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King’s Man: A Origem diverte, mas não cativa

Em 2014, Matthew Vaughn dirigiu Kingsman: Serviço Secreto – o primeiro longa de uma futura franquia que, na época, aparentava ser promissora. Baseado no quadrinho de Mark Millar e de Dave Gibbons, o filme apresentava uma trama simples mas conseguia cativar o telespectador por conta de suas cenas de ação bem executadas, principalmente a consagrada ”cena da igreja”, onde Harry Hart (icônico personagem de Colin Firth) luta contra todos que estavam lá em um incrível plano sequência.

Infelizmente em 2017, sua sequência intitulada de Kingsman: O Círculo Dourado já não apresentava as mesmas qualidades que o primeiro – não só pela sua trama simples como também pelas inúmeras escolhas péssimas que tomaram durante a mesma. Sendo bem sincero, o único lado positivo da sequência é a participação de Elton John e sua cena de ação. O resto é facilmente dispensável.

Elton John em ‘Kingsman: O Círculo Dourado’.

Finalmente agora, em 2022, e após inúmeros adiantamentos por conta de refilmagens ou pelo próprio cenário da pandemia, será lançado aos cinemas no dia 6 deste mês King’s Man: A Origem. Prometendo ser um filme que mostra a origem da agência de espionagem, o longa utiliza como pretexto o cenário histórico da primeira guerra mundial e falha miseravelmente em tentar estabelecer conexões entre ambos através de um roteiro raso, cenas de ação medíocres e elementos que não colaboram durante a execução do filme.

Na trama acompanhamos o Duque de Oxford (Ralph Fiennes), um homem que se envolvia diretamente nas guerras, entretanto, após uma tragédia familiar ocorrer, decide virar pacifista e agir apenas de forma política. Quando a primeira guerra mundial começa a eclodir, o protagonista entra em conflito com seu dilema e, junto com seu filho (Harris Dickinson) e seus assistentes, Polly e Shola (Gemma Arterton e Djimon Hounsou), decide investigar quem é o misterioso vilão que está manipulando as figuras históricas neste cenário da guerra.

Ao utilizar toda a história da primeira guerra mundial como background para construir sua trama, o diretor brinca com certos elementos e tenta encaixar o protagonista e seus coadjuvantes no enredo. Entretanto, o cenário histórico se torna mais interessante e a criação da Kingsman em si acaba sendo esquecida tanto pelo público. Ou seja, o cenário diverte bem mais do que o argumento principal. É uma trama fraca, extremamente mal desenvolvida e esquecível.

Quando escrevi a introdução mencionando os dois primeiros filmes da franquia, foi fácil lembrar de certos elementos deles. Afinal, o primeiro tem o plano sequência da igreja e, o segundo, tem a participação de Elton John que é extremamente cômica e divertida. Entretanto, essa prequel não apresenta nenhum detalhe memorável ou que cative o telespectador – por mais que a trama simples divirta, mesmo que de forma mínima, por se passar em um cenário histórico e utilizar inúmeros elementos políticos no seu desenvolvimento, falha em cativar o telespectador.

The King's Man: Release Date, Cast, And More

A maior decepção, neste caso, e ver que a história tinha potencial de se tornar algo razoavelmente bom e falha por não saber como continuar. Além disso, os personagens são totalmente esquecíveis e até mesmo o vilão é ofuscado por um coadjuvante. Neste caso, Rasputin (Rhys Ifans) aparece de forma extremamente caricata e cômica em poucos minutos de longa e rouba totalmente a cena do vilão principal.

Todo o misticismo criado em torno de Rasputin o transforma numa ameaça real dentro do cenário geopolítico da trama. Enquanto isso, o diretor tenta potencializar a ameaça do vilão principal através de diferentes planos que ocultam seu rosto durante todo o filme, até que sua identidade é revelada no terceiro ato. E isso não altera em nada o decorrer do filme, afinal, já era um plot previsível e este apresenta uma resolução extremamente medíocre. Ou seja, um vilão secundário e extremamente mal aproveitado consegue ser melhor do que o antagonista que, supostamente, deveria ser a grande ameaça do longa.

The King's Man review - has Kingsman prequel been worth the wait?

