tempo para respirar, é uma cena de ação atrás da outra em 2 horas e meia de filme. E isso nunca o torna cansativo, desde a Era da Extinção as cenas de ação tem se tornado menos confusas, o abandono da câmera tremida e a adição de mais cores aos robôs as tornaram mais entendíveis e o 3D é totalmente bem utilizado, provavelmente um dos melhores filmes para se assistir neste formato lançado nos últimos anos.

A franquia nunca foi um exemplo de bons roteiros, mas o de Transformers: O Último Cavaleiro é provavelmente o melhor dos cinco. Cheio de referências e easter-eggs que vão desde G1 até Prime e com várias resoluções de pontas soltas dos filmes anteriores. O time de roteiristas foi feliz em construir a nova mitologia dos robôs disfarçados e diferente das outras sequências, não a desperdiçou ou modificou, mas acrescentou. A explicação dada para os Transformers sempre virem para a Terra é simples e remete a um conceito estabelecido em uma das séries animadas. No entanto, se eles escrevem bem a mitologia, não se pode dizer o mesmo de todos os personagens, alguns são bem escritos como o personagem interpretado por Hopkins e alguns carecem de motivações melhores no ato final como a personagem da Isabela Moner, no geral, o elenco humano é um dos melhores e conta com personagens que realmente tem sua importância para trama e não estão lá apenas para “encher linguiça”.

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Apesar da participação inútil no ato final, Isabela Moner é um pequeno prodígio

Quanto aos robôs, temos um bom tempo de tela para eles. Transformers: O Último Cavaleiro traz de volta um fator essencial tão esquecido no quarto filme: As transformações. Esse é provavelmente o filme de Transformers com mais transformações. Personagens como Hound, Drift e Crosshairs que não se transformaram no último longa, aqui o fazem e é incrível. As máquinas são bem carismáticas, destaque para Cogman, uma espécie de C-3PO assassino e Hot Rod, um Autobot com sotaque francês e uma arma surpreendente. Os designs misturam o estilo da nova trilogia com o da primeira. Rostos com traços mais humanos, mas ainda assim mantendo as feições alienígenas.

Hot Rod: A arma dele é incrível

Esse provavelmente é o blockbuster de 2017 com o melhor uso de efeitos especiais até agora. Mesmo com o uso exagerado deles no último ato, em nenhum momento o trabalho da Industrial Light & Magic deixa a desejar. A trilha sonora de Steve Jablonsky continua se misturando de forma orgânica às cenas de ação, criando momentos épicos. O compositor cria ótimas novas faixas como “The Staff”, “Sacrifice” e “The Coming of Cybetron”, mas a trilha ganha força total quando resgata os temas dos Autobots e de Optimus Prime.

Existe um porém em Transformers: O Último Cavaleiro, Michael Bay definitivamente não o pensou para o público em geral e sim para os fãs, é a culminação dos eventos dos quatro filmes em um só. Isso pode explicar a péssima recepção do filme. Não é nem de longe o pior trabalho do diretor e muito menos uma carta de ódio ao cinema. É um blockbuster puro e inofensivo que impressiona com as cenas de ação, constrói uma boa mitologia e guia a franquia para novos e empolgantes rumos. Michael Bay não poderia ter se despedido de maneira melhor.

 

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Os 10 anos de Transformers e sua trajetória nas telonas

Odiando ou amando, Transformers é uma das maiores franquias cinematográficas de todos os tempos. Apesar dos filmes receberem duras críticas, eles já arrecadaram mais de 3 bilhões de dólares. Em julho, o primeiro longa live-action da saga completa 10 anos. Para comemorar, preparei um especial sobre a trajetória do primeiro filme live-action dos robôs disfarçados nas telonas. Liguem a Ponte Espacial e vamos rodar!

1 – Antes do tempo começar, havia o cubo.

Tudo começa no ano 2000 quando o diretor Joseph Kahn mostra o seu argumento para uma versão live action de Transformers para a Sony, mas eles perderam o interesse. Em 2003, o produtor Don Murphy tem intenções de fazer um filme de outra marca da Hasbro: G.I Joe. No entanto, devido aos ataques dos EUA ao Iraque, um filme dos Comandos em Ação não parecia uma ideia viável no momento. Carol Monroe, que estava no comando do departamento de filmes da Hasbro, sugeriu fazer um filme de Transformers. Tony DeSanto se junta ao projeto como segundo produtor e escreve um argumento cujo ele e Murphy tentaram comprar por algum tempo. O argumento acabou não sendo inteiramente utilizado, mas DeSanto tentou obter um crédito por sua escrita, mesmo que nenhum dos roteiristas tivessem visto o seu argumento. O filme foi anunciado oficialmente em junho de 2003.

Em 2004, depois da Dreamworks vencer a luta contra a New Line pelos direitos da franquia, Steven Spielberg assinou como produtor executivo enquanto John Rogers foi confirmado com roteirista. Em fevereiro de 2005, Rogers foi substituído por Alex Kurtzman e Roberto Orci que alteraram drasticamente o roteiro de Rogers. Spielberg tentou convencer, em julho de 2005, o diretor Michael Bay a dirigir o filme. Inicialmente, Bay recusou por ser um filme de brinquedos. Ele mudou de ideia mais tarde depois de participar da “escola Transformers” na Hasbro, mas decidiu fazer um filme mais realista e acessível para espectadores adultos.

Alguns dias após a lista de personagens humanos do filme cair na Internet, Shia LaBeouf, foi o primeiro nome do elenco a ser confirmado. Don Murphy, Hasbro e os roteiristas concordaram em ter Peter Cullen e Frank Welker como as vozes de Optimus Prime e Megatron, respectivamente. Bay fez as duas audições, mas apenas Cullen foi escolhido, ele preferiu Hugo Weaving como o líder dos Decepticons.

2 – O papel da Hasbro

Além de atuar como licenciante, a Hasbro também participou ativamente no desenvolvimento do filme, começando com uma introdução ao mundo dos Transformers, a Escola dos Transformers, para todos os envolvidos, incluindo Michael Bay. Ela também opinou sobre como os robôs seriam representados, a seleção de vozes, a nomeação de personagens, trabalhando no design dos robôs e a inclusão de easter-eggs, mas nenhum direito de veto. De acordo com Roberto Orci, a empresa estava mais interessada em uma adaptação adequada dos conceitos da franquia do que na divulgação da linha de brinquedos. Mesmo assim, Hasbro argumentou com Michael Bay bem cedo para decidir quais personagens seriam usados no filme e suas formas de veículo devido a longa produção dos brinquedos, mesmo que o roteiro ainda não estivesse pronto. Hasbro e Takara criaram os brinquedos baseados nos visuais da Industrial Light & Magic. A Takara não estava envolvida com a criação do filme.

