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Games

Superman é o destaque do novo vídeo de DC Unchained

Creative Lab soltou um novo trailer de gameplay do jogo mobile DC Unchained, dessa vez, mostrando as habilidades do Superman.

Veja ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=MAoLQ7B2tOA&feature=share

De início, serão 30 personagens jogáveis, com futuras DLC’S do universo Rebirth DCCU (DC Cinematic Universe). De acordo com a produtora, o game irá contar com modo história, missões especiais, eventos temáticos, modos PVP (player vs player) e cooperativo.

DC Unchained será lançado em 2018 para Android e iOS

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Cinema

X-Men: Fênix Negra revolucionará o gênero de filmes de heróis, segundo Sophie Turner

Em uma conversa com a revista Empire, Sophie Turner, a interprete da jovem Jean Grey nos filmes dos X-Men, comentou sobre o filme X-Men: Fênix Negra e falou a respeito do diretor  Simon Kinberg.

”Será revolucionário! Nós queríamos criar um novo tipo de filme de super-heróis. Simon Kinberg foi a mente por trás desse longa e ficamos felizes com o resultado.”

E mais, a revista liberou uma nova imagem do Magneto, que aparenta não estar em seus melhores dias.

Veja a imagem a seguir:

X-Men: Fênix Negra chega em 2 de Novembro em todos os cinemas do país.

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Cinema Entretenimento

Liberadas novas artes conceituais de Hela em Thor: Ragnarok

O artista Andy Park divulgou em seu Instagram uma galeria com diversas artes conceituais da Hela, a principal antagonista de Thor: Ragnarok, que estreou no mês Novembro em todos os cinemas brasileiros.

Veja a galeria abaixo:

E mais, o desenhista e colega de trabalho do Andy,  Ryan Meinerding, compartilhou em seu Instagram, uma arte do Homem-Aranha ao lado de uma árvore com pisca-pisca, simbolizando o Natal.

Veja a imagem abaixo:

A próxima aparição do Homem-Aranha e do Thor nos cinemas será em Vingadores: Guerra Infinita, que estreia em 26 de Abril.

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Cinema Entretenimento

Orcs rebatem as críticas dos humanos em novo vídeo de Bright

Netflix disponibilizou um novo vídeo da sua mais nova produção, Bright. Nele, dois Orcs falam sobre o filme enquanto rebatem as críticas feitas pelos humanos, mas é claro, de uma maneira bem humorada e descontraida.

Veja ao vídeo abaixo:

Em um mundo futurista, seres humanos convivem em harmônia com seres fantásticos, como fadas e ogros. Mesmo nesse cenário infrações da lei acontecem e um policial humano (Will Smith) especializado em crimes mágicos é obrigado a trabalhar junto com um orc (Joel Edgerton) para evitar que uma poderosa arma caia nas mãos erradas.

Clique aqui para conferir a nossa crítica do filme. Para mais informações a respeito de Bright, fique ligado aqui na Torre de Vigilância.

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Consoles Games PC

Veja o novo vídeo de Dragon Ball FighterZ que destaca as habilidades de Tenshinhan

Bandai Namco soltou um novo vídeo do jogo Dragon Ball FighterZ, mostrando as habilidades e combos do personagem Tenshinhan, que você pode assistir logo abaixo:

Dragon Ball FighterZ será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2018.

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Quadrinhos

(Alguns) Quadrinhos Nacionais de 2017 que você deveria conhecer

O ano de 2017 foi de grande destaque no mercado nacional de quadrinhos. Muitas notícias surgindo das grandes marcas como a linha Graphic Novels da MSP, como a divulgação do (fofo) elenco da adaptação para os cinemas da Turma da Mônica, novas editoras e selos surgindo, as editoras investindo tanto em produtos fora do nicho Marvel/DC, trazendo HQs gringas que dificilmente veríamos sendo lançadas aqui no país e o mais legal: lançando com material de qualidade diversos gibis de artistas nacionais. Com excelente qualidade gráfica, ações de marketing em redes sociais e nas feiras especializadas pelo país, HQs digitais que ganharam formatos físico e sem contar o pessoal que vai para o Cartase e no suor e na raça conseguem publicar seu material. Parabéns para todos os envolvidos!

