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Detective Comics Quadrinhos

Resenha | Juiz Dredd – Ano Um

Em 2012, a editora americana IDW começou a publicar revistas em quadrinhos dos personagens da 2000 AD, como Rogue Trooper, e o próprio Juiz Dredd. Além da revista mensal, no ano de 2013 foi publicada uma mini-série em quatro partes chamada Juiz Dredd – Ano Um, que agora está nas bancas de todo o Brasil, em um encadernado lançado pela Mythos Editora!

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Gameplay RPG

Análise | Eternal Senia

Jogo do gênero ARPG (action role-playing game) desenvolvido de maneira independente por uma empresa chinesa chamada Holy Priest, com cutscenes e história que se assemelham muito às animações japonesas, este game gratuito entrega boas horas de diversão e emoções. [SEM SPOILERS]

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Pagode Japonês Quadrinhos

Resenha | Assassination Classroom

Ansatsu Kyoushitsu, mais conhecido como Assassination Classroom, é um mangá escrito por Yusei Matsui que conta uma história surpreendente e inimaginável ao mesmo tempo. Atualmente no mercado nacional, Assassination Classroom está em sua 7ª edição.

O mangá conta a história de um alienígena com capacidade de alcançar a velocidade Mach-20, que acabara de destruir 70% da lua e anunciara que em um ano ele destruirá o planeta Terra. Sendo assim, o alienígena dá esperança à humanidade, quando secretamente, junto ao governo, se infiltra em um colégio e irá ensinar aos piores alunos, que tiram notas baixíssimas (turma 3-E) a como matá-lo, e o aluno que conseguir, ganhará uma recompensa milionária.

Até aqui, o enredo é compreensível, mas como dito anteriormente, é uma história surpreendente, pois além do alienígena conhecido pelos alunos como Koro-Sensei ensiná-los a matá-lo todo dia, precisando se esquivar de balas e facas, ele também ensina todas as matérias e consegue ser um excelente professor, influenciando a nota dos alunos, elevando-as.

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É muito complicado dizer quem seriam os principais personagens, portanto, apresentaremos os mais importantes: Tadaomi Karasuma e Irina Jelavić, que representam a parte governamental no mangá. Tadaomi é o encarregado de informar tudo que está acontecendo e Irina é contratada para tentar assassinar Koro-Sensei. Na parte dos alunos, só um realmente se destaca e provavelmente será essencial para o desfecho do mangá: Nagisa Shiota, o aluno da turma 3-E que anota todo o comportamento de Koro-Sensei, desde seus sentimentos e relacionamentos até suas habilidades, algo extremamente útil para batalhas.

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Em relação a pontos positivos e negativos, o mangá contém acenas excelentes de ação. Ele desenvolve muito bem Koro-Sensei, conseguindo deixar o leitor com muitas dúvidas e muita ansiedade. O problema é que quando a história fica o tempo inteiro em Koro-Sensei, ela se perde, e não consegue se equilibrar. Na tentativa de mostrar outros personagens, ela rapidamente vai variando de personagem para personagem, prejudicando a si mesma.

Sim, é uma história bem maluca, mas que consegue fazer você se divertir, fazer você pensar o que Koro-Sensei está tramando e ainda deixa você refletindo sobre sua própria existência, algo característico da obra, tomada por muitos japoneses como algo extremamente crítico à sociedade nipônica.

O trabalho editoral da Panini está ótimo, e com certeza é um mangá que merece a atenção do público consumidor brasileiro. A obra é um sucesso estrondoso no Japão, sem previsão de término.

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Card Games Gameplay

Análise | Magic – Origins: As mecânicas e o conceito do novo set

Para todo jogador de Magic: The Gathering, a espera de um lançamento é um acontecimento. Ficam todos à espera dos spoilers, consumindo todas as notícias possíveis sobre as prováveis novas mecânicas de jogo, os novos Planinautas… Principalmente os novos Planinautas.

Existe uma aura que envolve os Planinautas, que todo jogador que se preze tenta montar pelo menos um deck baseado em um deles. Pode ser um deck affinity de artefatos, com o Tezzeret, Agente de Bolas; ou um deck de dano direto, com a Chandra Nalaar ou Piromestra. Se for um deck preto, monocor ou multicor, Liliana sempre terá lugar. Em um deck verde então, Garruk faz a festa.

