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Análise | Call Of Duty: Black Ops III – O inimigo agora é outro!

Escrito por Luan Oliveira

A mudança de paradigmas transformou muito a estrutura do décimo segundo título da franquia Call Of Duty, o que antes apenas favorecia a guerra, agora favorece você! A tecnologia é sua aliada nesse mais novo lançamento da Activision, desenvolvido pela Treyarch.

Black Ops III chegou para levar a franquia a um futuro nunca antes alcançado, em um título que foi fortemente inspirado nos novos moldes dos FPS.

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O jogo segue os acontecimentos de Black Ops II, porém com um salto temporal de 40 anos, estamos em 2065, o governo deixou de confiar em tecnologias autônomas após Raul Menendez conseguir assumir o controle de drones das Forças Especiais Americanas e os fez se voltar contra toda a nação. Assim em vez de focar todos só seus esforços em estudos para novos sistemas autônomos o governo agora investe pesado em melhorias de habilidades para os seus soldados, passando a usar implantes mecânicos acompanhados do novo DNI (Direct Neural Interface), que além de permitir avanços satisfatórios em seus níveis físicos, possibilita que seus portadores interajam com máquinas remotamente. Tudo caminhava para a perfeição até que um grupo de soldados modificados, são enviados a uma missão secreta, onde descobrem um grande esquema de escala global.

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Em Black Ops III não há um protagonista, o jogador deve portanto escolher um Especialista, cada um possui sua característica própria, assim como, sua gama de habilidades. Isso permite que cada jogador tenha uma experiência diferente de gameplay.

As novas habilidades especializadas são as mais valorosas novidades, power-ups temporários, teleporte de curto alcance e lança-granadas, que fornecem amplas oportunidades para que você possa definir um estilo de jogo próprio. Essas perícias são desbloqueadas em uma espécie de árvore de habilidades, facilitando o combate. Isso também gera uma variedade enorme de combinações, criando momentos alegres de vantagens injustas, que oferecem uma breve corrida pelo poder, sem interromper o fluxo do jogo.

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Naturalmente, o multiplayer competitivo é onde Call Of Duty Black Ops III tem a sua mais agradável e expressiva jogabilidade. A maioria dos mapas online captam a liberdade de circulação, incluindo elementos verticais, como outdoors, aberturas estreitas entre edifícios altos, varandas, tudo isso livre para a exploração do jogador durante a partida. A descoberta de locais para o ataque é a melhor parte da diversão, com novas arenas o jogador sente a necessidade de compreender tudo ao seu redor, durante todo o gameplay, esses campos de batalha parecem ser muito maiores do que realmente são, pelo fato da constante mudança de posicionamento e de estratégia.

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A presença de uma história interessante sempre foi um diferencial da franquia Call Of Duty. Tramas sombrias, surpreendentes, que nos faz lembrar de alguns momentos importantes para essa afirmação, como o interrogatório de Maison no primeiro game e de Menendez no segundo. Infelizmente Black Ops III está muito atrás de todos os seus antecessores, em termo de Campanha, mesmo sendo uma continuação de Black Ops II, algumas menções ao passado, apenas para confirmar que se trata de uma sequência não agrada, o conto tem sua trama autônoma que não se liga ao passado remoto onde Raul Menendez brincou e bordou. Este é um conto simples para uma campanha mais simples.

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A maioria das missões são extensas horas de tiro contra ondas de grunhidos, quebradas por viagens para o esconderijo para personalizar a sua “save area”. Onde você pode disponibilizar algumas horinhas de seu gameplay para, personalizar seus equipamentos, criar novas armas, escolher acessórios para a próxima missão, e se isso não bastar, você ainda pode evoluir suas habilidades, além de visitar a área de seu amigo, e ver como ele personalizou seu Especialista, podendo encontrar novas ideias e entendendo como ele procede nas missões, tudo para trazer mais “diversão” na atuação da sua unidade.

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Jogar a campanha sozinho é uma tarefa maçante. Você não sente isso ao jogar com seus amigos, transformar robôs em bolas de fogo e ao fazer combatentes humanos vomitarem seus cafés da manhã com suas habilidades tecno-mágicas. Mas quando você está jogando solo, é uma tarefa árdua. Um sentimento de vazio constante te preenche, com fluxos constantes de jargões militares e grandes explosões. Você sente a repetição definida em como você acerta headshots em um robô após o outro.

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Após uma campanha solo, não muito agradável, o modo Zombies é muito bem-vindo. Diferentemente de sua campanha solo, o Zombies realmente entrou em seu próprio firmamento desta vez. A sua forte ênfase em táticas de sobrevivência de cooperação é uma recordação de Left 4 Dead, com uma pequena diferença, os zumbis vão cortar você muito mais rápido desta vez. Sobreviver a qualquer onda de inimigos exige comunicação entre a equipe, o que torna ainda mais gratificante quando você sai ileso de uma missão com seus amigos. E se você está pensando em jogar este modo de maneira solo, apenas desista. É equivalente ao suicídio.

VEREDITO:

Call Of Duty: Black Ops III é um jogo variado, mas a sua satisfação vai depender muito se você tem amigos para te acompanhar em missões onlines ou offlines. Zombies finalmente entrar em seu próprio caminho, sem se esgueirar nos outros modos de jogo, aqui com um estilo de jogo e design próprio. O multiplayer é a principal atração aqui, e os loadouts altamente personalizáveis e habilidades especializadas se combinam para torná-lo um dos mais variados e agradáveis jogos da série. PONTOS POSITIVOS:

  • Variedade de modos de jogo
  • Multiplayer
  • Novo Sistema de Habilidades
  • Novos Especialistas
  • Gráficos

PONTOS NEGATIVOS:

  • Campanha Solo chata e repetitiva
  • Falta de Protagonista

NOTA FINAL: 8,5

Totalmente em português, Call Of Duty: Black Ops III está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

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Sobre o Autor

Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore