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Quadrinhos

Confira os novos lançamentos da editora Devir!

Já estamos na segunda metade de dezembro e a Devir abastece o mercado com vários lançamentos para as livrarias e lojas especializadas. A editora, cujo fundador Douglas Quinta Reis faleceu recentemente, traz 5 títulos novos  em seu departamento de quadrinhos, entre novas séries e continuações de títulos já lançados. Vamos à eles com os releases oficiais da editora brasileira:

Rugas

“Internado num asilo para idosos porque sofre de Alzheimer, Emílio encara a vida comunitária como uma prova difícil de se vencer. Mas ele aceita rapidamente o seu novo ambiente e decide lutar para escapar à decadência que sua doença o levará. Para o autor, a comunidade do ser-humano lembra uma biblioteca, na qual os livros se empilham em montanhas de papel amarelado, povoadas de sonhos e fantasias.O desgaste de toda uma vida os cobre de rugas, e alguns veem as letras das suas páginas se apagarem, folha após folha, até ficarem totalmente brancas. Apesar disso as emoções mais intensas sobrevivem, preservadas como um tesouro escondido numa ilha distante.”

Formato: 20 x 26 cm com de 106 páginas coloridas em papel couchê com Capa dura e laminação fosca pelo preço de R$59,90.

Klaus

“Em um passado fantástico e sombrio, cheio de mitos e magia, Klaus conta a origem do Papai Noel – a história de um homem e seu lobo contra um estado totalitário e o mal ancestral que o sustenta. O premiado autor GRANT MORRISON (Grandes Astros: Superman, Multiverso DC) e o artista DAN MORA (Hexed) renovam e reinventam um super-herói clássico para o século XXI e Klaus pode ser considerado um ‘Papai Noel: Ano Um’ que finalmente responde à pergunta: o que o Papai Noel faz nos outros 364 dias do ano?”

Formato: 18,5 x 27,5 cm de 208 páginas em papel couché e Capa dura pelo preço de R$96,00.

THE BOYS: VOLUME 6 – A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO

“A sexta coletânea da Dynamite/Devir da série THE BOYS de Garth Ennis e Darick Robertson (desta vez com uma mãozinha de Carlos Ezquerra, o cocriador de JUIZ DREDD, e John McCrea) finalmente chega às livrarias, com THE BOYS VOLUME 6: A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO! Só é possível mutilar e assassinar uma pá de super-heróis quando alguém decide tomar uma atitude a respeito e, no caso da turma barra-pesada da CIA, isso quer dizer a Liga da Revanche – uma superequipe de força inimaginável, superada apenas pelos poderosos Sete. Detonar “supers” adolescentes é uma coisa, mas como é que os nossos heróis vão se virar contra o Jovem Soldado, Mentaldroide, Insetus, Condessa Escarlate e a potência nazista conhecida como Trovoada? O sangue jorra e ossos são esmigalhados quando o Carniceiro e companhia combatem fogo com fogo. E mais: ao ouvir as histórias da origem do Leite Materno, do Francês e da Fêmea, Hughie fica a par dos estranhos caminhos que levaram esse trio tão heterogêneo a se juntar ao grupo THE BOYS. Da tragédia no Harlem ao massacre na Ponte do Brooklyn, e do festival Les Saintes de Haw-Haw ao horror que espreita sob as ruas de Tóquio, esta é uma jornada de descoberta como nenhuma outra – contando apenas com a bruxuleante luz da chama da insanidade para iluminar o trajeto. THE BOYS VOLUME 6: A SOCIEDADE DA AUTOPRESERVAÇÃO reúne as edições #s 31-38 da série campeã de vendas do New York Times do roteirista Garth Ennis e dos desenhistas Darick Robertson e Carlos Ezquerra, e também apresenta todas as capas de Robertson!”

Formato: 16,5 x 24 cm de 20o páginas em papel couché e brochura pelo preço de R$56,00.

THE ANCIENT MAGUS BRIDE

“Chise Hattori, 15 anos. Órfã solitária, desesperançosa e sem meios para sobreviver. Em troca de uma fortuna, a jovem que não possui nada é comprada por uma criatura não-humana que convive com a eternidade e se diz mago. Quando a entidade a acolhe em sua casa como “discípula” e “noiva’’, o tempo congelado da garota começa a se mexer devagarinho… e ela está prestes a começar uma nova e estranha vida, repleta de magia, fadas e outros seres de natureza mágica.”

Formato: 19 x 12,5 cm de 180 páginas em PB e Brochura com sobrecapa pelo preço de R$24,90.

CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL

“A premiada e vibrante comédia sexual que a revista Time classificou como Gibi do Ano e a Apple classificou como “ inapropriado para venda em dispositivos iOS”, está de volta em CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL. Pelo visto, Jon e Suzie não estão sozinhos: outras pessoas ao redor do mundo, iguais a eles, congelam o tempo quando chegam ao orgasmo. No entanto, um grupo autoproclamado quer discipliná-los e controlá-los através do medo e da intimidação. Jon e Suzie estão começando a se apaixonar e querem chutar o pau da barraca, mas se os dois pretendem reagir, não poderão fazer nada sozinhos. E, afinal, isso não é uma metáfora para a série inteira? De que podemos todos estar sozinhos, mas que estamos sozinhos juntos? Acredito que sim. Se você quiser ler uma história surpreendentemente envolvente, não pode perder CRIMINOSOS DO SEXO VOLUME 3: A TRÊS É DIFÍCIL.”

Formato: 18,5 x 27,5 cm de 120 páginas coloridas  em papel couché com Capa dura e laminação fosca pelo preço de R$69,90.

Além disso, mais novidades da Devir estão à caminho como, por exemplo, o recém anunciado relançamento de Uzumaki, obra de Junjo Ito lançada no Brasil há mais de 10 anos pela editora Conrad. Fique ligado!

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Séries

HBO divulga primeiras imagens de ‘Sharp Objects’

Em produção desde 2014, a nova adaptação do canal de TV por assinatura Home Box Office (HBO) teve suas primeiras imagens apresentadas ao público. A trama, estrelada por Amy Adams (a Lois Lane de O Homem de Aço, Batman v Superman e Liga da Justiça) terá um total de 8 episódios, mesmos moldes adotados para a aclamada minissérie The Night of.