Existem Planinautas que apareceram a primeira vez como criaturas lendárias e, só depois, acenderam a centelha, como é o caso de Nissa Revane, Venser e Nicol Bolas. Outros apareceram já como Planinautas, como Jace Beleren, Chandra e Liliana Vess. E é justamente sobre os Planinautas que a nova edição de Magic: The Gathering vem tratar. Não se trata só de lançar novos Planinautas, mas de contar as origens dos que nós já conhecemos.

Magic – Origins vem desvendar o passado dos Planinautas, com seus respectivos cards, trazendo novas mecânicas de jogo, além de uma nova dinâmica para o Magic como um todo.

Nessa edição, os Planinautas abordados são Nissa, Jace, Gideon, Chandra e Liliana; trazendo também uma nova mecânica para os mesmos. Não serão Planinautas como estamos acostumados, mas eles vêm em dupla face e, para que se tornem Planinautas, deve acontecer algum evento que acione a habilidade.

Por exemplo, você conjura Chandra, Fogo de Kaladesh. Ela tem a seguinte habilidade:

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{T}: Chandra, Fogo de Kaladesh causa um ponto de dano ao jogador alvo. Se Chandra tiver causado 3 ou mais pontos de dano neste turno, exile-a e devolva-a para o campo de batalha transformada sob o controle de seu dono.

Para transformar Chandra de uma criatura lendária para uma Planinauta, você precisa fazer com que ela cause pelo menos 3 pontos de dano no mesmo turno e depois acionar a habilidade, virando-a.

Apesar de cartas de dupla face não serem uma novidade em Magic (elas já haviam sido apresentadas no bloco de Innistrad), a grande sacada é o “despertar da centelha”. Usar a mecânica de metamorfose para demonstrar a transição de personagens normais para Planinautas.

scryOutra mecânica que esta edição traz de volta, é a mecânica de Vidência. Esta mecânica foi mostrada a primeira vez na edição A Quinta Aurora (Fifth Dawn), do bloco Mirrodin. Ela consiste em olhar o número de cartas informadas pelo número logo após o nome (ex.: 1, {T}: Vidência 2. Olhe as duas cartas do topo do seu grimório, depois coloque um número qualquer delas no fundo do grimório e o resto no topo em qualquer ordem). Ela ficou esquecida durante um tempo, aparecendo vez ou outra nas edições anuais, voltando com bastante força no bloco Theros. Agora vem novamente como mecânica de edição, o que sempre é bom, pois cards com Vidência em jogos de módulo Standard vêm sempre a calhar.

Ainda sobre as mecânicas nem tão novas, uma habilidade antiga agora vem com um novo nome: Ameaçar. Esta mecânica consiste em que a criatura atacante só pode ser bloqueada por duas ou mais criaturas, como se estivesse sob o efeito de Tambores de Guerra Goblin. No site oficial da Wizards consta que, à partir de agora, todas as cartas que já haviam sido publicadas com este texto, terão seus oráculos mudados e a palavra-chave Ameaçar inclusa.

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Também trazida de outro bloco, só que um bloco mais recente, Khans de Tarkir, temos também a mecânica Destreza. Destreza é uma habilidade desencadeada, ativada quando o jogador conjura uma mágica que não seja de criatura. Mágicas com tipos ou sub-tipos criatura, não causam efeito em Destreza. Toda vez que um jogador conjurar uma mágica que não seja de criatura, ela coloca um marcador +1/+1 sobre a criatura com Destreza, que permanecerá até o fim do turno.

Agora, vamos às mecânicas novas. A primeira delas é o Renome, que também é uma habilidade desencadeada. Ela funciona da seguinte forma: toda vez que uma criatura que possui essa habilidade causar dano de combate a um jogador, ela ganha um número de marcadores +1/+1 igual ao número indicado após a palavra-chave e se torna renomada. Atente que esta habilidade só será desencadeada uma vez, mesmo que ela perca todos os marcadores adquiridos com a habilidade, enquanto a criatura permanecer no campo de batalha. ESTA HABILIDADE NÃO SERÁ DESENCADEADA SE O DANO FOR DADO EM UM PLANINAUTA.