3 – Os veículos

Diferentes de outras linhas de brinquedos da franquia, Hasbro e Takara não compartilhavam todos os direitos para os brinquedos do filme: Paramount e ILM se mantiveram com os direitos dos designs dos robôs, enquanto os veículos foram licenciados por empresas como a General Motors (Bumblebee, Jazz, Ironhide e Ratchet), Saleen (Barricade), a Indústria Force Protection (Bonecrusher), a Corporação Sikorsky de Aviação (Blackout) e a Corporação Lockheed Martin (Starscream). Apenas Optimus Prime não conseguiu licença, seu veículo no filme era genérico e todos os logos de manufatura foram removidos. Takara Tomy até identificou na figura Leader Class que o líder dos Autobots era um Kenworth W900 ao invés de um Peterbilt 379.

4 – A venda dos brinquedos

Apesar da Hasbro não ter lucrado diretamente com a bilheteria, possuir a marca Transformers permitiu que eles lucrassem muito mais com os brinquedos do que com marcas licenciadas, como Homem-Aranha e Star Wars. Além do mais, Hasbro estava disposta a dar 240 licenças para as empresas terceirizadas. Só nos Estados Unidos a Hasbro vendeu mais de 3 milhões de brinquedos em julho de 2007, enquanto o Walmart vendeu mais de 5 milhões com o filme simultaneamente. Eles foram vendidos frequentemente em lojas devido a popularidade, essa referida popularidade foi subestimada, logo não encomendaram tantos brinquedos. Houve problemas de transporte na China também.

5 – O papel do Exército Militar dos Estados Unidos

O Exército Militar dos Estados Unidos ajudou o filme providenciando veículos e soldados. Os veículos incluem um helicóptero MH-53 Pave Low (Blackout), inúmeros caças F-22 (um deles servindo como modo alternativo de Starscream), dois jatos de combate A-10 Thunderbolt, um avião E-3 Sentry AWACS, uma artilharia AC-130 Spectre e dois Ospreys V-22. Muitos outros aviões são vistos de fundo como alguns helicópteros UH-60 Blackhawk, vários Nighthawks F-117 e aviões de carga como o C-17 Globemaster e o C-130 Hercules. Soldados de verdade treinaram com os atores que interpretaram militares. O diretor Michael Bay permitiu que os soldados improvisassem seus diálogos para que tudo mais verossímil possível, Bay deu voz a eles. Os militares enxergaram o filme como uma nova forma de recrutamento.

6 – Patrocinadores

Além de promover a linha de brinquedos, o filme também apresentou aplicação de produtos de outras empresas, como a Apple, Yahoo, Burger King, Nokia, Panasonic, EBay e Hewlett Packard. As máquinas que ganharam vida pelo Allspark incluem um X-Box 360 e uma máquina de vender refrigerante da Mountain Dew. Ele também tem a participação de outras marcas da Hasbro, como My Little Poney e Furby. Além disso, os Autobots, com exceção do Optimus Prime, todos os veículos foram providenciados por subsidiárias da General Motors como seus modos alternativos, o que fez Bay economizar 3 milhões de seu orçamento.

Muitas dessas cooperações foram mútuas: Burger King ofereceu os obrigatórios lanches para crianças com brinquedos para o lançamento do filme, e os comerciais da General Motors e Mountain Dew têm debaixo dos títulos as frases: “Transforme o seu passeio.” e “Transforme o seu verão.”, respectivamente. De acordo com os produtores Lorenzo di Bonaventura e Ian Bryce, de alguma forma alguns desses produtos, como o EBay, não estavam originalmente incluídos no acordo patrocinador, mas fazia parte do roteiro desde o início.

7 – Efeitos Especiais

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Três quartos dos efeitos especiais foram feitos pela Industrial Light & Magic. O resto foi feito pela Digital Domain, uma companhia comprada por Michael Bay antes dele assinar o contrato para o filme. Alguns dos designers da ILM são fãs da franquia. Suportes e peças físicas foram construídas para a maioria dos Transformers no modo robô. Suportes de corpo inteiro para o Bumblebee (Camaro 2009) e o Decepticon Frenzy foram usados para cenas que envolviam interação com o elenco humano. O suporte do Bumblebee (Com a perna destacada) também foi utilizado para a cena em que ele é arrastado por um caminhão-guincho dirigido por Mikaela Banes (Megan Fox). A parte inferior do corpo congelado de Megatron também foi construída. O resto foram pedaços e peças sortidos, como a cauda e a cabeça do Scorponok, uma parte da perna do Optimus Prime incluindo as rodas, a cabeça azul dele junto com uma pequena parte do peitoral, e vários pedaços para representar o resto dos Decepticons destruídos jogados no oceano.

8 – Recepção

O filme foi recebido de forma mista pela crítica, é difícil dizer quantas das críticas negativas estavam interessadas em falar mal de Michael Bay ao invés do próprio filme. De outra forma, as críticas negativas mais comuns envolviam o fato do filme ser um espetáculo descerebrado, até quem avaliou o filme positivamente o viu como um filme pipoca puro com o objetivo de impressionar o público com os efeitos especiais e explosões ao invés de fazê-lo pensar, se isso é algo bom ou ruim para o filme, é totalmente discutível. Outro aspecto bastante criticado foi a duração, em particular, na sequência de ação final que é considerada expandida, caótica e difícil de acompanhar. 

Já com o público em geral e os fãs, Transformers foi muito favorecido. Entretanto, houve uma divisão de opiniões sobre o grande foco nos personagens humanos. Seu status com o maior fandom da franquia tem influenciado ao longo do tempo. Inicialmente, as opiniões foram mistas, mas favoráveis com o público. Quando A Vingança dos Derrotados estreou e se tornou infame por ter arrecado muito dinheiro na bilheteria e ser considerado uma das piores sequências de todos os tempos, o hype e a empolgação dos fãs caiu e a maioria deles começou a olhar para o primeiro filme de forma mais positiva. 

O filme bateu vários recordes de bilheteria como: Maior abertura da semana para uma não-sequência ($155,4 milhões), maior bilheteria no feriado de 4 de Julho ($29 milhões) e maior abertura na China continental ($3 milhões). Ainda falando na China, o filme terminou sua jornada arrecadando por lá $37 milhões. Este é o filme que mudou a cara da indústria e fez Hollywood se sentar e cortejar a China

Transformers foi indicado à três Oscars: Edição de som, Mixagem de som e Efeitos especiais. O filme ganhou um: O de efeitos especiais. De acordo com uma pesquisa feita em 2011, é o terceiro maior filme pirateado de todos os tempos. 

