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Crítica | Humans (Piloto)

Humans vem trazendo uma premissa já conhecida pelo público, mas convence em nos mostrar um caminho totalmente diferente do que vimos em produções Hollywoodianas. Um ponto interessante a se notar que esse futuro na série não está assim tão distante para nós no final de 2015. Só dar uma goggleada na intranet que veremos inúmeros casos de invenções robóticas que carregam características humanas e seus criadores (ou podemos chamá-los de pais?) prometem grandes revoluções com seus projetos em quaisquer ramos. Anteontem mesmo eu vi um vídeo de um pequeno robô andando de bicicleta tão bem quanto qualquer humano e ainda dava tchau para as pessoas que estavam passando no local. Agora dá para acreditar que esse futuro está quase na esquina certo? cof cof Skynet is coming cof cof 

O Piloto foi bastante esclarecedor em nos explicar como essa realidade funciona com os Synth. Mas afinal, o que são esses Synth? São androides com tamanha semelhança com os humanos, que caso você esbarre na rua, nem saberia reconhecê-lo como um robô e as pessoas os olham como total sonho de consumo. Quem nunca queria um robô para fazer suas tarefas, enquanto você ficava relaxando? Pois é. O conceito deles é exatamente esse. Três plots são desenvolvidos nesse episódio, onde conhecemos alguns desses seres que seguiram um caminho diferente do habitual. Eles pensam.

Fomos apresentados a uma família (com sotaque maravilhoso, diga-se de passagem) onde a matriarca da mesma se encontra num estado atual de desgaste emocional. Com a intenção de melhorar a situação com a esposa, o marido compra um Synth. Quem achou que ia melhorar, se enganou profundamente. Após a androide ser nomeada como Anita, toda a família percebeu que ela não era comum. Tinha algo diferente nela. Algo bastante humano, mas não só aparência. Em seu interior. Esse plot se liga totalmente ao segundo, pelo fato dela ter feito parte de um grupo com outros androides com a mesma capacidade dela e eram liderados pelo humano Leo. Além disso, tem os flashes que Anita se relembra de vez em quando. Trazendo um certo mistério a trama e sua afeição pela filha caçula do casal ruivo. Longe dali, Leo faz o possível e impossível para descobrir o paradeiro de seus outros amigos, e claro, de sua amada Anita.

O terceiro plot capta o lado emocional de se sentir apegado a um Synth. Com aparência humana, com certeza esse apego não é impossível. O Dr. Milican tem um robô com a validade vencida, porém não consegue trocar por algo novo. Mesmo com insistência de terceiros na troca, ele permanece firme em manter o seu ”filho” protegido e seguro. Em nenhum momento, dá a entender que esse plot possa se interligar com os dois primeiros. Nunca se sabe, né?

Acho que esse pequeno texto deu uma certa ansiedade para conferir o primeiro episódio, assim espero. Lembrando que a série já teve sua segunda temporada confirmada e desde o início deste mês tem sido exibida pela emissora AMC Brasil.

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Narcos | Realidade e Ficção

“O realismo mágico trata de coisas muitos estranhas para ser verdade e há um motivo para ele ter nascido na Colômbia.”

Apesar de ser uma série fictícia e explicitar isso logo no primeiro episódio, Narcos mostra muito do que realmente aconteceu na Colômbia na época da ascensão do traficante Pablo Escobar. Relembre agora alguns momentos da trama e veja o que realmente aconteceu por trás disso.

[ATENÇÃO, A PARTIR DESTE PONTO TEREMOS  SPOILERS]

Logo no primeiro episódio vemos que a origem do tráfico de cocaína na Colômbia inicia-se no Chile. Segundo especialistas isso realmente aconteceu, e que, entre as décadas de 1950 e 1973, ano do golpe militar, o país era o maior ponto de refino da droga na América do Sul. Porém o massacre mostrado no episódio, assim como o seu sobrevivente, “Barata”, foram fictícios. Ao invés de matarem os produtores, eles foram extraditados para os EUA.

O narrador da série e personagem Steve Murphy assim como seu parceiro do DEA, Javier Peña, realmente existiram e atuaram como consultores da série.

Abaixo, está Javier Peña e Steve Murphy e acima está como eles foram retratados na série.
Abaixo: Javier Peña e Steve Murphy. Acima: Como foram retratados na série.