A outra mecânica nova é a Maestria em Magia. Maestria em Magia é apenas um nome de habilidade, que não trás uma regra específica, mas cada card com esta habilidade possui uma regra particular, com alguma habilidade específica caso hajam dois ou mais cards de feitiço ou de mágica instantânea no cemitério do jogador.

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Bem, esta é a nova cara deste Set, que promete muitos decks Standard excepcionais. Claro que não poderíamos ficar de fora, então iremos fazer uma série sobre montagem de decks aproveitando estas mecânicas, além dos prováveis combos que podem advir da combinação com os Sets e Blocos anteriores.

No mais, no site da Wizards, você pode acompanhar a história em separado de cada um desses Planinautas e como a centelha de cada um despertou. Apreciem e divirtam-se com esta nova edição e, como eu disse no começo do artigo: Wizards, já estamos contando os dias para o próximo bloco.

 

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Resenha | Irmão Lobo – As Crônicas das Trevas Antigas

Primeiro livro da série Crônicas das Trevas Antigas, Irmão Lobo (Wolf Brother, no original) é uma obra extremamente surreal que te leva a lugares inimagináveis.

A autora, Michelle Paver, consegue transformar a época da idade da pedra em algo civilizado, de certa forma. Onde os supostos homens das cavernas moravam em civilizações subdivididas por clãs, tinham suas próprias leis, magias, profecias e cada um venerava o espírito de um animal. A série se baseia na história do jovem Torak, do clã do Lobo. Um garoto com apenas doze verões de idade que fora criado com o pai na floresta, longe de outros clãs e pessoas.

Atenção: a partir deste ponto teremos alguns spoilers!

Mapa encontrado nas primeiras páginas do livro
Mapa encontrado nas primeiras páginas do livro

Torak e Pa (seu pai) estavam acampando à noite, sozinhos, como sempre viveram. Mas aquela não era como as outras noites: era o momento em que Torak iria realmente seguir o destino que estava traçado a cumprir. Com o aparecimento de um urso com a cara da morte, possuído por um espírito maligno e disposto a matar tudo o que vê pela frente, o pânico toma conta do cenário e Pa, mesmo com habilidades de caça e combate, é gravemente ferido. Nesse momento a autora consegue expressar o medo e o desespero dos dois, passando aquela sensação para o leitor, e ao mesmo tempo deixando uma dúvida martelando na cabeça; coincidentemente, a dúvida que fará o desenvolvimento do livro.

Com a gravidade do ferimento, Pa percebe que não sobreviverá e faz um último pedido ao filho: que encontre a Montanha do Espírito do Mundo, um lugar que ninguém nunca encontrou. Quando o garoto pergunta por que ele encontraria, Pa diz que Torak achará um guia. Nesse momento da morte de Pa, percebe-se também uma parte da tradição da época, como na hora em que, quando está a beira da morte, o pai pede para que o filho troque sua faca com ele. Isso para Torak significava um ponto final, seria o recebimento da sua herança.

Torak se vê sozinho e aflito sobre o que fazer. Acabara de perder a única pessoa que conhecia, estava com pouca carne seca estocada e não sabia como encontrar o guia que o levasse para a montanha, como havia dito seu pai. Descendo a floresta ele encontra “Lobo”, um filhote que estava mexendo em cadáveres de sua espécie. Nesse momento acontece a primeira mudança de visão no livro. O diferencial da série Crônicas das Trevas Antigas é que os livros são narrados em duas visões diferentes. Em meio aos capítulos, o leitor vê a cena tanto na perspectiva de Torak, quanto de Lobo, transformando os dois em protagonistas da trama. Na perspectiva de Torak temos uma visão humana, mais racional, contendo falas e palavras diretas, já na visão de Lobo temos algo mais instintivo. A autora, para demonstrar seus pensamentos não utiliza substantivos simples, mas prosopopeias, por exemplo: para se referir a humanos é usado o termo Alto-Sem-Rabo, ou para se referir a uma fogueira o termo usado é Brilhante-Besta-Que-Morde-Quente. Também um quesito importante a citar, é que como Lobo é um filhote, o leitor consegue acompanhar todo seu processo evolutivo até chegar à sua maturidade.