O título ainda tenta introduzir cenas de ação memoráveis diante do contexto, mas não consegue. Enquanto os anteriores apresentavam boas coreografias de luta e bons efeitos especiais, aqui nota-se que a coreografia perdeu sua qualidade e muitas vezes percebemos o fundo verde e o cgi, de forma tão gritante que estraga um pouco a experiência.

Enfim, o filme não é de todo ruim mas pode ser resumido como um longa de ação genérico que cai no esquecimento assim que você sai do cinema. É extremamente esquecível e desperdiça todo o potencial que tinha em uma trama simples, que não sabe estabelecer o seu objetivo e com personagens que não cativam o telespectador. Por fim, o longa ainda tenta formular uma sequência através de uma cena pós-crédito que, ao meu ver, foi introduzida de forma extremamente forçada.

Então, é bom?

King’s Man: A Origem diverte de forma mínima o telespectador mas não o cativa. O longa sofre com uma história extremamente rasa e previsível de forma que o elenco recheado de atores excelentes seja desperdiçado em um filme repleto de personagens fracos e de falhas técnicas em sua exibição.

Ao menos, nota-se que o trabalho utilizando o cenário histórico do período da primeira guerra mundial tenta trazer uma abordagem diferente com o objetivo de fazer algo interessante – entretanto, falha. Infelizmente, King’s Man: A Origem desperdiça todo o potencial que este filme tinha em ser bom e deixa o futuro da franquia no cinema nebuloso.

Nota: 2.5/5

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Cinema Séries

Um projeto de Zumbis Marvel pode estar em desenvolvimento, segundo Mark Millar

Em uma entrevista para o Comic Book Resources, o quadrinista Mark Millar indicou que um projeto em live-action de Zumbis Marvel está em desenvolvimento pela Marvel Studios. 

”(Se as minhas fontes estiverem corretas), um pequeno live-action de Zumbis Marvel está em desenvolvimento pela Marvel Studios. Você nunca ouviu isso de mim”. 
Recentemente, os mortos-vivos deram as caras no quinto capítulo de What If…?, série animada antológica sobre diversas realidades alternativas que coexistem com o MCU. O projeto pode ser um especial para o Disney+, ou uma participação em Doctor Strange in the Multiverse of Madness. 

Atualmente, a Marvel Studios trabalha nos seguintes personagens sobrenaturais: Cavaleiro da Lua, Blade e Lobisomem da Noite. Mais personagens com o mesmo tom devem-se unir ao MCU muito em breve. 

Para futuras informações a respeito da Marvel Studios, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância. 

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Séries

As lendas não vivem para sempre | Veja o primeiro trailer de O Legado de Júpiter

A Netflix disponibilizou o primeiro trailer de O Legado de Júpiter, a sua nova série de heróis baseada nos quadrinhos homônimos de Mark Millar.  

https://www.youtube.com/watch?v=78QltZcT7Ws&ab_channel=NetflixBrasil

Um épico norte-americano de super-heróis, O Legado de Júpiter acompanha a primeira geração de super-heróis do mundo que recebeu seus poderes em 1930. Hoje são anciãos reverenciados, mas seus filhos superpoderosos lutam para estar à altura dos feitos lendários de seus pais.

O Legado de Júpiter estreia em 07 de Maio de 2021. 

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Séries

O Legado de Júpiter | Série de super-heróis da Netflix ganha teaser e data de lançamento

Criado por Mark Millar, a Netflix liberou o primeiro teaser de O Legado de Júpiter, a sua mais nova série de super-heróis.

A produção chega em 07 de Maio de 2021 no serviço de streaming

Um épico norte-americano de super-heróis, O Legado de Júpiter acompanha a primeira geração de super-heróis do mundo que recebeu seus poderes em 1930. Hoje são anciãos reverenciados, mas seus filhos superpoderosos lutam para estar à altura dos feitos lendários de seus pais.

Para futuras informações a respeito de O Legado de Júpiter, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância. 

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Cinema

Matthew Vaughn e Mark Millar queriam Charlie Cox no papel de Clark Kent no filme cancelado de Superman

Em entrevista ao The Aspiring Kryptonian, o quadrinista Mark Millar revelou que ele e Matthew Vaughn queriam Charlie Cox no papel de Clark Kent no filme cancelado de Superman.

“Matthew tinha acabado de trabalhar com Charlie em Stardust pouco antes. Há algo realmente agradável nele. Sei que ele não é grande, e o Superman é sempre grande; Charlie tem apenas 1 metro e 70, ou algo assim. Então Vaughn falou: ‘Mas ele se parece um pouco com o Superman da Idade de Ouro, quando é mais como uma pessoa comum”.