4 sequências foram produzidas: A Vingança dos Derrotados que estreou em 24 de julho de 2009, O Lado Oculto da Lua que estreou em 01 de julho de 2011, A Era da Extinção que estreou em 17 de julho de 2014 e O Último Cavaleiro que estreará no dia 20 de julho, e iniciará o Universo Cinematográfico da franquia, e expandirá a mitologia dos robôs disfarçados.

 

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Pantera Negra | Novas imagens são divulgadas pela EW

A revista Entertainment Weekly divulgou 21 novas imagens de Pantera Negra. Confira: 

“Após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, o Rei T’Challa retorna para a nação africana de Wakanda, local recluso e tecnologicamente avançado, para servir como o novo líder de seu país. No entanto, T’Challa logo descobre que é desafiado quando dois inimigos conspiram para destruir Wakanda. Assim, Pantera Negra deve se unir ao agente da CIA, Everett K. Ross, e membros da Dora Milaje para impedir que sua nação seja arrastada para uma guerra mundial.”

Pantera Negra chega aos cinemas no dia 16 de fevereiro de 2018.

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Homem-Aranha | A trajetória do herói nos cinemas

Como já dizia um sábio: Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades…”, e quantas responsabilidades! Considerado o maior herói da Casa das Ideias, o Homem-Aranha é o segundo personagem que já passou por alguns reboots nas telonas.

São 40 anos de história desde o lançamento de Spider-Man (1977) até o mais recente longa, Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017). E para celebrar esta nova versão, a Torre de Vigilância preparou uma dossiê recontando o que tivemos de melhor e pior nas franquias anteriores.


O Início da Jornada (1977-1979)

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Lançado para TV no final dos anos 70 em formato de minissérie, Spider-Man foi o primeiro live action do Amigão da Vizinhança. Criada por Alvin Boretz e protagonizada por Nicholas Hammond no papel de Peter Parker, a série conta a história de um fotógrafo que trabalha para o Clarim Diário e tem como objetivo separar sua vida pessoal da sua vida de herói.

Com um roteiro simples, a série conseguiu conquistar o coração dos fãs na época de seu lançamento, que já ansiavam para ver o Teioso desde sua estreia nos quadrinhos, em 1962.

Embora tenha tido um sucesso considerável, a série foi cancelada após 13 episódios. O escalador de paredes de Nicholas Hammond ganhou mais duas produções para a TV em formato de filmes: Homem-Aranha Ataca Novamente e Homem-Aranha: O Desafio do Dragão.

Confira os posters dos filmes abaixo:

 

Dirigido por Ron Satlof, Homem-Aranha Ataca Novamente foi dividido em duas partes, uma lançada em 5 de Abril de 1978 e a outra no dia 12 do mesmo mês. Na trama, o cabeça de teia já é uma figura bem famosa em Nova York, e a cada dia é mais amado e idolatrado pela população da cidade.

Em um certo dia, um homem impedido pelo Homem-Aranha de se suicidar, acaba chamando a atenção de uma emissora de Miami, que está disposta a entrevistar o rapaz. O jovem acaba revelando que seus  professores e colegas de faculdade pretendem acionar um reator atômico e criar plutônio no campus. Sabendo da notícia, o Espetacular Homem-Aranha vai atrás da gangue para impedir que uma tragédia ocorra.

Já em O Desafio do Dragão, Min Lo Chan, o ex-espião e atual ministro chinês de desenvolvimento industrial do seu país, se reencontra com J. Jonah Jameson, seu ex-colega de faculdade e atual editor chefe do Clarim Diáriopara lhe dizer que precisa de sua ajuda para encontrar três marinheiros que possam livrar sua barra. Para piorar, Chan está sendo perseguido pelo Sr. Zeda, um milionário radicado na China e que pretende acabar com o ministro do país. Resta ao Amigão da Vizinhança limpar a barra do Sr. Chan.

Os uniformes

 

Com um visual bem simples e marcante, o primeiro traje que estreou nos primeiros episódios era bem similar ao dos quadrinhos, onde suas únicas diferenças eram as lentes mais arredondadas. Já nos episódios seguintes, o uniforme sofreu algumas alterações, como por exemplo lentes maiores e menos arredondadas, lançadores de teia por cima da roupa e um cinto contendo os cartuchos para recarregar.

Curiosidades

  • Os olhos da máscara continham vários furinhos para que o ator Nicholas Hammond pudesse enxergar o que estava acontecendo ao seu redor. Já nos episódios seguintes, os furinhos foram substituídos por lentes espelhdas, facilitando ainda mais a visão de Hammond.
  • O tema e a abertura sofreram modificações, onde na segunda abertura é mostrado o Homem-Aranha pulando em frente as Torres Gêmeas (também conhecidas por World Trade Center, que sofreu um atendado pela Al Qaeda em 11 de Setembro de 2001, culminado a destruição completa dos edifícios e de alguns prédios locais em Nova York).
  • Nas gravações de Homem-Aranha Ataca Novamente, o dublê de Nicholas Hammond se machucou feio ao bater em um prédio onde estava filmando uma ‘sequência onde o herói precisava ficar pendurado em um helicóptero.
  • Homem-Aranha Ataca Novamente ganhou um álbum de figurinhas na década de 80 aqui no Brasil.

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Homem-Aranha sob a boa direção de Sam Raimi (2002-2007)

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Falar no seu Aranha predileto é sempre questão de um longo debate na internet, não é mesmo? Porém, não estou aqui para colocar no pedestal nenhum diretor ou denegrir a imagem de outros. O objetivo é mostrar no que cada diretor contribuiu ao adaptar este grande personagem dos gibis para as telonas e o primeiro a se destacar foi Sam Raimi.

Apesar de um mediano terceiro filme, é unânime que os dois primeiros caíram no gosto dos fãs e são sempre lembrados pela sua qualidade no roteiro e atuação dos atores. Raimi trouxe elementos clássicos, o que deixou tudo ainda mais prazeroso de se apreciar. São tantas cenas memoráveis que fica difícil escolher uma favorita.

Um detalhe interessante sobre essa franquia foi a forma como foi consolidada num mundo cinematográfico em relação as adaptações de gibis, onde só tínhamos a 20th Century Fox, com o Universo dos Mutantes, dando assim início a Era Moderna dos Heróis.

Os uniformes 

 

Tobey Maguire usou o mesmo uniforme nos três filmes da franquia (sendo que no primeiro longa tivemos o vislumbre do “aranha humana”, que não era nada mais nada menos que uma blusa com uma aranha, um pano vermelho com um corte nos olhos, uma calça moletom, um tênis vermelho e branco e uma luva com as mesmas cores).

