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Análise | Until Dawn, primeiras impressões

Inicialmente anunciado para o PS3, Until Dawn, utilizaria recursos do PlayStation Move. Um trailer foi exibido durante a Gamescom de 2012, porém o projeto não foi para frente. Felizmente, em 2015, foi desenvolvido pela Supermassive Games e publicado pela Sony Computer Entertainment, Until Dawn entra no mercado entre os grandes títulos da marca, apostando em novas tecnologias que permitem um aproveitamento maior do novo hardware. O game promete colocar os jogadores diante de situações complexas, onde as escolhas determinam o rumo da narrativa e dos personagens controlados.

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Você já se encontrou assistindo à algum filme de terror/suspense pensando em várias perguntas ou exclamações como, por exemplo, “Por que diabos, eles estão indo por esse caminho?”, “Pare, por ai não!” ou até “Esse vai ser o primeiro a morrer!”? Você é fã de filmes como Halloween, Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado?

Bom, se as respostas para as duas perguntas anteriores foram “Sim” ou apenas pra uma delas, ou se você é fã de videogame e adora explorar novas narrativas e jogabilidade, então Until Dawn é o jogo perfeito para você, te colocando em situações típicas de personagens de filmes de terror, e mostrando que, mesmo que o seu instinto de sobrevivência, sua vontade de viver sejam significantes, nem sempre são o suficiente para lhe manter vivo. Para interpretar os personagens do game, foram escalados para os papéis principais um cartel de atores conhecidos dos seriados, filmes e produções cinematográficas, Hayden Panettiere (Heroes e Nashville), Brett Dalton (Blue Bloods e Agents of S.H.I.E.L.D.), Galadriel Stineman (Ben 10: Alien Swarm), Rami Malek (Uma Noite no Museu 1, 2 e 3), , Noah Fleiss (A Ponta de um Crime), Nichole Bloom (Projeto X- Uma Festa Fora de Controle e Teen Wolf), Meaghan Jette Martin (Camp Rock 1 e 2 e 10 Coisas que Eu Odeio em Você), e a participação de Peter Stormare (Anjos da Lei 2) no papel do psicólogo Dr. Hill, que conversa com uma figura misteriosa durante o jogo.

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Sem entregar muito sobre o jogo, e acabar dando spoilers desnecessários, a premissa principal de Until Dawn é a reunião de 8 jovens em um chalé na montanha, onde eles estão juntos para tentar superar um acidente que aconteceu no mesmo local cerca de um ano antes. “Mas, o que poderia dar errado?”, deve ser o que muitos estão se perguntando agora. Bem, o desenrolar dessa história quem decide é você, suas escolhas irão decidir o destino de cada um dos jovens personagens (sim, dos 8 protagonistas), que tanto podem acabar o jogo vivos, como mortos, ou apenas alguns deles.

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Mesmo controlando durante o gameplayos 8 personagens, quem acaba roubando a cena no decorrer do jogo é o incrível “efeito borboleta” que adapta a famosa teoria de um meteorologista, matemático e filósofo estadunidense, Edward Lorenz como principal elemento da trama, onde nossas escolhas farão com que seguimos caminhos diferentes na continuidade da narrativa, ou seja, cada opção poderá abrir caminhos diferenciados e influenciar em futuras ações. Algo parecido como o que acontece em Heavy Rain ou The Walking Dead, uma decisão tomada no instante terá consequências imediatas ou influenciará o que acontecerá no futuro, muitas vezes em proporções inesperadas que podem se mostrar devastadoras.

Mas, claro, não é toda e qualquer decisão que causará um efeito devastador e complexo como esse. Algumas delas, como os Quick Time Events (QTEs) acontecem em vários momentos durante a jornada, principalmente se você optar por escolhas mais fáceis onde os QTEs aparecem como forma de aumentar o nível de dificuldade de progressão na história. Mas o jogo não deixa claro o que muda ou o que não muda, então, você tenta seguir o que acha que é correto para evitar desastres maiores, pois funciona como um save progress pois o jogo não permite que você salve em um ponto de decisão, para depois “ver o que dá” e acabar voltando e mudando sua escolha anterior.

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O jogo tem um gameplay humilde em relação as outras grandes franquias, cerca de 10horas de jogo e escolhas, porém esse tempo pode se estender caso você queira descobrir todas as possíveis ramificações que o jogo lhe propõe. Por acabar assimilando as pequenas decisões, que parecem ser insignificantes de início, o jogo resulta em uma experiência divertida e ao mesmo tempo realista, fazendo sentir o real peso das nossas ações e decisões.