Confira as imagens oficiais, todas cedidas por cortesia da HBO Inc.:

Segundo a divulgação da HBO América Latina:

Sharp Objects: Escrita por Marti Noxon, baseada no livro de Gillian Flynn e dirigida por Jean Marc Vallée, Sharp Objects gira em torno da repórter policial Camille Preaker, interpretada por Amy Adams, que, recém-saída de uma breve internação em um hospital psiquiátrico, deve voltar à sua pequena cidade para cobrir os assassinatos de duas pré-adolescentes. Tentando montar um quebra-cabeça psicológico do seu passado, Camille acaba se identificando com as vítimas.”

Este é o terceiro romance de Gillian Flynn a ser adaptado para outra mídia. Garota Exemplar (Gone Girl, no original), se tornou também um filme estrelado por Ben Affleck com sua estreia em 3 de outubro de 2014. O longa-metragem custou U$61 milhões e arrecadou U$369,9 milhões no mundo inteiro. No mesmo ano de lançamento do filme, a obra original vendeu mais de 2 milhões de cópias entre o formato digital e físico; Lugares Escuros (Dark Places, no original) também virou película. Protagonizado por Charlize Theron, a produção estreou em abril de 2015 e arrecadou U$3,5 milhões. Muito abaixo dos U$20 milhões investidos inicialmente.

Flynn também já trabalhou com quadrinhos. Com desenhos de Dave Gibbons, a autora escreveu Masks, história curta publicada na edição comemorativa número 200 do título Dark Horse Presents em fevereiro de 2015.

Sharp Objects foi o primeiro thriller de Gillian Flynn, publicado em setembro de 2006. No Brasil, o livro foi publicado pela editora Intrínseca com o nome de Objetos Cortantes em fevereiro de 2015 com 256 páginas e formato 16 x 23 cm.

Sharp Objects tem estreia prevista para junho de 2018.

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Quadrinhos Torre Entrevista

Torre Entrevista | Wagner Willian

Em mais uma entrevista feita durante a CCXP, dessa vez conversamos com Wagner Willian. Pintor, quadrinista, fotógrafo… e mais de uma pessoa que condensa todas essas artes em suas HQs. Em seu lançamento O Maestro, o Cuco e a Lenda, Wagner aborda uma narrativa diferente de suas obras anteriores e aqui explica o porquê:

Depois de Bulldogma, agora vem O Maestro, o Cuco e A Lenda. Bulldogma eu vejo com uma história mais adulta, mais densa. Já O Maestro… lembra mais um conto. Por que mudança entre um título e outro?

Eu quis tentar algo diferente do Bulldogma. Não penso em uma série de histórias e seguir o mesmo padrão. Eu gosto de tentar novas formas narrativas, novos conceitos, novos estilos de história. O Maestro… apesar de ser um desenho mais caracteristicamente infanto-juvenil do que o Bulldogma em si, a história também serve para um leitor adulto. Não é tão infantil assim, ela consegue abranger um público maior. Mas a história em si ainda tem sua carga dramática, tem um engine do mal…

Uma coisa engraçada do Bulldogma é que em seu livro derivado O Flerte da Mulher Barbada a sua personagem (Deisy Mantovani) toma vida. Ela é a autora do livro e não você. Como você se sente hoje como um heterônimo dentro dos seus quadrinhos?

A Deisy só me deu frutos positivos. Foi um charme fazê-la. Ela criou uma vida própria como você mesmo falou e acho que acertei meio que na mosca com ela ou ela que me acertou… estamos decidindo ainda quem vem antes e quem vem depois. Mas acho que é meio que sorte também de acertar e transformar o zeitgeist do momento, transpor e colocar voz a um personagem como quis dizer e agir, como o pessoal esperaria que um personagem atual se movimentasse e agisse.

Vendo O Maestro… vejo que seu traço do interior da publicação é diferente do que você, por exemplo, apresenta nos seus quadros. Não só pelas cores mas o estilo é diferente. Por que em quadrinhos você adota essa forma de traço?

Justamente por ser uma outra linguagem. Ela requer a sequencialidade. Outro ritmo e outra leitura. Então, não dava… até daria para outro tipo de história. Mas para o que eu estou fazendo, foge um pouco do conceito que eu faço para pintura em si. Telas únicas e separadas… ela requer o ritmo e velocidade da leitura. Por isso tenho que adaptar o meu estilo e desenho, para funcionar melhor enquanto quadrinho.

Pátria Amada, Salve-se Quem Puder!! 120x80cm. 2013. Autor: Wagner Willian

Uma coisa que a Laerte disse uma vez (no documentário Malditos Cartunistas) é que a movimentação dos quadrinhos vem do cinema. Quando você tem um quadro você tem a obra com uma representação. Nos quadrinhos você tem uma sequência. Para você que faz quadros, qual o maior desafio de transpor essas duas formas de arte?

Entre a pintura e o quadrinho em si? Acho que é a questão do tempo. A questão de saber condensar o tempo. Criar um ritmo desse tempo e condensá-lo. E principalmente, tendo isso em vista, saber fazer a questão do fluxo da leitura. De não emperrar, empacar em um ponto. Então é a questão da movimentação. Quadrinho é muito mais movimentação em si. A questão de passar a página e tal. E isso cria uma matemática própria para isso. Acho que a grande dificuldade é essa: Pensar essa questão de fluxo narrativo. Já que é uma narrativa.

Aos que não foram à CCXP e querem conferir esse lançamento, eis a sua segunda chance! Neste sábado, dia 16 de de Dezembro, das 16h às 19h ocorre o lançamento pós-CCXP na Ugra Press que fica na R. Augusta, 1371 – Consolação, São Paulo – SP. Compareçam!

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Quadrinhos Torre Entrevista

Torre Entrevista | Pedro Mauro

Durante a CCXP 2017 tive a oportunidade de conversar com vários artistas convidados do evento. Assim, uma nova série de entrevistas começa hoje aqui no site. Para começar escolhi Pedro Mauro, desenhista brasileiro que atua nos quadrinhos europeus, principalmente Itália e França. Mauro nos contou como funciona o processo de criação das HQs por lá e suas diferenças com o mercado nacional e norte-americano. Confira!

Você ficou muito tempo afastado dos quadrinhos. Foi para a publicidade e fez ilustrações por lá. O que te atraiu para voltar à HQs aqui no Brasil e no mercado europeu, onde hoje você trabalha majoritariamente?

