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The Manor (2021) debate sobre a seguinte questão: Estamos prontos para envelhecer?

O Amazon Prime Video liberou na última sexta-feira (08) os dois últimos filmes (Madres e The Manor) da parceria com Blumhouse Productions, totalizando oito longas lançados desde 2020. Eu não estava mentindo quando disse sobre a qualidade dessa segunda leva em relação à lançada na semana anterior. Os dois conseguiram criar uma excelente ambientação para o terror e ainda debater algumas questões que rodeiam nossas vidas. O primeiro falou sobre o verdadeiro mal e o segundo quis contar sobre o pavor do envelhecimento. Atire a primeira pedra quem não tem medo de envelhecer.

(Leia a nossa crítica de Madres)

Após sofrer um derrame, Judith Albright (Barbara Hershey) é internada em um antigo asilo, onde começa a suspeitar que algo sobrenatural está rodeando os residentes. Para escapar, ela terá que convencer a todos que ela não pertence ali.

É esperada uma enxurrada de clichês quando um asilo vira o cenário principal, pois já sabemos o que esperar de uma produção desse tipo. Desconfiar da diretora muito simpática, ficar de olho na equipe truculenta e bizarra, regras estranhas e aguardar a aparição da cuidadora que acreditará que existe um complô na gestão.

The Manor movimentou-se dessa forma, porém o filme ganhou muito quando a personagem principal trouxe suas principais preocupações sobre as consequências do envelhecimento. O roteiro não precisou quebrar a quarta parede para conversar com o público, uma vez que os próprios diálogos cumpriram bem a proposta. Quando Judith ficava frustrada em não dançar mais ou optava em não ser mais um estorvo para uma filha já impaciente, já era possível se espelhar numa história de algum idoso, seja parente ou não. Os maiores conflitos da velhice são abrir de mão de inúmeras atividades que fazia normalmente e tornar-se dependente de cuidados. Claro que existem boas exceções, como idosos que possuem uma saúde de ferro e estão sempre ativos.

O clima sobrenatural de The Manor não deixou a desejar e parecia que eu estava assistindo um ótimo episódio filler de Supernatural. O mistério foi bem criado e os objetos das cenas foram peças-chaves para tentar desvendar a origem desse ser noturno. Comprei totalmente a escolha da entidade, pois alinhou-se ao grande desejo dos personagens: uma nova chance.

Querendo ou não, The Manor também trouxe uma história de amor. Após a perda do pai, Josh encontrou em Judith, sua avó, o ponto de conforto necessário para superar a fase de luto. Os dois estabeleceram um vínculo tão forte e isso não poderia ser quebrado só por causa de sua estadia no asilo. Não é à toa que o personagem esteve presente em todo o filme e foi a peça fundamental para descobrirem o que estava acontecendo naquele lugar.

Diante disso, considerei válida e totalmente compreensível a decisão desses personagens no final. Isso me fez pensar em como o roteiro permaneceu fiel sobre os principais ideais de Judith e Josh sobre o vínculo formado, apesar de ter sido facilmente questionável o que aquilo representaria: a permanência do ciclo. Numa situação semelhante, tomaríamos a mesma decisão?

Nota: 4/5

Você pode conferir The Manor no Amazon Prime Video.

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Madres (2021): O verdadeiro terror está na atitude do ser humano

Sexta-feira foi mais um dia para assistir dois filmes da parceria entre Amazon Prime Video e Blumhouse Productions: Madres e The Manor. Finalizando assim oito filmes lançados desde 2020. A crítica de Black as Night, lançado na semana passada, pode ser lida aqui. A segunda leva desse ano conseguiu ser superior da leva anterior (01) por ter criado um bom suspense e conversado com o telespectador com pautas reais, criando uma reflexão mais pé no chão. O que seria mais aterrorizante: O sobrenatural ou o ser humano? Madres trata bem de um assunto comum, porém ainda assusta quando pensamos até onde uma pessoa vai fundo na obscuridade.

Nos anos 70, um casal mexicano-americano, grávidos com sua primeira criança, se mudam para uma comunidade rural no interior da Califórnia. Quando a esposa começa a sentir estranhos sintomas e visões aterrorizantes, ela tenta descobrir se é algo relacionado a uma antiga maldição ou algo mais nefasto.

É totalmente normal encontrarmos uma explicação na religião quando a ciência não consegue explicar determinado evento. Quando você já tem uma crença firmada em sua mente, fica difícil encontrar uma explicação mais racional para certas situações na vida. Se grávidas não conseguem ter seus bebês, isso só pode ser culpa de alguma maldição. A trama se passou nos anos 70, mas poderia ser em pleno 2021. É interessante notar como o assunto é algo atemporal.

