Categorias
Tela Quente

Clássicos de terror para assistir em homenagem a Sexta-Feira 13

A Sexta-Feira 13 sempre gerou para a humanidade um grande sentimento de superstição e seu significado possui várias origens. Uma das práticas nesta sexta-feira é justamente realizar uma maratona de filmes de terror, não importando a época ou a temática. Essa cultura permanece até hoje e aqui estou para fazer uma singela lista com os principais clássicos do gênero sem seguir uma ordem de preferência. Vamos lá?

Sexta-Feira 13 (1980)

Sinopse: Em 1958, um casal de adolescentes foge de um acampamento para passar uma noite romântica juntos, mas os dois são perseguidos por um assassino e mortos a facadas. Em 1979, os dirigentes do acampamento Crystal Lake decidem reabrir o local, apesar do trauma que ainda marca a cidade. Quando novos monitores são contratados, eles começam a desaparecer mais uma vez, assassinados brutalmente, um por um.

Jason Voorhees é um dos serial-killers mais conhecidos na história cinematográfica e foi protagonista de uma franquia antiga composta por 9 filmes. Além disso, ganhou três filmes neste século.

Chucky, o Brinquedo Assassino (1988)

Sinopse: Um serial killer é morto em um tiroteio com a polícia, mas antes de morrer utiliza seus conhecimentos de vodu e transfere sua alma para um boneco. Um menino ganha exatamente este brinquedo como presente da sua mãe. O menino tenta alertar que o boneco está vivo, mas sua mãe e um detetive da polícia só acreditam nele após o brinquedo ter feito várias vítimas. Mas o boneco está realmente interessado é no garoto, pois só no corpo dele poderá continuar vivo, e isto coloca a criança em grande perigo.

Este boneco demoníaco foi responsável por traumatizar algumas crianças (eu, inclusive) durante sua fase nos anos 90 e receber qualquer brinquedo similar a Chucky já causava arrepios ininterruptos.
Halloween – A Noite do Terror (1978)

Sinopse: Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.

Com sua inesquecível música-tema, Myers também carimbou uma franquia longa em seu passado e mais recentemente, ganhou uma trilogia com o retorno da maravilhosa Jamie Lee Curtis reprisando o papel de Laurie Strode.
A Hora do Pesadelo (1984)

Sinopse: Um grupo de adolescentes tem pesadelos horríveis, onde são atacados por um homem deformado com garras de aço. Ele apenas aparece durante o sono e, para escapar, é preciso acordar. Os crimes vão ocorrendo seguidamente, até que se descobre que o ser misterioso é na verdade Freddy Krueger (Robert Englund), um homem que molestou crianças na rua Elm e que foi queimado vivo pela vizinhança. Agora Krueger pode retornar para se vingar daqueles que o mataram, através do sono.

Com a direção do icônico Wes Craven, um novo conceito de serial-killer foi criado a partir de sonhos transformados em pesadelos e o grande jogo era saber diferenciar ambos antes que seja tarde demais. A Hora do Pesadelo, assim como os demais, teve vida longa e em 2010 ganhou uma refilmagem que realizou uma homenagem à franquia.
O Massacre da Serra Elétrica (1974)
Sinopse: Em 1973, a polícia texana deu como encerrado o caso de um terrível massacre de 33 pessoas provocado por um homem que usava uma máscara feita de pele humana. Nos anos que se seguiram os policiais foram acusados de fazer uma péssima investigação e de terem matado o cara errado. Só que dessa vez, o único sobrevivente do massacre vai contar em detalhes o que realmente aconteceu na deserta estrada do Texas, quando ele e mais 4 amigos estavam indo visitar o seu avô.
Temos aqui mais um clássico cult e um dos filmes mais influentes do século XX. O Massacre contou com poucos longas antigamente e uma refilmagem em 2003. O mais recente lançado fez conexão com o de 1974. Já o de 2017 foi um prequel para este filme citado.
Pânico (1996)

Sinopse: Sidney Prescott (Neve Campbell) começa a desconfiar que a morte de dois estudantes está relacionada com o falecimento da sua mãe, há cerca de um ano. Enquanto isso, os jovens da pacata cidadezinha começam a receber ligações de um maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror. Quem erra, morre. As perguntas seguem uma lógica que será desvendada numa grande festa escolar.