Apesar de possuir detalhes bem semelhantes com os dos quadrinhos, o traje não possuía um lançador de teias (já que eram orgânicas, ou seja, vinham do corpo de Peter), as teias não eram desenhadas no uniforme como nos quadrinhos e muito menos continham a coloração preta, e sim pratas e salientes.

As lentes são espelhadas e dão um toque de bravura para a máscara do herói. Além das aranhas, que são mais parrudas e deformadas, mudando apenas o tamanho e a coloração. No terceiro filme, o Aranha teve sua versão simbiótica adaptada para as telonas. Ao invés de ficar sem teias e com uma aranha grande e branca nas costas e peito, esse traje continha as teias do uniforme, e os símbolos do herói ficaram prateados ao invés de brancos.

Curiosidades

  • Tobey Maguire quase abandonou a produção de Homem-Aranha 2 por constantes dores nas costas devido as filmagens de Homem-Aranha Alma de Herói. Portanto, Jake Gyllenhaal seria seu substituto, mas por sorte o ator se recuperou a tempo.
  • Sam Raimi já tinha assinado contrato para dirigir Homem-Aranha 2 apenas um mês antes do lançamento do primeiro longa.
  • Originalmente, Sam Raimi queria apenas o Venom para ser o antagonista de Homem-Arnha 3, porém a Sony achava que o psicopata alienígena não sustentaria o filme sozinho, então os produtores obrigaram o diretor a incluir pelo menos mais dois vilões na trama, que seriam o Homem-Areia e o novo Duende Verde (Harry Osborn).
  • Em Homem-Aranha, uma cena onde o herói prenderia um helicóptero roubado nas Torres Gêmeas foi retirada da versão final por conta dos atentados de 2001.

  • Os atores Sam NeillRobin WilliamsStellan Skarsgard e Robert De Niro fizeram testes para interpretar o Doutor Octopus.
  • Originalmente, seriam 6 filmes do cabeça de teia com o mesmo elenco e Sam Raimi na direção.
  • Homem-Aranha 4 contaria com 4 vilões principais, que seriam: Lagarto (Dylan Baker), Abutre (John Malkovich), Gata Negra (Anne Hathaway) e Carnificina. O longa estrearia em 6 de Maio de 2011, mesmo dia do lançamento de Thor (da Marvel Studios) e seria filmado inteiramente em 3D.
  • Na década de 90, a Sony planejava um rumo completamente diferente para o Homem-Aranha nos cinemas. A ideia do estúdio era produzir um filme do teioso com James Cameron na direção, Leonardo DiCaprio como Peter Parker e  com Duende Verde Doutor Octopus como os principais antagonistas do longa, sendo o último interpretado pelo Arnold Schwarzenegger

O filme seria para maiores e contaria com cenas de sexo, violência explicita, com direito a um Take do Peter Parker se transformando em uma aranha-humana toda nojenta e assustadora como efeito da picada.

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  • Originalmente, o uniforme do Duende Verde no primeiro longa seria mais fiel ao dos quadrinhos, mas o diretor optou por uma armadura, que para ele, dava um ar mais moderno ao personagem.
  • David Lynch planejava roteirizar e dirigir um filme do herói a partir de uma visão mais adulta. O filme começaria com a morte de Gwen Stacy pelas mãos do Duende Verde. A trama se desenrolaria a partir dessa fase na vida de Peter Parker.
  • Wolverine faria uma ponta em Homem-Aranha 2, mas devido a agenda agitada de Hugh Jackman a aparição acabou sendo cancelada. Mas o Justiceiro de Thomas Jane apareceu no longa, e na cena final em que Mary Jane foge de seu casamento e corre pela rua para se encontrar com Peter, é possível ver o personagem ao fundo encarando a moça.

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The Amazing Spider-Man (O Espetacular Homem-Aranha) – 2012 a 2014

O sonho de ver Homem-Aranha 4 nunca se concretizou, pois a Sony decidiu fazer um reboot no Teioso e modificar várias coisas da franquia anterior, apesar de manter alguns paralelos. O desafio de Marc Webb era manter a atenção do público para o herói, mas acabou dividindo opiniões em relação às decisões tomadas nos roteiros de seus dois filmes. Apesar dos erros, ainda assim Andrew Garfield foi uma ideia bem acertada para essa nova atmosfera e adicionando uma maravilhosa química com Emma Stone. Tudo saiu de maneira bem fluida.

https://www.youtube.com/watch?v=FpKPiHYJc54

A trama dos longas é centrada num Peter Parker finalizando sua carreira escolar e iniciando a acadêmica, onde também precisava arrumar um emprego, e o principal e mais importante, conciliar sua vida de herói com a de civil. Tudo isso se complica ainda mais quando ele precisa cumprir a promessa do Capitão Stacy em relação a Gwen Stacy.

Os uniformes 

 

São três trajes no total, dois em The Amazing Spider-Man e apenas um em The Amazing Spider-Man 2. No primeiro longa, quando Peter Parker acaba de ganhar seus poderes, o rapaz começa uma investigação intensa para descobrir quem é o assassino do seu querido Tio Ben, e para isso Peter acaba improvisando. O resultado é algo bem simples, uma camiseta preta, calça e jaqueta jeans, com um All Star preto e branco nos pés. Como máscara, o herói utilizou apenas um tecido vermelho e lentes de óculos escuros para cobrir seus olhos, além de uma touca em sua cabeça. Quando as coisas começaram a ficar mais sérias, Parker percebeu que teria que utilizar um traje mais “profissional” e específico. Assim nasceu o primeiro uniforme oficial do teioso estrelado por Andrew Garfield.

Com inspirações do Homem-Aranha de Saim Raimi, a roupa é feita de látex, com as lentes amareladas e uma aranha maior (inspirada em você sabe quem) e ainda mais estilizada, uma bota se assemelhando a uma chuteira  e um lançador de teias por dentro do uniforme feito a partir de um relógio.

A partir da continuação, o herói ganhou uma roupa ainda mais próxima dos quadrinhos e também inspirada na trilogia original. O traje ganha lentes maiores e mais redondas, um vermelho e azul mais vivos, teias saltando do uniforme, mas ao invés de cinzas, pretas; além de um novo lançador de teias mais potente feito de metal.

Curiosidades

  • Ao ser escalado como o cabeça de teia, Andrew Garfield assumiu que foi uma grande mudança em sua vida, onde ele teve que começar a malhar diariamente e estudar o comportamento das aranhas para uma melhor performance nas telonas.
  • Andrew odiava o primeiro uniforme, pois segundo ele, só poderia vestir a roupa sem nada por baixo (isso mesmo, sem cueca) e ainda teve que raspar todos os pelos do seu corpo para interpretar o herói, exceto o cabelo e as sobrancelhas. 
  • Em O Espetacular Homem-Aranha 2, teríamos uma pequena participação de Mary Jane interpretada pela atriz Shailene Woodley, que chegou a filmar algumas cenas mas infelizmente foi cortada na edição final do longa.