Eu fiz dois anos de quadrinhos de Western aqui em São Paulo. Nessa época o mercado ficou muito ruim. A editora fechou e eu fiquei desempregado. De repente eu tive que trabalhar e o único mercado que tinha para eu continuar fazendo meu trabalho que parecia com quadrinhos eram os storyboards para publicidade. Por isso entrei nessa. E nesse ramo fiquei quase minha vida toda, de 35 a 40 anos fazendo storyboards, aqui e para fora. Em 1996, visitando Nova York um amigo meu tinha um estúdio lá e me ofereceram trabalho. Me mudei com a família e fiquei 12 anos lá. Mas eu sempre quis voltar aos quadrinhos. Sempre brinquei e fiz páginas de Western e Cangaço…. mais para treinar mas nunca publiquei. Tenho alguma coisa inclusive guardada mas nunca fiz uma história completa. Mas sempre pensei em um dia voltar mesmo que fosse mais tarde. E consegui voltar 5 anos atrás e a publicidade ficou em segundo plano para mim.  Estou praticamente só nos quadrinhos agora. […] Nos anos 60/70 desenhei o Pancho, um personagem bem à la Clint Eastwood de Western Spaghetti pois era o que vendia bem na época. O editor pediu um estilo bem estilo bangue-bangue italiano e foi quando criei esse personagem que era bem clássico de Sergio Leone e Clint Eastwood. Fiz isso por dois anos. Foi que o que fiz de quadrinhos na época antes de voltar agora.

Gatilho, novo trabalho autoral de Pedro Mauro

Você disse que tem um material guardado e que nunca publicou. Você pensa em revisitá-los? Além disso, por que você opta por histórias mais de época e não contemporâneas?

Porque na verdade o que mais gosto dos quadrinhos é a aventura. Uma aventura que conta, por exemplo, o desbravamento do oeste. No Brasil, gosto muito do tema Cangaço. Não era um desbravamento mas marcou a História do Brasil. Eu gosto de história. É lógico que existe uma história mais contemporânea das coisas mas prefiro algo mais para trás. Não sei te dizer porque, mas de repente é um gosto. Está em mim. Eu gosto de desenhar esse tipo de personagens do século passado como é o oeste americano. Desde criança eu gosto porque é aquele desbravamento de uma cidade começar a ser erguida, tudo uma construção das coisas… isso eu gosto.

Arte interna de Gatilho

Você hoje trabalha para o mercado europeu. Para a Bonelli (Itália), para a Glenát(França) que publicou L’Art du Crime… Você se considera mais um autor de escola europeia? Inclusive falando de cangaço, o Hermann (autor belga de HQs) publicou Caatinga que é um álbum europeu sobre a História brasileira…

Os europeus num modo geral, principalmente a Bonelli [editore], o Sergio Bonelli adorava o Brasil e o cangaço. Ele tinha cartazes do filme O Cangaceiro em sua sala. Visitei seu escritório e vi lá os pôsteres originais. Então isso realmente é uma coisa que o europeu gosta. Mas o meu estilo se encaixa mais no europeu pois a minha escola, meu estilo quando comecei era mais calcada e baseada nos artistas europeus e também nos americanos clássicos. Que eram Joe Kubert, [Burne] Hogarth, Alex Raymond, Milton Caniff… que eram mais de uma escola clássica americana mais parecida com o estilo europeu. Era aquilo que eu adorava além dos quadrinhos europeus. Acho que esse estilo da old school americana bem parecido com os europeus. Não sei… acho os americanos que vieram depois foram olhando os europeus para começar a fazer Hqs… eu imagino. A semelhança existe. Então esse estilo me cativava e era esse que a gente estudava. A molecada que começa hoje estuda mais DC e Marvel. Que tem grandes artistas, mas não é tanto meu estilo ou o que eu faço. A geração de hoje vê mais esse lado mais a minha geração estudava mais os artistas daquela época.

A Bonelli ela tem um processo de publicação bem diferente do resto da Europa. Eles têm quadrinhos que são mensais com 100 páginas cada. É claro que fica impossível repetir o ilustrador do interior de uma edição para outra. O roteirista é o mesmo, mas o artista é revezado. Como te chamaram para desenhar para a Bonelli e como é o processo que te escalam para fazer uma história deles?

É uma pergunta interessante. Perguntam muito isso porque o pessoal sabe mais como funciona o mercado americano por ter mais informações e material por aqui mas o [mercado] europeu o pessoal muitas vezes não sabe bem como funciona. Na verdade realmente eles trabalham com muito mais páginas por episódio. Quando fiz a primeira [HQ] quando o Gianfranco Manfredi me convidou […] quando comecei a voltar aos quadrinhos eu procurei o mercado americano pois eu conheço o pessoal daqui que trabalha para lá. Falei com o Greg Tochini, Joe Prado e tal… quando eu comecei a preparar trabalho para mostrar eu estava postando desenhos meus em minha página do Facebook. Desenhos normais, não voltados para quadrinhos. Piratas, mulheres… Pin Ups basicamente. O Gianfranco viu. Ele não estava na minha lista de amigos mas alguém compartilhou e ele viu aí ele me convidou por Facebook via inbox. Ele só me mandou uma mensagem particular se apresentando e disse que “estava criando uma nova série [Adam Wild] e buscando artistas para participar pois precisava de vários. Gostei do seu estilo de gostaria de saber se está interessado em fazer um episódio para mim”. Quando vi que era o Gianfranco até fui conferir em um exemplar de Magico Vendo para ver se era o mesmo cara! Aí eu respondi e na hora começamos a trocar e-mails. Respondi que estava voltando aos quadrinhos e ele disse que gostou, me mandou um roteiro e se eu gostasse a gente fazia a história. Li metade do script e falei “Tô nessa! Pode mandar!”.

Ele mandou (o roteiro) em italiano?

Mandou em inglês. Ele perguntou se eu falava italiano e disse que não. Somente inglês por ter morado nos EUA e ele disse que ia traduzir e me mandar. Depois de um mês ele mandou o roteiro de 110 páginas e me perguntou se eu queria fazer a continuação antes mesmo de eu começar o primeiro pois era uma história que tinha a continuação e ele não queria mudar o desenhista e com o prazo de dois anos e eu aceitei. Aí comecei a fazer. Fiz até umas 10 páginas  primeiro, mandei para ver se ele gostava e a resposta dele foi “Ok. Perfeito! Continua” e desde então tô com ele já no quarto trabalho. Estou em uma nova série agora que vai ser lançada ano que vem, mas que ele pediu para não divulgar por enquanto pois vai ser lançada em maio e vou fazer os volumes 3 e 4 e já tem artistas fazendo os volumes 1 e 2 sendo que ele [Gianfranco] já está no 12º episódio.

Mas poderia dizer ao menos se é uma minissérie ou uma nova mensal?

