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Resenha | Ayla A Filha das Cavernas

Sinopse: ”Nesta aventura pré-histórica ambientada há cerca de 35 mil anos em algum lugar da Europa, Ayla é a heroína de 5 anos que perde os pais em um terremoto e é resgatada por um grupo de uma outra tribo – o Clã do Urso das Cavernas. A pequena Ayla é uma cro-magnon, representante de uma espécie mais evoluída, e o clã que acolhe a menina é formado pelos últimos Neandertais. Eles se sentem ameaçados pela presença estrangeira, e à medida que Ayla cresce e amadurece, suas tendências naturais desabrocham, tornando-a o centro de uma brutal e perigosa luta pelo poder.

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Ayla A Filha das Cavernas (The Clan of the Cave Bear) é uma experiência totalmente inovadora na literatura. A escritora estadunidense, Jean M. Auel mistura ficção e arqueologia fundamentada em pesquisas. O resultado foi uma obra que agradou leigos e a comunidade arqueológica, Auel reconta os primeiros passos da humanidade.

Entre 35 e 25 mil anos atrás em uma Europa pré-histórica, Ayla uma criança da espécime cro-magnon escapa de uma tragédia que destrói sua morada deixando-a diante de perigos. Enquanto isso milhas dali, um grupo de Neanderthais liderados por Brun com a companhia de seus irmãos: Creb o misterioso representante religioso de título Mog-ur e Iza a curandeira da tribo, estão a procura de uma caverna para sobreviverem ao inverno com a esperança de serem guiados por Ursus, espírito de grande poder. Confira o trailer da adaptação de 1986 que contou com a atriz Daryl Hannah interpretando Ayla:

O encontro entre a tribo de Brun e da garotinha Ayla é o marco da convergência evolutiva. Ayla é acolhida recebendo cuidados maternos de Iza, mas com a rejeição por ser da espécie dos Outros (cro-magnons) Ayla terá de enfrentar paradigmas e se adaptar às regras tribais. Se utilizando da teoria de que houve entre os cro-magnons e neandertais não só conflitos, como cruzamentos provocando a ‘’extinção’’ destes últimos e o aparecimento do homo sapiens, Auel constrói uma trama que não se restringe ao âmbito cientifico e se expande no social como forma de crítica e análise da sociedade contemporânea.

Auel tem a sensibilidade enorme na ambientação, criação de suas personagens e desenvolvimento de toda uma religião primitiva, além da organização dos papéis sociais dentro de uma tribo neandertal. Rico em descrições e explora bastante os pensamentos das personagens, o clímax fica por conta das provações de Ayla junto com marcantes momentos que envolvem família e o papel feminino.

Ayla A Filha das Cavernas (1980) é o primeiro volume da saga Os Filhos da Terra que foi finalizado em 2011 com o volume A Terra das Cavernas Pintadas publicada em 2013 no Brasil. O final do primeiro volume é satisfatório e apesar de não ter lido o segundo volume, a sensação no final foi parecida com a da obra E o Vento Levou que nunca possuiu sua continuação por causa da autora que veio a falecer, mas ao contrário de Ayla, para aqueles que gostarem muito da obra poderão acompanhar a saga.

Atualmente a distribuição do livro é feita pela BestBolso do Grupo Editorial Record, o exemplar pode ser encontrado em pocketbook. A tradução é de Maria Thereza de Rezende Costa que fez um magnifico trabalho. Tenham uma ótima leitura.

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Sobre o Autor

Daniel Estorari

With great powers...