Obra-prima. Não há outro adjetivo para descrever Oppeheimer. Definitivamente, a nova produção do excelentíssimo Christopher Nolan não é um filme, mas o pedaço mais belo, excêntrico e ambicioso da sétima arte.
Cinema, além de entretenimento, tem como principal objetivo impactar de alguma forma o telespectador, algo que Nolan sempre conseguiu fazer com maestria em sua carreira, vide o que foi feito com Interestellar, por exemplo. Oppeheimer não só impacta, como também adentra na alma de forma como pouquíssimos longas-metragens conseguem fazer.
O físico J. Robert Oppenheimer trabalha com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento da bomba atômica.
Nolan é um cineasta que preza pela qualidade de seus filmes, e com Oppeheimer não é diferente. Concebido para ver na maior tela de cinema possível, sua fotografia encanta, tal qual o seu som, que mesmo se tratando de uma biografia, utiliza uma trilha sonora surpreendente de arrepiar.
O filme como um todo é uma experiência única e muioa imersiva, que se assemelha a um teatro.
Com um elenco de primeira classe. O destaque fica por conta de Cillian Murphy, que encarna o personagem título de forma magistral; Robert Downey Jr, que desvincula totalmente sua imagem com Tony Stark, entregando uma atuação que vale mais que ouro; e Emily Blunt, onde coloca todos os seus sentimentos reais na personagem Kitty Oppeheimer.
Matt Damon e Josh Hartnett também não ficam para trás. Ambos vivem seus personagens com excelência, conduzindo partes da história com muita minuciosidade.
Mesmo com enredo de fácil compreensão, Oppeheimer possui linhas de diálogo mais extensas e complexas quando comparadas com demais narrações entregues por Nolan. Todavia, tal fato, enriquece ainda mais a película, mostrando o cuidado que o cineasta idealizador e elenco tiveram ao conceber o filme.
Oppeheimer é obra de arte em sua mais bela forma. Mexe com os sentimentos, sentidos e com o coração. É mais do que simplesmente um longa-metragem sobre a ”criação” da bomba atômica… ele é algo inexplicável, que deve ser somente sentido, antes de compreendido.
”Sabíamos que o mundo não seria mais o mesmo. Algumas pessoas riram. Algumas pessoas choraram. A maioria das pessoas ficaram em silêncio. Eu me lembrei de algumas linhas de texto sagrado hindu Bhagavad-Gita. Vishnu… tenta convencer o príncipe… de que ele deveria cumprir o seu dever… e para impressioná-lo, assume sua forma com múltiplos braços… e diz: ‘Agora eu me tornei a morte, a destruidora de mundos’. Suponho que todos nós pensávamos assim, de uma forma ou de outra”- J. Robert Oppeheimer.
Nota: 5/5
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