Parceria entre Adam Sandler e Netflix acaba de render mais um filme de comédia, intitulado: Zerando a Vida. A premissa apresenta Rick, um “policial” que reencontra um grande amigo de infância, Charlie (David Spade), com uma vida infeliz. Vendo a situação do colega, Rick decide armar suas mortes para começarem uma nova jornada juntos.
O começo é animado e promissor. A trilha é composta por músicas bem animadas e conhecidas, então ela se salva no meio da confusão. Há uma mistura de ação e comédia bem presente, tudo é muito frenético e muita coisa acontece ao mesmo tempo atrapalhando o desenvolvimento da narrativa.
Faz tempo que Sandler não faz bons trabalhos, Pixels (2015) e The Ridiculous 6 (2015) são alguns exemplos que obtiveram resultados negativos da imprensa e do público. E pode-se dizer que ele não acertou novamente. Como todos os seus filmes, sempre tem cenas que o espectador dá uma gargalhada e esse não é diferente. Tirando isso, todo o resto é fraco.
Zerando a Vida segue o estilo de O Âncora, de 2004, e outros filmes de humor negro. A história parece linear até que acontece uma reviravolta muito ridícula prejudicando tudo o que havia sido feito. Além de Sandler, David Spender faz um bom personagem e tem um estilo diferenciado de atuação. Paula Patton, que agora está estrelando Warcraft (2016), é completamente inútil o filme inteiro, sem ter uma fala ou alguma ação relevante. Para quem curte um besteirol, isso é uma prato cheio.
Netflix está virando sinônimo de balança, enquanto produz séries excelentes, produz longas bem fracos. Não se sabe se The Ridiculous 6 e Zerando a Vida serviram de alguma forma como uma lição para a produção ser mais atenciosa com os trabalhos de Adam Sandler. Pois este é um ponto fora da curva.