Listamos aqui, algumas HQs que curtimos esse ano. Claro que infelizmente não dá para colocar tudo que vimos/noticiamos/lemos em uma simples matéria. Não é uma lista de melhores do ano, e sim uma forma de compartilhar algumas produções do quadrinho nacional. Vamos tentar ser os mais justos possível!

Peek a Boo: A Masmorra dos Coalas – Alto Astral/Plot! Editorial

Escrita e desenhada pela Psonha, a HQ traz a aventura de Mambay e do vampiro Apolônio contra cogumelos pigmeus zumbis. Sim, isso mesmo! Leitura fácil e bem gostosa, Peek a Boo parece um episódio de A Hora de Aventura nas palmas das mãos, mas sendo um colírio para os olhos.

 


Semilunar – Editora Balão Editorial

Maria é uma menina que sofre de disfemia (gagueira), sendo que ela consegue lidar com essa condição cantando e recitando poesias. A ideia vem de sua mãe, Dolores, uma cantora que nunca conseguiu o sucesso. Maria quer viver de música e tem uma condição tão difícil de lidar, além da mãe, que projeta na filha todos os seus desejos e frustrações. Os roteiros e desenhos são de Camilo Solano. Você pode adquirir seu exemplar no site da editora clicando AQUI.


A Infância do Brasil – AVEC Editora

O quadrinho histórico de José Aguiar, narra seis séculos do nosso país sob o olhar das crianças brasileiras. Sendo um verdadeiro documento do passado, a narrativa viaja da colonização a modernidade, passando pelo período escravagista e industrial. As imagens são de grande destaques na HQ que se assemelha a retratos e pinturas de livros de história que líamos no colégio.


Capitão Feio: Identidade – Panini

Com foco no grande vilão que sempre ronda as aventuras da Turma da Mônica, a HQ dos irmãos Magno e Marcelo Costa, apresenta como um homem sem passado e nem memórias se torna extremamente poderoso e sua relação com a sociedade fica cada vez mais complicada.

 


Demônios da Goetia – Editora Draco

Fechando a “Trilogia de Horror Cósmico”, também chamada de “Trilogia das Cores”, a Draco lançou Demônios da Goetia em Quadrinhos. Assim como os seus sucessores O Rei Amarelo em Quadrinhos e O Despertar do Cthullu em Quadrinhos, um time de artistas, capitaneados pelo editor Raphael Fernandes (o Rei das Costeletas), apresentam oito histórias que mostram como a corrupção humana não tem limites. Toda a trilogia é um presentão!

 


Realezas Urbanas – Alto Astral/Plot! Editorial

Escrita por um time de peso pesados composto por Rebeca Prado, Bianca Nazari, Barbara Morais e Tainan Rocha, Realezas Urbanas é um compilado com três histórias das mais célebres princesas e rainhas dos contos de fadas em meio a reuniões de negócios, a vida moderna e a loucura dos dias de hoje.

 


La Dansarina – Marsupial Editora/Jupati Books

Ganhadora do Troféu HQ Mix 2016 nas categorias Edição Especial Nacional e Roteirista, em La Dansarina de Lillo Parra e Jefferson Costa,  a trama se ambienta em São Paulo durante o ano de 1918, e conta sobre a saga de Petro para enterrar dignamente a sua mãe que faleceu durante um surto de Gripe Espanhola.

 


Gatilho – Independente

Carlos Estefan e Pedro Mauro se unem para contar a história de um caçador de recompensas que chega a uma cidade abandonada em busca de justiça. Mas, para conseguir seu objetivo, terá que enfrentar alguns fantasmas do passado. Para poder adquirir seu exemplar, você pode entrar em contato pelo e-mail: gatilhohq@gmail.com.


Angola Janga – Editora Veneta

A obra de Marcelo D’Salete levou 11 anos para ficar pronta, e se tornou umas das grandes publicações do ano nos quadrinhos nacionais. Angola Janga foi como um reino africano dentro da América do Sul, criada por fugitivos da escravidão, ela cresceu, se organizou e resistiu aos ataques dos militares holandeses e das forças coloniais portuguesas. O seu líder, Zumbi, virou lenda e inspirou a criação do Dia da Consciência Negra.