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  • Para promover o longa, a Sony divulgou várias notícias fakes na rede social Tumblr. Dentre elas, uma matéria escrita por Eddie Brock sobre a prisão do serial killer Cletus Kassady, também conhecido como Carnificina. 
  • Por meio de inúmeros easter eggso Sexteto Sinitro seria incluso na franquia e ainda teria um filme solo dentro deste universo. Porém, com o acordo entre a Marvel Sony, nada disso aconteceu.
  • Andrew Garfield e Tobey Maguire possuem várias semelhanças. Os dois estrelaram pelo menos um filme de Terry Gilliam antes de atuar como Peter Parker. Em 1998, Maguire esteve presente em Medo e Delírio enquanto Garfield fez uma ponta em O Mundo Imaginário de Doutor Parnassus, de 2009.
  • Torre Stark seria incluída digitalmente em Nova York no primeiro filme, dando a entender que a franquia seria situada no MCU. Mas por falta de tempo do estúdio a adição foi cancelada dos planos.

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Homem-Aranha e seu retorno à Marvel (Presente)

Finalmente, depois de tanto pedir e implorar, o Espetacular Homem-Aranha está De Volta ao Lar! Depois de um ataque hacker realizado na Sony em 2015, várias informações do estúdio vieram à tona, incluindo os títulos, datas e atores dos futuros filmes cancelados da franquia protagonizada por Garfield. O mais interessante dessas informações era um acordo que estava sendo feito entre a Marvel Studios Sony Pictures, indicando o Homem-Aranha no MCU.

https://www.youtube.com/watch?v=tgC7WPoiJrs

O herói fez sua estreia no MCU em 28 de Abril de 2016, no longa Capitão América: Guerra Civil com uma participação pequena, porém importante. Estrelado pelo novato Tom HollandPeter Parker agora tem 16 anos e está cursando o segundo colegial e tem como dever separar sua vida de estudante da sua vida de herói, sem que ninguém descubra.

Durante a premiere de Guerra Civil, soubemos que o novo longa do herói se chamaria Homem-Aranha: De Volta ao Lar, e que ao todo serão 6 filmes, sendo 3 se passando no colegial e outros 3 mostrando a vida adulta do personagem.

Os Uniformes 

 

Logo de cara, a Marvel presenteia os fãs com um excelente uniforme do Cabeça de Teia. Com um belo visual, o traje é uma mistura oriunda da originalidade da Casa das Ideias com referências vindas diretamente dos quadrinhos, como por exemplo os lançadores de teia por fora da roupa, máscara com olhos expressivos, uma aranha bem caricata no melhor estilo MCU no peito, e nas costas a tão amada e querida aranha ‘gordinha’, que os fás sempre desejaram vê-la em alguma versão live action.

Em De Volta ao Lar, Peter utiliza exatamente a mesma roupa de Guerra Civil, mas com pequenas alterações, como cores mais vivas, mudança na parte traseira da bota e a presença das famosas teias nas axilas, que servem como um planador para o herói.

Como parte do ritual desse início de carreia heroica, ele precisou construir seu próprio traje. Apesar de bem simples, a roupa é considerada por muitos como uma das melhores já adaptadas para as telonas. Ela é constituída por uma lente expressiva e lançadores de teia feitos pelo jovem, uma camisa de manga longa azul por baixo de um moletom cortado nos braços, vermelho com um símbolo do herói desenhado em caneta permanente, uma calça moletom azul clara e uma bota de tecido com uma sola de um tênis All Star colada em sua parte superior.

Curiosidades

  • Tom Holland não sabia que tinha sido escolhido como o herói até ver o anúncio oficial da Marvel no Instagram.
  • Apesar de utilizar o sentido aranha em Guerra Civil, Jon Watts optou em não explorar o poder em Homem-Aranha: De Volta ao Lar. O diretor assumiu que ele poderá ser melhor utilizado nas continuações.
  • Por ser tagarela demais, a Marvel proibiu Holland de ler o resto do roteiro de Vingadores Guerra Infinita, com medo de que o ator possa revelar alguma informação secreta do filme.
  • Enquanto filmava o longa em AtlantaTom pegava o traje do herói escondido e ia visitar hospitais infantis locais. O ato se tornou um costume frequente do ator. Além de ter ganhado o uniforme da Casa das Ideias, agora o rapaz traz alegria frequentemente para as crianças e adolescentes internados.


Menções Honrosas

Responsabilidades na Terra do Sol Nascente (1978-1979)

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Isso mesmo que vocês leram, Vigilantes. O nosso Amigão da Vizinhança já ganhou uma série no Japão para que o personagem fosse popularizado por lá, e apesar de não ter feito muito sucesso, deixou sua contribuição para o gênero, já que foi a primeira produção da Toei a colocar o herói no comando de um robô gigante.  

https://www.youtube.com/watch?v=me-wMZeKck4

A série não tinha como base os quadrinhos do Homem-Aranha (além do uniforme), tendo que adicionar sua própria trama e mitologia para enriquecê-la. A história é bem simples e bem similar com a origem do Superman. O planeta Spider é destruído por uma entidade cósmica e uma criança é enviada para a Terra

A criança acaba caindo no Japão e recebe o nome de  Takuya Yamashiro, e mais tarde acaba descobrindo toda a verdade e se torna o Supaida-Man.  Ele tem como dever proteger o planeta de ameaças alienígenas ao lado de seu robô Leopardon.

O uniforme

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O traje é bem simples e até bem fiel ao dos quadrinhos, mudando apenas o formato de suas lentes (que eram feitas de pano) e a ausência de um lançador de teia, que foi substituído por um bracelete que servia para guardar o uniforme.

Curiosidades

  • Marvel proibiu que a série fosse exibida fora do Japão, por achar que era japonês demais (sério?).
  • DC ameaçou processar a série por plágio.
  • Hasbro burlou as regras da Casa das Ideias e fabricou uma linha de colecionáveis da série, mas foram proibidos de serem vendidos nos Estados Unidos.

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Universo do Aracnídeo na Sony (Venom e Gata/Sabre de Prata) – Presente

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Originalmente anunciados para compor o universo do Homem-Aranha de Marc Webb e mais tarde cancelados juntos com a franquia e agora restabelecidos num novo universo, o filme solo do Venom e Gata Negra/Sabre de Prata prometem explorar uma abordagem diferente da que os fãs estavam esperando.

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De um lado temos um filme R-Rated de terror contando a história de um jornalista que já tinha indícios de sociopatia, e que ao se fundir com um ser alienígena, começa a ter uma sede por sangue e matança. O personagem não será o vilão de seu filme solo, mas sim sua criação, Carnificina. O personagem é considerado pior que Venom, já que não possui piedade e mata por diversão.

