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Review | Sekiro: Shadows Die Twice

Escrito por Guilherme Chaves

Após uma longa espera dos fãs (Masoquistas) da From Software, no dia 22/03/2019 foi lançado para PC, PS4 e Xbox One, o mais novo jogo da empresa: “Sekiro: Shadows Die Twice”.

Com uma jogabilidade bastante diferente dos jogos anteriores mais recentes da empresa (Dark Souls e Bloodborne), Sekiro acrescenta algumas características próprias ao seu estilo de jogo. Como exemplo dessas características temos a retirada da Stamina limitada, um dos elementos mais presentes nos jogos da FS.

Inicialmente ao perceber a falta do limite de Stamina dentro do jogo, o normal é pensar que ele ficaria mais fácil ou atrapalharia no combate estratégico, mas este foi um elemento facilmente contrabalanceado com a dificuldade dos inimigos, a necessidade de “pareamento” de ataques e casado perfeitamente com a necessidade do uso da velocidade do seu personagem.

As características da franquia Tenchu estão bastante presentes in game. Além dos famosos ataques em Stealth (aqueles que você esconde atrás da parede ou chega de fininho atrás do inimigo e mata com um hit só), temos também uma variedade de Skills que são acopladas ao braço do personagem e alteram bastante a forma de combate do jogador. Podemos dizer claramente que o jogo é uma mistura de Tenchu e Dark Souls / Bloodborne.

A habilidade de pular (pular mesmo, não somente esquivar), também é uma novidade se comparado aos jogos predecessores e deixa o jogo com muito mais possibilidades no combate, mas principalmente na exploração que acompanhada com o uso do gancho conseguem permitir o jogador a andar por telhados, árvores, rochas e esculturas. Claro que com mais possibilidades de exploração, mais difícil fica encontrar os itens escondidos, que estão ainda mais impossíveis de achar dependendo do seu grau de relevância.

Devido a sua dificuldade, o jogo te dá, além da sua cabaça curativa (substituta do frasco de Estus do Dark Souls), uma capacidade limitada de ressuscitar (explicada pela história). Porém, como nem tudo são flores há um contraponto: quanto mais você morre, mais pessoas (NPCs) que estão ao seu redor ficam doentes devido a essa sua capacidade, até ser usado um item específico para curá-los quando isso acontece.

Um dos pontos mais fortes do jogo e uma das maiores diferenças com os outros jogos da empresa é a sua história que é contada mais claramente, não necessitando apenas de descobertas ou teorias do que está acontecendo, que reduz um pouco da imersão mas acaba prendendo bastante o jogador.

A imersividade também conta com uma ambientação de tirar o fôlego. Todos os elementos presentes são de um Japão do século XVI, conceito não muito utilizado com muita frequência.

O jogo ainda segue muitos elementos presentes anteriormente como: perder muito do que se ganha quando morre (Dessa vez é perdido dinheiro), usar itens específicos para subir de level, há um lugar seguro com NPCs onde é usado para aprimorar habilidades (Como o sonho do caçador em Bloodborne), entre outras características famosas.

O veredito? Sekiro: Shadows Die Twice é o jogo mais difícil da From Software até hoje. Não deixando de ser também um dos melhores e mais imersivos dentro do mundo dos games.

Nota: 9,8

O Jogo foi jogado em um PS4 e já está disponível em todas as lojas virtuais e físicas ligadas ao departamento.

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Sobre o Autor

Guilherme Chaves

Administrador Público de dia, Projeto de Cheff de noite e redator da Torre nas horas vagas.