Wes Craven também foi responsável por criar um dos assassinos mais conhecidos na reta final dos anos 90 e este era conhecido como Ghostface. A trilogia foi capaz de criar as próprias regras para escapar deste sanguinário serial-killer e ainda permitia-se brincar com suas vítimas usando a clássica pergunta: Qual o seu filme de terror favorito? O quarto filme foi lançado em 2011 e tentou criar um clima completamente moderno para os assassinatos. Além disso, ganhou uma série pela MTV e um reboot pela VH1.
É claro que não poderia de fazer menções honrosas como Cemitério Maldito, O Exorcista, Poltergeist e A Morte do Demônio. A lista é pequena, pois se fosse considerar todos os clássicos do gênero, precisaria de mais uma matéria para compor o restante. Sendo assim, me despeço e aproveitem a recomendação.
Categorias
Detective Comics Quadrinhos

Resenha | Big Baby

Tony não costuma brincar na rua, tem um único amigo e uma aparência que faria qualquer garota tomar distância considerável dele. A maior diversão encontrada por ele é se fechar em seu mundo alimentado por seus brinquedos, quadrinhos e filmes de terror que precisa assistir escondido de seus pais. Criado em sua própria bolha, começa a ter dificuldades quando esta estoura e passa a respingar na vida real que, para ele, apresenta sempre fortes referências à sua bagagem cultural.

Assim, temos quase 100 páginas de quadrinhos que revivem casos clássicos que fazem parte do cotidiano norte-americano. Mas aqui, no lugar da falsidade dos vizinhos e urina dos convidados para o churrasco de fim de semana, a piscina guarda um segredo que só se vê no cinema trash, a babá irresponsável pode se arrepender de não seguir à risca sua chance de dinheiro fácil e os pais de Ricky Bellows teriam uma formidável companheira para o chá da tarde caso Pamela Voorhees quisesse compartilhar as peripécias de seu querido filho Jason.

Charles Burns desde cedo já despontava como um mestre do chiaroscuro. Sua arte ao mesmo momento que resgata o clássico, se torna atemporal. Burns já estava pronto em seu traço, mas não em seu roteiro. As histórias de Big Baby são medianas comparadas ao que se veria em Sem Volta ou Black Hole, este último claramente o resultado final da ideia que começou no tomo Peste Juvenil de Big Baby onde, assim como em Black Hole, uma doença é transmitida entre adolescentes através do sexo.

Tony é a bizarra encarnação das aventuras de seu autor quando jovem. Seus medos, a descoberta dos quadrinhos, os prazeres e perigos da leitura de material impróprio para sua idade, a curiosidade de descobrir por que era diferente dos seres mais velhos… Tudo está ali e nos brinda com o que muitos já passaram nessa idade. Inclusive quem agora redige esse texto. Apesar de tudo, a passagem de Tony pelo papel foi curta: Seu pai o criou para apenas 4 histórias entre 1983 e 1991. Se considerar a primeira somente introdução, podemos dizer que foi apenas trilogia. Big Baby teve uma morte prematura.

Poucos vão lembrar, mas essa não é a primeira vez que Big Baby aparece no Brasil: sua primeira história de apenas duas páginas foi publicada na revista Animal nº1 da editora VHD Diffusion em 1988. Agora, a Darkside nos traz em edição única todas as aventuras do garoto com feições que misturam um lagarto e o clássico Pinduca compilada em livro de capa dura com comentários do autor e extras.

IMAGEM: guiadosquadrinhos.com

Big Baby satisfaz a quem sente saudades de quando tinha entre 7 e 14 anos. Período perigosamente saudosista que insiste em não sair de nossas memórias e atitudes. Somos moldados justamente nesse período e, se tivermos as mesmas desventuras que Tony, as cicatrizes podem ser eternas.