Inspirações para o visual do personagem

Segundo rumores, os spin-off serão SIM situados no MCU, mas no melhor estilo ”Netflix”, ou seja, eles estarão lá mas no seu próprio canto. A decisão dá para os dois estúdios uma liberdade criativa muito grande, podendo produzir filmes mais violentos e abusivos.

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De outro lado, temos um filme de espionagem sendo produzido para integrar esse universo tão vasto. Gata Negra e Sabre de Prata será dirigido pela veterana Gina Prince-Bythewood (A Vida Secreta das Abelhas). Até o fechamento dessa coluna, não foram revelados mais detalhes de ambos dos projetos.

Curiosidades

  • Sony está cogitando a possibilidade de produzir um filme dos personagens Mistério Kraven.
  • Tom Holland pode aparecer nos longas, com cenas curtas e quase irrelevantes.

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Os filmes do Teioso fizeram gerações inteiras felizes, deixando  sua marca na história, e que certamente continuarão inspirando os jovens desta geração, incluindo este que vos escreve.

E lembre-se Vigilante, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades… Até a próxima!

Homem-Aranha: De Volta ao Lar já está em cartaz em todos os cinemas brasileiros e sua continuação chega em 4 de julho de 2019. A próxima aparição do Amigão da Vizinhança nas telonas será em 25 de abril de 2018 em Vingadores: Guerra infinita e posteriormente em Vingadores 4.

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Você não precisa exigir demais dos filmes de super-heróis

O princípio de ir ao cinema é querer a diversão, e os filmes de super-heróis na maioria dos casos proporcionam muita diversão, ou propõem algum tipo de reflexão ou inspiração. Entretanto, alguns consumidores exigem um padrão de qualidade absurdo desse tipo de filme. E será que deveria ser assim? Todos os filmes de super-heróis precisam ser obras-primas, ou algumas pessoas só estão ficando mais chatas conforme o tempo passa?

Existe uma frase máxima que diz: “Quando você vai consumir um produto com má vontade, você não irá gostar daquilo, mesmo que diga estar se esforçando.” Esta frase se encaixa em diversos contextos, desde o leitor de gibis até o consumidor de cinema, passando pelo fã de séries ou de música. É claro que todos devemos exigir um padrão de qualidade satisfatório para aquilo que gostamos, mas para algumas pessoas este padrão alcançou níveis inalcançáveis.

É comum, ao serem apresentadas para obras de uma qualidade acima da média, algumas pessoas passarem a desgostar de tudo que seja minimamente inferior (em quesitos técnicos ou não) àquela outra obra. E nisso, surgem pérolas como “este filme não é um Cavaleiro das Trevas, então não é tão bom“, girando uma roda de amargura infinita que aos poucos contamina a todos. Filmes de super-heróis não precisam ser obras-primas em 100% dos casos.

Digo isso baseando-me primeiramente no material de referência para tais filmes. Os quadrinhos, apesar de exceções que são verdadeiras perfeições, normalmente apresentam histórias consumidas como passatempo, feitas para entreter jovens e adultos que desejam sair um pouco da realidade e acompanhar aqueles personagens fictícios. E quase todos os filmes de super-heróis também são assim: você consome como um passatempo. Vai ao cinema, se diverte e fica tudo bem. Suspensão de descrença, como todos devem saber, refere-se à vontade de um leitor ou espectador de aceitar como verdadeiras as premissas de um trabalho de ficção, mesmo que elas sejam fantásticas, impossíveis ou contraditórias. E o mundo fictício dos super-heróis é todo baseado nisso.

Se você começa a exigir demais de certos entretenimentos, a qualidade não irá melhorar milagrosamente. Primeiramente, porque você é um ninguém, já que está dando seu dinheiro para um produto que já sabe que não irá gostar. O que vai acontecer é você se tornar um verdadeiro chato, onde nada lhe entretém. E você passará sua vida remoendo as “insuperáveis obras clássicas da humanidade”, reclamando de efeitos especiais (em filmes onde personagens precisam voar e soltar raios), dos vilões (vindos de uma mídia onde eles fazem diálogos expositivos com seus planos) ou de seríssimas incongruências como a existência de um índio americano num filme de Primeira Guerra Mundial… onde existem amazonas e deuses do Olimpo. Que absurdo! Quero meu dinheiro de volta!

Se você chegou ao triste ponto de procurar pelo em ovo para manter sua postura de reclamão, acredite quando digo que você é um dos piores tipos de consumidor. Entra em incríveis debates com outras pessoas que, ilogicamente, gostaram daquilo que você odeia. Tenta criar argumentos e questões para convencer os outros de que aquilo que eles gostam é um lixo tóxico. E nada muda, é só você lamentavelmente tentando criar mais ódio baseado na sua “experiência” e não aceitando a opinião do fã que se entreteve. E isso também vale para o sentido oposto, apesar de ser uma atitude menos comum.

É claro que gosto é algo que não se discute. Você pode não gostar, eu posso gostar, e a vida segue. O problema é quando o gosto torna-se um problema, já que ninguém sabe conviver com pessoas que discordam da sua opinião super embasada. Mas não estamos falando de gosto pessoal aqui, e sim de uma postura que visa sempre não gostar das coisas.

Aparentemente todas as pessoas também estão virando críticos profissionais de cinema. Mas a verdade é que quase ninguém é. É difícil simplesmente gostar ou não de algo sem tentar justificar expondo falhas técnicas ou estruturais das quais você nem sabe do que está falando. Principalmente se a pessoa, supostamente, tiver alguma influência nas mídias sociais, como um site ou canal de YouTube. E argumentos como “o filme te trata como burro” são risíveis por um lado, e extremamente tristes por outro, deixando pré-definido que o inteligentão é muito superior ao pobre burrinho que adorou ir ao cinema. E as vezes, a pessoa que não entendeu é o tal inteligente, que deixou passar um simples diálogo que explica uma situação.

É importante lembrar: você pode ir ao cinema de forma descompromissada. Assim como você pode ler um quadrinho, assistir uma série ou ouvir uma música só pelo entretenimento da coisa. Ninguém precisa ser um crítico expert em todos os assuntos, nem precisa justificar nada de forma super embasada. Divirta-se, acima de tudo. E se você vai consumir algo com má vontade ou exigindo um padrão de qualidade elevado, faça um favor para si mesmo e nem perca seu tempo. É uma dica muito útil que estou dando, já que você poderá economizar dinheiro e também utilizar as horas perdidas fazendo algo mais inteligente e proveitoso. Quem sabe?

