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Crítica | Procurando Dory

Procurando Nemo (2003) é uma obra cinematográfica excelente, que revolucionou as animações da sua época. A necessidade de uma continuação era zero, mas mesmo assim a Pixar retorna com a sua franquia premiada em um segundo filme, intitulado: Procurando Dory. Este que agora mostra a trajetória de Dory, a peixinha que tem perda de memória recente, a encontrar os seus pais. Era de se esperar um filme bem irregular comparado com o seu antecessor, mas a história é diferente dessa vez. O novo longa consegue trazer muitas novidades e algumas inovações, entretendo bem o público e cumprindo o seu desafio.

O roteiro é similar ao de Procurando Nemo. Algo interessante a ser comentado é o ‘’salto’’ cronológico de um filme para o outro, que é de apenas um ano, o que torna o entendimento muito mais fácil. A coisa mais legal é trazer os personagens secundários mais antigos de volta para as telonas, conseguindo transmitir momentos de nostalgia pura. Porém, as participações são bem pequenas, já que há novos  personagens que requerem um pouco mais de atenção. Todos, sem exceção, são carismáticos e que funcionam em seus papéis muito bem. Alguns ficarão na cabeça por um tempo…

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Há alguns problemas, entretanto. Todo o ritmo é confuso com os seus altos e baixos. Nos dois filmes é bem presente a mistura de humor e drama, mas Procurando Dory não conseguiu achar um equílibrio entre os dois, virando uma confusão em certos momentos. Em seu terceiro ato, a inovação que estava sendo apresentada desaparece, e o desfecho parece algo meio corrido e mal pensado por parte dos roteiristas Andrew Stanton, Bob Peterson e Victoria Strouse.

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No final, o saldo é bem positivo e te deixa com uma sensação bacana de rever todo aquele ambiente outra vez. Engraçado e dramático ao mesmo tempo, Procurando Dory acerta a mão e deixa os fãs, novos e velhos com um sorriso no rosto. Um prato cheio para quem busca uma boa animação.

Por Thiago Pinto

‘’E quando acabar de ler a matéria, terá minha permissão para sair’’

-Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)