Categorias
Entretenimento

Disney Storyliving | Disney anuncia a construção de um bairro residencial na Califórnia, Estados Unidos da América

Através de um comunicado de imprensa, a Disney anunciou a construção do Disney Storyliving, um bairro residencial que será localizado na Califórnia, Estados Unidos da América. 

Storyliving será o primeiro empreendimento habitacional da empresa, que procura estender o modelo de negócios para outras cidades (e países). 

O bairro junto de suas residências terão um design pensado no futuro, mas sem se desconectar do presente e do passado, sendo uma ”mescla” de épocas. Com diversas comunidades, Disney Storyliving contará com dezenas de programações pensadas no bem estar dos residentes, além de programações de entretenimento para todas as idades e comércios temáticos e não temáticos locais.  Foi especificado, que o público com mais de cinquenta e cinco anos terá um espaço de lazer próprio. 

Atualmente comandada por Bob Chapek, a Disney é considerada como a maior empresa de entretenimento do mundo, tendo mais de trinta estúdios fazendo parte do seu conglomerado.  Marvel Studios, PIXAR, 20th Century Studios e Searchlight Pictures são algumas das empresas que estão em seu domínio. 

Até o momento, não há previsão de quando o Disney Storyliving será lançado. 

Categorias
Cinema Entretenimento Literatura Séries

Estão à venda os direitos dos filmes, jogos e eventos de O Senhor dos Anéis

A Variety anunciou que a Saul Zaentz Co, está vendendo os direitos de O Senhor dos Anéis, tais quais como filmes, jogos eventos e etc. 

O valor estimado pelo ACF Investment Bank, empresa contratada pela organização, é de US$ 2 bilhões. A Amazon, que está produzindo diversas temporadas da franquia com um custo de US$ 1 bilhão, está no topo da lista para adquirir as propriedades. 

Warner Bros. Pictures ainda possui alguns direitos da Terra-Média através da New Line, uma vez que um filme animado por parte do estúdio está em desenvolvimento. 

O Senhor dos Anéis é uma trilogia de livros de  fantasia escrita pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien.  A série foi redigida entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial. O Senhor dos Anéis é uma continuação de O Silmarillion e O Hobbit.

Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância, para futuras informações sobre O Senhor dos Anéis.

Categorias
Entretenimento

Isaac Bardavid, dublador do Wolverine, morre aos 90 anos de idade

É com muito pesar que informamos que Isaac Bardavid, ator e dublador que ficou conhecido por dar voz ao Wolverine, morreu aos 90 anos de idade. 

Ele estava internado em estado grave devido a problemas em seu enfisema desde o dia 26 de Janeiro de 2022. 

A notícia foi dada por Matheus Bardavid, seu neto, por meio do seu perfil no Facebook

Isaac Bardavid dublou o Wolverine em todos os filmes dos X-Men, além dos longas-margens solo do personagem protagonizados por Hugh Jackman. Outros personagens que levam a voz do ator são: Tigrão, Phil, Odin, Obi-Wan Kenobi e EsqueletoBardavid foi um mestre da dublagem, e o seu legado será eterno.

Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças a todos os amigos e familiares de Isaac.

Categorias
Entretenimento

Gaspard Ulliel, o Midnight Man em Cavaleiro da Lua, morre aos 37 anos de idade

É informado através do Deadline, que o ator francês Gaspard Ulliel, faleceu aos 37 anos de idade.

Infelizmente, Gaspard foi vítima de um trágico acidente de esqui.  

Ulliel estará em Cavaleiro da Lua como o Midnight Man. Hannibal: A Origem do Mal, É Apenas o Fim do Mundo e Saint Laurent são alguns dos outros projetos que o ator participou em sua carreira.

Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças aos amigos e familiares do ator. 

Categorias
Entretenimento

Bob Saget morre aos 65 anos

O TMZ informa com exclusividade, que o ator e comediante Bob Saget morreu aos 65 anos de idade. 

Bob foi encontrado morto em um quarto de hotel localizado em Ritz-Carlton, Orlando, Estados Unidos da América. 

As circunstâncias da morte não foram reveladas. 

O ator era conhecido pelas séries Full House, How I Met Your Mother, Três é Demais e pelo filme Madagascar. Nós, da Torre de Vigilância, desejamos forças a família e amigos de Bob Saget, o seu legado será eterno. 