 


Kombi 95 – Alto Astral/Plot! Editorial

“Anos 90. Regras: Não há regras”. Com o polivalente Thiago Ossostortos no volante, a HQ Kombi 95 faz uma viagem e traz de volta tudo dos anos 90. E quando eu falo tudo é TUDO mesmo! A trama fala sobre um grupo de amigos que investigam a famosa lenda urbana da Kombi que pega crianças, e durante toda a aventura acontecimentos sobre música, comportamento, política, televisão, comidas, modas etc… uma das mais divertidas que li esse ano.

 


A Canção do Cão Negro – AVEC Editora

O segundo volume da excelente série nacional Contos do Cão Negro da dupla Cesar Alcázar e Fred Rubim, traz de volta Anrath, o Cão Negro, comandando o seu próprio navio, ao lado de Aella e Rorik. A trupe parte para uma missão perigosa na Islândia onde vão encontrar com saqueadores vikings e uma criatura mitológica sedutora e mortal.

 


Até o Fim – Geektopia

“Será que a vida simplesmente acaba? Ou o destino vai de acordo com o que cada pessoa acreditou durante toda a vida?” Com essas perguntas sobre a vida pós-morte, o trio Eric Peleias, Gustavo Borges e Michel Ramalho apresentam a lindíssima Até o Fim. Na história, Lilian e seus amigos sofrem um acidente de carro e ela faz um acordo para poder voltar à vida: precisa escolher o destino adequado para a alma de cada um dos seus amigos.

 


A Herança Becker – Zarabatana Books

Marcelo Costa e Magno Costa contam a saga de três irmãos, que após a morte do pai, Hanz Becker, herdam a fortuna, mas também o assassino do pai. Mistério, ódio, medo, dilemas familiares e vingança são os temperos da história.

 


Estudante de Medicina – Editora Veneta

Cynthia B. narra nos quadrinhos toda a sua trajetória no curso de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Novas responsabilidades, uma nova realidade, amizades, relacionamento com a mãe e novos hábitos não tão saudáveis estão na história.

 


Jurados de Morte

A dupla Iramir Araujo e Beto Nicácio trazem duas tramas em preto e branco ambientadas no Sertão do Nordeste Brasileiro. Conforme os próprios autores falam: Jurados de Morte é uma espécie de acerto de contas de personagens marcados pela rudeza daquela região geográfica com seu destino sempre incerto. Informações para adquirir seu exemplar clique AQUI.


Matei meu pai e foi estranho – Marsupial Editora/Jupati Books

Lançada recentemente, a nova HQ de André Diniz conta a história do menino Zaqueu, que nasceu albino de cabelos e pele mais brancos, em meio de uma família morena. Então em meio a dramas familiares e momentos triviais vemos Zaqueu buscar seu espaço.

 


Despacho – Editora Draco

A antologia “horror bagaceira” Despacho foi organizada por Fernando Barone e Samuel Sajo e um time de artistas, que se inspiraram nas coletâneas de terror dos anos 70, recriaram lendas e mitos brasileiros. Habitam nas páginas figuras folclóricas como Cuca, Cramunhão na Garrafa, Capelobo e até a lenda das páginas do Notícias Populares, o Bebê-Diabo.

 


Eu, Vilão – Overdrive Comics

Publicada de forma independente pelo icônico quadrinista Walter Junior, a HQ mostra a vida de Thomas e Richard depois de um incidente em uma estrada. Criticas aos meios de comunicações que disciplinam as opiniões das pessoas, a trama pergunta na verdade quem é o verdadeiro vilão?

 


Uma Estrela na Escuridão – Marsupial Editora/Jupati Books

André Bernadino adapta o livro homônimo de Gabriel Davi Pierin, que fala sobre a história real do judeu brasileiro Andor, que foi parar no campo de concentração Nazista de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.

 


Turma da Mônica: Lembranças – Panini

Fechando a trilogia que foi iniciada em Laços e seguida por Lições, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi trouxeram a turminha mais famosa do Brasil em uma aventura cheia de intrigas, sopapos, planos infalíveis, risadas e, claro, amizades. Vale lembrar que é dessa trilogia que o filme live-action da Turma da Mônica está sendo baseado.

