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Hang the DJ é a prova que o amor verdadeiro existe

Escrito por Daniel Estorari

Quem nunca teve uma ilusão amorosa ou se apaixonou pela pessoa errada, ignorando tudo que estava a sua volta? Inclusive, deixando de lado o seu verdadeiro amor? Hang the DJ é o episódio mais fofo e otimista da quarta temporada de Black Mirror, que mistura elementos de  Natal (segunda temporada) e San Junipero (terceira temporada), ao mesmo tempo que mantém uma narrativa única e  cativante, mostrando que o amor verdadeiro existe sim e nunca é tarde para encontrá-lo. Mas isso não quer dizer que você não passará por momentos chatos e traumatizantes antes.

Na história, acompanhamos dois personagens, Frank e Amy, que se conhecem em um aplicativo de relacionamento, que mostra a data de até quando o casal ficará junto. Isso desencadeia um questionamento de suas existências pelos dois protagonistas, passando por vários momentos bons e alguns ruins antes do seu desfecho.

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Como é de costume da série, Enforcando o DJ (em tradução livre) é mais um episódio que a tecnologia se sobrepõem na vida do ser humano, só que , dessa vez, o diretor Tim Van Patten  e o roteirista Charlie Brooker, fazem um excelente trabalho em satirizar certas atitudes dos seres humanos, de uma maneira mais leve e descontraída. Dessa forma, se tem a impressão, que o capítulo faz parte de outro seriado e não te Black Mirror. Isso por causa, do seu excesso de otimismo.

As atuações dos atores Joe ColeGeorgina Campbell conseguem convencer o telespectador, que os seus amores ”artificiais” são verdadeiros, onde se tem uma dura torcida para a largada final, que seria os dois ficando juntos pela eternidade. O casal usa e abusa de relações comuns do cotidiano, não se diferenciando muito dos namorados e namoradas do mundo real; tendo assim, dois conjugues com atitudes presas nas mesmices, mesmo não sendo algo que incomoda de verdade.

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Além de uma crítica de como as pessoas se relacionam hoje em dia, o criador Charlie Brooker utiliza da ingenuidade da trama para ponderar outras atitudes do mundo moderno, como por exemplo, a alienação e  o olhar de preconceito junto com ingratidão que as pessoas tem uma com as outras, quando certo indivíduo não cumpre ordens ou quer quebrar um paradigma de uma sociedade privada.

Seu título é uma clara referência ao refrão da música Panic, da banda The Smiths, onde a sua letra descreve perfeitamente o episódio, além de também fazer uma crítica ao mundo moderno.

Mesmo com uma prosa mais rápida e dinâmica em comparação aos seus outros ”companheiros” de temporada, Hang the DJ não cansa e emociona, dando de presente ao espectador, uma linda história de amor com um pouco de comédia e drama, no qual poderia muito bem ter uma continuação, mesmo tendo uma trama redonda com possíveis pontas soltas que são deixadas no ar.

Espero que tenha gostado e lembre-se, não fique preocupado (a) em procurar o amor de sua vida, pois ele existe e com certeza te fará feliz pelo resto da eternidade. Sendo assim, apenas curta a sua vida enquanto pode, seja ao lado das pessoas que você ama ou sozinho (a). Até a próxima e incendeiem a discoteca, enforquem o DJ, pois a música que eles tocam, constantemente, não quer dizer nada sobre as nossas vidas.

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Sobre o Autor

Daniel Estorari

With great powers...