Categorias
Entretenimento Serial-Nerd Séries

O viciante e sublime espírito de Cobra Kai é notável em sua quarta temporada

Assim como na canção de Joe “Bean” Esposito, “You’re The Best”, feita para o icônico filme que deu início a esse universo, a história se repete; e você é o melhor. Em sua quarta temporada, Cobra Kai retorna triunfando com um refinamento em seu insistente enredo de tramas familiares e muita competição. Agora, Johnny Lawrence e Daniel LaRusso precisam unir forças para ganhar no campeonato sub-18 de All Valley, mas, será que eles terão a maturidade de se unir e vencer de uma vez por todas o Cobra Kai?

Após uma longa jornada, vemos mais uma vez que a conflituosa relação dos dojos está longe de acabar. Porém, mesmo sendo algo que se mantem durante toda a sua exibição, ver esses personagens e seus relacionamentos é revigorante. Nessa temporada, o maior foco foi explorar vínculos e desenvolver personagens que eram esquecidos e pouco lembrados – como o filho de Daniel, Anthony. Esse é o âmago primordial para que possamos ter mais inúmeras produções e continuações dentro de uma estória que, se fosse feita de maneira desatenciosa, não conseguiria nem chegar em uma primeira renovação pela Netflix.

Cobra Kai, 4ª temporada: data, trailer, novidades e tudo o que sabemos até agora

O que também é motivo de admiração, é como muitos dos atores conseguiram evoluir e crescer com seus trabalhos, comparado com períodos anteriores. Em uma cena específica entre Johnny e Miguel, durante o episódio 8 (oito), ambos conseguem cortar o coração do espectador durante a cena mais emocionante de toda a série. E também, todos os outros atores conseguem entrar cada vez mais em seus personagens, algo que definitivamente o roteiro faz com maestria. Também temos a apresentação de novos rostos e já conhecidos nos dojos, como Terry Silver e Devon, que prometem ser as próximas estrelas entre os caratecas.

Ainda falando sobre o seu roteiro, ele sabe muito bem escalar a história, e também como imergir e fazer com que todos possam entrar nesse mundo. A direção também soube como executar essa escrita em uma simbiose perfeita, seja nos timings das piadas, nos momentos de maior impacto, é feita de forma magistral. Mas infelizmente, existem momentos em que ele se perde e foca em tramas secundárias que se podem resolver em apenas um episódio, só que acabam indo até o fim da temporada.

Call of Duty continues to make all the money for Activision – Jioforme

Em relações técnicas, isso é onde a série mais se perde. Sua fotografia ainda parece algo muito cru, pouco trabalho; seu uso de câmera é extremamente simples, e apenas em momentos de luta parece que realmente tem uma atenção maior nesse quesito. Para pessoas que focam nessa parte, podem se sentir incomodadas vendo a série (que tem esse erro continuamente). Seu CGI também é simplório, como efeitos ao dirigir onde é notável uma diferença nas janelas, um sentimento de que parece não ter renderizado direito.

Já em sua cenografia e figurinos, a série entrega em cheio como se fossem personagens, ele consegue adicionar personalidade através das roupas, e também mostrar que os lugares onde os personagens frequentam dizem muito sobre quem são. E para finalizar as partes técnicas, sua trilha-sonora é um ponto incrível, extremamente bem utilizada e coerente com o que a série se propõe.

How Cobra Kai Season 4 Will Reinvent Karate Kid 3 Villain Terry Silver

 E com tudo isso, é inegável dizer que Cobra Kai é viciante, cada capítulo te faz querer ver mais e mais, sempre prendendo a atenção em cada parte dos episódios e fazendo com que a história se torne uma completa e entusiasmada atração única. Com o fim de sua temporada, também temos claramente que eles não têm medo de ousar, logo que, o gancho para o futuro é diferente de literalmente qualquer coisa já apresentada aqui. Dos personagens que amamos há tempos, e novos que conseguem deixar uma intriga, é um deleite para qualquer fã. E também, a série consegue mais uma vez trazer críticas sucintas diante de assuntos “modernos”, ao maior estilo vergonha alheia de The Office possível, mostrando como o pensamento antiquado e ultrapassado só serve como deboche.

E uma menção honrosa deve ser feita para a dublagem, que fez um trabalho impecável, e deu uma personalidade mais singular para as personagens, como Lawrence, que se conecta muito com o dialeto brasileiro.