Até ele falou muito pouco sobre isso. Ele me mandou o roteiro e estou desenhando. Mas ele disse que vai ser uma série mensal publicada em tamanho menor (formato Bonelli) em branco e preto e provavelmente a cores em formato maior para livrarias. Estou fazendo só a parte branco e preto. Não me disse ainda se vai ser uma série de 1, 2 anos ou se vai depender da aceitação do público como aconteceu com o Adam Wild que parou na edição 26. Mas tenho a impressão que pode ir longe. Mas ele não me confirmou.

O Gianfranco revisita as suas criações. Como é o Caso de Magico Vento que ele parou mas voltou agora. Adam Wild mesmo que tenha parado pode ser que no futuro volte…

Pode ser que volte porque tem um público grande que gostou de Adam Wild. Tanto que criaram um blog lá na Italia. Eu acompanho e quando anunciaram que ia parar esse pessoal fez um abaixo-assinado. Não lembro se foi de 3.000 ou 5.000 assinaturas e eles mandaram para a Bonelli. Público tem mas por algum motivo a Bonelli não continuou. Mas o Gianfranco sempre respondia “quem sabe volta…”. Ficou em aberto assim como o Magico Vento que está voltando em um especial agora.

Adam Wild de Pedro Mauro (reprodução: texwillerblog.com)

Vendo seu traço dá para ver uma influência muito grande do Sergio Toppi. É bem visível. Por que, em relação aos leitores brasileiros, o mercado europeu apesar de lançamentos ainda é um tanto tímido por aqui? O Sergio Toppi mesmo tem poucos títulos em português… E por que tão poucos brasileiros no mercado europeu? Há poucos “Pedros Mauro” por aí.

Muita gente pergunta porque a Bonelli não está aqui na CCXP. Acho que até vou sugerir para os organizadores ano que vem trazer alguém. Mas realmente o exemplo de Toppi é pouco publicado aqui. O que mais temos no Brasil é Ivo Milazzo, Milo Manara… mas aqui no evento sinto que o pessoal pergunta muito disso para mim “Por que seu trabalho não vem para cá?”. Acredito que aí falta ao editor ou editoras que invista. Porque tem mercado, desde que lance bem lançado. Que faça um trabalho bem feito. A Mythos que lança Bonelli aqui mas acho ainda tímido. Eles trazem, param… Não sei se falta divulgação mas tenho certeza que tem mercado…

Pode ser também o formato que é publicado…

Sim! Investir num formato maior. Quando visitei a Bonelli e conversei com o Gianfranco e que, apesar de aqui ter Tex por exemplo, primeira coisa que ele falou foi que “é, mas eles lançam (no Brasil) muito pequenininho” O formato deles é um pouco maior e agora a Bonelli está investindo em álbuns em formato maior como as edições francesas de capa dura para livrarias. Eles estão entrando nesse nicho pois a Bonelli é mais banca. Agora eles estão entrando em livrarias e a própria Bonelli já abriu suas próprias livrarias em parceria com editoras pela Itália. Então você percebe que ela está mudando o jeito de fazer. Acho que o Brasil precisa fazer a mesma coisa em relação à Bonelli.

Todos os exemplares da primeira impressão de Gatilho levados à CCXP foram vendidos no primeiro e segundo dia de evento, mas uma nova tiragem está programada para janeiro de 2018. Aos interessados, basta pedir para inserir seu nome da lista de espera pelo e-mail Gatilhohq@gmail.com

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Literatura

IV Feira Intergalática Aleph acontece neste Sábado em São Paulo

Para fechar o ano de 2017 a Editora Aleph promove sua Quarta Feira Intergalática, prometendo reunir mais uma vez fãs de ficção científica com diversos títulos, cujos descontos variam​ ​de ​30% a 70% – incluindo os lançamentos Androides 50 anos, Thrawn, Legado de Sangue, Piquenique na Estrada, Tormenta de Fogo, Cama de Gato e Academia Jedi 3. E a cada R$ 60,00 em compras, você ganha 1 pôster dentre estes à disposição:

Além disso, o evento contará com Food Truck e várias palestras e bate-papos. Confira a programação:

– 12h | “As personagens femininas no universo STAR WARS”, com Fabiola Forchin, presidente do Conselho Jedi de São Paulo, Gabi Colicigno, jornalista, pesquisadora e editora do canal literário Who’s Geek, ​e mediação de Bárbara Prince, editora da Aleph.

– 14h | “Utopias e distopias: ficção científica e pensamento crítico”, com Nathan Fernandes, editor da revista Galileu, Kim Dória, coordenador de comunicação da editora Boitempo e mediação de Stéphanie Laís, coordenadora do clube de leitura da Blooks.

– 16h |  “Isso é Muito Black Mirror: Uma Introdução à Ficção Científica”, com Cláudia Fusco, jornalista e mestre em Science Fiction Studies pela Universidade de Liverpool, Inglaterra. Já ministrou aulas na USP, Casa do Saber, Youpix e Museu da Imagem e do Som (MIS).

Em um encontro de 1h30, vamos conhecer as raízes da FC no mundo ocidental, saber mais sobre as principais características do gênero e por que ele é tão importante para compreender o mundo em que vivemos

Todos os bate-papos e palestras terão sorteios de brindes.

A IV Feira Intergalática Aleph será na Rua Henrique Monteiro, 121 – Pinheiros (próximo ao metrô Faria Lima, Linha Amarela) – São Paulo/SP

 

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Quadrinhos

The Walking Dead volta a ser publicada no Brasil pela Panini

Não demorou muito e The Walking Dead já está de casa nova no Brasil. A série em quadrinhos, versão original da epopéia de Robert Kirkman que narra a tentativa de  sobrevivência de seres-humanos ao apocalipse zumbi retorna às livrarias e comic shops em dezembro de 2017.

A estratégia de publicação segue com projeto gráfico e número de páginas similar aos escolhidos pela editora HQM, que publicava anteriormente a saga no Brasil. Além do relançamento à partir do volume 1, a editora planeja seguir à partir do encadernado 19, exatamente de onde a editora predecessora parou.

Confira o release oficial:

“Sucesso no mundo todo e aclamado pela crítica, os quadrinhos de The Walking Dead, que deram origem à série televisiva de mesmo nome serão relançados pela PANINI. A editora multinacional líder na publicação de quadrinhos, revistas para crianças e mangás na Europa e América Latina vai recomeçar a saga de Rick Grimes contra zumbis desde o volume 1. Mas para não abandonar os fãs que já acompanham as edições lançadas anteriormente no Brasil, a PANINI vai continuar a publicação a partir do volume 19, ainda inédito.