A espada de Simón Bolívar realmente foi roubada pelo grupo M19 para uma campanha de lançamento da guerrilha e há grande chance dela ter sido entregue a Pablo Escobar. Especialistas e antigos membros do grupo falam que a espada nunca foi entregue a traficantes e que após o grupo virar um partido político, eles devolveram a espada ao governo. Porém segundo Juan Pablo Escobar (filho de Pablo) a espada foi um de seus brinquedos de infância.

O traficante realmente foi candidato e chegou ao congresso em 1982, porém não foi Pablo que procurou os políticos e sim o contrário. A denúncia que o expôs não aconteceu como foi abordado na série, ao invés dos policiais terem achado a foto e mandado para o jornal e para Rodrigo Lara Bonilla, no livro “Escobar, o patrão do mal”, o jornalista Alonso Salazar afirma que o diretor do jornal “El Espectador” encontrou uma nota sobre a prisão de Escobar em arquivos e publicou. Pablo desesperado tentou comprar todas as edições do jornal na época, mas mesmo assim não conseguiu abafar a história, com provas do seu envolvimento no tráfico, foi obrigado a renunciar.

A invasão ao Palácio de Justiça da Colômbia pelo M19 é um fato histórico no país, porém ao contrário do que a série diz, ela não foi ideia de Pablo Escobar (pelo menos não há provas nem indícios do fato). O real objetivo da guerrilha era punir o presidente Belisario Betancur, que consideravam um traidor das negociações de paz.

Elisa, uma das chefes do M19 no seriado e também informante do DEA é uma personagem fictícia, não havia nenhum registro com esse nome entre os membros da guerrilha. As mortes dos membros do grupo sob ordens de Escobar também não são comprovadas. Ivan, o Terrível por exemplo, foi morto por militares em 1985.

Elisa
Elisa

A morte de vários como Carlos Pizarro, Bernardo Jaramillo, Luis Carlos Galán e outros cinco mil foi realmente à mando de Pablo Escobar, e após um pedido do filho de Galán, Cesar Gaviria de fato o sucede, como é abordado na série.

Como mostrado, Pablo realmente deu ordens para o atentado que matou 107 pessoas em um voo da Avianca, e ao que tudo indica o homem que levava a bomba não sabia do que se tratava. O atentado foi planejado por um homem chamado Darío Uzma e quando ele foi cobrar à Escobar pelo serviço, acabou sendo morto por seus comparsas.

Abaixo Pablo escobar, acima Wagner moura como Pablo
Abaixo: Pablo escobar. Acima: Wagner moura como Pablo

Os sequestros para o fim da extradição de narcotraficantes também foi fato histórico no país e foram intensificados no período em que Cesar Gaviria era presidente, Diana Turbay, filha do ex presidente Julio Cesar Turbay, de fato foi sequestrada e morta em uma operação de resgate, mas estava correndo quando foi baleada e não escondida em um guarda-roupas.

A morte de Gustavo (primo de Escobar) foi considerada romantizada na série. Ele não foi vítima de uma emboscada, mas descoberto por forças de segurança que interceptaram suas comunicações. Quando morreu, Gustavo achou que era um ataque do Cartel de Cali. Também não há nenhum indício de seu envolvimento com Martha Ochoa.

La Catedral, a prisão em que Pablo foi detido após “se entregar” parecia mais uma fortaleza do que uma prisão. O Jornal The New York Times, na época, fez uma publicação que dizia que o chefe do cartel de Medellín tinha colchão de água, videocassete, bar, refrigerador, TV de 60 polegadas, banheira e até lareira. Ele também tinha um ginásio e um campo de futebol.

Abaixo: Pablo e sua esposa. Acima: os dois na série
Abaixo: Pablo e sua esposa. Acima: os dois na série

O “ataque” à prisão mostrado no fim da temporada também foi um fato verídico e 49 pessoas foram indiciadas pela fuga, entre eles um coronel do Exército, seis militares e o próprio ex-diretor geral de prisões, que foi feito refém por Escobar junto com o vice-ministro de Justiça Eduardo Mendoza (a série mostra apenas o sequestro de Mendonza).

Narcos foi Dirigida por José Padilha, estrelada por Wagner Moura, e está disponível no Netflix desde 28 de agosto de 2015.

 

 

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Crítica | Do jeito que o Diabo gosta.


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O Diabo pode tirar suas férias? Claro que pode. Gerenciar todo o Inferno e torturar almas alheias se torna algo bem rotineiro para quem comanda o Lar dos Condenados. Chega uma hora que é preciso transparecer e tomar um novo rumo na vida. É isso que o querido Lucifer faz. Desiste do seu imponente cargo para tentar se adaptar a vida em Los Angeles, onde é dono de um bar chamado Lux e se depara com questionamentos humanos, além de esbarrar com conhecidos de origem sobrenatural.