Garanto que uma pessoa que gostou de algo não quer saber sua opinião que tenta fazê-la desgostar daquilo. E nem está interessada em ouvir supostas falhas. Ela está satisfeita. Dificilmente você mudará isso, Sr. Entendido.

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Cinema

Transformers: O Último Cavaleiro | Confira o trailer internacional do filme

A Paramount divulgou o trailer internacional de Transformers: O Último Cavaleiro. O quinto filme da franquia explorará o passado secreto dos Transformers e introduzirá novos personagens. Confira:

“O Último Cavaleiro estilhaça os principais mitos  da franquia Transformers, e redefine o que é ser um herói. Humanos e Transformers estão em guerra, Optimus Prime se foi. A chave para salvar nosso futuro está enterrada em segredos do passado, na história oculta dos Transformers na Terra. Salvar nosso planeta recai sobre os ombros de uma aliança improvável: Cade Yeager, Bumblebee, um lorde inglês e uma professora de Oxford. Chega um momento na nossa vida em que somos chamados a fazer a diferença. Em Transformers: O Último Cavaleiro, os caçados serão heróis. Heróis serão vilões. Só um mundo sobreviverá: o deles, ou o nosso.”

O Último Cavaleiro é dirigido por Michael Bay e conta com Mark Wahlberg, Laura Haddock, Anthony Hopkins e Isabela Moner no elenco. O filme chega aos cinemas dia 20 de julho. 

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Cinema

Transformers: O Último Cavaleiro | Confira o novo spot

Hoje foi divulgado um comercial estendido de Transformers: O Último Cavaleiro. O quinto filme da franquia irá explorar a mitologia dos robôs disfarçados e revisitará alguns elementos da trilogia original. Confira: 

“O Último Cavaleiro estilhaça os principais mitos  da franquia Transformers, e redefine o que é ser um herói. Humanos e Transformers estão em guerra, Optimus Prime se foi. A chave para salvar nosso futuro está enterrada em segredos do passado, na história oculta dos Transformers na Terra. Salvar nosso planeta recai sobre os ombros de uma aliança improvável: Cade Yeager, Bumblebee, um lorde inglês e uma professora de Oxford. Chega um momento na nossa vida em que somos chamados a fazer a diferença. Em Transformers: O Último Cavaleiro, os caçados serão heróis. Heróis serão vilões. Só um mundo sobreviverá: o deles, ou o nosso.”

Transformers: O Último Cavaleiro é dirigido por Michael Bay e conta com Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Isabela Moner e Laura Haddock no elenco. O filme chega aos cinemas dia 20 de julho.

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Mulher-Maravilha | Conheça a Matadora de Deuses

Mulher-Maravilha finalmente chegou aos cinemas e é um tremendo sucesso de público e crítica. Um dos elementos mais importantes do filme é a espada Matadora de Deuses, mas ela não foi criada para o filme. Ela surgiu nos quadrinhos do Exterminador. Como assim? Explicarei detalhe por detalhe e farei algumas comparações com a versão do filme, contendo alguns spoilers.

Nos quadrinhos

O objeto surgiu durante a fase de Tony Daniel pelo Exterminador. Após voltar a ter uma aparência mais jovem, Hefesto contrata Slade para matar Jápeto, um titã que ameaça o Panteão. Para cumprir tal tarefa, ele precisa usar uma espada chamada Matadora de Deuses. Forjada por Hefesto, age como se estivesse viva, nem todos podem controlá-la. Ela tem uma vontade insaciável por sangue e morte, com a possibilidade de controlar quem a está usando. Ela também pode se adaptar conforme a batalha, dividindo-se em duas ou se tornando um bastão. Seu poder pode permitir contato com o ferreiro.

A arma apareceu na edição #7 do Exterminador do DCYou. O arco envolvendo a espada, tem participações especiais de Mulher-Maravilha e Superman. A história já foi publicada no Brasil pela editora Panini no encadernado Exterminador: O Assassino de Deuses.

No filme

SPOILERS A SEGUIR

No filme solo da Princesa Amazona, a espada foi feita também com um objetivo de matar um Deus: Ares. As Amazonas juraram que ele retornaria, e quando este momento chegasse, a maior das guerreiras a empunharia. E é esta a história que inspira a Diana do filme a se tornar a maior das guerreiras, título então ocupado por Antíope. Depois de Steve Trevor contar sobre a guerra que assola o Mundo dos Homens, ela acredita que Ares é o responsável por isso e deixa Temiscira, roubando a espada e o traje de guerreira. Precipitadamente, a Mulher-Maravilha mata o General Ludendorff pensando que ele era o Deus da Guerra. 

Quando a verdadeira identidade de Ares é revelada, nós descobrimos que a espada nada mais é do que uma farsa e que a verdadeira Matadora de Deuses é a Princesa Amazona

Comparações

Ambas foram criadas com propósitos semelhantes mas com alvos diferentes. O visual dos quadrinhos é muito mais exagerado em relação a versão cinematográfica. Slade Wilson é o portador da arma das HQ’s, no filme, Diana. A versão das telonas estabelece a espada como uma farsa inventada por Hipólita para proteger sua filha da verdade, assim como é feito em inúmeras de suas origens, mas de forma diferente. A das páginas, como uma arma letal no sentido literal.

Mulher-Maravilha já está em cartaz e você pode conferir a nossa crítica do filme aqui. Você também pode conferir a resenha do quadrinho Mulher-Maravilha: Terra Um aqui.

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Entretenimento

La La Land, Alien, Rogue One serão exibidos ao ar livre no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro vai receber o maior evento de cinema ao ar livre do mundo durante o mês de junho. Ao longo de três semanas o Shell Open Air vai acontecer na Marina da Glória sempre de quarta a domingo.

Em uma área de 325 m² serão exibidos os mais variados tipos de filmes como: La La Land – Cantando Estações, Rogue One – Uma História Star Wars, Velozes e Furiosos 8, A Bela e a Fera, O Iluminado, Minha Mãe é Uma Peça 2 e Elis. Além de alguns curtas-metragens.

Também vão rolar shows de artistas como Emicida, The Silvas, Paulo Miklos e Mahmundi. A criançada vai poder se divertir com as recreações infantis que aconteceram no evento também.