The Walking Dead está previsto para chegar às livrarias e comic shops em dezembro, durante a Comic Con Experience 2017. A publicação também estará disponível na loja virtual da Panini (loja.panini.com.br) pelo preço de R$ 36,00.

Publicação mensal, The Walking Dead foi lançada nos Estados Unidos em 2003. A história foi criada e escrita por Robert Kirkman e o desenhista Tony Moore, substituído posteriormente por Charlie Adlard. A série narra a história de um grupo de pessoas tentando sobreviver em um mundo atingido por um apocalipse zumbi.”

Além disso, duas ações de marketing estão previstas pela editora: A primeira é o envido de cupcakes em formato da cérebro para mídias que veicularam a estreia da oitava temporada da série televisiva mais uma cartinha com a divulgação da hashtag #TWDNAPANINI. A segunda acontecerá durante a Zombie Walk SP, que acontece 2 de novembro no centro de São Paulo.  Um cosplay da personagem Michonne marcará presença no beckdrop da PANINI para tirar fotos. Também serão distribuídos marcadores de páginas com o link para acessar a pré-venda do quadrinho no site da PANINI.

The Walking Dead começou a ser publicada no Brasil pela Editora HQM com o nome de Os Mortos Vivos em maio de 2006 com o formato de encadernados até setembro de 2015 totalizando 18 volumes. Em outubro de 2012  a mesma editora relançou a série com seu nome original dessa vez em formato mensal por 48 edições até fevereiro de 2017. A série em quadrinhos original continua até os dias atuais, com 172 edições mensais publicadas e diversas versões de encadernados, sendo este modelo adotado pela Panini contando com 28 volumes.

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Games

Brasil Game Show 2017 – Parte 4

Mais uma parte de nossa cobertura chega e dessa vez vamos dar atenção aos cosplayers. Todos os eventos hoje têm centenas de visitantes que se vestem de seus personagens favoritos e nos jogos a situação é a mesma. Na BGS 10, à partir do terceiro dia (13/10) a quantidade de Cosplayers começou a aumentar, muito por ser o dia em que Hideo Kojima seria jurado de um dos concursos. Por alguns momentos era mais comum ver cosplay que qualquer outro tipo de visitante caminhando pela feira. Confira à seguir uma seleção que fizemos de todos os dias que estivemos por lá:

Os concursos de Cosplay tinham um palco especial reservado para as atrações. Além de Kojima, Nolan Bushnell e Alexandre Henderson foram jurados ilustres dos concursos.

O prêmio era 1 ano de cinema grátis na rede que patrocinava o concurso com exceção do concurso especial de Metal Gear, onde o vencedor ganhou a cadeira de jurado usada por Kojima autografada pelo próprio. Os vencedores foram:

Yuna, de Final Fantasy X

Dr Eggman (Robotnik), de Sonic The Hedgehog

Raiden, de Metal Gear Rising (Vencedor do concurso especial Hideo Kojima)

Apesar de tantas imagens, nossa cobertura ainda não acabou! Logo mais sai a quinta e última parte de nossa presença na BGS 10 com as últimas análises e considerações finais. Até lá!

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Games

Brasil Game Show 2017 – Parte 3

As dores e bolhas nos pés compensavam a cada nova atração que aparecia na BGS, mas antes de mais uma parte da série de demos testadas na feira, gostaria de dar destaque aos vários painéis e auditórios que ocorreram durante a feira. Espalhados por diferentes estandes e palcos, aqui vai uma seleção dos mais importantes que presenciamos:

Lifetime Achievement Award com Hideo Kojima

O provável painel mais aguardado da BGS foi dia 12/10. Sua inscrição no site do próprio evento esgotou em poucas horas, superando apenas o Meet and Greet do próprio Kojima onde sua inscrição foi encerrada em menos de 2 minutos. O público estava ávido a ver Hideo no palco com seu carisma e absoluta harmonia com os fãs. A espera valeu? A meu ver, de certa forma, não!

O começo já estava errado. Lembram as inscrições? Pois bem, serviram para nada. Qualquer um podia chegar à plateia que cercava o palco da BGC (Brasil Game Cup, porque é o mesmo lugar usado para torneios durante o evento) sem precisar ter em seu celular ou de forma impressa o comprovante de inscrição. Ora essa: Então para que fazer? Ninguém chegou perto de mim ou de qualquer outro para checar se eu estava de fato inscrito. O local não tinha paredes ou entrada, era só chegar e sentar. O problema não se tornou de fato real porque todos os assentos não foram preenchidos, mas se fosse…

Os dois apresentadores chegaram após a apresentação da banda Vivalma, que já havia feito um pocket show bem bacana antes do evento principal. Tudo parecia promissor, mas o maior problema foi na cerimônia em si: Kojima mais uma vez foi extremamente atencioso, assim como fora no meet and greet do dia anterior, mas faltou um tempero especial na apresentação. O garoto vencedor do polêmico concurso digital que o elegeu para entregar em mãos à Kojima o prêmio da edição ficou poucos segundos no palco, nem sequer teve a chance de perguntar algo ao game designer. Isso foi o de menos, o pior veio depois: As perguntas feitas pelo público selecionadas atrasvés da página do Facebook para o criador de Metal Gear responder: As perguntas eram ” O que você seria se não fosse criador de jogos?” R: Cineasta; “Quando você decidiu trabalhar com jogos?” R: Durante a faculdade; “Qual é seu jogo favorito?” R: Super Mario Bros (o apresentador confundiu com Smash Bros); “Qual a dica que você daria para quem quer trabalhar com jogos?” (nesta última, Kojima pediu a participação do público para saber quantos gostariam de seguir nessa área) R: Sejam convictos de suas ideias.

Sério? SÉRIO? O painel disputado à tapas foi feito com perguntas tão genéricas que qualquer um que nem sequer teria experimentado uma obra de Kojima poderia fazer? E ainda mais: Que ele possivelmente já deve ter respondido tantas e tantas outras vezes, então bastaria uma busca no Google para obter as respostas? Por favor… não me entendam mal, mas se foi feito um tamanho esforço pra trazê-lo para cá, com uma viagem longa (que demora de 26 a 35 horas de vôo com escalas, ou mais) as perguntas poderiam, no mínimo, serem melhor selecionadas. Em uma das respostas, Kojima ainda explicou que “sempre busca trazer algo novo aos games” pena que as perguntas não eram tão novas assim. Não bastando isso, o evento se encerrou com cerca de 25 minutos de duração, bem menos do que os 60 minutos planejados.