O roteiro de Madres foi jogando migalhas de pão para a gente tentar decifrar o que realmente estava acontecendo naquela comunidade, mas nada muito complexo que te faça queimar mil neurônios. Quando a revelação aconteceu, trouxe mais vida ao longa em mostrar que o verdadeiro mal está dentro de nós. Somos capazes de evocar o nosso pior lado e cometer o pior dos pecados. Seja nas piadinhas das mulheres em cima de Diana por não saber espanhol ou na verdadeira causa da baixa natalidade da região.

Para aproximar o público com o caso, eis que a história foi baseada em eventos reais. Madres queria contar que o plot twist não foi um artifício inventado para ficarmos chocados. Ele existe, mutila e mata. Pessoas reais foram acometidas de forma cruel e deliberada pelos responsáveis. Mesmo diante de denúncias, muita impunidade foi dada em resposta.

Resumo da colheita: Madres é uma boa pedida para quem curte assistir produções onde nem sempre o sobrenatural é a causa dos eventos estranhos e que também consegue cumprir a missão de trazer indignação com uma prática assombrosa. Objetivo alcançado com sucesso. O desfecho é satisfatório mesmo tendo uma ajuda do sobrenatural, mas retoma o controle da situação ao concluir que nenhuma prática chega realmente ao fim. Pelo contrário, só muda o responsável. Final sombrio, porém real.

Nota: 4/5

Madres já pode ser visto no Amazon Prime Video.

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A dualidade das personagens em Cruel Summer (2021)

Para quem não conhece ou não lembra, a Freeform ficou conhecida por exibir uma série que fez muita gente de trouxa: Pretty Little Liars. Neste ano, especificamente entre abril e junho, a emissora colocou Cruel Summer em sua grade de programação. Com uma temática voltada para o mistério, o fantasma de Pretty Little Liars veio assombrar para trazer uma grande dúvida na cabeça do telespectador: Cruel Summer valeu a pena ou era só uma armadilha? Eu digo com toda a certeza que valeu muito a pena ter assistido.

Cruel Summer acompanha a pequena cidade fictícia de Skylin, no Texas, onde a linda adolescente popular, Kate Wallis (Olivia Holt), é sequestrada sem deixar vestígios. Em 1995, uma garota tímida e nerd chamada Jeanette Turner (Chiara Aurelia), aparentemente sem nenhuma ligação a Kate, deixa de ser vista como uma doce garota e muda de personalidade completamente. Jeanette, aos poucos, assume tudo em relação a vida de Kate, os amigos, o namorado, a vida social, e acaba se tornando a menina mais popular da escola. Teria Jeanette uma conexão com o desaparecimento de Kate?

A sinopse conseguiu transmitir o mistério que pairou em seu ano de estreia sobre o que aconteceu com Kate e a provável culpada disso, pois o outro objetivo alcançado pela sinopse foi criar uma única suspeita: Jeanette. Tudo parecia muito óbvio, porém a série mostrou com maestria a clássica frase: Nem tudo é o que parece.

Esse mistério se tornou trilateral quando tiveram a excelente ideia de fragmentar a história em três anos:

  • 1993 mostrando a rotina normal das meninas em seus círculos de amizade e família. Aqui as cores das cenas estavam vivas e sempre tinham cenas ensolaradas como reflexo da áurea boa dos personagens;
  • 1994 começou a pesar no drama do desaparecimento repentino de Kate e o ambiente passou a refletir essa situação: O ensolarado não dava mais o tom e no seu lugar veio uma camada mais fria e o ambiente foi ficando cinza. As principais relações estavam fragmentadas e não era mais a mesma coisa. Mesmo assim, Jeanette estava tendo o seu momento ao sol através de uma mudança radical;
  • 1995 pesou ainda mais nessa camada mais fria e a paleta azulada chegava a sufocar pela sua densidade. A fagulha de esperança estava quase apagando e todos ainda estavam lidando com as consequências do desaparecimento.

Apesar dessa boa intenção em trazer uma dinâmica diferente para montar esse quebra-cabeça, alguns episódios ficaram confusos na montagem dos eventos 94-95. Principalmente quando começou a apresentação da perspectiva de Kate, mas prestando atenção nos detalhes acaba se localizando sem problemas.