 


A Teia Escarlate – Editora Draco

Escrita por Raphael Fernandes e desenhada por Clayton InLoco e Daniel Canedo, a trama conta a vida de uma imortal desde a antiguidade ao renascimento. O volume ainda reúne alguns contos escritos por Eduardo Kasse, criador da série Tempos de Sangue.

 


De Volta a Solemnia – Editora Marsupial/Jupati Books

A trama mostra o jovem príncipe Alex I, que parte em uma jornada juntamente com o seu fiel cavaleiro Sir Grimmo e o seu cavalo Acéfalo em busca de um lendário amuleto. A HQ é de Artur Fujita, e foi publicada originalmente em formato digital.


Chico Bento: Arvorada – PaniniO premiado cartunista Orlandeli cria uma história tocante com momentos de amor, dor, humor, mistério e aprendizado. Tudo isso em um lindo visual. Na HQ, o caipira mais famoso dos quadrinhos, leva uma daquelas lições que a vida de vez em quando dá em todos nós, porque nem tudo pode ser deixado para depois.

 


HellDang – Independente

A banda de rock HellDang tem em sua rotina muitos fracassos e shows vazios, então os seus integrantes fazem um pacto com o demônio Amduscias para chegar até a sonhada fama. Só que as coisas saem do controle. Com roteiro de Aírton Marinho e arte de Samuel Sajo, a trama mistura rock and roll, YouTubers e caminhoneiros. Você pode adquirir direto com o autor pelo e-mail: helldanghq@gmail.com


Já Era! – Editora Lote 42

Felipe Parucci, conta a história de Regina, uma publicitária que trabalha muito e ganha pouco. Suas interações sociais são tediosas e vive em um mundo repleto de piras erradas. Cansada, ela vê a oportunidade de comprar um barco e sair navegando sem rumo, em busca de uma razão de existir. Mas ela acaba caindo em uma viagem surreal e encontra a oportunidade de mudar o mundo. Ou pelo menos o mundo dela. A venda no site da editora.


Abutres – Editora Estronho

Eduardo Vetillo e Julio Magah apresentam quatro fora-da-lei, um xerife implacável, um fazendeiro decadente e abutres famintos são as estrelas de um faroeste repleto de violência e mistérios.


Porco Pirata – Editora Mino

O grande Porco Pirata cruza juntamente com o seu bando a costa africana, quando captura Izzy, a filha da grande bruxa Iaci. E vê em sua prisioneira um passaporte para inúmeros tesouros e encantamentos da poderosa anciã. João Azeitona é o autor da HQ.


Open Bar – Panini

A edição definitiva da obra de Eduardo Medeiros conta a história de Barba e Leonardo. Dois amigos que herdam um bar e, por contrato, são obrigados a mantê-lo funcionando em meio a desavenças e amores antigos.


Bilhetes

Na primeira página do álbum, o leitor verá seis bilhetes, cada um contendo uma mensagem. Sendo que cada bilhete pertence a uma das histórias. Eles provocam reviravoltas e mudarão o rumo da vida dos personagens ao surgirem durante a trama. Mas nesse momento o leitor não verá o seu conteúdo. Ou seja, ele não saberá qual bilhete apareceu em cada história. Um time peso pesado produziu Bilhetes: Marcelo Marchi, Paulo Borges, Laudo Ferreira Jr., Marco Antonio Cortez, Augusto Minighit, Jean Diaz, Julius Ohta. Mais informações no site do Paulo Borges.


Devorados – Editora Draco

Para proteger a sua esposa e seu bebê, Duran Draconian, vai enfrentar um ritual arriscado para entrar para a Dragonaria Rubra, uma força de elite que sobrevoa os campos de batalha aplicando a justiça dos homens. Este futuro pai e guerreiro vai ter que superar grandes obstáculos, forjar um elo permanente de sangue com um réptil alado selvagem e encarar o seu monstro interior. O roteiro é da dupla Erick Santos Cardoso e Cirili S. Lemos e os desenhos são de Marcio R. Gotland.

 


À Moda da Casa – Editora Estronho

Baseada nos curtas-metragens Mal Passado e Snuff Said do cineasta Julio Wong, que assina o roteiro juntamente com Ser Cabral, À Moda da Casa narra um conto em que atores morrem ao participarem de filmes totalmente realistas onde as pessoas jantam os corpos das vítimas. A arte é de Kiko Garcia.