Hall da Fama com Hideo Kojima

Feita no dia seguinte ao Lifetime Achievement Award, a cerimônia foi bem parecida à anterior. A diferença é que, como já sugeria o título, dessa vez Kojima marcou no gesso suas mãos e depois o assinou. Ambos os painéis poderiam ser no mesmo dia, ou melhor, serem um só? Sim, mas acho que foi uma boa ideia separar, para quem hipoteticamente não conseguisse ir em um fosse em outro. Mais uma vez, não foi necessário apresentar a inscrição.

Novamente a banda Vivalma fez um show antes e promoveu a trilha sonora. Kojima, que foi o primeiro a ter seu nome no Hall da Fama da Brasil Game Show, agradeceu muito e disse que ficou muito impressionado da admiração e educação de seus fãs por aqui. Se houve ou não advertência ao nível das perguntas do outro painel, boa notícia foi que as perguntas foram melhores que na apresentação do dia anterior. Sobre o cancelamento de Silent Hills, e ainda ter planos de fazer um jogo de terror, Kojima disse que, apesar de se considerar medroso,  pretende ainda fazer um jogo tão assustador de se borrarem de tanto medo. Perguntado se os jogos já superaram os filmes, acredita que na verdade os dois meios estão se aproximando para criar um entretenimento mais inédito e também pensa em algum dia produzir um filme mas antes precisa finalizar Death Stranding. Essa apresentação se encerrou com uma selfie com os apresentadores e foi mais curta ainda que a anterior: 15 minutos.

Lifetime Achievement award com Nolan Bushnell

O criador do Atari teve um painel e cerimônia bem parecida com a de Kojima, a diferença é que tanto a premiação e marca no Hall da Fama aconteceram de uma vez só e no estande da Twitch, além de perguntas serem feitas na hora com escolha dos participantes da plateia a quem quisesse participar. As perguntas feitas para Bushnell foram muito melhores e resultaram numa numa conversa incrível. Bushnell defendeu que políticos deveriam abraçar de vez os games, que os jogos eletrônicos usados de forma correta têm uma ferramenta e eficácia de aprendizado que hoje não se vê em escolas. Sobre a venda da Atari, apenas lamenta não mais dirigir a empresa, seu arrependimento mesmo é de não ter aceito a proposta de 15 mil dólares que Steve Jobs o fez para se juntar a Apple porque. se fizesse, hoje seria dono de 1/3 da empresa.

Apesar de já estar com 74 anos de idade, diz que baixa ao menos 2 jogos para celular por semana e admira League of Legends e Portal 1 e 2 . Assim como a Atari revolucionou o mercado, acha que os jogos em VR também podem porém defende que seu uso não deveria passar de 30 minutos ao dia pois ainda são desconhecidos os efeitos colaterais que esses aparelhos podem causar. Para encerrar, avisou que ler ficção científica ajuda a buscar novas ideias e que se deve exercitar o físico também, o tradicional “mente sã, corpo são”. Bushnell ainda recebeu uma camisa como presente dos responsáveis pelo estande.

Infelizmente, um ponto negativo ocorreu: O barulho vindo dos estandes próximos fez com que ficasse muito difícil de ouvir as palavras que vinham do palco para quem estava da sexta fileira para trás. Por isso, alguns dos expectadores deixaram a apresentação antes do fim. Uma participante ao meu lado lamentou que “uma palestra tão bonita estivesse sendo prejudicada por isso” Uma pena. Ainda assim, valeu para quem pôde ouvir e aprender muito, mas muito mesmo. Ao fim, foi convidado a retornar à feira mas avisou meio em tom de brincadeira que seu gás está acabando, e em alguns anos não deve mais estar em eventos assim. Sinceramente, espero que antes disso ele retorne, pois foi o melhor painel com louvor.

Lifetime Achievement Award com Ed Boon


Seu painel aconteceu logo após ao de Nolan Bushnell. Ed estava bem brincalhão apesar da correria de ser seu último dia no evento. A cerimônia seguiu os mesmos moldes com prêmios e mãos no gesso assim como os anteriores. Disse que receber um prêmio desses o lembrava que estava ficando velho. Avisou que não tinha como prever a repercussão que Mortal Kombat causaria, seria como prever onde um raio iria cair e o primeiro jogo da série foi feito em 8 meses por 4 pessoas. Apesar dos rumores, Boon ainda não pode dizer quando ou se um novo Mortal Kombat será lançado, mas deu uma dica: Seus últimos jogos de luta foram Mortal Kombat vs. DC Universe, Injustice: Gods Among Us , Mortal Kombat X e Injustice 2, ou seja, MK intercalado com Injustice, e como o último jogo foi justamente de Injustice… alfo de MK deve estar à caminho. Sobre spin offs da franquia, faria se trabalhasse com uma equipe maior já que seu tempo acaba se tornando exclusivo aos jogos principais.

Alguns fãs não fizeram perguntas, simplesmente disseram que o admiravam… ou melhor: Perguntaram se poderiam tirar foto com ele ou conseguir autógrafo em algum item. A pedido de um, bradou seu famoso “GET OVER HERE!” dito por Scorpion, seu personagem favorito da franquia. Eu mesmo tentei fazer perguntas e não consegui por esses pedidos. Boon ainda agradeceu muito à eles e à BGS e disse que deseja retornar, para o que seria sua terceira presença no evento. O painel não foi tão afetado pelo barulho ao redor porque aumentaram o volume das caixas de som do estande e durou cerca de 30 minutos.

Auditório Playstation

Já em outras feiras a Sony providenciava painéis em auditórios fechados dentro de seu estande. Com cerca de 45 minutos cada um, conferi os dois apresentados na feira que também eram reservados mediante aplicativo. Por pedido dos organizadores, não era permitido filmar, fotografar ou sequer gravar o áudio das apresentações, inclusive um vídeo à respeito era apresentado antes, similar aos que vemos hoje antes do início dos filmes nos cinemas. Só me restou tirar uma foto do auditório após seu encerramento.

Detroit: Become Human

Após experimentar Detroit fiquei ainda mais interessado pelo jogo, por isso fui com altas expectativas em sua apresentação. Daimion Pinnock foi o responsável por apresentar a sinopse do jogo e jogar um trecho do jogo onde Marcus, um androide renegado, tenta salvar seus semelhantes de uma loja onde eram postos à venda. Jogando a mesma parte duas vezes, Pinnock mostrou como eram as consequências de resgatar ou não os androides e que no jogo não há escolha errada, apesar de ser possível refazer uma cena.

