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Crítica | House of Cards – Terceira Temporada

Escrito por Thiago Pinto

Com a proposta de criar conteúdo original para seu serviço de streaming, a Netflix apostou na série dramática House of Cards, que foi bem aceita pelo público e hoje é uma das séries mais assistidas e que já está em sua terceira temporada atualmente.

Passaram-se duas temporadas e a história se transformou em algo completamente diferente do que era no início. Agora com seu ambicioso cargo de presidente, Frank Underwood (Kevin Spacey) precisa lidar com os problemas e conflitos que ameaçam seu cargo. Com isso, Underwood deve contar com alguns aliados como Remy Danton (Mahershala Ali) e Seth Grayson (Derek Cecil) para se preparar para as eleições de 2016 e ganhar de sua concorrente, Heather Dunbar (Elizabeth Marvel).

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Nessa terceira temporada, alguns personagens possuem uma importância e desenvolvimento bem maiores do que nas últimas duas, como Doug Stamper, brilhantemente interpretado por Michael Kelly, que era braço direito de Frank, mas que agora passa por uma recuperação depois de alguns acontecimentos na temporada anterior e ainda deve recuperar a confiança de Frank, pois ficou no hospital enquanto Underwood era eleito presidente. Já Claire Underwood (Robin Wright) toma posse do cargo de primeira dama e deve começar a resolver problemas de temporadas passadas e ainda ser uma imagem importante para a reeleição de Underwood.

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A teceira temporada possui muitos pontos positivos. Apesar de ser inferior à sua antecessora, esta consegue ter um desenvolvimento em quesito de história muito grande, além de mostrar muitos elementos reais do sistema governamental em todo o mundo. É quando entra Viktor Petrov (Lars Mikkelsen), o presidente da Rússia, um excelente personagem que consegue ficar no mesmo patamar de Underwood, deixando o presidente constrangido em algumas horas e consegue ainda chantagear Frank deixando a trama mais intensa.

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Infelizmente, nem tudo é um mar de rosas. Muitos elementos da série foram esquecidos nessa temporada, por exemplo, a quebra da quarta parede, quando Frank fala com o telespectador. Isso era um elemento muito presente e que ficou marcado na série inteira e foi muito pouco usado durante esta terceira parte. Mas, o pior da temporada são as personagens e suas histórias paralelas completamente insignificantes para a trama. Dois grandes exemplos são Kate Baldwin (Kim Dickens) e Thomas Yates (Paul Sparks): quando você pensa que esses personagens podem substituir Zoe Barners (Kate Mara) que representava uma grande ameaça para o presidente Underwood, na verdade eles são dois personagens medíocres com um romance raso e nenhuma ameaça, algo que estava sendo desenvolvido e explorado muito bem. A questão é que quando não é mostrado nada desse gênero na temporada, decepciona o telespectador e faz a série diminuir em questão de personagens.

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As gravações da quarta temporada já tiveram início. Provavelmente essa temporada irá abordar as eleições de 2016 e os candidatos à presidência dos Estados Unidos. Por isso, ainda não veremos qualquer tipo de ameaça ao presidente e é muito provável que aconteça só em uma quinta ou sexta temporada. E os indícios que foram deixados nesta última é de que o relacionamento de Claire e de Frank será o mais abordado na próxima.

A série já ganhou muitos prêmios, como Emmy e Globo de Outro e dessa vez não deve ser diferente. Seus principais atores, Kevin Spacey, Robin Wright e Michael Kelly devem levar algum dos prêmios para a casa.

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Apesar de tudo, a série mantém seu padrão de qualidade, que é magnífico, mas se ela resgatar alguns elementos utilizados anteriormente e investir mais em seus personagens secundários poderá ser uma das melhores séries dramáticas da história.

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Sobre o Autor

Thiago Pinto

‘’E quando acabar de ler a matéria, terá minha permissão para sair’’

-Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)