O jogo peca um pouco em questões de gráfico, não que sejam ruins, mas não conseguem acompanhar o bom nível que o jogo nos entrega, ou está disposto a tal. Em certos momentos percebemos alguns movimentos limitados por parte dos personagens, assim como a tentativa falha de recriar expressões faciais. Entretanto se Until Dawn não possui os níveis gráficos que prometeu, ele entrega um jogo de câmeras que deixa muitos filmes de grande orçamento na sola do sapato. Durante o jogo você tem a constante sensação de ser vigiado e perseguido o que causa certo “desconforto”, mas isso não vem gratuitamente, muito pelo contrário, destaques de um excelente estudo de narrativa. E tudo isso seguido de uma trilha sonora excepcional. Além de possuir excelentes dublagens (áudio original), Until Dawn possui localização total para nosso idioma, inclusive dublado em PT-BR, ou seja, você pode mesclar. Sendo possível jogar tanto dublado em inglês e com legendas em português do Brasil, ou com legendas em inglês e dublagem brasileira, agradando geral.
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Until Dawn não possui modo multiplayer, seja online ou off-line, se resumindo apenas à campanha. No entanto, ele possui uma série de colecionáveis que você pode adquirir enquanto realiza a campanha, que proporcionam o esclarecimento dos mistérios do jogo, entre eles totens que revelam o futuro com uma cena rápida. Deixando que o próprio jogador interprete-a e faça por conta própria sua escolha seguinte.

VEREDITO:

Melhor do que era esperado, o jogo possui uma história interessante que merece ser conferida, mas a expectativa pelo final acaba estragando a experiência, e não espere por sustos bem elaborados, mas espere por momentos de desconforto. O gameplay é simples, e a mecânica de jogabilidade é bem fluída e fácil. Intercalando momentos excepcionais e outros nem tanto, o efeito borboleta brilha muito durante as 10 horas de gameplay. É o tipo de game que pede para ser jogado mais de uma vez, para que você volte e faça escolhas diferentes, até mesmo as mais insignificantes. Until Dawn então é um jogo bom, mas pouco aproveitado em seu máximo, sendo que se fosse um jogo de mídia digital, seria muito melhor.

Pontos fortes:

  • Ambientação
  • Trilha sonora
  • Ângulos de câmeras
  • “Efeito Borboleta”
  • Exploração
  • Finais Alternativos
  • Dublagem
  • Jogabilidade

Pontos fracos:

  • Variações bruscas de gráfico
  • Expectativas altas para o final
  • Gameplay curto
  • Sustos mal elaborados

NOTA FINAL: 7,0

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Serial-Nerd Séries

Narcos | Realidade e Ficção

“O realismo mágico trata de coisas muitos estranhas para ser verdade e há um motivo para ele ter nascido na Colômbia.”

Apesar de ser uma série fictícia e explicitar isso logo no primeiro episódio, Narcos mostra muito do que realmente aconteceu na Colômbia na época da ascensão do traficante Pablo Escobar. Relembre agora alguns momentos da trama e veja o que realmente aconteceu por trás disso.

[ATENÇÃO, A PARTIR DESTE PONTO TEREMOS  SPOILERS]

Logo no primeiro episódio vemos que a origem do tráfico de cocaína na Colômbia inicia-se no Chile. Segundo especialistas isso realmente aconteceu, e que, entre as décadas de 1950 e 1973, ano do golpe militar, o país era o maior ponto de refino da droga na América do Sul. Porém o massacre mostrado no episódio, assim como o seu sobrevivente, “Barata”, foram fictícios. Ao invés de matarem os produtores, eles foram extraditados para os EUA.

O narrador da série e personagem Steve Murphy assim como seu parceiro do DEA, Javier Peña, realmente existiram e atuaram como consultores da série.

Abaixo, está Javier Peña e Steve Murphy e acima está como eles foram retratados na série.
Abaixo: Javier Peña e Steve Murphy. Acima: Como foram retratados na série.

A espada de Simón Bolívar realmente foi roubada pelo grupo M19 para uma campanha de lançamento da guerrilha e há grande chance dela ter sido entregue a Pablo Escobar. Especialistas e antigos membros do grupo falam que a espada nunca foi entregue a traficantes e que após o grupo virar um partido político, eles devolveram a espada ao governo. Porém segundo Juan Pablo Escobar (filho de Pablo) a espada foi um de seus brinquedos de infância.