Originalmente, o longa-metragem seria lançado em 2017 e até então, seria uma sequência de O Homem de Aço (ideia que acabou se desgastando no caminho). Devido a divergências criativas com a Warner, o projeto acabou não indo para frente.

Charlie Cox iba a interpretar a Superman en la película de Matthew ...

Charlie Cox é um ator inglês, mais conhecido por interpretar Tristan Thorn em Stardust, Owen Sleater na segunda e terceira temporada de Boardwalk Empire, e Demolidor na série Daredevil.

Para futuras informações a respeito do Superman, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Entretenimento Quadrinhos

Kick Ass e os vigilantes de Mark Millar

Você já imaginou como seria se super-heróis, ou melhor dizendo, vigilantes mascarados existissem na vida real? Aposto que sim, e mostrar como seria isso (e acabar provando que tem tudo para dar errado) é o objetivo central de Kick Ass, HQ escrita por Mark Millar e desenhada por Romita Jr. Em suma, a HQ mostra a vida de Dave Lizewski e nela acompanhamos o começo, as consequências e o final de sua vida como um vigilante em três volumes recheados de violência e sangue.

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Kick Ass: Quebrando Tudo! é o primeiro volume da série nos apresenta Dave, um adolescente de 16 anos, fã de quadrinhos, com poucos amigos e que, assim como todo leitor de quadrinhos, sempre se indagou: e se existissem heróis mascarados? Tendo isso em mente, ele decide vestir uma roupa de mergulho verde e, com dois bastões, resolve procurar justiça. Logo na sua primeira noite como vigilante já é recebido com diversos socos, uma facada e ainda é atropelado durante sua fuga. Após tudo isso, ele entra em cirurgias e recebe diversas placas de metal em seu corpo e, o que ele decide fazer em seguida? Isso mesmo, voltar para as ruas vestido de Kick Ass e continuar sua jornada. Com isso, sem pensar nas consequências e sempre agindo por impulso, acaba descobrindo a existência de mais dois vigilantes: Big Daddy e Hit Girl, pai e filha; E acaba inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo – uma dessas pessoas é o vigilante Red Mist.

Big Daddy (McCready) era outro viciado em quadrinhos que virou vigilante e treinou sua filha para seguir ele nesse estilo de vida. Hit Girl (Mandy McCready) foi treinada a vida toda, se mudando de cidade em cidade com o seu pai e basicamente é uma criança de 12 anos com sérios problemas de agressividade (bem sérios, por sinal). Já Red Mist (Chris Genovese) é, supostamente, um vigilante inspirado pelas ações de Dave como Kick Ass. Big Daddy e Hit Girl estão numa caçada contra os membros da máfia, onde seu alvo final é John Genovese. Kick Ass se junta aos vigilantes nessa missão e esse acaba sendo o enredo principal do primeiro volume da série.

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Se em seu primeiro volume vimos a origem da vida de Dave como vigilante, em Kick Ass: Volume 2 vemos as enormes consequências de seus atos. A trama já começa com Mandy aposentada e ocupada somente em treinar Dave, afinal, ele não sabia quase nada de luta no volume anterior além de bater seus bastões nos outros. A inspiração causada pelo surgimento de Kick Ass fez diversas pessoas a se revelarem como vigilantes mascarados, resultando na criação da Forever Justice: uma espécie de Liga da Justiça amadora, inclusive até temos a presença de uma mesa enorme para as futuras reuniões da mesma.

Dentro dessa equipe, temos nomes como Doutor Gravidade, que diz ser um professor de física que criou um bastão que fica vinte vezes mais pesado ao ser ativado, mas na verdade é um estudante de Letras; Coronel Stars e sua cachorra, Sofia; Tenente Stripes; Night-Bitch; Homem-Inseto; Batalheiro, que acaba sendo revelado ser um dos amigos de Dave; Entre outros. Decidi não aprofundar muito a história de cada um pois não se sabe exatamente a versão verdadeira das mesmas, afinal, cada um cria sua própria história e motivação para ficarem semelhantes aos personagens dos quadrinhos tradicionais. A atuação da equipe não fica só restrita a evitar assaltos ou invadir locais ilegais, mas sim em também doar sangue, distribuir sopa para desabrigados, espalhar panfletos de crianças desaparecidas, dentre outras ações sociais.