Antes de mais nada, deixe-­me explicar. A Fox pegou os direitos da HQ criada por Mike Carey para a Vertigo no final dos anos 90 até 2000. Atualmente, é a quarta série adaptada de histórias da Vertigo (Constantine durou apenas uma temporada, iZombie está em sua segunda temporada e Preacher se encontra em filmagens). Com isso, vem toda aquela histeria que estamos tão bem acostumados e toda a expectativa no que diz respeito à adaptação. Perguntas como ‘Será que vão adaptar tal arco?‘ ou ‘Nhá, já sei que não ficará legal‘ são bastante ouvidas/lidas em podcasts e fóruns de inúmeros grupos no Facebook. Diante dessas indagações, a pergunta de maior relevância é: a série mostrou a essência dos quadrinhos?

Após assistir o Piloto da série, podemos concluir imediatamente que a sinopse descrita acima será o único elemento semelhante entre a HQ e sua adaptação para a TV. E isso pode ser legal. Sei como alguns fãs podem ser exigentes em relação ao material original, mas às vezes é preciso se desvincular do mesmo para contemplar algo que possa ter potencial. Não posso dizer que Lucifer será um grande sucesso, porém tem chances de dar certo caso seja trabalhada da maneira correta.

Tenho certeza que alguns entortaram o nariz de cara ao descobrirem que o Príncipe das Trevas seria o personagem principal, não é mesmo? Até porque, com a excelente interpretação de Mark Pellegrino como o tal em Supernatural, quem precisaria aturar outro ator fazendo o mesmo papel?

Tom Ellis roubou a cena de início. Seu sotaque britânico combinado com sua forma de agir durante todo o Piloto não passaram despercebidos. A forma como ele consegue dobrar as pessoas ao seu bel prazer só reforça aquela expressão que o Diabo está nos detalhes. Além disso, seu humor é bastante afiado. Essa é a fórmula perfeita para criar aquela criatura que fica no nosso ombro dizendo coisas ruins.

Lucifer tem a Lux e também Mazikeen, que é apaixonada por ele. Mazi pode ser considerada aquela que lembra seu chefe de sua verdadeira natureza. Essa atitude traz um ponto interessante para o futuro da série. Lucifer acostumou-se com a humanidade e pode ter ficado amolecido como consequência, mas no final do episódio vimos sua verdadeira face. Ele tem essa balança diante de si. Em algum momento, o seu ‘eu’ primitivo vai aflorar e quando isso acontecer, será o inferno na terra (perdão pelo trocadilho).

Amenadiel é um anjo servente ao Senhor que deixa claro para seu desafeto que sua saída do Inferno causou um grande desequilíbrio e que tal ato terá consequências. A rivalidade entre os dois é bem evidente e deixa explícito que ambos poderão entrar numa futura guerra.

Chloe entra na vida de Lucifer após Delilah ser assassinada brutalmente em frente a Lux. A química entre os personagens é notável, mas o que intriga bastante é o fato dela não se persuadir ao seu dom. Esse mistério também o deixa totalmente desconsertado. Qual a verdadeira razão disso? Um bom plot para ser desenvolvido.

Outro elemento na vida do personagem principal será Trixie, filha de Chloe que veio para mostrar que crianças não são esses monstros que ele tem em mente. Ela é fofa e simpatizou com Morningstar de forma instantânea. Já prevejo boas risadas com os dois.

Com a detetive e o dono da Lux se tornando parceiros, confirma o que muitos temiam: a série terá uma pegada procedural, ou seja, a temporada se desenvolverá com casos da semana. O que contribuirá com uma trama direta e sem enrolação será a encomenda de apenas 13 episódios. Dei meu voto de confiança para a série e estou otimista para com a sua evolução. Querem uma fórmula para conseguirem gostar? Esqueça o que leu nos quadrinhos e foque apenas na série. Dica dada e fico por aqui.



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Crítica | Fear The Walking Dead (Piloto)

O sucesso da série The Walking Dead atualmente é absoluto. Com milhares de telespectadores hoje, a série conseguiu agradá-los tanto quanto a crítica especializada. Por conta disso, a AMC, canal norte-americano, decidiu fazer um spin-off da série original, contando o início do apocalipse zumbi.