Também pediu ajuda do público para realizar cada tarefa. Ainda explicou que a Quantic Dreams, produtora do jogo, hoje tem 250 funcionários que trabalham para lançar Detroit em uma data não definida de 2018.

Days Gone

David Alonso jogou um gameplay do jogo parecida com o apresentado na E3 mas com uma diferença: A condição climática. Enquanto um era em chuva, o visto na BGS era na neve. Essas condições mudam o controle da motocicleta do protagonista, que vive (obviamente) em uma realidade fictícia após uma praga dizimar humanos. Alonso ainda explicou que cada cena pode ter diferenças de jogo para jogo.

Ainda foi apresentado o gameplay abaixo de Spider-Man, jogo a ser lançado por enquanto exclusivamente para PS4:

Apesar de ser um vídeo já divulgado, me empolgou bem mais do que Days Gone, que deve sair em 2018.

E ainda tem mais! A parte 4 vem logo logo com mais jogos. Aguardem!

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Consoles Games PC

Brasil Game Show 2017 – Parte 2

A maratona continua. É humanamente impossível conferir tudo que a feira oferece em apenas um dia. Seu pavilhão tem novidades a perder de vista. Cada nova esquina que virava algo chamava a atenção. Nessa segunda parte, daremos destaque ao estande do console verde que, apesar de carregar o nome do espaço, era possível jogar alguns (poucos) títulos em PCs e notebooks.

Xbox

A Microsoft apostou em várias atrações em seu estande, que iam além de testar seus jogos. Sorteios, campeonatos, brindes e até Cosplay de personagens de seus jogos estavam por lá durante todos os dias. O telão que transmitia os torneios do estante era menor em largura porém maior em altura que o da Sony e foi um grande atrativo aos fãs que o cercaram onde desfilavam apresentadores, competidores e youtubers.

Indo além do concorrido palco, uma nova com camisetas e outros produtos estava à disposição dos visitantes e até um mapa do estande foi montado para saber onde exatamente estava cada lançamento. Dos jogos testados, vale os destaques:

Sea of Thieves

Confesso que sou de uma geração passada, onde a Rare era maior parceira da Nintendo e nos trouxe vários clássicos instantâneos. Conker’s Bad Fur Day, Perfect Dark, Banjo Kazooie… dessas franquias nenhuma se firmou na Microsoft, atual dona da empresa. Muito pelo contrário: Ganharam jogos decepcionantes.

Mas Sea of Thieves me devolveu a esperança de que isso pode mudar. O jogo cooperativo onde você faz parte de um bando de piratas navegando mar afora é o melhor título que testei em grupo nos últimos tempos. Muito legal a ideia de se comunicar com sua tripulação onde cada um conduz o mesmo barco em busca de tesouros em ilha cheias de inimigos. É genial um controlar o timão, outro içar as velas, outro ditar o caminho… Um jogo desses não seria possível antes. Torço muito para a Rare, que não lança um jogo inédito desde 2014, me conquistar novamente. Essa é sua chance. Fui bem recebido logo de cara.

Além de ser o melhor jogo que testei no espaço, foi um dos com maior investimento no estande. Brindes foram distribuídos (cada jogador ganhava uma bandana ou uma manga com tatuagens) e um grupo de piratas bem performáticos estiveram por lá. Não só no estande da Microsoft como no palco de Cosplay.

Ainda sem data exata prevista, Sea of Thieves deve sair no primeiro semestre de 2018. Aguardo com grandes expectativas.

Dragon Ball Fighter Z

Não é simplesmente por ser um anime, mas por seu carisma absoluto Dragon Ball Z é uma franquia que atravessa gerações. Antes mesmo do começo da feira, meu sobrinho avisou-me que estava assistindo Dragon Ball Super. Ele é 12 anos mais novo que eu e, quando  a animação passava no SBT, Globo ou Band, ele era um bebê ou ainda nem tinha nascido.

Dragon Ball Fighter Z será o quadragésimo quarto jogo baseado na criação de Akira Toriyama. Suas cenas de apresentação, seja antes ou depois de cada luta é impressionante. Em cenários de batalha com plateia, é possível detalhadamente enxergar reações de cada rosto da audiência. O cenário do torneio de artes marciais é um bom exemplo. Cada combate é feio com trios de personagens, modelo que já foi feito em outros títulos da série. Um personagem que não está lutando pode ser chamado momentaneamente para ajudar na execução de um golpe especial. Como cada luta era rápida, esse era o jogo ideal para quem não queria pegar longas filas e sair satisfeito. O novo jogo da Bandai Namco sai em fevereiro de 2018.

Super Lucky’s Tail

A sequência do indie Lucky’s Tail é carismático, colorido, fofinho, atrativo… só de ver a imagem de divulgação já dá vontade de jogar. Mas o jogo em si não me pareceu tão interessante. Veja bem: A raposinha protagonista parece um primo mais novo do Bubsyseu ataque é um rodopio à la Crash Bandicoot só que mais suave… cadê a criatividade? Ao menos os cenários são bonitos e imensos.

Curiosamente, a demo foi jogada em um notebook apesar do jogo também ser para Xbox One. Conversando com funcionários do estande, a ideia foi promover o modelo de computador usado.

Ainda estou por ver algo a mais no jogo. Mas de qualquer forma, a espera será curta, Super Lucky’s Tail tem previsão de lançamento para 7 de novembro de 2017.

Cuphead

Apesar de ser um jogo já lançado, estava bem curioso para testar a sensação indie do momento. O jogo inspirado nas animações dos anos 30 é uma delícia. Simples, divertido, dinâmico e… difícil! Morri diversas vezes em menos de 10 minutos jogando.  Não tenho ainda como confirmar, mas é bem possível que seus criadores jogaram muito Gunstar Heroes. Um bom número de pessoas o comparou com Contra, mas o nível de desafio me lembra mais GH. O jogo é tão simples que chega a ser estranho ninguém ter pensado nisso antes. Ub Iwerks com certeza gostaria de ter jogado.

Ainda estamos nem na metade do caminho. A seguir, analisaremos os destaques dos estandes da Ubisoft, Warner e muito mais. Aguardem!

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Games

Brasil Game Show 2017 – Parte 1

A maior feira de games da América Latina chegou a sua décima edição. Fundada em 2009 e acontecendo em São Paulo desde 2012, a Brasil Game Show chega em 2017 em sua edição que promete ser a maior de todas, com mais de 250 marcas presentes em arenas, expositores e mais de 40 estandes espalhados pelos  75.758 m² do Expo Center Norte, local onde a feira volta após única temporada no São Paulo Imigrantes.