O traficante realmente foi candidato e chegou ao congresso em 1982, porém não foi Pablo que procurou os políticos e sim o contrário. A denúncia que o expôs não aconteceu como foi abordado na série, ao invés dos policiais terem achado a foto e mandado para o jornal e para Rodrigo Lara Bonilla, no livro “Escobar, o patrão do mal”, o jornalista Alonso Salazar afirma que o diretor do jornal “El Espectador” encontrou uma nota sobre a prisão de Escobar em arquivos e publicou. Pablo desesperado tentou comprar todas as edições do jornal na época, mas mesmo assim não conseguiu abafar a história, com provas do seu envolvimento no tráfico, foi obrigado a renunciar.

A invasão ao Palácio de Justiça da Colômbia pelo M19 é um fato histórico no país, porém ao contrário do que a série diz, ela não foi ideia de Pablo Escobar (pelo menos não há provas nem indícios do fato). O real objetivo da guerrilha era punir o presidente Belisario Betancur, que consideravam um traidor das negociações de paz.

Elisa, uma das chefes do M19 no seriado e também informante do DEA é uma personagem fictícia, não havia nenhum registro com esse nome entre os membros da guerrilha. As mortes dos membros do grupo sob ordens de Escobar também não são comprovadas. Ivan, o Terrível por exemplo, foi morto por militares em 1985.

Elisa
Elisa

A morte de vários como Carlos Pizarro, Bernardo Jaramillo, Luis Carlos Galán e outros cinco mil foi realmente à mando de Pablo Escobar, e após um pedido do filho de Galán, Cesar Gaviria de fato o sucede, como é abordado na série.

Como mostrado, Pablo realmente deu ordens para o atentado que matou 107 pessoas em um voo da Avianca, e ao que tudo indica o homem que levava a bomba não sabia do que se tratava. O atentado foi planejado por um homem chamado Darío Uzma e quando ele foi cobrar à Escobar pelo serviço, acabou sendo morto por seus comparsas.

Abaixo Pablo escobar, acima Wagner moura como Pablo
Abaixo: Pablo escobar. Acima: Wagner moura como Pablo

Os sequestros para o fim da extradição de narcotraficantes também foi fato histórico no país e foram intensificados no período em que Cesar Gaviria era presidente, Diana Turbay, filha do ex presidente Julio Cesar Turbay, de fato foi sequestrada e morta em uma operação de resgate, mas estava correndo quando foi baleada e não escondida em um guarda-roupas.

A morte de Gustavo (primo de Escobar) foi considerada romantizada na série. Ele não foi vítima de uma emboscada, mas descoberto por forças de segurança que interceptaram suas comunicações. Quando morreu, Gustavo achou que era um ataque do Cartel de Cali. Também não há nenhum indício de seu envolvimento com Martha Ochoa.

La Catedral, a prisão em que Pablo foi detido após “se entregar” parecia mais uma fortaleza do que uma prisão. O Jornal The New York Times, na época, fez uma publicação que dizia que o chefe do cartel de Medellín tinha colchão de água, videocassete, bar, refrigerador, TV de 60 polegadas, banheira e até lareira. Ele também tinha um ginásio e um campo de futebol.

Abaixo: Pablo e sua esposa. Acima: os dois na série
Abaixo: Pablo e sua esposa. Acima: os dois na série

O “ataque” à prisão mostrado no fim da temporada também foi um fato verídico e 49 pessoas foram indiciadas pela fuga, entre eles um coronel do Exército, seis militares e o próprio ex-diretor geral de prisões, que foi feito refém por Escobar junto com o vice-ministro de Justiça Eduardo Mendoza (a série mostra apenas o sequestro de Mendonza).

Narcos foi Dirigida por José Padilha, estrelada por Wagner Moura, e está disponível no Netflix desde 28 de agosto de 2015.

 

 

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Análise | Gate: Jieitai Kanochi Nite, Kaku Tatakaeri #1 a #6

Gate: JieItai Kanochi Nite, Kaku Tatakeri, ou somente GATE, é uma série de novels escrita por Takumi Yanai e publicada desde 2010 no Japão. Em 2011 a obra começou a ser adaptada para os mangás, e na mais recente temporada de animes de 2015 finalmente obtivemos sua versão animada. Animação esta feita com um esmero absurdo.