Assim que começa a mudança de visão, entendemos mais sobre a história do jovem animal. Ele estava feliz, brincando com seus irmãos em meio a matilha, até que uma enchente inesperada arrasa toda a floresta na qual viviam e deixa um único sobrevivente: Lobo. Esse momento pode ser considerado o mais dramático do livro, onde vemos lobo sem entender o que tinha acontecido à sua família. Ele começa a cutucar com a cabeça um irmão, perguntando porq ue não queria brincar mais, porém o filhote não se move. Lobo repete os cutucões com todos da família, mas ninguém se move. Foi nesse tempo que apareceu o Alto-Sem-Rabo.

Inicialmente, com a fome que estava, Torak pensa em matar e comer o filhote de lobo que encontrara, mas acaba tendo visões sobre ele, e começa a entender o que o animal grunhia. Um pouco confuso sobre o que estava acontecendo, ele começa a pensar que além de pertencer ao Clã do Lobo, uma parte dele também era animal.

A medida que Lobo seguia Torak, a relação de preocupação e ajuda entre os dois aumentava. Para o filhote, Alto-Sem-Rabo podia o alimentar e o proteger, e para o humano o pequeno lobo tinha um faro muito bom para mostrar onde está a comida e o perigo.

Após uma longa febre que teve graças a um ferimento da luta conta o urso, Torak é capturado pelo Clã do Corvo, com a acusação de estar caçando em seu território. Nesse momento de captura descobrimos como é uma civilização do universo das Crônicas das Trevas Antigas, e suas duras leis. Por caçar um veado na região do Clã do Corvo ele foi condenado à morte, porém, para não morrer, o garoto pede um julgamento por combate. Seu oponente era Hord, um de seus captores. O momento da luta é longo e como está lutando com um oponente mais forte e não tendo nenhuma experiência em combate, Torak conseguiu vencer através do intelecto.

Mesmo vencendo Hord em combate, não libertaram-no. Após observarem que o garoto conseguia se comunicar com seu animal de clã, Renn (irmã de Hord) acusa Torak de ser o “ouvinte” de uma profecia na qual dizia que: “Uma sombra ataca a floresta, ninguém consegue se opor a ela”. Essa primeira parte se referia ao urso, “então vem o ouvinte, ele luta com o ar e fala com o silêncio”, “luta com o ar” foi o que Torak fez na luta contra Hord, usou vapor d’água e cegou o oponente para ganhar, e “fala com o silêncio” se refere a um apito que o prisioneiro usa para chamar o seu animal de clã. Torak havia o confeccionado quando Lobo sumiu enquanto estava com febre. Ele pergunta o que acontece com o ouvinte no fim e recebe o final da profecia: “O ouvinte dá o sangue do seu coração para a montanha. E a sombra é esmagada.”

Após ser preso novamente e esperar que decidam seu futuro, Torak busca respostas sobre a sua vida e várias pontas soltas deixadas tanto em sua cabeça quanto na do leitor são explicadas, como: Quem foi seu pai, por que viviam isolados do restante dos clãs, o que houve a sua mãe e como o urso foi criado.

Depois de grandes revelações, Torak consegue fugir do acampamento com a ajuda de Renn. Ela disse que o estava ajudando porque acreditava que somente ele acharia a montanha e que não seria o seu sacrifício que destruiria o urso, mas a ajuda do espírito do mundo. No caminho em busca da montanha, Renn diz que não seria simples assim pedir a ajuda do espírito, que Torak teria de provar que era merecedor de receber a ajuda e o único modo de provar, era recolhendo as três partes do Nanuak: os olhos do rio, o dente de pedra e a lamparina. Começa mais uma grande aventura. Sem saber onde vão achar os pedaços do Nanuak, ou a montanha, Torak, Lobo e Renn chegam ao limite.