Cobra Kai "Season 4: Netflix's "Cobra Kai" News, Cast, and Everything We Know So Far

Cobra Kai mostra que conhece como ninguém sua origem, que sabe como cativar o público, e sempre ser aquela série que deixa qualquer um empolgado e completamente obcecado com esse universo. Seu futuro será glorioso, e assim como a canção, ela é a melhor a sua volta. Nada jamais irá abatê-lo.

Nota: 4/5 – OURO

Categorias
Entretenimento

WarnerMedia e ViacomCBS exploram vender a CW

Segundo informações exclusivas do The Wall Street Journal, as empresas WarnerMedia e ViacomCBS estão explorando a companhia The CW Network, ou CW, como é popularmente conhecida. 

A Nexstar está entre as potencias compradoras, uma vez que ela possui 199 estações de TV locais, bem como os canais a cabo NewsNation e The Hill.

Grande parte da receita gerada pela CW vem de vendas internacionais, streaming (Netflix) e algumas produções originais, como The Flash e Dynasty. O fim do acordo de produção com a Netflix e a perda de receita com vendas externas criaram uma preocupação maior para os estúdios. Tanto a WarnerMedia quanto a ViacomCBS possuem 50% da CW.

Além de The Flash e Dinasty, Batwoman, Texas Ranger, Legados, Superman & Lois e mais são obras produzidas pela CW. Até o momento, não foi revelado os destinos das séries citadas e das demais produções. 

Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância para futuras informações a respeito da CW.

Categorias
Cinema Entretenimento Tela Quente

Matrix Resurrections força nostalgia em uma modernização caricata

No ano de 1999, Matrix revolucionou o mundo audiovisual, mudou o gênero e marcou uma geração, além de se tornar um forte elemento presente na cultura pop. Foi tamanho sucesso desse universo, criado pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski, que foram feitas duas continuações, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, e após quase vinte (20) anos desde os eventos do terceiro, chegou aos cinemas o quarto filme: Matrix Resurrections. Contando com um grande trabalho de marketing para divulgar o longa, a continuação conta com a direção de apenas Lana Wachowski dessa vez e também com o retorno de Keanu Reeves no papel do protagonista Neo e Carrie-Anne Moss como Trinity. Na trama, Neo volta como Thomas A. Anderson e está de volta à Matrix, tendo diversos sonhos e eventos estranhos até uma nova versão de Morpheus abrir sua mente novamente a fim de criar uma nova rebelião e libertar todos do controle das máquinas.

O longa tem o poder de já na primeira cena criar um misto de sentimentos e nostalgia, sobretudo ao ver a primeira roupa preta de couro, que é algo icônico nos filmes, assim como ver Neo nas telas de novo. Keanu Reeves ainda possui o mesmo tom do personagem que vimos nos filmes anteriores, o carinho que os espectadores possuem pelo ator faz com que assisti-lo na história novamente seja animador. O mesmo pode-se dizer de Carrie-Anne, ainda que durante o longa sintamos falta da Trinity que conhecemos, o final compensa completamente essa falta, e ver o casal junto em cena mostra que a mesma química ainda se faz presente.

A nova versão de Morpheus, agora interpretado por Yahya Abdul-Mateen II (Aquaman, A Lenda de Candyman), entrega o personagem com um tom um pouco mais cômico e menos sério, diferente do que foi visto anteriormente, contudo, o próprio filme explica o motivo disso. Apesar do talento do ator, não se pode comparar com o impacto de Laurence Fishburne nas narrativas anteriores, sua atuação e o modo como ele marcou o papel é algo que deixou uma lacuna no desempenho da trama. Além disso, Morpheus só tem mais destaque no primeiro ato, pois depois sua presença passa a ser tratada com irrelevância, mas com o aparente propósito de dar mais destaque a novos personagens, como Bugs (Jessica Henwick), que é um elemento de importância no enredo e ajuda Neo constantemente. O carisma da atriz e o bom desenvolvimento da personagem é um ponto bastante positivo, e fica a vontade de querer ver mais da história dela. 

Tratando-se dos vilões, o antagonista ilustre do universo Matrix, Agente Smith -antes interpretado pelo talentoso Hugo Weaving-, também ganhou um novo intérprete: o ator Jonathan Groff (Mindhunter), fato que foi prejudicial para o longa. Groff não parece possuir qualquer expressão facial nem harmonia no papel e reproduz falas e modos de agir parecidos com de Weaving, mas que não funcionam e só causam vergonha alheia, não possuindo a mesma tensão e ameaça passada pela atuação de Hugo Weaving nos filmes anteriores. O mesmo se aplica ao novo vilão, o qual Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother) dá vida, ele é ainda mais caricato e não se parece com o mundo de Matrix, que sempre teve uma atmosfera séria e complexa, distante de enredos superficiais. Assim, é visível que a mudança desses atores prejudicou a qualidade do filme.