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Crítica | Do jeito que o Diabo gosta.


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O Diabo pode tirar suas férias? Claro que pode. Gerenciar todo o Inferno e torturar almas alheias se torna algo bem rotineiro para quem comanda o Lar dos Condenados. Chega uma hora que é preciso transparecer e tomar um novo rumo na vida. É isso que o querido Lucifer faz. Desiste do seu imponente cargo para tentar se adaptar a vida em Los Angeles, onde é dono de um bar chamado Lux e se depara com questionamentos humanos, além de esbarrar com conhecidos de origem sobrenatural.

Antes de mais nada, deixe-­me explicar. A Fox pegou os direitos da HQ criada por Mike Carey para a Vertigo no final dos anos 90 até 2000. Atualmente, é a quarta série adaptada de histórias da Vertigo (Constantine durou apenas uma temporada, iZombie está em sua segunda temporada e Preacher se encontra em filmagens). Com isso, vem toda aquela histeria que estamos tão bem acostumados e toda a expectativa no que diz respeito à adaptação. Perguntas como ‘Será que vão adaptar tal arco?‘ ou ‘Nhá, já sei que não ficará legal‘ são bastante ouvidas/lidas em podcasts e fóruns de inúmeros grupos no Facebook. Diante dessas indagações, a pergunta de maior relevância é: a série mostrou a essência dos quadrinhos?

Após assistir o Piloto da série, podemos concluir imediatamente que a sinopse descrita acima será o único elemento semelhante entre a HQ e sua adaptação para a TV. E isso pode ser legal. Sei como alguns fãs podem ser exigentes em relação ao material original, mas às vezes é preciso se desvincular do mesmo para contemplar algo que possa ter potencial. Não posso dizer que Lucifer será um grande sucesso, porém tem chances de dar certo caso seja trabalhada da maneira correta.

Tenho certeza que alguns entortaram o nariz de cara ao descobrirem que o Príncipe das Trevas seria o personagem principal, não é mesmo? Até porque, com a excelente interpretação de Mark Pellegrino como o tal em Supernatural, quem precisaria aturar outro ator fazendo o mesmo papel?

Tom Ellis roubou a cena de início. Seu sotaque britânico combinado com sua forma de agir durante todo o Piloto não passaram despercebidos. A forma como ele consegue dobrar as pessoas ao seu bel prazer só reforça aquela expressão que o Diabo está nos detalhes. Além disso, seu humor é bastante afiado. Essa é a fórmula perfeita para criar aquela criatura que fica no nosso ombro dizendo coisas ruins.

Lucifer tem a Lux e também Mazikeen, que é apaixonada por ele. Mazi pode ser considerada aquela que lembra seu chefe de sua verdadeira natureza. Essa atitude traz um ponto interessante para o futuro da série. Lucifer acostumou-se com a humanidade e pode ter ficado amolecido como consequência, mas no final do episódio vimos sua verdadeira face. Ele tem essa balança diante de si. Em algum momento, o seu ‘eu’ primitivo vai aflorar e quando isso acontecer, será o inferno na terra (perdão pelo trocadilho).

Amenadiel é um anjo servente ao Senhor que deixa claro para seu desafeto que sua saída do Inferno causou um grande desequilíbrio e que tal ato terá consequências. A rivalidade entre os dois é bem evidente e deixa explícito que ambos poderão entrar numa futura guerra.

Chloe entra na vida de Lucifer após Delilah ser assassinada brutalmente em frente a Lux. A química entre os personagens é notável, mas o que intriga bastante é o fato dela não se persuadir ao seu dom. Esse mistério também o deixa totalmente desconsertado. Qual a verdadeira razão disso? Um bom plot para ser desenvolvido.

Outro elemento na vida do personagem principal será Trixie, filha de Chloe que veio para mostrar que crianças não são esses monstros que ele tem em mente. Ela é fofa e simpatizou com Morningstar de forma instantânea. Já prevejo boas risadas com os dois.

Com a detetive e o dono da Lux se tornando parceiros, confirma o que muitos temiam: a série terá uma pegada procedural, ou seja, a temporada se desenvolverá com casos da semana. O que contribuirá com uma trama direta e sem enrolação será a encomenda de apenas 13 episódios. Dei meu voto de confiança para a série e estou otimista para com a sua evolução. Querem uma fórmula para conseguirem gostar? Esqueça o que leu nos quadrinhos e foque apenas na série. Dica dada e fico por aqui.



