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Segunda temporada de Euphoria decepciona e é entediante de acompanhar

Após três anos de hiato e dois especiais lançados, Euphoria retornou em 2022 com uma segunda temporada. Criada por Sam Levinson, produzida pela HBO e co-produzida pela A24, a série de drama adolescente conquistou milhares de fãs devido a sua qualidade técnica, história fatal misturada com humor negro e as atuações do elenco principal, como Zendaya no papel de Rue, e Hunter Schafer interpretando Jules

O primeiro ano do seriado puxa o telespectador para dentro da sua trama celestial, sendo uma temporada surpreendentemente imersiva e espetacular, transformando-se como uma das melhores produções televisivas de todos os tempos. Pouco tempo depois, a série foi renovada para a sua segunda temporada, causando uma verdadeira euforia naqueles que acompanharam de perto a jornada de Rules como um casal (além dos outros dramas envoltos nas construções dos personagens secundários).

Entretanto, lamentavelmente, o segundo ano é assustadoramente inferior em comparação ao seu antecessor. Mesmo com uma direção impecável partindo de Levinson e desenvolvimentos razoavelmente satisfatórios, a segunda temporada de Euphoria é decepcionante.

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Zendaya como Rue.

O retorno de Euphoria explora novos lados dos personagens que não tiveram muito destaque na primeira temporada e ainda revela o destino de Rue. Em meio a caminhos entrelaçados, Rue precisa encontrar esperança enquanto tenta equilibrar as pressões do amor, perda e vício.

Afortunadamente, o primeiro capítulo começa com uma grande tensão entre Nate Jacobs (Jacob Elordi), Cassie (Sydney Sweeney), Maddy Perez (Alexa Demie) e Fezco (Angus Cloud), que serve como desenvolvimento e estudo mais aprofundado de personagens até o quarto episódios. Por outro lado, temas importantes e sem soluções introduzidos na primeira temporada são deixados de escanteio e mal aproveitados, tendo resoluções apressadas e pouco atrativas devido aos anseios iniciais de Nate, Cassie, Maddy e Fezco. Mas porque ‘’iniciais’’? Simples, pois os fatores servem apenas para deixar uma falsa adrenalina no telespectador, que posteriormente, também são deixados de lado. 

Zendaya continua fantástica como Rue, entregando mais uma vez, uma atuação de respeito. Os seus problemas com entorpecentes (e familiares) são levemente agravados, dado que a trama corrida e desleixada se preocupa mais em ‘’ir pra lá e pra cá’’ com sujeitos menos atrativos, do que se focar em personas interessantes de verdade. Rue ainda é a protagonista, já que é ela quem narra os eventos de Euphoria; porém, possui um desenvolvimento mais raso. Há momentos de positivamente estressantes para a adolescente, mas são solucionados de uma forma indecente. 

Se Rue, a personagem mais importante de Euphoria, foi tratada porcamente por Sam Levinson no novo ano, Jules (Hunter Schafer) recebe um zelo ainda pior. Transformada em uma ‘’figurante’’ de luxo, Jules parece acompanhar as ações de seus colegas, sem ter uma identidade própria. A narrativa da garota construída anteriormente não é aproveitada, tirando todo o seu brilho. Por sorte, Hunter segue interpretando Jules com excelência, e graças a atriz, ela não caiu no esquecimento. 

O relacionamento de Rue e Jules também não convence. Nos primeiros episódios, ele é bem desenvolvido e podemos ter uma noção de como o casal está se comportando após três anos. Mas posteriormente, é melancólico ver as decisões de Sam perante as colegiais. A introdução de Elliot (Dominic Fike) é razoavelmente boa, mesmo ele sendo um personagem chato.  Contudo, quando o garoto decide se ‘’intrometer’’ na relação das personagens principais, resultando em um triângulo amoroso, a mitologia de Rue e Jules perde o seu vigor, acabando em uma convivência amorosa desinteressante. 

Euphoria Season 2 Fan Reactions

Através de Nate, Cassie e Mady, a segunda temporada de Euphoria constrói uma bomba relógio imensurável, que quando estoura, não satisfaz as expectativas. Por outro lado, é nítido que estes elementos tiveram um tratamento muito mais abrangente e cuidadoso em relação ao primeiro ano, como por exemplo, o aprofundamento nos problemas familiares de Nate Jacobs (mais especificamente com seu pai, vivido por Eric Dane), que previamente eram vistos com muitos mistérios. 