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Mas não é somente Kick Ass que inspira as pessoas, com o surgimento do super-vilão Motherfucker várias outras pessoas decidiram se aliar a sua causa e, com isso, temos a formação de um exército de vilões. Como consequência dos atos terroristas desse grupo, os policiais decidem caçar e prender todos os mascarados independente de serem heróis ou vilões. Com isso, o pai de Dave acaba sendo preso no lugar dele e morto na cadeia, que faz com que Mandy decida vestir o traje de Hit Girl mais uma vez. Todos os eventos de Kick Ass 2 resultam em uma épica batalha em plena Times Square, onde temos todos os vigilantes contra todos os vilões.

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Agora, chegamos na conclusão dessa história em Kick Ass: Volume 3. A trama começa após os eventos anteriores, onde vemos os vigilantes lidando diretamente com as consequências do volume anterior e o retorno da máfia de Genovese. Dave se forma na escola, começa um relacionamento e continua vivendo sua vida dupla como vigilante. A máfia começa a se fortalecer novamente e Genovese tem o plano de dominar toda a cidade obtendo poder de todas as outras famílias mafiosas. Don Rocco começa a caçar todos os membros da Forever Justice e encomenda a morte de Mindy, que faz com que ela volte como Hit Girl – e aí temos a última missão da dupla Kick Ass/Hit Girl: livrar Nova York dos mafiosos de uma vez por todas.

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Nesses três volumes, Mark Millar fez um trabalho sensacional e bem radical, digamos assim. Por que radical? Pois colocar em uma HQ adolescentes e uma criança de 10 anos que saem na rua bancando os heróis e espancando bandidos é algo bastante chocante, ainda mais com uma forte violência visual. Porém tal violência cumpre o seu papel diante do quadrinho, não é feito somente para chocar o leitor e mostrar uma história que só tenha pancadaria, muito pelo contrário, a trama dos três volumes se desenvolvem de uma forma bastante inteligente. Um detalhe interessante é o que Millar fez com Kick Ass e Hit Girl, ambas as personalidades são totalmente opostas: enquanto um é mais próximo da realidade, um nerd fraco que não sabe se defender mas se vira com a máscara, a outra é uma menina de 10 anos que sabe várias artes marciais e manusear armas de fogo, katanas, facas, dentre outras coisas.  Diferente de muitas sagas em quadrinhos, Kick Ass apresenta um término satisfatório ao leitor.

A arte de Romita Jr não tem defeitos, é algo que se encaixa perfeitamente no tom que a HQ propõe, nada que fuja da realidade mas nada tão próximo da mesma. Em suma, a trama escrita por Mark Millar e a arte de John Romita Jr, juntas, formam uma grande obra que vale a pena conferir.

As três edições de Kick Ass foram lançadas pela Panini aqui no Brasil, em um encadernado com capa dura e todos eles com, em média, 200 páginas.

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Um comentário rápido: foi lançado em 2010, antes inclusive do primeiro volume de Kick Ass ter o seu final publicado, a adaptação cinematográfica da primeira HQ. Em 2013, sua continuação foi para os cinemas. Falando sobre os filmes, o primeiro é uma adaptação bastante fiel do quadrinho nas telonas, funciona tanto no roteiro como com o elenco. Entretanto, não se pode dizer o mesmo do segundo filme que começa com sua fidelidade mas no final sofre um desvio enorme que não dá para ignorar, o que acaba estragando um pouco a experiência do filme. Mas em suma, até que ambos os longas valem a pena serem assistidos depois de ler os quadrinhos.

 

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Quadrinhos

Clássico Kick-Ass – Quebrando Tudo! é republicado pela Panini no Brasil

Fãs do jovem Dave Lizewski podem comemorar! Está sendo relançado aqui no Brasil, pela Panini, o clássico Kick-Ass – Quebrando Tudo! de Mark Millar e John Romita Jr. Esse é o arco que foi adaptado para o cinema no famoso e bem sucedido filme do personagem lançado em 2010.