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Serial-Nerd Séries

Crítica | Fear The Walking Dead (Piloto)

O sucesso da série The Walking Dead atualmente é absoluto. Com milhares de telespectadores hoje, a série conseguiu agradá-los tanto quanto a crítica especializada. Por conta disso, a AMC, canal norte-americano, decidiu fazer um spin-off da série original, contando o início do apocalipse zumbi.

Em alguns episódios de Walking Dead, podemos ver breves flashbacks mostrando o caos que acontecera quando o vírus se espalhou. Essas cenas só atiçaram mais a curiosidade do espectador, deixando-o ansioso para saber a origem de todos os problemas. É daí que surge Fear The Walking Dead.

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Fear The Walking Dead já com seu episódio piloto nos apresenta uma história promissora com muitos personagens interessantes e que provavelmente serão explorados ao longo do seriado. A narrativa começa mostrando a atual situação da sociedade na época: um vírus desconhecido está se espalhando por vários estados americanos. Isto posto, a população deve tomar uma vacina para tentar evitar a contaminação.

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O spin-off não perde em nada para seu original, tendo também uma ótima composição de elenco. Kim Dickens será Madison Clark, a protagonista da série; Cliff Curtis será Travis Manawa, este é professor como Madison, e tem uma relação conturbada com seu filho de um outro relacionamento. Além do mais, Travis foi o destaque do piloto, sendo o pilar para a construção do conflito. Frank Dillane interpreta Nick Clark, um garoto que não tem a total confiança de seus parentes e amigos, principalmente de sua mãe, Madison, também sendo o primeiro a ter contato direto com um zumbi; já sua irmã Alicia Clark (Alycia Debnam-Carey), é totalmente o oposto de seu irmão, tendo sua confiança por ele, igualmente a sua mãe, muito abalada.

Cliff Curtis as Sean, Kim Dickens as Miranda and Frank Dillane as Nick - Fear the Walking Dead _ Season 1, Episode 1 - Photo Credit: Justin Lubin/AMC

Apesar da série focar no desenvolvimento do vírus e nas discussões sobre a doença, esta se demonstra muito preocupada para apresentar a relação e os conflitos entre os personagens, podendo prejudicar o ritmo da narrativa.

Com o episódio piloto exibido, podemos tirar poucas conclusões, e especular sobre o futuro da série. Mas agora, o que nos resta a fazer é pensar se ela fará jus ao seu nome, carregando nas costas o peso de uma franquia tão incrível como The Walking Dead.

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Detective Comics Quadrinhos

A necessidade de um encadernado “Condenado”

Como alguns já devem saber, a Panini Comics resolveu dar uma pausa na numeração do mix Superman e produzir dois encadernados abordando a fase Superman: Condenado (Superman: Doomed nos EUA). O real motivo deste lançamento foi corrigir o excesso de títulos lançados no mix, que atualmente compila três títulos mensais. Essa superlotação acabou atrasando inúmeras histórias dentro da revista do herói.

Tendo em vista que esse atraso iria comprometer algumas sagas futuras, a Editora resolveu lançar os encadernados. Essa decisão acabou criando um descontentamento nos leitores, devido ao preço, mas também por ser considerado um encadernado “tapa buracos”, levando a acreditar que seria como um mix gigante (várias histórias abordando diferentes aventuras do herói).

Porém, não foi isso que acabou acontecendo. Coincidentemente a saga Superman: Condenado abordava todas as histórias inclusas no mix e até mais algumas, sendo perfeito para criar um encadernado fluido, divertido e sem fugir do tema. Além do mais, daria muito bem para tirar o atraso dos títulos, o que foi um prato cheio para a editora.

Vilão Apocalypse
Vilão Apocalypse

Apesar do preço um pouco acima do orçamento dos leitores, vale muito a pena conferir os encadernados, pois é abordada a primeira aparição do Apocalypse no universo dos Novos 52 (vilão famoso por ter matado o Superman). O público não é restrito apenas a quem acompanhava os títulos do Homem de Aço. Qualquer fã do herói pode ler, pois é possível entender tudo que acontece no encadernado graças aos prelúdios inclusos na obra.

Capas de Superman Condenado 1 e 2
Capas de Superman Condenado 1 e 2

O preço de capa dos encadernados Superman: Condenado 1 e 2  é de R$ 28,90 e R$ 29,90 respectivamente.