O problema da primeira temporada ter tido dez episódios foi ter permitido que a trama ficasse arrastada em determinados momentos, causando então um certo cansaço e pressa por respostas relevantes.

O conceito de inocente e culpada apresentado em Cruel Summer fez-me lembrar da novela A Favorita, exibida pela Rede Globo entre 2008 e 2009. A trama também mostrava a dualidade de duas personagens principais (Donatela e Flora) e o público bancava o detetive para descobrir quem era a vilã e mocinha. Revelação esta que aconteceu eventualmente no folhetim das nove.

A série foi até mais fundo nisso: Kate e Jeanette conseguiram apresentar os dois lados da moeda em ambas. Não eram totalmente culpadas, porém também não eram inocentes. Suas atitudes questionáveis andavam de mãos dadas com as mais louváveis. Não posso dar muito spoiler, mas tem outra personagem que fecha essa trindade de personagens cinzas. Sem falar que as interpretações de Olivia Holt e Chiara Aurelia ajudaram bastante que o público se identificasse com o sofrimento das duas ao longo da série.

Resumo do mistério: Mesmo com deslizes comuns, a primeira temporada de Cruel Summer apresentou uma trama consistente e atraente com essa narrativa misteriosa. Com a segunda temporada confirmada pela Freeform, fica o hype para saber como será a próxima trama e torcer que não faça a gente cair no mesmo conto de Pretty Little Liars.

Ah, o último episódio tem uma cena extra.

Nota: 4/5

Cruel Summer está disponível no Amazon Prime Video.

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Black as Night (2021): A aposta no humor para contar uma história sobre vampiros

Depois de um ano de espera, eis que a parceria do Amazon Prime Video com o conceituado estúdio Blumhouse Productions retornou para a próxima rodada com mais 4 filmes de terror. Começando ontem (01) com o lançamento de Bingo Hell e Black as Night na plataforma de streaming e vou falar um pouco do que vocês podem esperar do segundo filme.

Parecia mais um verão comum em Nova Orleans, mas tudo mudou quando uma jovem foi atacada por vampiros sem-teto. Agora, ela vai se unir com seu melhor amigo, o garoto por quem ela sempre teve um crush e uma garota rica peculiar em busca de vingança contra os vampiros da cidade.

aviso de antemão para quem estava esperando uma produção imersa no horror: Black as Night não tem nada disso. O roteiro assinado por Sherman Payne resolveu contar essa história de vampiros de uma forma mais humorada através de determinadas cenas que beiram ao ridículo e isso não é um demérito. Achei bastante válido como foi usado e trouxe um pouco de diversão com a caçada realizada pelos personagens principais.

O vício nas drogas e a desvalorização do bairro pós-Katrina foram as pautas desenvolvidas no longa sob o olhar de Shawna, onde precisa lidar com sua mãe viciada e quando menos espera, suas férias mudam drasticamente após ser atacada ao sair de uma festa.

A história vai se desenrolando através de clichês já conhecidos com essa temática e ainda arruma espaço para brincar com os principais elementos da mitologia dos vampiros. Como eu disse, tudo com um cunho humorístico. Existem sim diálogos que passam um certo ar de seriedade até para lembrar o propósito dessa missão suicida.

Não espere atuações fantásticas do elenco juvenil, mas destaco a participação de Fabrizio Zacharee Guido por ter ficado responsável pela maioria dos diálogos engraçados. O longa teria ficado muito mais apático sem ele como alívio cômico. O tipo de amigo que entende do plano ser perigoso, mas mesmo assim vai junto por causa da amiga.

Vale mencionar a colocação do personagem de Keith David sobre a criação de seu exército num bairro deteriorado e remete diretamente ao racismo e gentrificação. Pessoas que sempre foram invisíveis tendo a chance de estarem numa situação menos lamentável que antes e terem algum propósito, mesmo que este envolva se alimentar de humanos. Isso acaba trazendo um ar moderno no longa que traz seres milenares e uma região com certa elegância histórica como é Nova Orleans.

Resumo da caçada: Esquecendo a seriedade para tratar das criaturas da noite, Black as Night vai direto ao ponto em apostar na galhofa para contar sua história para o telespectador. Então, nada de criar expectativas demais e depois ficar decepcionado com o resultado. O trailer já deixava claro de como seria a proposta do filme. Apenas aperte o play e divirta-se!

Nota: 3/5

Black as Night já pode ser visto no Amazon Prime Video.