Quanto a Cassie, o progresso em sua depressão é condizente com devaneios mentais que assolam uma grande parte dos adolescentes, que muitas vezes veem refúgio em um namoro abusivo e sem amor para as suas carências psicológicas ou até mesmo, para tentar apagar um trauma da memória. 

Já, em relação com Mady Perez, não há nenhuma mudança drástica em sua história. A figura continua com os mesmos traços, não trazendo nenhuma adição interessante para o novo conto de Euphoria

Euphoria: o que Maddy quis dizer com "este é apenas o começo" » thenexus: Notícias de filmes, resenhas de filmes, trailers de filmes, notícias de TV
Maddy (Alexa Demie) e Cassie (Sydney Sweeney).

A trama flerta entre um possível romance entre Fezco e Lexi Howard (Maude Apatow). É satisfatório assistir as interações de ambos, mesmo em segundo plano. Neste caso, é compreensível que o flerte entre eles não foi aprofundado, apenas levemente introduzido, visto que ele deve ser mais explorado no terceiro ano (lançamento previsto para 2024). 

Por último, vale mencionar brevemente a participação de Barbie Ferreira como Kat, que foi drasticamente reduzida por Sam Levinson após desentendimentos criativos entre a atriz e o cineasta. Kat foi diminuída para uma personagem enfadonha e desprezível, podendo ser facilmente cortada da obra. 

Euforia: Maude Apatow explica conexão entre Lexi e Fez
Lexi (Maude Apatow) e Fezco (Angus Cloud).

Entediante de acompanhar, é inacreditável como a classe de Euphoria decaiu em relação ao seu primeiro ano. Não adianta ter uma boa direção com uma fotografia bem feita, quando os pontos chaves da produção são jogados de escanteio. Instintivamente, tem-se a impressão de que não se trata da mesma série devido a baixa qualidade da sua história. Todavia, como mencionado no terceiro parágrafo dessa crítica, Euphoria continua sublime em relação à outros seriados, principalmente com os que possuem juventude como alicerce. 

Sem medo de falar sobre sexo, drogas e comportamentos problemáticos, tanto a primeira quanto a segunda temporada de Euphoria dão uma aula de como o fim da juventude para o começo da fase adulta se comporta em jovens mais frágeis.  Entretanto, a ‘’fábula’’ moderna não consegue se superar, causando uma grande frustração. 

Nota: 3/5

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Tela Quente

Duna: A obra-prima de Denis Villeneuve

”Eu não devo ter medo. Medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que leva à aniquilação total. Eu enfrentarei meu medo. Permitirei que passe por cima e me atravesse. E, quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver seu rastro. Onde o medo não estiver mais, nada haverá. Somente eu permanecerei.”

Assim que li Duna em 2015 e assisti ao filme de David Lynch, feito em 1984, tirei como conclusão de que esta seria uma obra impossível de ser adaptada no cinema e que a melhor opção seria uma série televisiva nos mesmos moldes que Game of Thrones – isso tanto pelo conteúdo como pelo vasto universo presente nos livros.

Originalmente, Duna é um livro publicado em 1965 por Frank Herbert e considerado por muitos um dos precursores da atual ficção científica, sendo uma das mais renomadas. Além deste primeiro livro, o universo de Duna apresenta mais cinco sequências que expandem todo este incrível universo. O fato é que este é um livro cuja sua narrativa pode ou não cativar o leitor, e há uma certa dificuldade em fazer com que esta seja adaptada em tela de forma que agrade o público e que o mesmo consiga compreender toda a essência e a magnitude deste universo – neste caso, Denis Villeneuve consegue com maestria.

Warner Bros revela a primeira imagem oficial de "Duna"

Resumir a história do longa é complicada, mas basicamente a trama de Duna se passa em um futuro onde a ordem é feita por meio de um império intergaláctico nos moldes feudais, onde cada família é responsável por administrar um planeta. Nesta primeira parte, acompanhamos o início da trajetória de Paul Atreides e sua viagem para o planeta Arrakis. Seu pai, o duque Leto Atreides é convocado pelo Imperador para administrar Arrakis: planeta natal da especiaria melánge, antes administrado pela casa Harkonnen. Junto a isso, Paul precisa lidar com os sonhos que vêm tendo e com o fato de que o mesmo pode ser o Kwisatz Haderach, ou seja, o escolhido. Após a chegada da casa Atreides em Arrakis surgem diversos desafios políticos, como por exemplo a rivalidade entre as casas Atreides e Harkonnen, as questões que envolvem a especiaria ou a união com os fremen.