Conseguindo as partes do Nanuak, são assaltados por Hord que os seguiu. Ele conta que o urso atacou o Clã do Corvo e que Fin-Kendin (Líder do Clã) está gravemente ferido. Renn volta ao clã, e Torak continua a busca com Lobo. Finalmente, quando encontram a montanha, retornam ao acampamento do Corvo e descobrem a história sobre os devoradores de almas: “Os devoradores de almas… Eram sete magos, cada qual de um clã diferente. No início, não eram maus. Ajudavam seus clãs. Cada um tinha sua habilidade particular. Um deles era ardiloso como uma cobra, sempre pesquisando a sabedoria de ervas e poções. Outro era forte como um carvalho; desejava conhecer as mentes das árvores. Uma outra pensava em voar mais veloz que um morcego. Adorava enfeitiçar pequenas criaturas para cumprirem suas ordens. Um deles era orgulhoso e ambicioso, fascinado por demônios, sempre tentando controla-los. Dizem que um outro podia convocar os mortos… Muitos invernos atrás, eles se uniram em segredo. A princípio chamaram a si mesmo de curadores. Iludiram a si mesmos, acreditando que queriam apenas fazer o bem; curar doenças, proteger contra demônios… Em pouco tempo estavam chafurdando o mal, pervertidos pela sua fome de poder…Acima de tudo, os devoradores de almas queriam poder. Era o motivo de suas vidas. Governar a floresta. Forçar todo mundo a fazer o que eles queriam. Então treze anos atrás, aconteceu algo que abalou o poder deles… Houve um grande incêndio e os devoradores de almas se dispersaram. Alguns ficaram seriamente feridos. Todos seguiram pra esconderijos… O homem que criou o urso era um deles.”

No outro dia após ouvir a história, Torak e Lobo sobem a montanha. Hord mais uma vez tenta roubar o Nanuak para ele derrotar o urso com as próprias mãos, mas acaba sendo morto quando o mesmo aparece. Lobo leva o Nanuak para o topo da montanha e enfim o espírito do mundo mata o demônio.

O livro tem um final considerado um pouco fraco para alguns, porém quando você começa a ler, percebe que há varias pontas soltas no decorrer da obra e que com certeza haverá uma continuação. A autora sabe mexer com as sensações do leitor. ao começar a descrever uma cachoeira, consegue-se sentir respingos d’água; quando descreve o orvalho, se sente um pouco de frio e o corpo úmido, deixando o leitor imerso na história. Irmão Lobo é o tipo de livro que você sempre quis ler mas nunca encontrou.

Capa do livro lançado no Brasil pela editora Rocco - Jovens Leitores
Capa do livro lançado no Brasil pela editora Rocco – Jovens Leitores

Sobre a autora:

Michelle Paver
Michelle Paver

Michelle Paver nasceu na África Central, mas foi para a Inglaterra ainda criança. Após obter um diploma em Bioquímica na Universidade de Oxford, Tornou-se sócia de um escritório de advocacia em Londres, mas acabou abandonando-o para se dedicar a escrever em tempo integral.
As Crônicas das Trevas Antigas nasceram da paixão de toda uma vida por animais, antropologia, e sempre pelo passado distante. As viagens pela Noruega, Lapônia, Islândia, pelos montes Cárpatos, e em particular o encontro com um enorme urso num vale remoto do sul da Califórnia, serviram também como fonte de inspiração.

 

 

 

 

 

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Análise | Ushio to Tora #1 a #3

A nova temporada de animes começou recentemente no Japão. Entre histórias novas e adaptadas, algumas sempre se destacam, seja pela história envolvente, personagens cativantes ou uma boa animação. Ushio to Tora possui as três qualidades.

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Sugestão HQ | Ataque dos Titãs

Shingekin no Kyojin, traduzido para português como Ataque dos Titãs é um mangá escrito por Hajime Isayama. A Panini Comics é responsável por sua produção nacional, atualmente está em sua décima primeira edição publicada, sem contar alguns spin-offs.

Ataque dos Titãs é uma história sobre um mundo pós-apocalíptico onde criaturas gigantescas devastaram quase toda a população mundial, devorando-a. Com isso, três pequenas cidades foram construídas com muralhas enormes que medem cerca de 50 metros (maiores que os titãs) e deixaram os sobreviventes povoando aquelas cidades, que são divididas por questões políticas. Nisso, é quando entram os três protagonistas da história, Eren Yeager, Mikasa Ackerman e Armin Arlelt.