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Amazon Prime Video | Grey’s Anatomy e terrores da Blumhouse marcam Outubro

Outubro finalmente chegou, e com ele, o clima de terror está chegando na Amazon Prime Video. A parceria do serviço de streaming com a produtora de filmes de terror Blumhouse traz um mês recheado de longas assustadores para comemorar o Halloween, mas também, os aficionados por séries estarão em boas mãos.

Confira tudo o que chegará ao Prime Video este mês:

01/10

Bingo Hell
Black As Night
Meu nome é Paul Murray
Desjuntados – 1ª Temporada
Desjuntados: Prime Video libera trailer divertido de nova série nacional

08/10

Madres
The Manor

15/10

Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado – 1ª Temporada

29/10

Maradona: Conquista De Um Sonho
Everything You Need to Know About the 'Gory and Sexy' I Know What You Did  Last Summer Series - Flipboard

Sem data:

•  Grey’s Anatomy – 17ª temporada
Definitivamente um mês extremamente recheado de conteúdo para todos os gostos, quer saber mais do que vai entrar no catálogo da Amazon Prime Video e de todos os outros serviços de streaming disponíveis? Então, fique ligado na Torre de Vigilância 
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Howard Shore, compositor da trilogia O Senhor dos Anéis, está em negociações finais para trabalhar na trilha sonora da série homônima

Foi revelado com exclusividade pelo Deadline, que Howard Shore, compositor da trilha sonora da trilogia O Senhor dos Anéis, está em negociações finais para trabalhar nas músicas temas da série homônima.

Howard venceu o Oscar de Melhor Trilha Sonora devido o seu trabalho nos três filmes da saga. Não foi revelado se o compositor estará presente apenas no primeiro ano ou nas demais temporadas. 

A primeira temporada de O Senhor dos Anéis chega em Setembro de 2022 no Prime Video.

O Senhor dos Anéis é uma trilogia de livros de  fantasia escrita pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien.  A série foi redigida entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial. O Senhor dos Anéis é uma continuação de O Silmarillion e O Hobbit.

Fique ligado aqui, na Torre de Vigilância, para futuras informações sobre O Senhor dos Anéis.

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Elenco de The Boys anuncia o fim das filmagens da terceira temporada

O elenco de The Boys anunciou através de um vídeo de bastidores, que as filmagens da terceira temporada da série estão oficialmente encerradas. 

O novo ano já está em pós-produção e deve chegar no Prime Video em 2022. 

The Boys é uma visão irreverente do que acontece quando super-heróis, que são tão populares quanto celebridades, tão influentes quanto políticos e tão reverenciados como deuses, abusam de seus superpoderes ao invés de usá-los para o bem. É o sem poder contra o superpoder, quando os rapazes embarcam em uma jornada heroica para expor a verdade sobre “Os Sete” com o apoio da Vought.

Para futuras informações a respeito de The Boys, fique ligado aqui, na Torre de Vigilância.

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Uma grávida é amaldiçoada no trailer de Madres

Prime Video liberou o primeiro trailer de Madres, filme de horror que fará parte da nova coletânea de longas de terror denominada de Welcome To The Blumhouse. 

Nos anos 70, um casal de descendência mexicana, grávidos com sua primeira criança, se mudam para uma comunidade rural no interior da California. Quando a esposa começa a sentir estranhos sintomas e visões aterrorizantes, ela tenta descobrir se é algo relacionado a uma antiga maldição ou algo mais nefasto.

Madres chega em 08 de Outubro de 2021. 

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Cinema

Asilo sobrenatural é o destaque do trailer de The Manor

Prime Video liberou o primeiro trailer de The Manor, filme de horror que fará parte da nova coletânea de longas de terror denominada de Welcome To The Blumhouse. 

Após sofrer um derrame, Judith Albright (Barbara Hershey) é internada em um antigo asilo, onde começa a suspeitar que algo sobrenatural está rodeando os residentes. Para escapar, ela terá que convencer a todos que ela não pertence ali.

The Manor chega em 08 de Outubro de 2021. 

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Cinema

Vampiros mendigos são o destaque do primeiro trailer de Black as Night

Prime Video liberou o primeiro trailer de Black as Night, filme de horror que fará parte da nova coletânea de longas de terror denominada de Welcome To The Blumhouse. 

Parecia mais um verão comum em Nova Orleans, mas tudo mudou quando uma jovem foi atacada por vampiros sem-teto. Agora, ela vai se unir com seu melhor amigo, o garoto por quem ela sempre teve um crush e uma garota rica peculiar em busca de vingança contra os vampiros da cidade.

Black as Night chega em 01 de Outubro de 2021.