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Lupin entrega toda a sua astúcia e carisma na segunda parte

Após o sucesso da parte 1 lançada no começo do ano, a série francesa da Netflix, Lupin, retorna com sua segunda parte para dar continuidade às aventuras e história de Assane Diop (Omar Sy). Logo depois de seu filho, Raoul (Etan Simon), ser sequestrado a mando do antagonista e corrupto Hubert Pellegrini (Hervé Pierre) no final da primeira parte, Assane busca pelo filho desesperadamente, enquanto ainda segue atrás de justiça pelo o que aconteceu com seu pai no passado.

O primeiro episódio já começa sem rodeios, em continuidade ao gancho deixado em aberto na parte 1. O episódio, em particular, teve cortes e ângulos de cena bastante estranhos, o que causou uma confusão visual. Felizmente, essa escolha de filmagem não continuou nos episódios que se seguiram. O passado do protagonista se mantém sendo um elemento presente, o que é ótimo. A série consegue criar uma sincronia e sensação de sequência de forma excelente, sendo recorrente em ambas temporadas. Porém, o maior pecado dessa parte foi o primeiro capítulo que, ainda que tivesse as melhores intenções, não conseguiu entregar a tensão necessária para a situação de Diop e Raoul.

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Contudo, os outros episódios mantêm a mesma linha de qualidade da primeira parte. As sucessões de artimanhas de Assane ainda possuem a mesma perspicácia e funcionam em seus respectivos contextos, mas não são tão empolgantes quanto as de outrora. As relações do protagonista são mais abordadas, mas no entanto não foram bem aprofundadas, como a dele com Juliette Pellegrini (Clotilde Hesme) que merecia mais atenção e que no entanto deu a sensação de que o relacionamento foi apenas jogado na trama e esquecido.

O seriado ainda obtém sucesso em criar plot twists. A forma que Diop engana tanto os personagens quanto o telespectador cria uma relação original e excepcional. Chega-se ao final de alguns episódios e é revelado que fomos completamente enganados por ele, causando a surpresa pretendida. Outro ponto positivo é a dinâmica entre o protagonista e seu melhor amigo Benjamin (Antoine Gouy), que foi mais apresentada. Ver a parceria dos dois em tela é divertida, tanto no passado quanto atualmente, além dos atores possuírem uma harmonia entre si. Para nossa surpresa, ainda descobrimos um novo personagem aliado de Assane e que possui potencial para as próximas temporadas.

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A segunda parte de Lupin se mostra ainda com o potencial e perspicácia de antes, com críticas sociais ainda abordadas de forma sútil mas que podem ser percebidos. O charme, carisma e inteligência de Assane Diop, interpretado por Omar, são também ainda o ponto alto da série. Sua segunda parte possui erros técnicos -como de continuação, cenas de luta mal coreografadas ou com cortes muito bruscos- e de roteiro, mas que não tiram a qualidade da série no geral. Mesmo que não possua a mesma empolgação de antes, os truques de Assane continuam a manter nossa atenção para a tela, esperando por sua próxima proeza.

Nota: Ouro

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Lupin: Parte 2 ganha o seu primeiro trailer, assista

A Netflix liberou o primeiro trailer oficial de Lupin: Parte 2, que chega ainda em 2021 no serviço de streaming

A busca de Assane por vingança contra Hubert Pellegrini devastou sua família. Encurralado, ele agora precisa pensar em um novo plano, mesmo que para isso tenha que se colocar em perigo.

Para futuras informações a respeito de Lupin: Parte 2, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.