Quando é dito que Duna é um livro difícil de ser adaptado para as telas, não é um grande exagero. Se observarmos bem o filme de David Lynch em 1984, podemos ver o quão complicado é adaptar um vasto material para um longa com curto tempo de duração. Pessoalmente não considero a adaptação de Lynch tão ruim como dizem, mas se até o diretor tem vergonha de assinar o filme, quem sou eu para discordar.

A verdade é que Duna apresenta uma narração densa, uma trama política bem detalhada e descrições extremamente ricas que compõem o incrível universo apresentado por Herbert. Portanto, o grande desafio de Villeneuve seria conseguir transformar um denso material em um roteiro que consiga agradar tanto o público que é fã da obra original como quem será apresentado através desta adaptação.

Duna: Elenco usava apelidos de estrelas pornô nas filmagens, revela Rebecca Ferguson · Rolling Stone

Denis Villeneuve consegue concluir este desafio da melhor forma possível, realizando uma adaptação que apresenta com precisão a vastidão do universo de Duna. De certa forma, talvez a duração do longa não agrade todo mundo: afinal, são em média duas horas e meia onde há bastante diálogo. Entretanto, o diretor consegue compreender a essência da obra e expõe ela da melhor forma possível na tela.

Há algumas ”falhas”, obviamente, como toda adaptação: aqui, há alguns vazios na trama e o diretor opta por não focar na trama política e nem em outros detalhes presentes no livro – talvez para desenvolver os temas nas futuras sequências ou apenas para que tudo se encaixe dentro do filme sem prolongar demais. Além disso, Villeneuve também muda a essência de alguns personagens, como por exemplo Lady Jessica – mãe de Paul – que apresenta um comportamento diferente do livro e de outros personagens secundários que são deixados de lado. Isto não afeta em nada a trama, mas em particular senti falta da exploração acerca do lado político que tem na obra.

Outro ponto que poderia ter sido mais impactante no longa é a respeito dos vermes de areia: a cena onde, finalmente, ocorre a revelação da criatura tem um grande impacto visual no telespectador. Porém, ela foi exposta no trailer junto com o visual em fotos promocionais – caso não tivesse, o impacto teria sido bem maior. Nada que interfira na experiência, mas que poderia ter gerado uma surpresa no telespectador que não conhece a trama (até porque, sua construção no decorrer da exibição ocorre de forma discreta e até mesmo construindo um terror psicológico e uma curiosidade para o que está por vir).

Duna” quase foi adiado para 2022 – Categoria Nerd

A fotografia de Duna é incrível em todos os detalhes, Greig Fraser fez um trabalho sensacional aqui. Tive oportunidade de assistir o longa na sala IMAX a convite da Warner Bros e, sem dúvida, o filme foi feito para ser visto nos cinemas. A ambientação é construída com atenção em cada detalhe e toda cena surpreende o telespectador tanto por sua beleza como pelos efeitos ao redor.

Não só a fotografia como o figurino também chama a atenção, tudo foi feito nos mínimos detalhes e da melhor forma possível para mostrar a diferença cultural entre Arrakis e Caladan – planeta casa dos Atreides. Além disso, a trilha sonora de Hans Zimmer combina perfeitamente com a ambientação e consegue criar todo um clima que envolve o telespectador com o filme.

Por último, o elenco está sensacional e combina com os personagens que representam. Chalamet entrega um grande potencial como Paul Atreides, assim como Oscar Isaac como o duque Leto e Rebecca Furgson como Lady Jessica. Até mesmo os personagens secundários da trama tem seu destaque, inclusive Zendaya como Chani – que, mesmo em pouco tempo de tela, consegue marcar o filme. E isso não deve ser preocupação, nas sequências ela terá um papel fundamental no decorrer da jornada de Paul.

New Dune trailer shows off 3 minutes of desert chaos - CNET

Então, é bom?

Com diversos detalhes técnicos sensacionais, um roteiro que cativa tanto os fãs da obra como o novo telespectador e com um grandioso elenco, Duna consegue se consagrar como a obra-prima de Denis Villeneuve. O longa se prova como um dos melhores filmes do ano e uma das melhores adaptações já feitas, respeitando o material base e servindo como o início de uma grande franquia nos cinemas tal como O Senhor dos Anéis foi em sua época.

Agora é torcer para que sua sequência seja confirmada e que concorra ao Oscar nas categorias técnicas pois, sem dúvida alguma, este filme merece.