A mitologia de Matrix é conhecida por seu enredo filosófico e técnicas audiovisuais, bem como alegorias sobre problemas sociais, e diferentemente do segundo e terceiro longa, o quarto consegue balancear muito bem a reflexão abordada e a ação, que apesar de não inovar nesse quesito ainda mostra o kung fu tão presente nos anteriores. Apoiando-se em uma grande metalinguagem, a trama fala do próprio filme e sua nostalgia, na qual as pessoas conhecem a matrix estando dentro da mesma, sem conseguir distinguir o que é real ou não -um clássico da narrativa- e que se auto critica ao expor como a população se recorda do programa. A obra ainda continua a se preocupar com os mínimos detalhes, mostrando as falhas da Matrix em coisas sutis, e que se você for atento perceberá. O fato de usar e abusar de flashbacks em seu desenvolvimento pode enjoar ao assistir, mesmo que alguns sejam para relembrar eventos que ocorreram, e muitas cenas são iguais ao primeiro longa-metragem, se prendendo a essa nostalgia e, portanto, não entregando algo novo.

A fotografia é muito bem planejada e é um tópico positivo, com paleta de cores cinza e neutras que remetem um ambiente tecnológico e futurista, tal como o trabalho de maquiagem. O jogo de câmeras e o modo como é feita a troca de cenários de forma vertiginosa é ótima e criativa, principalmente nos primeiros minutos de filme. Porém, são muitas as cenas que possuem uma câmera lenta que é estranha e mal feita, causando incômodo ao assistir. Ademais, as cenas de luta não são coreografadas com maestria nem são dignas de aplausos, ainda que remeta os outros filmes.

Matrix Resurrections vem para relembrar como sua história marcou o cinema, sem inovar nesse quarto filme ou acrescentar algo de fato, mas que termina dando grande satisfação só de ver personagens icônicos de volta às telas. Seria difícil -ainda que possível- superar a grandiosidade do primeiro longa, mas Resurrections não ousa, apenas parece uma releitura de sua própria história. Ainda assim, é inegável que foi um presente para os fãs.

 Nota: 3/5 – Prata

Categorias
Entretenimento Serial-Nerd Séries

Gavião Arqueiro redefine o que é uma boa adaptação e representatividade

Após anos, inúmeros fãs pedindo para que um dos mais saudosos heróis do universo da Marvel fosse explorado em um projeto solo, finalmente chegou a vez do Gavião atirar suas flechas. Com seus dois primeiros episódios lançados em 24 de novembro, a série finaliza com seis atos que definitivamente merecem uma bela análise.

Temos que deixar bem claro que a sua fonte de inspiração é totalmente focada na run de Matt Fraction, que foi de 2021 até 2015. Até mesmo a arte de David Aja é relembrada na introdução e nos créditos finais. Com isso, devemos lembrar que em uma década de MCU, a fidelidade com o material original é uma incógnita entre os fãs, mas a forma que se propõe aqui é diferente de tudo já visto em termos de honrar sua inspiração.

Imagem

Com isso dito, já podemos falar que muitas origens são modificadas, mas que são bem-vindas. Com isso, começamos com a da Kate Bishop, que se liga com os eventos de Os Vingadores, em uma cena que lembra muito o início de Batman v Superman. Lucky, Jack Duquesne, Kazi e Derek Bishop são outros que também tem suas histórias modificadas; mas, algumas ideias criativas aqui podem causar revolta nos fãs. Porém, cada uma das novas invenções mostradas aqui se encontra em harmonia e fazem muito sentido.

Em sua história, o roteiro é fantástico. É difícil tentar definir como ele funciona, mas é uma mescla de uma comédia dos anos 80 natalina com uma trama criminal recheada de ação, coisa que até provavelmente Scorsese gostaria. Todo o desenvolvimento aqui funciona extremamente bem, a relação de Clint com Kate, como o mistério envolvendo a família Bishop e a gangue do agasalho estão conectadas, e como cada personagem está amarrado. Desde o momento inicial até o final, somos cativados por esse mundo que estava sendo muito necessitado nesse universo de deuses e poderes, algo mais pé no chão. Além de que, todo o humor da série acerta em cheio com o dos quadrinhos, e todas suas partes dramáticas também funcionam – uma parte muito bem realizada principalmente pelo remorso do Clint. Mas, infelizmente tem sua parte ruim, que é o desperdício de histórias, não temos muitos aprofundamentos em elementos essenciais dos quadrinhos que poderiam aumentar ainda mais a qualidade da série – e isso é um erro em quase todas produções Marvel, tristemente. Também, a série infelizmente desliza em seu último episódio, sem conseguir de fato atingir toda a glória na qual ele estava quase conquistando. Por mais que seja bom, aquele gosto amargo fica, de que está faltando alguma coisa; e isso se intensifica na pior cena pós-credito de qualquer produção do estúdio.

Já por parte de seu elenco, é digno de salva de palmas. O maior foco é para Hailee Steinfeld, que acertou em cheio ao dar vida para Kate, é uma combinação que até mesmo Kevin Feige disse que não houve teste de elenco. Jeremy Renner continua dando vida para uma adaptação nada fiel, porém divertida de Clint, e consegue trazer muita emoção para o background do personagem. Os outros personagens secundários também são marcantes e muito divertidos, assim como os antagonistas, principalmente Echo e Yelena.

Um dos pontos mais fortes aqui é a representatividade trazida por um dos fatos mais importantes dos quadrinhos do herói, que é a deficiência. Aqui é sondado toda uma parte focada na surdez de Clint, que após inúmeros eventos envolvendo lutas físicas, intensificou para quase uma perda total auditiva. E falando de representatividade, também temos a atriz iniciante da Echo, Alaqua Cox, que é nativa-americana, surda e tem sua perna direita amputada. É uma atitude belíssima por parte da Marvel de explorar isso com atores que realmente tem as mesmas características que suas personagens, vimos isso também em Os Eternos – e que isso seja um bom começo para que todas as produtoras acabem com o capacitismo dentro de produções audiovisuais. E também, que respeitem as origens étnicas de seus atores com seus papeis, assim como mais uma vez foi realizada com Alaqua.

Alaqua Cox revela apoio de Jeremy Renner e Hailee Steinfeld por sua deficiência auditiva

Em seus pontos técnicos, tudo é feito com maestria, menos dois pontos que pareceram ficar sem atenção pela produção. Sua direção é fantástica, temos cenas em plano-sequência que são absurdas (com foco na da terceira temporada), uma ótima forma de se contar a história e um timing bem estruturado para o clima funcionar. Sua fotografia também é uma bela cereja nesse bolo, junto com a equipe de cenografia e figurino, as cores funcionam de maneira primorosa e com foco no roxo – marca registrada dos heróis nos quadrinhos – e parece que ele puxa da página para a tela. Seus efeitos especiais também são muito bem feitos, principalmente em momentos de luta. E uma trilha sonora recheada de Natal, com músicas de Esqueceram de Mim e Grinch, só para deixar o natal ainda mais especial.

Mas a grande aflição chega na parte de maquiagem, que entrega perucas de qualidade baixíssima e execuções desnecessárias, um exemplo é o cabelo de Eleanor Bishop no início do primeiro episódio, que parecia de um vídeo feito para o Youtube. Sua montagem e edição também são em certos momentos confusa e chega a tirar a imersão, quebrando regras que deixaram Walter Murch arregalado. Mas, isso provavelmente foi causado por cortes de cenas, logo que, há rumores fortes quanto a pós-produção.

De todos os alvos, Gavião Arqueiro acerta com maestria, mesmo que por vezes quase errando de raspão, é uma obra essencial e que merece um reconhecimento como uma adaptação de sui generis. Se o futuro do universo cinematográfico se parece com isso, então, é fácil dar um salto de fé e dizer que o amanhã é glorioso.

NOTA: 4,5/5 – Ouro

Categorias
Cinema Entretenimento Tela Quente

A nostálgica magia de Um Menino Chamado Natal

A cada ano os filmes de Natal se tornam mais populares e os streamings apostam cada vez mais nesse gênero, além de passarem a chamar mais a atenção e interesse dos espectadores. Dentre eles, existem diversas vertentes que os filmes que abordam ou se passam nesse feriado apresentam, como comédias românticas, fantasia, aventura e animação. Neste ano, o longa Um Menino Chamado Natal foi um dos vários lançamentos que chegaram no mês de dezembro no catálogo da Netflix. No enredo, acompanhamos o jovem menino Nikolas partir em uma aventura para encontrar a Vila dos Duendes, a fim de levar esperança a todos e encontrar seu pai. Durante essa jornada ele faz amigos e tenta ensinar a todos o real significado de generosidade.