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Os três não sabem nada de como é o mundo fora das muralhas, pois já se passaram mais de 100 anos desde quando os titãs chegaram. Eren Yeager é um jovem que tem como objetivo entrar na ‘’Tropa de Exploração’’ e contribuir com os interesses de sua cidade. Já Mikasa Ackherman é a mais habilidosa entre os três, irmã adotiva de Eren, está mais preocupada com a proteção de seu irmão do que com sua própria, ou entrar em alguma tropa. Armin Arlelt é o jovem mais inteligente, que tem certas habilidades para planejamento, mas em campo suas habilidades são quase zero.

O clímax da história é quando algo que era quase impossível, acontece. Ou melhor, aparece: um Titã Colossal com mais de 60 metros de altura, quebrando uma muralha e fazendo com que vários titãs entram na ruptura.ataque-dos-titas-2 Consequentemente dezenas morrem, fazendo toda a população ir para a segunda cidade. Passado alguns anos desde o acidente, Eren, Mikasa e Armin devem proteger seu povo e descobrir mais sobre o Titã Colossal, além de lutarem por sua sobrevivência.

A trama é coberta de suspense, emoção e mistério, apesar de ter um discurso político raso, algo que deveria ser mais abordado na história. O mangá consegue agradar o leitor, deixá-lo sem fôlego em alguns momentos e muito ansioso para o próximo volume. O acabamento e a tradução da Panini estão ótimos, sendo assim, é recomendável tê-lo em sua estante e acompanhar cada edição.

 

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Crítica | Homem-Formiga

A Marvel Studios foi chamada de ”louca” quando anunciou Guardiões da Galáxia, pois era um filme com personagens desconhecidos que não agradavam muito os leitores. Apesar disso, a Marvel lançou o filme e foi sucesso de crítica e bilheteria. Não foi diferente com Homem–Formiga. Sendo duramente criticada pela escalação de seus atores, a Marvel não se abalou, e confiando em seu produto, lançou e acertou mais uma vez.

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É muito difícil um filme da Marvel conseguir competir e estrear no mesmo ano do “carro-chefe” do estúdio,  Vingadores: Era de Ultron. O filme da equipe não agradou tanto quanto seu antecessor por se perder em muitas cenas de ação. Mesmo assim, ainda conseguiu faturar muito dinheiro, com uma bilheteria elevadíssima. Peyton Reed, diretor de Homem-Formiga, estava com uma difícil missão nas mãos: sendo o seu filme o próximo depois do lançamento de Vingadores, sua missão era conseguir fazer um filme do mesmo patamar de Vingadores, e será que ele conseguiu?

Homem-Formiga começa mostrando um Hank Pym (Michael Douglas) mais novo e receoso, quando cria a fórmula de encolhimento e tem como objetivo não deixá-la cair em mãos erradas. Passando um tempo, somos apresentados na trama à Scott Lang (Paul Rudd), um ladrão que acabara de ser liberado da prisão. O que ele não sabia era que na verdade Hank Pym estava planejando tudo para este ser o novo Homem-Formiga e impedir que seu pupilo Darren Cross (Corey Stoll) venda a fórmula do encolhimento que estava quase sendo descoberta e finalizada, algo que Hank temia há décadas.

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O longa consegue ser tão divertido quanto outros do estúdio. Vendo a imaturidade de Scott Lang como Homem-Formiga, somada à maturidade de Hope Van Dyne (Evangeline Lily) e do Dr. Henry Pym, o filme traz excelentes cenas de humor. Respondendo a questão que foi deixada no ar, sim, Peyton Reed consegue fazer um filme ao nível de Vingadores e em algumas partes até supera a mega produção, como por exemplo nas cenas de ação. A ação no filme é de explodir a cabeça, com planos e um movimento de câmera excelentes na hora do encolhimento do herói. Cada detalhe é surpreendente. A trama não se perde na ação, como o filme da super equipe, e deixa a história bem equilibrada, com momentos emocionantes e engraçados.