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Cinema Tela Quente

Crítica | Quarteto Fantástico

Durante seus trailers e seus primeiros minutos, Quarteto Fantástico nos promete uma história repleta de elementos de ficção-científica para recontar a origem dos heróis da década de 60, mas na realidade, ele acaba nos apresentando um filme tão complicado quanto a sua produção.

O ‘’destino’’ do novo filme da Fox já estava sendo escrito: o desastre. É muito duro você chegar no cinema e imaginar por tudo que ele passou para estar lá. A falta de planejamento, as brigas entre elenco, direção e estúdio e também a necessidade de seu roteiro ser reescrito. Portanto, devemos analisar a obra como um todo.

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No começo vemos um Reed Richards mais novo, que tem como sonho construir uma máquina onde o ser humano possa ser transportado para diversos lugares, desde um outro país até uma outra dimensão, inclusive nos é apresentado o início da relação entre Reed e Ben Grimm. Anos se passam, quando Ben (Jamie Bell) e Reed (Miles Teller) conhecem Sue Storm (Kate Mara) e o Professor Franklin Storm (Reg E. Cathey) em uma feira de ciências. Logo, por seu trabalho ter chamado a atenção do professor, Reed é convocado para trabalhar em um grande projeto no edifício Baxter.

Reed conhece alguns outros colegas: Victor von Doom (Toby Kebbell) e John Storm (Michael B. Jordan), duas controvérsias do longa, mas que não são grandes problemas do filme tendo ambos uma boa introdução. Reed e sua equipe começam a trabalhar em uma máquina onde iria tornar possível a viagem do homem para outra dimensão. Em certo momento, com o projeto finalizado e os testes aprovados, escondidos, a equipe decide ir até a outra dimensão, onde são expostos a uma energia que lhes concede poderes.

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Falando desta forma parece algo que ocorre em poucos minutos, mas não. Até a equipe conquistar seus poderes foram longos 50 minutos, mas até que aproveitáveis. O começo nos agrada de uma certa forma, o filme nos deixa bem claro que seu foco não é o relacionamento de Sue e Reed tampouco o relacionamento entre os personagens mas sim apresentar o contexto do filme, a criação da máquina e a discórdia entre a empresa e a equipe. Contudo o elemento da ficção-científica é muito pouco aproveitado e somado com diálogos irritantes e piadinhas sem graças e fora de hora,  resultam no descontentamento do público.

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A partir do momento em que eles ganham os poderes, até eles aceitarem esse fardo, o filme sobe um pouco de nível. Ao invés de fazer várias piadas sobre seus poderes, como seu antecessor, o filme retrata os poderes adquiridos como problemas genéticos, e a culpa de Reed por ter transformado sua equipe em “monstros” é algo muito bem mostrado e como eles administram esses poderes é outra coisa bem exemplificada. Estes são bem mais aproveitados na telona, deixando o fã ansioso para o seu desfecho.

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Não… Não, não e não. Essas quatro palavras soam na sua cabeça vendo o final da obra. Ao invés de seguir um raciocínio lógico que estava tendo desde o início, com a intromissão do estúdio no processo de filmagem, em uma tentativa desesperada de ganhar dinheiro, vender o filme e manter seus direitos, ele acaba deixando o espectador decepcionado e consequentemente, fazendo seu filme se tornar um dos piores do gênero… E não para por aí! Quando se produz um blockbuster como Quarteto Fantástico em um estúdio como a FOX, é de se esperar efeitos visuais que surpreendam, mas outra vez o filme decepciona apresentando efeitos visuais medíocres.

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Quarteto Fantástico ignorou tudo ao seu redor, com um elenco incrível que poderia ajudar e fazer a diferença, mas não os usou como deveria. Temos também os quadrinhos, com muito conteúdo para ser explorado, algo que não foi feito em nenhuma parte do filme. Seu vilão, o Dr. Destino (não, é o vilão mesmo, não apenas da equipe, mas do filme), o personagem mais criticado, não teve um visual nem um pouco fiel aos quadrinhos sendo pouco aceito pelo público, apesar de seus poderes e seu visual serem justificáveis. Quanto a sua motivação é algo que nem deveria ser discutido, sendo uma grande falha do roteiro. Já a equipe só teve um destaque realmente, que foi o Coisa, sendo bem melhor na questão visual e bem mais aproveitado nesse novo filme, tornando os outros personagens da equipe “esquecíveis”.

