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Crítica | Orange Is The New Black

Escrito por Guilherme Chaves

A famosa série do Netflix tem inúmeras críticas, mas poucas se dispõem a mostrar a fundo que Orange is the new black não se trata apenas da vida na prisão. Mais que isso, a série mostra a vida em seus aspectos mais sombrios e desesperadores.

[Colocar nome das personagens]

Red, Crazy Eyes, Chapman e Alex Vause

O início da primeira temporada é realmente “normal”. Não é ruim, mas não tem muito o que se analisar: Piper, uma loira bonita e rica é presa anos após ter um romance com outra mulher que trabalhava em um cartel de drogas. Foi envolvida em viagens que resultaram na sua prisão. Primeiramente o foco é na despedida dela e seu namorado, seguido de sua entrada na prisão. O choque de realidade é grande, principalmente ao ver que a ex-namorada também estava presa ali na mesma prisão. Após as cenas de confusão de Piper e a mesma finalmente decidir terminar com o namorado, a série começa a deslanchar.

Assistir às indecisões de uma patricinha encarando outro mundo não é tão interessante assim. E provavelmente também foi isso que a Netflix pensou. Sem fugir do material original (a biografia de Piper Kerman, com o mesmo nome da série), as histórias das outras detentas também começam a ser vividas de perto.

A série mostra o dia-a-dia na prisão e ao mesmo tempo, apresenta partes da vida de uma detenta por episódio. Pode ser que sejam muito estereotipadas, mas é interessante poder viver essa condenação com cada uma delas, sentindo o que elas sentem e entendendo que seus crimes cometidos ou suas personalidades na cadeia são simplesmente o resultado do que carregaram desde a infância. Algumas se agarram à religião, outras fazem inúmeros planos do que vão fazer quando sair. Tem gente que sai e vê que a realidade nas ruas é bem pior que na prisão e simplesmente volta. Em meio aos personagens se encontram transsexuais, mulheres com distúrbios mentais e há até casos de overdose na prisão.

À esquerda: . À direita: .

“À esquerda: Taryn Manning, Samira Willey, Dascha Polanco, Danielle Brooks, Uzo Aduba e Taylor Schilling. À direita: Laura Prepon, Laverne cox, Kate Mulgrew, Yael Stone, Natasha Lyonne e Lorraine Toussaint.”

Orange is the new black não dá gosto de assistir se você quer ver algo superficial, conferir se as prisões americanas são tão duras quanto as do Brasil ou se você simplesmente só quer ver sexo lésbico. Se você está interessado em conhecer todo tipo de amor, ver como vidas inteiras se resumem a nada e tudo ao mesmo tempo, e se você está disposto a se arrepiar e sentir a mais pura felicidade de dezenas de criminosas (no fim da última temporada): ASSISTA!

A Netflix com certeza tem feito incríveis obras de arte e essa pode ser considerada uma das melhores. A série, vencedora de um Emmy em 2014, é dirigida por Jodie Foster e conta com roteiro de Jenji Kohan e Liz Friedman. A  4ª temporada já está disponível no site no dia 17/06/2016.

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Sobre o Autor

Guilherme Chaves

Administrador Público de dia, Projeto de Cheff de noite e redator da Torre nas horas vagas.