A produção é dirigida por Gil Kenan (A Casa Monstro, Poltergeist O Fenômeno 2015) e possui um elenco rico em sua variedade, trazendo muitos rostos conhecidos, como Maggie Smith (saga Harry Potter, Downton Abbey), Kristen Wiig (MulherMaravilha 1984), Michiel Huisman (Game of Thrones), Jim Broadbent (saga Harry Potter) e Sally Hawkins (A Forma da Água). Diga-se de passagem que a escolha da atriz Maggie Smith como também narradora do longa foi uma ótima escolha. 

Maggie Smith stars in charming festive movie 'A Boy Called Christmas' - watch the trailer! - British Period Dramas

O filme funciona como uma história dentro de outra, o que o faz parecer literalmente como um livro infantil, no qual a tia das crianças conta a elas e ao espectador. E a direção nesse quesito se mostra um dos maiores pontos positivos, pois é feita de forma dinâmica, seja com jogos de sombras ou outros. O modo como o cenário do tempo atual se une ao da história que está sendo contada é feito de forma maestral e bastante criativa, destacando-se em um âmbito que muitos longas não conseguem: a narração de histórias. Assim, acompanhamos a jornada de Nikolas, que se mostra cheia de surpresas, risadas e ensinamentos, como todo bom filme de Natal. Além disso, a trama do presente conversa, de forma sutil, com a do passado, que é o luto que as crianças lidam ao perder a mãe. Fica claro que todos os elementos do Natal se fazem evidentes ali, sobretudo os sentimentos mais complexos como esperança, luto, a ternura que as crianças podem passar aos adultos e também o medo. Cada particularidade tratada de forma sensível e apta para todas as idades.

A Boy Called Christmas Movie Review - JoBlo

A fotografia e os cenários são o ponto mais alto e de destaque do longa-metragem, com locações de tirar o fôlego e frames que parecem sair de lugares mágicos. A propósito, foram tantas cenas com fotografias lindas que quis colocar aqui, mas que só possuem o mesmo efeito se assistidas no filme. Mesmo assim, florestas cobertas de neve, auroras boreais e céus estrelados são um pouco do que a obra apresenta em sua riquíssima fotografia e iluminação. 

As caracterizações dos personagens condizem bem com a época no que tange à história de Nikolas, que parece se passar na Era Medieval, e o trabalho de maquiagem da produção também se torna um destaque, tal como o figurino. Isso se vê igualmente nas vestimentas dos Duendes, que não se prendem ao clássico vermelho e verde, mas apostam em roupas coloridas e alegres, demonstrando suas próprias tradições e costumes, fato também visto na maravilhosa animação Klaus, disponível e original Netflix.

No entanto, a falta de carisma e expressões faciais do protagonista se mostra um ponto negativo, ainda que não afete o enredo no geral. Apesar do ator mirim interpretar todo o altruísmo do espírito do Natal, ele não parece se encaixar bem no papel, e sua atuação muitas vezes parece apática. Outro tópico negativo do longa é a sua ousadia no CGI, que em seu primeiro ato se mostra bem feito, mas que decai paulatinamente e se arrisca demais em efeitos especiais desnecessários. Exemplo disso é a pequena fada que Nikolas conhece na Vila dos Duendes, ela mais parece o rosto de uma mulher adulta em um corpo de criança graças a desproporcionalidade do CGI, e em qualquer movimento que a personagem fazia era uma experiência estranha de assistir, que mais faz você se perguntar o que foi feito ali todas as vezes que ela está em cena.

A que horas A Boy Called Christmas chega ao Netflix? - Guia Netflix

Um Menino Chamado Natal é um filme doce, repleto de sentimentos de alegria e esperança do Natal. Assistir a aventura do jovem Nikolas nos diverte e retoma a alegria das festas de fim de ano e a magia do Natal que assistimos em outros longas na infância. Pode não ser uma obra que irá se tornar clássica do gênero, mas com certeza merece estar na lista de maratona para entrar no clima natalino.

Nota: 4/5 – Ouro