Como foi dito aqui antes, é praticamente impossível escrever sobre todas as HQs nacionais de qualidade lançadas em 2017. E lembrando que NÃO é uma lista de os melhores do ano. Acredito que melhor do que fazer listas, é compartilhar boas histórias com outras pessoas. Mas espero que possa ter ajudado o máximo possível em algum direcionamento. Alguns títulos estão bem fresquinhos, pois foram lançados recentemente na CCXP.

E que em 2018 o quadrinho nacional possa estar em patamares ainda maiores, mesmo com toda a concorrência que venha dos “supers” de fora. Tem que ter suor, raça e sangue. Então vamos fazer a nossa parte e prestigiar nossos artistas.

 

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Quadrinhos Torre Entrevista

Torre Entrevista | David Mack

Ele torna a violência, a agressão em uma folha de papel em algo suave como sua arte. David Mack é um dos maiores de sua geração. Em sua visita ao Brasil na CCXP, conversamos com o roteirista, capista e pintor que, inclusive, abriu o jogo sobre futuros projetos:

Vamos começar falando do Demolidor, cuja popularidade se multiplicou nos últimos anos, especialmente desde sua fase com Kevin Smith e, posteriormente, Brian Michael Bendis. Como é mexer com um herói tão cheio de imperfeições e quanto sua fase influenciou as outras mídias (filme, seriado…) ?
É um personagem que pode ser considerado um herói imperfeito desde sua infância, além da marca de “deficiente”, taxada por algumas pessoas. Mas, sua forma única de perceber o mundo torna-se sua vantagem. Então, gosto dessa ideia: Ele é bem diferente por causa disso e se destaca do resto da humanidade por essas experiências [sensoriais] com a realidade. Gosto dessa diferença pois o obstáculo vira uma qualidade e também como o tema da história. Quando comecei minha primeira história [do Demolidor] que o [Joe] Quesada desenhou, ele me pediu para criar um novo personagem e vim com a Echo porque achei que ela seria outro personagem que percebe o mundo de forma única, também transformando desvantagem em atributo. Cada um tem um forte ponto de vista, e quando os une, podemos fazer histórias muito interessantes. A terceira pessoa com fortes pontos desde sua infância foi Wilson Fisk. Assim, gostei muito de fazer a história que considero a origem de Fisk. Aliás, considero esta a primeira história cronologicamente dizendo que fiz sobre o DD. Várias ideias desse número foram parar no seriado em Vincent D’Onofrio, com o martelo, rachaduras na parede, as brigas dos pais… Se você olhar bem, eles usaram até as mesmas cores de roupas dos quadrinhos. Então, algumas partes da minha história foram para a Netflix.

Echo e a origem de Wilson Fisk por David Mack e Joe Quesada em Daredevil nº15. Abril de 2001. (Reprodução: Comixology.com)

Em Demolidor – Fim dos Dias, você apenas fez o roteiro. Como foi dessa vez, salvo algumas páginas, voltar a somente essa função? Tem ambição de regressar ao universo dele?
Claro. Eu amo o Demolidor! Como você disse, comecei fazendo o roteiro do Demolidor e não a arte interior. De fato, na maioria das histórias fui escrevendo, mas há uma que não o fiz e foi esta uma das primeiras que o Brian [Michael Bendis] escreveu para Marvel justo quando mudei para a arte interior. Isso foi basicamente para conseguir um emprego para o Brian como escritor. Era uma grande oportunidade de trabalharmos juntos em um projeto que selasse nossa longa amizade. Também gosto de saber que foi um dos seus pontos de partida na Marvel e fizemos coisas maravilhosas por lá de lá para cá. Então, foi fantástico voltarmos juntos em Demolidor – Fim dos Dias e de quebra, adoro que os artistas sejam Bill Sienkiewicz e Klaus Janson, porque Brian e eu crescemos e aprendemos lendo-os nas histórias do DD quando garotos…