Você alguma vez já pensou em ser super-herói? o que acontece quando um cara comum numa roupa de látex fica frente a frente com o submundo do crime? É isso que o jovem Dave Lizewski está prestes a descobrir. Afinal, as pessoas têm apenas uma vida, e Dave quer que a dele seja empolgante. A qualquer preço. O roteirista Mark Millar (Guerra Civil, Os Supremos, o Velho Logan) e o desenhista John Romita Jr. (Hulk Contra o Mundo, Wolverine: Inimigo do Estado, Homem-Aranha) levam os quadrinhos de super-heróis a um patamar inteiramente novo na mais ousada, intensa, violenta e inovadora aventura já criada.

Kick-Ass – Quebrando Tudo! reúne as edições 1-8, publicados originalmente em 2008, tem formato 26,6 X 17,4 cm, 212 páginas e já se encontra em pré-venda na Amazon Brasil com 20% de desconto no banner abaixo.

 

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Entretenimento Quadrinhos

The Magic Order, primeira HQ da Netflix, ganha primeiras imagens

Foram divulgadas imagens de The Magic Order, a primeira HQ publicada pela Netflix desde que o serviço de streaming comprou o selo Millarworld. Segundo o acordo, Mark Millar, que assina o roteiro da HQ, vai desenvolver novas publicações e trabalhar em filmes e séries. Aqui na Torre de Vigilância já tinhamos falado sobre The Magic Order.

The Magic Order contará a histórias de cinco famílias de mágicos que vivem em segredo na sociedade, mantendo o mundo a salvo de ameaças desconhecidas. Mas, as coisas começam a mudar quando um inimigo começa a matar os membros das famílias.

Confira abaixo as imagens juntamente com as capas alternativas da primeira edição criadas pelo artista Adam Hughes:

 

 “Minha ideia para The Magic Order era pegar algo que é essencialmente sobre uma ordem secreta de bruxos do bem que se livraram de todo o Mao de milhares de anos atrás, mas viveram em silêncio entre nós com trabalhos comuns e vidas domésticas ordinárias”, afirmou Mark Millar.

No ano passado, a Netflix, anunciou que tinha adquirido os direitos do Millarword, selo criado por Mark Millar para publicar suas próprias HQs. O plano consiste, em além de entrar com força no mercado dos quadrinhos, adaptar histórias em filmes, séries e programas para crianças. Somente Kick-Ass e Kingsman não fazem parte do negócio, pois seus direitos pertencem a outros estúdios.

The Magic Order terá desenhos de Olivier Copiel e será lançada em seis edições em maio.

 

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Entre a Foice e o Martelo é uma história extremamente humana

Superman é um dos personagens mais complexos das histórias em quadrinhos. O herói já foi interpretado de diferentes formas por diversos roteiristas e artistas, entretanto ninguém jamais ousou mudar o local da queda do foguete vindo de Krypton. Em todas as origens, ele cai em solo americano, o tornando consequentemente um símbolo americano. Em Entre a Foice e o Martelo, o foguete cai na Ucrânia e anos depois o Superman se torna o herói da União Soviética mudando o rumo da Guerra Fria, enquanto os Estados Unidos, representados por Lex Luthor, tentam destruí-lo. É um universo alternativo interessantíssimo, mas vai além disso se consagrando como uma das melhores histórias do Homem de Aço.

Super protetor. Seria o termo mais adequado para definir o Superman em Entre a Foice e o Martelo. Habilmente escrito por Mark Millar, o seu Homem do Amanhã é extremamente preocupado com tudo o que está ao seu redor, conversas políticas são facilmente interrompidas, pois ele sente a necessidade de ajudar as pessoas. Ele não liga para essas questões assim como o Superman o qual conhecemos. Entretanto, Millar acrescenta algo a mais nesse desejo extremamente purista, algo mais perigoso: Uma utopia. A necessidade se torna uma obsessão.

 

É uma construção para desconstrução. Não apenas Millar consegue demonstrar isso em seus roteiros, como a arte de Dave Johnson também. De repente, o Superman com traços nostálgicos remetendo a animação dos irmãos Fleischer dá lugar a um ditador. Ingenuidade, talvez seja outra palavra para defini-lo neste quadrinho, ele sempre acredita estar fazendo o certo e em alguns momentos leva o leitor a acreditar que o melhor caminho é a sua utopia – pelo menos até o final – e acredita que não precisará recorrer a violência para alcançar seus objetivos. Ainda bem que Lex Luthor existe.