Em alguns episódios de Walking Dead, podemos ver breves flashbacks mostrando o caos que acontecera quando o vírus se espalhou. Essas cenas só atiçaram mais a curiosidade do espectador, deixando-o ansioso para saber a origem de todos os problemas. É daí que surge Fear The Walking Dead.

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Fear The Walking Dead já com seu episódio piloto nos apresenta uma história promissora com muitos personagens interessantes e que provavelmente serão explorados ao longo do seriado. A narrativa começa mostrando a atual situação da sociedade na época: um vírus desconhecido está se espalhando por vários estados americanos. Isto posto, a população deve tomar uma vacina para tentar evitar a contaminação.

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O spin-off não perde em nada para seu original, tendo também uma ótima composição de elenco. Kim Dickens será Madison Clark, a protagonista da série; Cliff Curtis será Travis Manawa, este é professor como Madison, e tem uma relação conturbada com seu filho de um outro relacionamento. Além do mais, Travis foi o destaque do piloto, sendo o pilar para a construção do conflito. Frank Dillane interpreta Nick Clark, um garoto que não tem a total confiança de seus parentes e amigos, principalmente de sua mãe, Madison, também sendo o primeiro a ter contato direto com um zumbi; já sua irmã Alicia Clark (Alycia Debnam-Carey), é totalmente o oposto de seu irmão, tendo sua confiança por ele, igualmente a sua mãe, muito abalada.

Cliff Curtis as Sean, Kim Dickens as Miranda and Frank Dillane as Nick - Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 - Photo Credit: Justin Lubin/AMC

Apesar da série focar no desenvolvimento do vírus e nas discussões sobre a doença, esta se demonstra muito preocupada para apresentar a relação e os conflitos entre os personagens, podendo prejudicar o ritmo da narrativa.

Com o episódio piloto exibido, podemos tirar poucas conclusões, e especular sobre o futuro da série. Mas agora, o que nos resta a fazer é pensar se ela fará jus ao seu nome, carregando nas costas o peso de uma franquia tão incrível como The Walking Dead.

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Construindo o Universo Marvel nas séries

Atualmente, o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) encontra-se bem estabelecido na mídia e essa empreitada ousada teve início em 2008. A Fox já estava caminhando com suas próprias pernas ao produzir a adaptação dos mutunas e ainda não era o bastante. Com os direitos de vários personagens, o presidente da Marvel Studios, Kevin Feige, começou esse grande projeto que consistia em filmes-solos, culminando no crossover onde todos se juntariam aos Vingadores. Na época em que este projeto foi anunciado, gerou grande euforia entre os fãs de quadrinhos.

Com a Fase 1 concluída e a Fase 2 chegando ao fim, era preciso expandir ainda mais essa grande mitologia. A solução foi a criação de séries onde pudéssemos contemplar de maneira mais ampla o que víamos nestes filmes.

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Antes da criação da série, essa grande organização teve seu debut rapidamente em Homem de Ferro com a primeira olhada em Nick Fury e seu convite para os Vingadores. Homem de Ferro 2 nos apresentou um personagem carismático chamado Coulson (que também esteva em Thor) e o vimos morrer nos Vingadores. Após um tempo do lançamento do filme, foi confirmada uma série onde o tema seria o dia-a-dia desses agentes e o mais inesperado foi a participação regular de Coulson. Ué! Ele não estava morto? Sim, sendo que conseguiram driblar essa morte numa explicação que era apenas a ponta do iceberg da mitologia que estava sendo criada lá.

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É de fácil entendimento que a série teve a primeira metade de seu ano de estreia totalmente mediana, onde a produção estava muito presa à Batalha de NY e sem nenhuma mitologia própria para atrair os telespectadores. A partir do episódio 1×09, teve uma notável melhora e fomos surpreendidos com uma evolução na trama tão impressionante que parecia ser outra série. E foi seguindo esse estilo até o excelente season finale.

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Outro atrativo de AoS foi a execução de crossovers. Como a série estava interligada com o MCU, nada mais justo que os eventos de alguns filmes respingarem nela, certo? E foi isso que aconteceu na primeira temporada. Foram realizados dois crossovers leves com Thor: O Mundo Sombrio e o excelente crossover com Capitão América: O Soldado Invernal. Este segundo foi o elemento principal para tornar AoS o que ela é hoje, pois a representação dessa ligação foi feita num formato tão maravilhoso que parecia um filme, de tão eletrizante. Na segunda temporada aconteceu o crossover com Vingadores: Era de Ultron, que deixou esclarecido ao público como os Vingadores descobriram a localização do Cetro do Loki e o Projeto Teta sendo de grande ajuda no final do filme. Com o desfecho da temporada atual, acho que fica fácil deduzir o vindouro crossover.

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O filme dos Inumanos terá lançamento só para 2019, mas a origem sobre esses seres modificados pelos Kree deu seus primeiros passos nesta série. Foi uma decisão arriscada, mas até o momento, todo o material apresentado foi utilizado com bastante coerência. Guerreiros Secretos é um importante arco dos quadrinhos que apresenta uma equipe formada pelo Nick Fury, onde uma dos integrantes é a Daisy Johnson (também chamada de Tremor). Para quem lembra, é a nossa querida hacker Skye. Várias referências ao arco foi feito na série e a partir da 3° temporada, veremos uma adaptação do mesmo.

AoS veio para oficializar sua localização na extensa teia do Universo Marvel e também para sentir as consequências de alguns eventos mostrados nas fases citadas no início da matéria. O MCU ainda terá vida longa, mas será que a série terá gás para acompanhar tudo?

Agent Carter

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Peggy Carter foi introduzida no primeiro filme do Sentinela da Liberdade e tornou-se o interesse romântico de Steve Rogers. Um amor que foi interrompido com a ‘morte do Capitão América’. Naquela época, a S.H.I.E.L.D. ainda não existia e o Caveira Vermelha proclamava o domínio total da H.Y.D.R.A. A Segunda Guerra Mundial sendo retratada no filme abriu várias possibilidades para explicar alguns elementos mostrados no presente. A S.H.I.E.L.D. no presente já estava sendo representada e faltava mostrar como tudo teve início. Quem a criou? Quais foram os desafios com os primeiros comprometidos em deter qualquer ameaça que pessoas leigas não entenderiam? O gancho veio com o One-Shot da personagem num período pós-guerra, em que as mulheres não eram tratadas com a devida atenção num ambiente onde a maioria era composta por homens. Não demorou muito para que uma série-solo fosse oficializada pela Marvel junto com a ABC (mesma emissora responsável por AoS).

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O spin-off ambientado no passado permitiu preencher lacunas sobre o MCU e também o que foi mostrado em AoS. O desenvolvimento da mitologia foi executada de forma precisa e sem enrolações. Peggy Carter ainda mostrava total gás para executar missões e agora estava ajudando Howard Stark a provar sua inocência. Futuramente, os dois seriam os fundadores da S.H.I.E.L.D.

A série não dispensou as referências aos quadrinhos, o que tornou ainda mais rico o entendimento sobre diversos eventos ocorridos. Agent Carter diverte, brinca com o passado e deixa o público gritando ‘eu entendi a referência’. A renovação veio com grande alegria e foi prometida a introdução de alguns personagens conhecidos do público.

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Participações da Hayley Atwell:

– Capitão América: O Primeiro Vingador
– Agent Carter
– Agents of S.H.I.E.L.D. (flashback)
– Homem-Formiga
– Capitão América: O Soldado Invernal
– Vindouro Capitão América: Guerra Civil

Demolidor

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O público estava totalmente familiarizado com os Vingadores, mas ainda estava faltando algo. A resposta veio com a parceria da Marvel com a Netflix, onde a Fase 1 se trataria da apresentação de personagens urbanos e as tentativas de tornar Hell’s Kitchen um bairro melhor após a destruição em massa causada pela invasão dos Chitauri em Os Vingadores.

Matt Murdock (a.k.a. Demolidor) foi o primeiro a ser produzido e as expectativas estavam altíssimas com a série. Acho que posso falar por muitos que foi uma das melhores séries adaptadas. Essa parceria veio numa hora oportuna e nos trouxe um clima distinto ao que víamos nos filmes. O realismo estava todo ali. Matt não voava numa armadura e nem usava o Mjölnir, mas sua disposição para combater o crime era algo louvável.

Conhecemos o personagem em quatro momentos: na infância se adaptando à cegueira; Matt como advogado; Matt com o visual inspirado no uniforme do Frank Miller e John Romita Jr. e finalmente usando o uniforme vermelho como Demolidor. A série brincou bastante com elementos vistos nas histórias do personagem e também oficializou sua entrada no MCU, com referências ao Incrível Hulk e aos Vingadores. Para tornar tudo mais gostoso de assistir, ainda abriu portas para as aparições de Elektra, Justiceiro e quem sabe, Mercenário.

