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Review | Mônica e a Guarda dos Coelhos

Escrito por Luan Oliveira

A década de 1990 foi um marco para a Maurício de Sousa Produções que lançou, em parceria com a Tectoy, o jogo Mônica no Castelo do Dragão, a estreia da Turma do Limoeiro nos videogames.

E óbvio que o sucesso fez com que viessem mais dois jogos da turminha, Turma da Mônica em O Resgate para Master System e o grande Turma da Mônica na Terra dos Monstros para o Mega Drive.

Anos se passaram e nunca mais vimos a famosa turminha nas telas dos videogames, uma geração cresceu apenas acompanhando as aventuras da Mônica e sua gangue pelos quadrinhos e adaptações para televisão. 

Ai então surgiu a Mad Mimic, e junto com a Maurício de Sousa Produções, colocaram em ação o novo jogo da franquia, Mônica e a Guarda dos Coelhos. O jogo apresenta um estilo em pixel art, nos moldes 8-bits, embora seja simples, se encaixou perfeitamente na jogabilidade, que funciona como os já conhecidos jogos do gênero tower defense, defendendo sua base de ataques de hordas inimigas.

Mônica e a Guarda dos Coelhos traz uma mecânica bem conhecida e uma curva de aprendizado bem estimulante,  você precisa evitar a invasão dos inimigos, e para isso são disponibilizados três tipos de coelhos, cada um com uma característica para compor sua estratégia, a Dalila deixa os inimigos mais lentos enquanto o Hércules aplica o efeito de paralisia/congelamento por um curto tempo, e por último o Sansão que elimina os monstros.

Mas não pense que é apenas selecionar o Coelho e atirar, para isso você precisa coletar materiais que, misturados, podem resultar aos diferentes tipos de coelhos. Nesse ponto é que dividimos os especialistas dos jogadores casuais, otimização de tempo para criar os itens, e preparar os canhões para atirar é o ponto crucial para o avanço das fases. E ainda por cima, a cada nova fase elementos são modificados de lugar, e outros passam a aparecer, como portais e paredes, deixando a sua experiencia ainda mais árdua, e bem dinâmica.

O jogo conta com um total de 16 personagens, sendo eles, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento, Franjinha, Jotalhão, Astronauta entre outras figuras conhecidas das histórias de Maurício de Sousa. Toda a turma do Limoeiro poderá fazer parte da aventura

O que mais chama a atenção em Mônica e a Guarda dos Coelhos é sem dúvida a escolha por seu modo multiplayer, algo que já foi comum em games da antiga geração, o multiplayer local. De certa forma ultrapassada, mas que se encaixa perfeitamente no conceito do jogo, um jogo para família e amigos. Acertando no principal alvo, a diversão.

Não pense que esse multiplayer é jogado ao acaso. Não diremos “impossível”, mas é muito mais cansativo e doloroso, vencer certas fases sozinho, e essa cooperação é que faz o jogo ficar ainda mais divertido, pois não basta apenas participar, é preciso interagir a todo momento, enquanto um companheiro está arremessando os coelhos, outro recolhe a pólvora e a forma como isso acontece, de maneira tão natural, é o que torna esse jogo muito prazeroso.

VEREDITO:

Mônica e a Guarda dos Coelhos é um jogo que trás a nostalgia e mescla com uma jogabilidade brilhante, que no modo multiplayer local se destaca ainda mais. É sem dúvida uma grande experiência para os dias de hoje, não por sua forma, mas sim pela tentativa de reviver os momentos únicos, de jogabilidade in-loco com seus amigos e familiares.

PONTOS POSITIVOS:

  • Jogabilidade simples e curva de aprendizado bem curta
  • Multiplayer local
  • Presença de vários personagens da franquia

PONTOS NEGATIVOS

  • Falta de multiplayer online
  • Curta duração

Mônica e a Guarda dos Coelhos está disponível para Xbox OnePlayStation 4, Nintendo Switch e PC, via Steam.

Agradecimentos à Mad Mimic pelo envio do código.

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Sobre o Autor

Luan Oliveira

"Quando eu era jovem, eu tinha liberdade, mas não via isso. Eu tinha tempo, mas não sabia disso. E eu tinha amor, mas eu não sentia isso. Muitas décadas passaram antes que eu entendesse o significado destes três. E agora, no crepúsculo de minha vida, este entendimento passou a contentamento"

- Ezio Auditore