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Dito anteriormente, Homem-Formiga não agradou aos fãs com o anúncio de seu elenco, porém quando o filme começa, você se apega completamente ao Michael Douglas como Hank Pym. Quando Paul Rudd aparece na pele de Scott Lang você se envolve tanto no filme que não se incomoda de não ter Hank Pym, o primeiro a vestir o uniforme, ser o herói no filme. Os personagens secundários são de tirar o chapéu. Evangeline Lily faz uma filha bem desequilibrada na parte emocional relacionada ao pai, Corey Stoll faz algo totalmente diferente dos vilões da Marvel (apesar de ele seguir o mesmo padrão de todos os vilões do estúdio, o contrário do herói, que foi dito recentemente pelo escritor de Game of Thrones, George R. R. Martin). Porém, o personagem mais aceito e que se consagrou no papel, certamente foi Luis (Michael Peña), alívio cômico da história.

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Claro, Homem Formiga não é diferente dos outros filmes da Marvel. Ele não inova em quase nada, sempre seguindo os mesmos padrões, referências aos Vingadores em muitos momentos e piada atrás de piada. Infelizmente, só Guardiões da Galáxia, até o momento, conseguiu fazer uma história completamente independente da super equipe.BFOOT_TEASER_BRAZIL

Homem-Formiga “amplia” ainda mais o MCU, deixando em aberto muitas continuações para desenvolver o universo do personagem. Nenhuma continuação foi confirmada, mas o personagem participará de Capitão América: Guerra Civil, o embate entre Homem de Ferro e o Sentinela da Liberdade.

Saindo do cinema você fica muito satisfeito com o que viu e mais uma vez obtém a certeza de que a fórmula da Marvel para fazer filmes de heróis funciona, sendo fantástica e de alta qualidade.

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Resenha | ”Ex-Heróis” de Peter Clines

‘’Os Vingadores encontram The Walking Dead, em uma batalha épica.’’

Ernest Cline, autor do best-seller Jogador N° 1.
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Lendo esta frase, sua atenção é completamente tomada. Ernest Cline em uma frase consegue resumir a tão complexa e divertida história de Ex-Heróis, onde vemos um grupo de heróis em meio a um apocalipse zumbi onde, além de sobreviverem, devem cuidar da população que resta, que é claro, o objetivo de qualquer herói.

O grupo de heróis é formado por Stealth, Gorgon, Regenerator, Cerberus, Zzzap e Mighty Dragon. No começo da história, Peter Clines, autor do livro, descreve minuciosamente todo o cenário apocalíptico e as características de cada personagem. A escolha da cidade, Los Angeles, já é uma pista de que a história terá várias referências ao mundo nerd em geral. O livro não fala muito sobre a criação do Monte, o lugar que as pessoas estão vivendo atualmente, mas como dito anteriormente, tudo é muito bem descrito.

Do outro lado temos os personagens excepcionais e essenciais para o desenvolvimento da trama. Clines consegue diferenciar bastante cada herói, inserindo eles em partes tensas onde suas emoções e sentimentos são colocados a prova. Além do mais, ele cria relações entre seus personagens fazendo o leitor ficar ainda mais interessado na história contada.

PorGRD_989_Ex-patriotasém, um dos pontos mais importantes do livro não é o cenário ou os heróis, e sim os vilões. Pensando que seria somente uma narração de heróis sobrevindo a um apocalipse zumbi, a história se torna o filme ‘’Os Vingadores’’ quando os heróis precisam se juntar para derrotarem um vilão. Excelente! Tudo consegue se encaixar, o vilão controla os zumbis e tem o objetivo de destruir o Monte e os heróis devem proteger os cidadãos dos zumbis e do arqui-inimigo. É algo muito comum em qualquer história em quadrinhos de super-herói.

Ao se deparar com a capa e a contra-capa, você imagina que aquela trama será tomada por referências e estereótipos e, felizmente, ela não decepciona. Da primeira letra até o último ponto final o livro contém muitas referências e citações ‘’Hollywoodianas’’ conseguindo até tirar algumas risadas do leitor. O autor não se perde nelas, conseguindo deixar a história fluir normalmente. Os pontos negativos são complicados, como o fato de apesar de não ter a explicação de como aquele apocalipse zumbi chegou naquele nível, temos alguns flashbacks mostrando como os personagens se conhecem e o início do apocalipse. Isso é um pouco confuso em determinados momentos.