Nota: 4.5/5

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Cinema

Oscar Isaac, Forest Whitaker e mais negociam para estrelarem o filme dos ‘sonhos’ de Francis Ford Coppola

Foi revelado com exclusividade pelo Deadline, que Oscar Isaac, Forest Whitaker, Zendaya, Cate Blanchett, Michelle Pfeiffer, Jessica Lange e Jon Voight estão negociando para estrelarem Megalopolis, produção descrita como o filme dos sonhos de Francis Ford Coppola

“Se tornou quase uma guerra religiosa, no sentido de que não é por nada lógico. Acho que a grande novidade aqui é que sou o mesmo que era 20 ou 40 anos atrás. Ainda estou disposto a fazer o projeto dos sonhos, mesmo que tenha que arcar com meu próprio dinheiro. Filmes como esse são difíceis, todo mundo quer fazer o próximo filme da Marvel, mas ninguém quer fazer um que realmente converse com jovens de um jeito esperançoso, que fale que podemos nos unir e resolver qualquer problema que apareça. Não tenho meu elenco aprovado, mas tenho o suficiente para dizer que será um elenco animador.” Disse Coppola ao site. 

O longa-metragem iniciou suas filmagens em 2001. Todavia, as gravações foram interrompidas após o atentado de 11 de Setembro. O orçamento estimado da obra é de US$ 100 milhões.

A história de um arquiteto e sua visão de uma Nova York futurista, que rivaliza com a visão conservadora do prefeito que tem outros planos para a cidade.

Megalopolis começa as suas filmagens em 2022. 

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Cinema

Segunda parte de Duna será protagonizada por Chani, personagem de Zendaya

Ao Collider, Dennis Villeneuve falou que Chani, personagem de Zendaya, será a personagem principal da segunda parte de Duna

”Mal posso esperar para começar a gravar a segunda parte de Duna, principalmente sabendo que Chani, a personagem de Zendaya, será a protagonista”.

A seguir, você pode conferir as novas imagens da primeira parte liberadas pela Total Film. 

Em um futuro distante, planetas são comandados por casas nobres que fazem parte de um império feudal intergalático. Paul Atreides (Timothée Chalamet) é um jovem homem cuja família toma controle do planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna. A única fonte da especiaria melange, a substância mais importante do cosmos, Arrakis se prova ser um planeta nem um pouco fácil de governar.

Para futuras informações a respeito de Duna, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Cinema

Zendaya dará voz à Lola Bunny em Space Jam: Um Novo Legado

Foi revelado com exclusividade pela EW, que a atriz Zendaya será a voz de Lola Bunny em Space Jam: Um Novo Legado. 

A informação era um segredo até então, uma vez que a atriz não era creditada como parte do elenco de Um Novo Legado nos sites ”oficiais” de Hollywood

Zendaya vem se consolidando com uma carreira sólida no mundo da sétima arte. Além de interpretar MJ no MCU, a atriz é uma das protagonistas de Euphroia, que lhe rendeu um Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática em 2020.

Quando LeBron e seu filho Dom são aprisionados em um espaço digital por uma I.A. trapaceira, LeBron precisa trazê-los de volta para casa em segurança levando o Pernalonga, a Lola Bunny e uma equipe indisciplinada de Looney Tunes a uma vitória contra os campeões digitais da I.A. na quadra: um elenco de peso formado por astros e estrelas da NBA e WNBA como você nunca viu. Será Tunes contra Goons no desafio mais arriscado da vida de LeBron, que redefinirá o laço entre ele e seu filho, e reforçará a importância de ser você mesmo. Prontos para arrasar, os Tunes desafiam as convenções, turbinam seus talentos únicos e surpreendem até o “Rei” James jogando à sua própria maneira.

Para futuras informações a respeito de Space Jam: Um Novo Legado, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância. 

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Cinema Colunas Entretenimento Tela Quente

A transição de amor, arte e egocentrismo em Malcolm & Marie

Feito em segredo, Malcolm & Marie é uma produção filmada durante a pandemia, em 2020, que conseguiu puxar os olhares de todos os assinantes da Netflix pelo seu estilo e por estrelar apenas duas das personalidades  mais famosas atualmente do audiovisual, Zendaya e John David Washington. Dirigido pelo filho do grande diretor Barry Levinson (‘Rain Man’, ‘Bom Dia, Vietnã’), Sam Levinson, o longa traz um casal voltando a première do primeiro filme dirigido por Malcolm, e que acaba gerando discussões sobre cinema, amor, passado e política.