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Com a má administração da direção, a interferência do estúdio e o desaproveitamento de vários setores já era de se esperar um fracasso nas bilheterias juntamente com uma péssima avaliação da crítica. E com tudo isso acontecendo, os estúdios Fox discutem se haverá uma continuação.20150127-fantastic-four-poster-reboot-615x911

Concluímos então que o novo filme tem uma premissa ótima e um elenco incrível, mas no final acaba decepcionando o fã por sua história falha, não conseguindo ser mais do que um simples filme cheio de promessas não cumpridas e um ritmo péssimo.

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Resenha | Zetman #01

sci-fi de ação que faltava na sua coleção.

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O jeito Marvel e Warner de fazer cinema

Recentemente a Marvel Studios lançou seu 12º filme, o Homem-Formiga, que teve um bom desempenho tanto nas críticas quanto na bilheteria. A Warner Bros., concorrente direta da Marvel Studios, iniciou em 2013 seu universo cinematográfico com o filme Homem de Aço e ano que vem lançará um filme, ou melhor, um encontro, muito esperado por todos: Batman V Superman: A Origem da Justiça.

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Atualmente a maior discussão em fóruns e redes sociais é sobre o jeito dos estúdios produzirem seus longa-metragens. De um lado temos a Marvel com seus filmes repletos de piadas e ação a todo momento. Do outro, a Warner Bros., fazendo seus filmes com um tom mais sério e uma trama mais bem desenvolvida e complexa.

Começando pela Marvel, ela é a única que não tem do que reclamar. Conseguiu sozinha achar o resultado da equação para o sucesso, lançando em média 2 filmes por ano. A Marvel faz do jeito que ela quiser: filmes um pouco mais sérios, com piadas do início até o fim, repletos de easter-eggs, etc… Já foi deixado muito claro que o público alvo na realidade é aquela criança que irá ver o Homem de Ferro na tela e depois sairá correndo do cinema para comprar o bonequinho do herói na loja de brinquedos mais próxima.

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A Warner Bros. já foi muito criticada, e ainda é. Seja por uma escolha de elenco, pelo seu processo de marketing, por tudo. Ainda não é bem claro o ritmo que a Warner quer dar para seus filmes, já que seu universo por enquanto é só composto pelo Homem de Aço. Então, tendo base este filme e o trailer de Batman v Superman, podemos perceber notáveis diferenças relacionadas a sua concorrente: a história parece mais coesa, dramática, tendo uma discussão um pouco mais política, um filme feito por nerds para nerds e não para uma criança chegar, ver o Superman e o Batman quebrando pescoços e querer sair e comprar seu boneco. É óbvio que a Warner tem também o objetivo de vender seus produtos, além do mais, é o Batman e o Superman, um dos heróis mais conhecidos da história, deixando mais fácil para a Warner vender seus produtos.

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Infelizmente, obstáculos sempre aparecem e isso é  igual para ambos os estúdios e se chama: bilheteria. Sim, o filme é feito para divertir o espectador, sim, o filme é produzido para deixar o espectador refletindo, tudo isso… Mas, o maior objetivo de qualquer estúdio é faturar. A Marvel está conseguindo muitos resultados notáveis na bilheteria. Contudo, a Warner pode se atrapalhar e se prejudicar muito se ficar pensando completamente nos resultados relacionados às bilheterias, algo que influencia muito o destino do filme, do universo e do estúdio.

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Relacionado ao jeito de produzir seus filmes, os dois conseguem trabalhar muito bem, somando qualidade com profissionalidade, mas para tudo na vida existem vantagens e desvantagens. Quando você vai fazer uma história com várias questões políticas, drama, em um filme de super-herói, isso pode Batman-V-Superman-Batman-teaser-posterser um acerto e um erro. Os nerds mais velhos, os adultos, os idosos, até mesmo a crítica, irão gostar muito sobre o que o filme retrata, mas pode acabar decepcionando também, por esquecer os heróis e o contexto que envolve a trama da história.

Risadas, suspiros, gritos, excitação. Essas quatro palavras resumem um pouco a nossa experiência ao ver um filme da Marvel. Todas as pessoas no mundo, como eu, já disseram que a Marvel achou a sua ‘’fórmula’’ conseguindo o que todo estúdio quer: dinheiro e sucesso. Então, se ela já conseguiu tudo isso, por que está tentando fazer filmes mais sérios, contra sua fórmula?! Capitão América 2 é muito bom e é completamente diferente de todos os outros filmes de seu estúdio. Um filme que foi contra a fórmula, mas no final funcionou. Homem de Ferro 3 tentou fazer a mesma coisa, um filme mais sério… E errou feio, tanto que foi massacrado pelos fãs e críticos em todo mundo. Vingadores 2, a controversa da Marvel Studios, alguns gostam, outros não. A Marvel pecou fazendo algo que a Warner deve evitar: criar uma expectativa ao fã e acabar com ela instantaneamente quando ele senta na cadeira do cinema.