Jessica Jones

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A série ainda está em produção e será o segundo lançamento dessa parceria com a Netflix. Como as imagens acima mostram, veremos Luke Cage fazendo sua primeira aparição. Rumores de que poderá rolar um crossover entre Demolidor e Jessica Jones, pelo fato de ambos morarem em Hell’s Kitchen.

Com todas as referências aparecendo em todas as séries citadas, não fica difícil deduzir que esta também estará repleta de easter-eggs.

Luke Cage e Punho de Ferro + Defensores

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As três séries ainda demorarão para entrarem em produção, mas já fica valendo a intenção da Netflix/Marvel em finalizar a primeira fase num grande crossover entre os quatro personagens.

À exemplo dos filmes confirmados para a Fase 3, as séries ainda possuem um longo caminho pela frente e construindo um universo bem amplo, porém mantendo ligações com o MCU.

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Crítica | House of Cards – Terceira Temporada

Com a proposta de criar conteúdo original para seu serviço de streaming, a Netflix apostou na série dramática House of Cards, que foi bem aceita pelo público e hoje é uma das séries mais assistidas e que já está em sua terceira temporada atualmente.

Passaram-se duas temporadas e a história se transformou em algo completamente diferente do que era no início. Agora com seu ambicioso cargo de presidente, Frank Underwood (Kevin Spacey) precisa lidar com os problemas e conflitos que ameaçam seu cargo. Com isso, Underwood deve contar com alguns aliados como Remy Danton (Mahershala Ali) e Seth Grayson (Derek Cecil) para se preparar para as eleições de 2016 e ganhar de sua concorrente, Heather Dunbar (Elizabeth Marvel).

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Nessa terceira temporada, alguns personagens possuem uma importância e desenvolvimento bem maiores do que nas últimas duas, como Doug Stamper, brilhantemente interpretado por Michael Kelly, que era braço direito de Frank, mas que agora passa por uma recuperação depois de alguns acontecimentos na temporada anterior e ainda deve recuperar a confiança de Frank, pois ficou no hospital enquanto Underwood era eleito presidente. Já Claire Underwood (Robin Wright) toma posse do cargo de primeira dama e deve começar a resolver problemas de temporadas passadas e ainda ser uma imagem importante para a reeleição de Underwood.

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A teceira temporada possui muitos pontos positivos. Apesar de ser inferior à sua antecessora, esta consegue ter um desenvolvimento em quesito de história muito grande, além de mostrar muitos elementos reais do sistema governamental em todo o mundo. É quando entra Viktor Petrov (Lars Mikkelsen), o presidente da Rússia, um excelente personagem que consegue ficar no mesmo patamar de Underwood, deixando o presidente constrangido em algumas horas e consegue ainda chantagear Frank deixando a trama mais intensa.

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Infelizmente, nem tudo é um mar de rosas. Muitos elementos da série foram esquecidos nessa temporada, por exemplo, a quebra da quarta parede, quando Frank fala com o telespectador. Isso era um elemento muito presente e que ficou marcado na série inteira e foi muito pouco usado durante esta terceira parte. Mas, o pior da temporada são as personagens e suas histórias paralelas completamente insignificantes para a trama. Dois grandes exemplos são Kate Baldwin (Kim Dickens) e Thomas Yates (Paul Sparks): quando você pensa que esses personagens podem substituir Zoe Barners (Kate Mara) que representava uma grande ameaça para o presidente Underwood, na verdade eles são dois personagens medíocres com um romance raso e nenhuma ameaça, algo que estava sendo desenvolvido e explorado muito bem. A questão é que quando não é mostrado nada desse gênero na temporada, decepciona o telespectador e faz a série diminuir em questão de personagens.

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As gravações da quarta temporada já tiveram início. Provavelmente essa temporada irá abordar as eleições de 2016 e os candidatos à presidência dos Estados Unidos. Por isso, ainda não veremos qualquer tipo de ameaça ao presidente e é muito provável que aconteça só em uma quinta ou sexta temporada. E os indícios que foram deixados nesta última é de que o relacionamento de Claire e de Frank será o mais abordado na próxima.

A série já ganhou muitos prêmios, como Emmy e Globo de Outro e dessa vez não deve ser diferente. Seus principais atores, Kevin Spacey, Robin Wright e Michael Kelly devem levar algum dos prêmios para a casa.

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Apesar de tudo, a série mantém seu padrão de qualidade, que é magnífico, mas se ela resgatar alguns elementos utilizados anteriormente e investir mais em seus personagens secundários poderá ser uma das melhores séries dramáticas da história.