Superman tinha boas intenções, Luthor também. “Não estaríamos trocando um demagogo por outro?” questiona uma personagem durante a narrativa. Ele e o herói se completam. Ambos querem salvar o mundo, mas Lex é mais realista, afinal, o mundo jamais será perfeito e ele sabe disso. Existe um porém, Luthor não gosta de pessoas, gosta dele mesmo, considera o trabalho mais importante do que a sua esposa. Ao mesmo tempo em que ele é humano, ele é desumano, assim como o Homem de Aço se invertermos os adjetivos. Um completa o outro. Mais uma excelente construção de personagem executada por Millar aqui.

Com a ajuda de Alex Ross, os desenhos de Dave Johnson, Andrew Robinson, Killian Plunket, Walden Wong beiram ao nostálgico e ao revolucionário, as locações e os designs para cada herói beiram a perfeição de tão criativas. Destaque para o Batman e sua Bat-caverna no fundo do mar. Eles também entregam ótimas cenas de ação. Apesar da mudança na arte a cada capítulo, eles nunca destoam uma da outra, apenas se complementam. As cores de Paul Monts são claras e agradáveis aos olhos do leitor.

É incrível como o protagonista impacta a todos ao seu redor em Entre a Foice e o Martelo. Lois Luthor vê nele, uma figura confiável, o homem que a salvaria caso ela caísse de um prédio. Na verdade, o roteirista respeita bastante as regras do Multiverso onde o que é real em uma terra, é ficção em outra e brinca bastante com o relacionamento entre os dois em um monólogo onde Superman diz que um famoso poeta escreveria uma história onde ele e ela se tornariam amantes e que seria o livro mais vendido de todos os tempos. Pyotr, o filho de Stalin, se sente descartável com a presença do Superman, tratando tudo como uma competição, com ódio, pois enquanto ele voa pelos céus, nós estamos vivendo na sarjeta. Batman aqui é um homem sem moral, é a anarquia de preto, o símbolo de uma revolução que não aceita um governante alienígena. O confronto entre ele e o Kryptoniano é um dos melhores das histórias em quadrinhos rivalizando com a luta em O Cavaleiro das Trevas. Na verdade estes três personagens representam três sensações humanas: Amor, tristeza e coragem.

Recentemente, a editora Panini publicou a história em um encadernado capa dura com papel couche. A edição conta com alguns extras como artes conceituais de Dave Johnson e um depoimento de Tony DeSanto para a história. Entre a Foice e o Martelo fala bastante sobre humanidade, não só como uma sensação retirada de todos nós por um alienígena, mas como um todo. Provando que nem mesmo Superman ou Lex Luthor poderiam salvar este mundo, com ambos, estaremos fadados ao fim se procurarmos por perfeição. Devemos aceitar a sarjeta em que vivemos e suas falhas, contemplá-las e aprender a conviver com elas. Mark Millar trouxe até nós uma das melhores histórias já escritas sobre o personagem e ele nem precisou ser americano para isso.

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Quadrinhos

Starlight de Mark Millar chega às livrarias em lançamento da Panini

A minissérie Starlight, escrita por Mark Millar e ilustrada por Goran Parlov, está chegando às livrarias de todo o Brasil em lançamento da Editora Panini. Confira detalhes abaixo.

Quarenta anos atrás, Duke McQueen foi um herói espacial que libertou um planeta inteiro da tirania. Porém, ele retornou para casa, se casou, teve filhos e envelheceu como um homem sem nada além de suas próprias lembranças… até uma noite, quando uma velha e cintilante nave desceu dos céus e o chamou de volta para uma última aventura.

Starlight foi uma obra originalmente publicada como minissérie pela Image Comics entre março e outubro de 2014. O site The Hollywood Reporter noticiou que o estúdio 20th Century Fox havia adquirido os direitos de produção da obra para o cinema, que contaria com roteiro de Gary Whitta (O Livro de Eli, Depois da Terra, Rogue One: Uma História Star Wars).

Em 2017 foi noticiado que o estúdio estaria visando Sylvester Stallone para o papel principal. Simon Kinberg, conhecido pela franquia X-Men, seria o produtor. Goran Parlov, desenhista desta HQ, é um autor croata que ficou conhecido por séries como O Justiceiro, Mágico Vento, Ken Parker e Fury MAX.

Starlight possui 168 páginas encadernadas em capa dura e formato 26,6 x 17,2 cm, com preço sugerido R$ 56,00. Clique aqui para comprar sua edição.