Confira a agenda do Shell Open Air:

1ª semana
7 de junho (quarta)
Abertura dos portões – 19h
Show instrumental Dudu Oliveira Trio – 19h às 19h45
Início da sessão de Velozes e Furiosos 8 (LEG – 14 anos) – 21h
Show The Silvas convida Paulo Miklos – 23h

8 de junho (quinta)
Abertura dos portões – 19h
Atividades Conselho Jedi – 19h às 19h45
Início da sessão de Rogue One – Uma História Star Wars (LEG – 14 anos) – 20h
VJ Ratón e show instrumental The Screeners – 22h

9 de junho (sexta)
Abertura dos portões – 19h
Show instrumental 3 na Bossa – 19h às 19h45
Curta: Kidchup
Início da sessão de La La Land – Cantando Estações (LEG – Livre) – 21h
Show Emicida convida Mahmundi, Drik Barbosa e Larissa Luz – 00h30

10 de junho (sábado)
1ª sessão
Abertura dos portões – 19h
Show instrumental Sexteto Sobrenatural – 19h15 às 19h45
Início da sessão de Fragmentado (LEG – 14 anos) – 20h
Troca de público
2ª sessão
Reabertura dos portões – 23h
Show Instrumental Sexteto Sobrenatural – 23h às 23h45
Início da sessão de O Iluminado (LEG – 18 anos) – 23h59

11 de junho (domingo)
Abertura dos portões – 16h
Recreação infantil com Grupo Gato Mia – 16h às 17h45
Início da sessão de A Bela e a Fera (DUB – 10 anos) – 18h

2ª semana
14 de junho (quarta)
Abertura dos portões – 19h
Início da sessão de Minha Mãe é Uma Peça 2 (10 anos) – 21h

15 de junho (quinta)
Abertura dos portões – 19h
Início da sessão dupla de Rush – No Limite da Emoção e Dias de Trovão (LEG/LEG Eletrônica – 16 anos) – 20h

16 de junho (sexta)
Abertura dos portões – 19h
Curta: Até a China
Início da sessão de Moulin Rouge – Amor em Vermelho (LEG Eletrônica – 12 anos) – 21h
Show instrumental Funqquestra – 23h

17 de junho (sábado)
1ª sessão
Abertura dos portões – 19h
Show instrumental Dudu Oliveira Trio – 19h15 às 19h45
Início da sessão de Animais Fantásticos e Onde Habitam (LEG – 12 anos) – 20h
Troca de público
2ª sessão
Reabertura dos portões – 23h
Show instrumental Dudu Oliveira Trio – 23h às 23h45
Início da sessão de Apocalypse Now Redux (LEG Eletrônica – 16 anos) – 23h59

18 de junho (domingo)
Abertura dos portões – 16h
Recreação infantil com Grupo Gato Mia – 16h às 17h45
Início da sessão de Moana – Um Mar de Aventuras (DUB – Livre) – 18h

3ª semana
21 de junho (quarta)
Abertura dos portões – 19h
Início da sessão de Elis (16 anos) – 21h

22 de junho (quinta)
Abertura dos portões – 19h
Início da sessão dupla de 007 – Operação Skyfall e 007 – Contra Spectre (LEG – 16 anos) – 20h

23 de junho (sexta)
Abertura dos portões – 19h
Show instrumental Sexteto Sobrenatural – 19h25 às 20h45
Início da sessão de Footloose – Ritmo Louco (LEG Eletrônica – 12 anos) – 21h
Show Dream Team do Passinho Canta e Dança The Jackson 5 – 23h

24 de junho (sábado)
1ª sessão
Abertura dos portões – 19h
Show Instrumental 3 na Bossa – 19h15 às 19h45
Início da de Deadpool (LEG – 16 anos) – 20h
Troca de público
2ª sessão
Reabertura dos portões – 23h
Show instrumental 3 na Bossa – 23h às 23h45
Início da sessão de Alien, o Oitavo Passageiro (LEG – 14 anos) – 23h59

25 de junho (domingo)
Abertura dos portões – 16h
Recreação infantil com Grupo Gato Mia – 16h às 17h45
Início da sessão de Sing – Quem Canta Seus Males Espanta (DUB – Livre) – 18h

O Shell Open Air acontece na Marina da Glória que fica na Avenida Infante Dom Henrique S/N, no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro, entre os dias 7 e 25 de junho e os ingressos custam R$ 50,00 (tendo a opção da meia entrada). Mais informações no site do evento.

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Cinema

Disney | Estúdio torna-se o primeiro a superar os 7 bilhões na bilheteria mundial

Segundo informações da Variety, a Disney superou os recordes da indústria cinematográfica, alcançando uma nova marca para as bilheterias mundiais anuais por se tornar o primeiro estúdio a superar os 7 bilhões de dólares arrecadados. Tudo isso com a grande ajuda de um spinoff de Star Wars, um trio de animações de sucesso e dois filmes da Marvel. Uma lista grande de blockbusters lançados neste ano comprova o quão competitiva a Disney tornou-se para os outros estúdios maiores.

Rogue One: A Star Wars Story foi lançado no último final de semana e já angariou cerca de 300 milhões de dólares globalmente, sendo esperado dominar as vendas de ingressos durante os feriados de final de ano. A Universal tinha o recorde anterior de 6,89 bilhão, graças a blockbusters como Velozes e Furiosos 7, Minions e Jurassic World.

Durante esse ano, a Disney tornou-se o estúdio que mais rapidamente obteve 2 bilhões domesticamente, 3 bilhões internacionalmente e 5 bilhões globalmente.

Além de Star Wars, o sucesso da Disney em 2016 deveu-se também a três filmes (Procurando Dory, Capitão América: Guerra Civil e Zootopia) que superaram a barreira do 1 bilhão na bilheteria mundial, e Mogli: O Menino Lobo, perto com 966,6 milhões. Foram bem ainda: Moana e Doutor Estranho. Mas nem tudo que a Disney produziu recebeu aprovação do público. O Bom Amigo Gigante e Alice Through the Looking Glass falharam em entusiasmar suas audiências e figuram na lista dos maiores fracassos deste ano.

Moana - Disney - Trailer

“Essa marca histórica foi possível por todos os filmes dos nossos estúdios trouxeram o melhor para as salas de exibição, contando grandes histórias de todos os tipos que ressoaram com o público, atravessando barreiras, gêneros e gerações,” disse Alan Horn, chairman da Walt Disney Studios, em um comunicado. “Esses filmes trabalham porque cada um deles tem não somente algo para todo mundo, mas tudo para alguém.”

Sob liderança do chefe da Disney, Bob Iger, a companhia cresceu em tamanho. O estúdio gastou mais de 15 bilhões de dólares para comprar a Marvel, Pixar, e Lucasfilm. Esse investimento está comprovadamente ao longo dos anos como sendo de fácil retorno. Essas compras deram à Disney os direitos de personagens icônicos como Luke Skywalker, Darth Vader, Buzz Lightyear, Capitão América, Homem de Ferro, e Os Incríveis.

Junto com essas várias conquistas, a Disney é responsável por cinco das 10 maiores bilheterias do ano mundialmente, domesticamente e internacionalmente. Os 04 lançamentos com mais arrecadação são todos filmes da Disney.