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Depois desta matéria podemos chegar a uma conclusão: a Warner e a Marvelpossuem jeitos diferentes de trabalhar, com visões distintas relacionadas aos super-heróis. Então, não é necessário que a Warner ‘’aprenda’’ com a Marvel, mas sim seguir e trilhar seu próprio caminho. Discussões e brigas acontecem a todo momento por causa deste tema, mas na verdade, nós devemos parar e refletir um pouco mais.

Portanto, devemos aproveitar todos os filmes que os estúdios estão nos proporcionando, sabendo distinguir tanto pontos negativos, quanto positivos.

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Gameplay RPG

Análise | Dungeons & Dragons: Um bardo, um elfo e um anão entram em uma taverna…

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Uma pequena introdução ao universo de Dungeons & Dragons.

“Vocês estão sentados em uma mesa no canto da taverna, quando adentram três figuras interessantes. Seriam pessoas normais, não fosse o contraste entre eles: um bardo, com seu alaúde preso por uma corda; um elfo, segurando um arco simples e um anão com um machado de guerra. Eles vão até o balcão, pegam uma garrafa de hidromel e três canecas, caminham até uma mesa e abrem um mapa sobre ela. Eles falam algo sobre um tesouro e um dragão vermelho…”

Parece familiar? Bem, se você já leu algum livro de ficção fantástica, como Senhor dos Anéis ou Eragon, talvez soe familiar mesmo. Agora, se você já passou tardes e mais tardes de sábado ou domingo, sentado a uma mesa com mais quatro ou cinco pessoas viajando pelo mundo fantástico dos dragões e calabouços, sabe exatamente do que eu estou falando.

Sim, amigos, estou falando exatamente sobre Calabouços e Dragões, ou melhor Dungeons & Dragons, como é conhecido mundialmente. Para os íntimos, D&D. Um mundo onde tudo é possível, desde fazer surgir bolas de fogo de um cajado ou da própria mão, a uma luta de vida ou morte com um dragão vermelho. Criado com base em seres mitológicos e algumas influências do universo de Tolkien(os halflings são uma versão livremente inspirada nos hobbits) em 1974, por Gary Gygax e Dave Arneson, trouxe uma nova visão do que eram jogos de interpretação. Hoje, 40 anos depois, estamos na 5ª edição de um dos jogos mais jogados e influentes do mundo. E nessa 5ª edição podemos dizer que voltamos à era de ouro de D&D, pois muito do que havia se perdido, quando fundiram o Advanced Dungeons & Dragons, voltou. Novas classes de personagens, novas profissões, mais monstros. Além de um background excelente. E o que é o mais importante: quase todo o material necessário para juntar o seu grupo e montar sua mesa de jogo está disponível on-line apenas com o ônus de ser em inglês.

beholderPara os que já conhecem o sistema, claro que não será um problema. Mas se você não conhece, aconselho que leia o material anterior, pelo menos o Livro do Mestre, para facilitar o entendimento de algumas regras. A Wizards também tem feito um excelente trabalho com a franquia, criando cada background melhor que o outro. Atualmente, o ambiente de D&D não conta somente com dragões e orcs, mas demônios têm invadido o cenário de jogo.

E o mais interessante é que isso reflete em todas as plataformas que envolve o D&D, desde a virtual até os livros complementares. Essa “conversa” que a Wizards realiza entre as plataformas é o que tem tornado o sistema incrível a cada novidade lançada.

Então, se você gosta de lutar contra ordas de goblins, decepar cabeças de orcs e brandir um machado contra um exército de mortos-vivos enquanto caça
tesouros ou escapa de masmorras, fica aí a recomendação: Dungeons & Dragons é, atualmente, o melhor sistema para evocar a magia e a emoção das aventuras de fantasia que povoam sua mente.

Em breve, faremos também um artigo sobre dicas de como mestrar uma aventura sem cair nos clichês e contar uma história que fará seu grupo mergulhar de cabeça no mundo dos Calabouços e Dragões.wallpaper_Illo 8