O evento começou oficialmente às 12:50h de 11/10, com uma cerimônia de abertura com Marcelo Tavares, fundador da BGS e participação de Ed Boom e Hideo Kojima, que formalmente cortaram a faixa de abertura.

Inauguração oficial

Terminada a cerimônia, começou o maior atrativo: Jogar diversos títulos espalhados em vários estandes, principalmente os que não foram lançados ainda. E são muitos! No primeiro dia, o Torre de Vigilância experimentou os seguintes jogos:

Playstation
Como acontece todos os anos, o estande da Sony rivaliza com o da Microsoft pelo título de mais movimentado, mas esta edição, a Sony tinha um trunfo: Mais jogos ainda não lançados à disposição do que sua rival. O design do estande era bem similar ao das edições passadas, com seu imponente telão passando trailers de seus jogos a serem lançados e um palanque para entrevistas no centro. Hideo Kojima esteve por lá por volta das 13:30 do dia inaugural. Sua entrevista depois foi reproduzida em outros estandes.

Uma novidade nesse ano é a presença de um aplicativo onde é possível agendar a hora que você vai jogar determinado jogo, no intuito de evitar as tradicionais imensas filas. Muitos dos visitantes no primeiro dia não sabiam do app, pegando muitos de surpresa. Para a sorte de muitos, não foi necessário usá-lo no dia da imprensa. Sobre brindes, foram encontrados pôsteres de God of War distribuidos esporadicamente por algumas atendentes e um par de óculos escuro do playstation, o mesmo distribuido ano passado porém desta vez mediante resposta de pesquisa. Quem jogava estava apenas sendo presenteado com um cupom de desconto na loja da Sony.

Gran Turismo Sport

Mais um ano se passou e o novo capítulo do jogo de corrida mais famoso da Sony não saiu. Assim como ano passado, Gran Turismo Sport esteve presente com a possibilidade de jogar em cockpit. Comparado com a versão do evento de 2016, esta tem mais pistas e carros para escolher, em níveis muito mais difíceis. Dessa vez escolhi o circuito de Suzuka e me dei muito mal, uma boa prova que pistas de Fórmula 1 são bem complexas. Apesar de tudo, GTS continua ótimo. Para mim, o melhor simulador de corridas disponível. Diferente do ano anterior, foi permitido aos visitantes filmar ou fotografar o jogo. Gran Turismo Sport ainda não tem data de lançamento oficial, ainda que previsto para esse ano.

Far Cry 5

Uma franquia simples e direta que sempre é divertida de jogar. FC5 tem a mesma mecânica de suas edições anteriores, nada de diferente a acrescentar. Em sua história, dessa vez se passa em uma cidade de interior dos EUA dominada por extremistas religiosos. A ideia continua boa, e seu acréscimo de ser mundo aberto atraindo quem gosta de jogos de tiro em primeira pessoa, talvez o gênero mais valorizado nos games de hoje em dia. Seu lançamento oficial é 27 de fevereiro de 2018.

Monster Hunter: World

Monster Hunter: World veio ao estande de Sony em formato multiplayer. De forma cooperativa, 4 jogadores enfrentavam seus monstros gigantes. O problema a meu ver foi a repetição apresentada na Demo, fazendo os 15 minutos de jogo parecerem mais longos do que realmente eram. Se em uma demonstração a situação foi essa, o action role-playing da Capcom a ser lançado em 26 de janeiro de 2018 ainda precisa que mostrar a que veio. Não me convenceu.

The Inpatient

Este originalmente seria o primeiro jogo a eu testar no estande. Porém, um erro desconhecido adiou a demonstração e os responsáveis pediram aos jogadores voltarem mais tarde. Consertado o problema pude experimentar o jogo de terror psicológico em realidade virtual que ocasionou o maior tempo de espera em fila do dia, de mais de 40 minutos. A espera compensou com um excelente jogo que é cria de Until Dawn. O VR, que mostra a rotina de um sanatório usa muito bem seus recursos, fazendo seus jogadores quase entortar seus pescoços para observar cada detalhe do jogo que resulta em vários sustos. O gameplay, apesar de quase ser um teste de controles, deixa quem joga ávido pelo que vem à seguir e com certeza convence quem esteja afim de comprar um Playstation VR. A espera pelo que vem à seguir acabar em 21 de novembro de 2017.
Importante: O espaço reservado para VR tem 4 consoles, sendo 2 para The Inpatient e um de cada para Moss e Star Child e quem estiver na fila joga o primeiro que desocupar o espaço quando chegar sua vez, não podendo escolher o jogo a não ser que você tenha passe VIP. Por sorte, caí justo no jogo que queria provar. Com o uso da app à partir do segundo dia, a situação deve mudar.

Call of Duty WWII

A franquia da Activision é praticamente um FIFA 18 ou Pro Evolution Soccer em outro gênero: Todos os anos sai um novo título. Tantos jogos, apesar da quantidade gigantesca de fãs, já foi bem criticada por mesmices. Assim como seu concorrente Battlefield fez ano passado, CoD apostou no retrô para esse ano. Na versão multiplayer, CoDWWII deu conta do recado, é como voltar aos primeiros jogos da franquia de forma muito melhor, os cenários gigantescos, trabalho em grupo e dificuldade acentuada fez o lançamento de 3 de novembro de 2017 mais uma vez um dos jogos mais concorridos da feira.

Detroit: Become Human

Admito: Eu não estava preparado para isso. É irônico estar na pele (muito realista) de um androide reconstituindo a cena de um crime para salvar uma criança de ser assassinada por… outro androide. Cada detalhe, pergunta, passo e item examinado importa. Sua conversa com o autor do crime tem uma linha extremamente tênue e, dependendo do resultado final da sua ação (que pode salvar a criança e você mesmo, salvar apenas a criança ou nenhum dos dois) deixa até o próprio jogador em dúvida se você mesmo é capaz de lidar com situações de extrema emoção. Detroit tem um clima tão tenso e emocionante que me deixou bobo por muito tempo depois da demo. O último jogo a testar no estande da Sony foi simplesmente o melhor. A nova obra de David Cage não tem data oficial mas é previsto para 2018. Já estamos ansiosos. Dica: Joguem com fone de ouvido.

 

E tudo isso foi só na primeira parte de nossa cobertura! Em breve faremos nossa análise dos estandes da Microsoft, Warner, Ubisoft e muito mais! Aguardem!

A Brasil Game Show acontece de 11 ate 15 de outubro e prevê, somando todos os dias, um total de 300.000 pessoas visitando o evento.