Filmes sobre brigas de casais não são atípicos no cinema, ‘História de um Casamento’ (2019) e a trilogia do Antes (amanhecer, pôr-do-sol e meia-noite) são grandes exemplos de longas desse tipo, e tem um certo elemento que cria o sentimento no telespectador de querer ver uma ‘DR’ de uma hora e quarenta e seis minutos, as atuações, e nesse caso, é sem dúvidas fenomenal como Washington e Zendaya dão os seus corações. Os atores conseguem trazer uma química igualável ao casal favorito de Hollywood, Ryan Gosling e Emma Stone, só que de uma forma tão humana que se parece um relacionamento verdadeiro. Desde suas feições, até o drama mais escuso e subtexto da personagem, essa dupla consegue sublimemente traduzir o início ao fim seus sentimentos, dores, medos e angústias.  Provavelmente, se fosse qualquer outro casal de atores, dificilmente teriam criado tamanha simbiose dramática.

Em sua história, ela também consegue cativar bem, mas isso depende muito da visão do público que está entrando nesse mundo criado por Levinson. É claro o amor que o diretor tem por cinema, e a forma na qual ele consegue trazer suas discussões diante de variados assuntos, seja sobre o passado da sua carreira, política em filmes, como pessoas de cor são vistas no audiovisual e a crítica cinematográfica pretensiosa (esse ponto precisa ser discutido mais a frente). Para quem é cinéfilo, ou conversa muito sobre a sétima arte nas redes sociais, consegue pegar bem as discussões que são criadas aqui; diferente de quem é indiferente diante desse universo, que por sua vez, pode se tornar tedioso. O mesmo pode ser dito quando o foco de discussão é o amor? Se depender de Zendaya e Washington, não; já que você se sente um personagem vendo ambos brigando e cada vez mais jogando seus problemas no ventilador. Ainda voltado ao cinema, é muito intrigante ver Malcolm falar com tamanha paixão sobre sua profissão, e para quem trabalha e conhece a área, sabe o que ele está passando. Vê-lo reagir às criticas profissionais e do público é engraçado e quem já acompanhou a crítica de algum filme que teve interesse, vai se espelhar muito no personagem.

Agora falando sobre a crítica que citam no filme, tem um ponto que pode ser desconfortável quando você entende sobre a história de Sam Levinson. No seu último filme, ‘Pais de Violência’ (2018), o diretor recebeu uma crítica de uma escritora do L.A. Times, Katie Walsh, que disse: “Uma tentativa malsucedida de comentário social” (Fonte: Estado de Minas). Então, durante todo o filme, e em duas sequências longas, vemos o Malcolm xingar essa crítica do L.A. Times (sem citar seu nome, apenas chamando-a de “garota branda do L.A. Times”). E sinceramente, é engraçado nas primeiras vezes, mas depois, parece que o diretor se perdeu no próprio personagem e está querendo mesmo que o longa se torne um vendeta para Katie. Por mais que durante o filme, se façam alguns comentários negativos realistas sobre críticos de cinema, o que ele faz com sua raiva diante de Katie chega a ser ridículo, e infantil. Sinceramente? Dá até medo de escrever mal sobre esse filme e me tornar o próximo alvo de Levinson. Por mais que seja infantil, e também muito enfatizado (que até esgota o humor), os comentários que Malcolm chegam a ficar engraçados, por conta da ótima atuação de John. Já Marie, parece uma representação do público, sempre querendo cortar o assunto sobre a garota branca do L.A. Times.

Em seus aspectos técnicos, o filme também entrega um ótimo resultado final. Sua fotografia é linda, e engraçada, pois realmente remete muito à fotografia de anúncios de perfume e roupas de padrão mais alto. Brincadeiras à parte, o preto e branco combina com a maioria do clima do longa e consegue deixar tudo em cena espetacular, até em sua proporção foi um acerto em cheio. A trilha-sonora também foi uma grata surpresa, já que ela foi composta pelo Labrinth, que conseguiu fazer um trabalho fenomenal. Uma curiosidade, o produtor executivo do longa, é o rapper Kid Cudi.  Ainda no mundo do áudio, devemos dar os parabéns para a dublagem do filme e à mixagem de áudio, a atenção aos detalhes é feita com muito carinho.