Dois muito influentes artistas do DD!
Muito influentes também em storytelling em geral para mim e Brian. Aprendemos tanto que colocamos em nossas histórias e arte. Trabalhar com esses caras em uma história que eles também trouxeram à vida era um sonho. Agora é real. Desde então estou escrevendo uma sequência para DD – Fim dos Dias com a mesma equipe criativa na medida do possível. Klaus agora é um artista exclusivo da DC, queríamos que ele fizesse parte também, mas provavelmente o Bill vai fazer a maior parte da arte. Essa sequência se chamará Justiceiro – Fim dos dias. Amei escrever o Justiceiro em DD – Fim dos dias e penso que seria ele o ideal a próxima história fluir. Ainda terá os outros personagens da história anterior, onde Ben Urich a fez desenrolar em sua parte urbana mas, obviamente, ele não estaria em uma história subsequente. O Justiceiro então seria sucessor e já trabalhei muito nisso com o Brian antes dele assinar com a DC. Agora vamos ver como vai ser daqui em diante.

Justiceiro em Demolidor Fim dos dias (Reprodução: comicstore.marvel.com)

Frank Castle é um personagem mais urbano, assim como o Demolidor. Já pensou em fazer quadrinhos com um herói de características mais clássicas?
É uma boa pergunta. Também vejo o Justiceiro e Demolidor como personagens mais “de rua”. Quando escrevo-os, penso que devem permanecer por lá, para manter essa perspectiva de um núcleo do Universo Marvel, por isso foi bom o aspecto em colocar o Ben Urich nessa situação. Há uma parte em que ele quer se encontrar com Os Vingadores, mas eles não se encontram com ele. Nessa história, gosto da limitação entre esses personagens, deixando de lado a parte mais cósmica da Marvel. Apesar disso, eu adoraria fazer uma HQ do Doutor Estranho, Batman ou algo a mais.

Seu trabalho mais autoral é Kabuki. Esta vem de uma cultura estrangeira. Há pintores de alto nível no Japão, como [Ayami] Kojima, Yoshitaka Amano… Como esse sincretismo artístico o influencia?
Essa questão é interessante porque estive recentemente no Japão por duas semanas. Tenho muita influência em meu trabalho de culturas globais e do Japão especificamente em Kabuki. O divertido em roteirizar quadrinhos, fazer arte e até escrever histórias é que não há um dispositivo de desligamento para de onde vem sua inspiração. Você pode constantemente viajar entre diferentes níveis, mundos e, quando leva aos quadrinhos, isso se torna seu laboratório, seu playground para processar tudo que te inspira. Para pegar um pedaço de tudo que faça sentido, e essa é minha área de lazer.

página interna de Kabuki (Reprodução: Davidmackguide.com)

Você hoje é mais um capista. O quanto um roteirista tem poder sobre suas capas e o quão tênue é sua linha para não interferir na arte do miolo, feita por outro desenhista?
Não sei bem o quanto minha arte influencia ou interfere o conteúdo, é mais fácil falar com cada artista em individual. Em alguns momentos no começo de Alias – Jessica Jones fiz alguma arte interior mas eu estava satisfeito de fazer as capas. Em Deuses Americanos, de Neil Gaiman, fico feliz em fazer a arte de capa dessa nova série em quadrinhos assim como em Clube da Luta, de Chuck Palahniuk

Como é trabalhar com Gaiman?
Fantástico. Fazemos também pôsteres algumas vezes durante o ano, em feriados… inclusive estava fazendo um hoje de manhã no hotel! Este, um pôster promocional. Estou muito satisfeito em estar nessa com Neil. Muito contente de estar em Deuses Americanos e espero fazer mais coisas com ele.

Capa de American Gods: Shadows nº4 (Reprodução: Darkhorse.com)

Falando em autor, há uma história muito engraçada e curiosa porque existe um outro David Mack, que vocês inclusive dividem o mesmo website! Qual é sua relação com ele e como isso funciona?
David Alan Mack é um cavalheiro que escreve livros como os de Star Trek e tenho a honra de dividir meu nome. Há outros “David Macks” por aí, como um que é embaixador do oriente médio. Em geral, tenho uma ótima relação com eles.

 

Com o outro David Mack, o escritor, considero que seria interessante um trabalho conjunto, fazendo a capas dos livros. Quem sabe um dia…

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Quadrinhos

Volume inédito da Barbarella chega ao Brasil pela Jupati Books

O segundo volume da Barbarella de Jean-Claude Forest está chegando às livrarias em lançamento da Marsupial Editora através do selo Jupati Books. Intitulada As Cóleras do Come-Minutos, esta edição é inédita no Brasil. Confira detalhes abaixo.

Criada em 1962, Barbarella transformou o mundo dos quadrinhos adultos. Na época da revolução sexual, o traço sensual da heroína não deixava nenhum leitor indiferente. Barbarella ajudou a mudar o papel da mulher nas histórias em quadrinhos, até então confinado a figurantes assexuadas. Este é o segundo álbum da personagem, que está sendo publicado pela primeira vez no Brasil.

No Brasil, com a estreia do filme de 1968 (estrelado por Jane Fonda), o primeiro álbum da personagem foi publicado no ano seguinte pela Linográfica Editora. Com tradução de Jô Soares, o livro continha em sua capa o cartaz do filme e por muitos anos foi disputado a unhas e dentes pelos colecionadores.

A personagem foi esquecida pelas editoras nacionais até a Marsupial/Jupati Books resgatá-la em 2015, dando continuidade em 2017 com histórias totalmente inéditas, publicando na íntegra todo o material encadernado lançado na França pela Les Humanoïdes Associés.

Para conhecer mais sobre a personagem e sua importância para os quadrinhos mundiais, leia um artigo completo clicando aqui.

Barbarella: As Cóleras do Come-Minutos possui 78 páginas encadernadas em capa cartão e formato 27,2 x 20 cm, e o preço sugerido é R$ 42,00. Clique aqui para reservar sua edição na pré-venda.

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Cinema

David Harbour já finalizou as suas filmagens em Hellboy: Rise of The Blood Queen

Em um depoimento feito para a Variety , David Harbour falou que já encerrou as suas filmagens em Hellboy: Rise of The Blood Queen.

Foi difícil. Tenho 42 e saí por aí correndo atrás de monstros gigantes. Mas valeu a pena, todo o esforço não foi em vão.”

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Hellboy: Rise of The Blood Queen mostrará o ”Vermelho” indo atrás da bruxa Nimue, que após ser esquartejada e picotada em vários pedaços por outras feiticeiras, estará de volta para transformar o planeta Terra em seu reinado de sangue.

O filme estreia em Janeiro de 2019.

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Quadrinhos

Arco Invasão! faz parte do Renascimento da DC Comics

A edição Doomsday Clock #2 confirmou que o famoso arco Invasão!, publicado originalmente entre 1988 e 1989, faz parte do cânone da atual fase do Renascimento da DC Comics. A trama, inclusive, foi adaptada pela CW em 2016 no crossover entre as séries Legends of Tomorrow, Arrow, Supergirl e The Flash.

“O metagene é uma anomalia descoberta durante a invasão dos Dominadores e encontrada em mais de 12% da população. Um evento traumático ou um acidente potencialmente letal pode despertar o metagene, alterando a disposição genética de uma pessoa e causando o desenvolvimento de atividades superhumanas”, diz o site viral The Bulletin na edição de Doomsday Clock #2.

Invasão! foi um crossover com os heróis da DC Comics que mostra um grupo de alienígenas, liderados pelos Dominadores, que invadem a Terra para confrontar a população metahumana. Escrita por Bill Mantlo, foi a primeira vez que o termo metahumano apareceu nos quadrinhos. O que veio facilitar o crescimento de heróis e vilões na editora.

Doomsday Clock é uma sequência direta do clássico Watchmen de Alan Moore e Dave Gibbons. Ela se passa logo após os eventos da história original, e o plano de Ozymandias foi descoberto e agora ele é uma das pessoas mais procuradas do mundo por ter matado de milhões de pessoas.

A narrativa que iniciou em Universo DC Renascimento #1, que seguiu em The Button protagonizada por Batman e Flash, agora vai terminar em Doomsday Clock, que está sendo produzida por Geoff Johns, Gary Frank e Brad Anderson. A minissérie vai colocar frente a frente à esperança e otimismo do Superman contra as ações cínicas que o Dr. Manhattan tem realizado no Universo DC.