Dirigido por Max Barbakow, Palm Springs teve seu lançamento em Janeiro no festival de Sundance e estreou recentemente no serviço de streaming da Hulu. O longa se trata de uma comédia romântica misturada com uma ficção científica que aborda um loop temporal como seu tema principal.
A trama gira em torno de 9 de Novembro, onde Nyles (Andy Samberg) acorda com um casamento para ir. Logo de início somos introduzidos ao personagem e vemos que ele não está se importando com a ocasião, se preocupando apenas em beber e usar suas roupas casuais – inclusive, utilizando elas no evento. Durante o casamento, Nyles conhece Sarah (Cristin Milioti) e após isso um incidente acontece e descobrimos que Nyles está vivendo o mesmo dia várias vezes e, como consequência do incidente, Sarah começa a viver o loop temporal com ele. Por mais que o primeiro ato do longa apresente algumas piadas que, ao meu ver, foram bem forçadas, a partir do segundo ato ele engrena e toma seu rumo para se tornar uma boa experiência. O roteiro é bem simples, porém muito bem executado.
Por mais que a trama tenha seus pontos originais, ela segue todos os clichês de uma comédia romântica e de filmes que abordam o loop temporal – tais como A Morte te dá Parabéns ou o clássico Feitiço do Tempo: ambos os protagonistas se envolvem romanticamente com o passar do tempo e vivem todos os dias como se fossem os últimos, fazendo coisas que normalmente não fariam caso fosse um dia rotineiro enquanto procuram formas de resolver a situação. Mas isso não quer dizer que é de todo ruim, pois a forma que Barbakow dirige o longa faz com ele foque na construção dos personagens envolvidos na situação.
Como foi dito acima, o roteiro é simplório porém nota-se que ele não é o foco da trama. O foco (e a originalidade do filme) é desenvolver seus personagens a partir da situação específica – não sabemos nada a respeito do passado deles, apenas o que eles conversam entre si e o que cada um desenvolve a partir de determinadas situações. A construção dos personagens combinada com a química entre Andy Samberg e Cristin Milioti são os pontos altos do filme. Mesmo que tenha um personagem de apoio, que é interpretado por J.K. Simmons – e que protagoniza a melhor cena do longa, a trama apenas foca nos dois protagonistas e no desenvolvimento de sua relação durante o decorrer do filme. O elenco trabalha bem e Samberg foi a melhor escolha para interpretar Nyles.
Palm Springs é uma grande surpresa de 2020. O longa trás junto com seus clichês de comédia romântica uma reflexão acerca da rotina e de relacionamentos, além de funcionar bem em sua execução e apresentar um final satisfatório. É um filme que, mesmo com um roteiro simples, é extremamente divertido de se ver e que cumpre a sua função de entreter o telespectador durante seus noventa minutos de exibição
Nota: 3/5
Durante o casamento de sua irmã (Tala, interpretada por Camila Mendes), Sarah (Cristin Milioti) testemunha a estranha perseguição sofrida por Nyles (Andy Samberg), um dos convidados com quem ela estava passando momentos bastante agradáveis. Ao seguí-lo para dentro de uma caverna, a dama de honra se vê presa num loop temporal do qual apenas eles parecem ter ciência, vivendo o mesmo dia de novo e de novo.
Tudo se complica quando ela descobre que Nyles está preso há muito mais tempo do que ela e não faz a menor ideia de como sair dali.
Palm Springs já está disponível no serviço de streaming Hulu.