Já sua direção… Mesmo com o seu grande problema dito anteriormente, é coesa em trazer questões muito atuais sobre o mundo do audiovisual em si, desde política, passado, futuro e afins. Mas peca muito por sua vontade em transformar o filme em sua vingança, se não fosse as atuações dos protagonistas, se tornaria um grande desabafo de Levinson e seu ódio por conta de uma só crítica. O roteiro é bem feito, como já foi dito, a atuação teve seu devido patamar elevado e seus diálogos foram um fator principal nisso.

Malcolm & Marie é um filme lindo, sobre um relacionamento conturbado e que está preso diante de um amor maior: o cinema. De todos os seus detalhes e discussões, é algo que muitos amantes do cinema podem se identificar, e até se preocupar com isso, em certos aspectos. O filme prova que, mesmo sem tantos recursos e um filme sendo filmado em meio de uma pandemia, você consegue dar uma qualidade de um longa digno de grandes produções. E também prova que, se o diretor não deixar de ser tão egocêntrico ao ponto de quase estragar o filme com sua raiva, e não amadurecer com isso, ele vai continuar sendo uma sombra no nome de seu pai.

Nota: 3/5

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Cinema

MJ e Peter Parker são o destaque das novas fotos vazadas do set de Homem-Aranha

Vazaram através do Just Jared, novas imagens do set da nova produção do Homem-Aranha

As imagens são focadas em Peter Parker (Tom Holland) e MJ (Zendaya), que continuam com os mesmos visuais. 

Após Mystério revelar ao mundo que Peter Parker é o Homem-Aranha e transformar o herói em vilão, Peter terá que correr contra o tempo para provar a sua inocência e fazer com que a população esqueça quem é o amigão da vizinhança… mesmo que isso dependa da ajuda de um certo mago supremo do universo.

Para futuras informações a respeito do Homem-Aranha, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Cinema

Roteirista de Meninas Malvadas gostaria de ver Billie Eilish e Zendaya no musical do filme

Em um depoimento para 95-106 Radio Capital FM, Tina Fey, roteirista de Meninas Malvadas, declarou que gostaria de ver Billie Eilish e Zendaya estrelando o musical do longa-metragem que ainda não possui data de lançamento.

”Se a Billie Eilish quiser interpretar Janis, e Zendaya topar viver a Candy, vamos fazer isso!”.

O Musical de Meninas Malvadas será uma adaptação de uma peça da Brodway lançada em 2018.

A adolescente Cady Heron foi educada na África pelos seus pais cientistas. Quando sua família se muda para o subúrbio, nos Estados Unidos, Cady começa a frequentar a escola pública e recebe uma rápida introdução às leis de popularidade que dividem seus colegas. Sem querer, ela acaba no meio de um grupo de elite de estudantes apelidadas “as poderosas”.
Para futuras informações a respeito de Meninas Malvadas, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
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Séries

Veja o trailer do primeiro episódio do especial de Euphoria

Foi liberado o trailer do primeiro capítulo do especial de Euphoria, que chega em 06 de Dezembro de 2020 no HBO Max. 

O capítulo será focado em Rue Bennet, personagem de Zendaya. As gravações do especial foram realizadas em Agosto de 2020 nos Estados Unidos da América. 

Euphoria acompanha a vida de Rue (Zendaya), uma adolescente de 17 anos dependente química que acaba de sair da reabilitação. A medida que ela tenta voltar à rotina, percebe que seus colegas de escola também enfrentam os próprios desafios, envolvendo sexo, drogas, traumas e mídias sociais.
Para futuras informações a respeito de Euphoria, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.
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Cinema

Jacob Batalon retornará como Ned Leeds no novo longa-metragem do Homem-Aranha

O The Hollywood Reporter revelou com exclusividade, que o ator Jacob Batalon retornará como Ned Leeds no novo longa-metragem do Homem-Aranha.

Batalon deu vida ao personagem em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Vingadores: Guerra Infinita, Vingadores: Ultimato e Homem-Aranha: Longe de Casa.

Tom Holland, Jamie Foxx, Zendaya, Marisa Tomei, Tony Revolori e Jacob Batalon fazem parte do elenco da produção.

Diverse Faceclaims - jacob batalon - Wattpad

Após Mystério revelar ao mundo que Peter Parker é o Homem-Aranha e transformar o herói em vilão, Peter terá que correr contra o tempo para provar a sua inocência e fazer com que a população esqueça quem é o amigão da vizinhança… mesmo que isso dependa da ajuda de um certo mago supremo do universo.

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