No quesito críticas especializadas, Ex-Heróis está tendo um bom desempenho. Consequentemente, já tem mais de dois livros para a coleção. E ainda está deixando muitas pessoas curiosas para ler sobre esse encontro que muitos já imaginaram.590889

Deixar algumas explicações e situações para trás é até que bem inteligente da parte de Clines, pois ele dispõe de muito conteúdo para uma continuação que já foi feita e em breve também terá sua análise. Infelizmente, não podemos criticar algo que não lemos, mas será que três livros já não foram o suficiente? Esperamos então que o segundo livro que seja tão bom quanto o primeiro.

Portanto, Ex-Heróis consegue surpreender o leitor e cumprir sua promessa com uma história recheada de heróis, referências e zumbis, garantindo um ótimo entretenimento para a ‘’nerdaiada’’.

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Detective Comics

Dossiê da Spider-Gwen

O sucesso do momento para muitos fãs do Homem-Aranha é a Spider-Gwen, ou Gwen-Aranha. Ela surgiu na saga Spider-Verse, e com o apelo feito pelos fãs, acabou ganhando uma revista solo que já chegou a vender mais exemplares que O Espetacular Homem-Aranha, a revista principal do Teioso.

Sua primeira aparição foi na revista No Limiar do Universo-Aranha #2, onde sua a história é contada brevemente. Logo depois ela aparece na sua revista solo, Spider-Gwen, escrita por  Jason Latour e desenhada por Robbi Rodriguez totalizando cinco edições, onde a história da personagem e o universo dela é explorado com mais profundidade.

Conheça a mitologia da Spider-Gwen até o momento:

Origem  

A Gwen Stacy que muitos conhecem pela tão conhecida história “A Morte de Gwen Stacynão ressuscitou e se tornou a Mulher-Aranha. A Spider-Gwen é oriunda de uma realidade alternativa onde o Peter Parker nunca foi picado pela Aranha radioativa e se tornou o Homem-Aranha. O feliz ou infeliz incidente com a aranha desta vez aconteceu com a Gwen, e com os seus novos poderes ela decidiu se tornar a Mulher-Aranha

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A história secreta 

O acontecimento que foi vital para que o Peter Parker se tornar um super-herói  é conhecido por muitos. No começo da descoberta dos seus poderes aracnídeos, Peter tentou lucrar com os seus novos dons. Infelizmente um incidente aconteceu e que poderia ter sido evitado pelo Homem-Aranha mas ele escolheu não usar o seus dons naquele momento, o que acabou resultando na morte de seu Tio Ben. Ele se sentiu culpado, porém seu tio havia deixado um legado para ele “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades” e assim começou a jornada heroica do Homem-Aranha.

Com a Gwen não foi muito diferente pois ela tentou ganhar fama como Mulher-Aranha e ela acabou influenciando um jovem rapaz nerd e que sofria bullying a ter o desejo de ser especial como ela.  Em um tentativa de se tornar especial, o jovem acabou se tornando o Lagarto e durante um incidente com a Mulher-Aranha ele acabou sendo morto. Porém para a Gwen não foi apenas uma morte, pois o Lagarto era o seu vizinho e sua paixão secreta, era o Peter Parker.

A Mulher-Aranha foi acusada de causar a morte de Peter Parker e logo sua popularidade se tornou negativa. Sua jornada não terminou por aí pois ela se sentia culpada e decidiu fazer bom uso de seus poderes e se tornar uma heroína para limpar seu nome e carregar o legado que Peter Parker deixou para ela.

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Em um de seus momentos de heroísmo, Gwen se viu confrontada pelo seu próprio pai, o Capitão George Stacy, que acreditava ser ela a culpada da morte do Peter. Estando encurralada ela se viu obrigada a revelar a sua identidade secreta para ele.

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Spider-Verse e o reencontro  

Desde de o anúncio de que a Gwen apareceria  na saga Spider-Verse como uma Mulher-Aranha de uma realidade alternativa, muitos fãs ficaram animados com o reencontro entre o Peter e a Gwen. O reencontro aconteceu mas foi breve e nada tão dramático.

Durante a saga Spider-Verse o papel da personagem é restrito e ocasional, ela aparece para ajudar a Seda(nova personagem que surgiu recentemente nas histórias do Homem-Aranha) e logo após o fim da saga ela retorna para o seu universo.

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The Mary Janes 

Quando Gwen stacy não é a Mulher-Aranha, ela é a baterista da banda de Rock Indie conhecida como “The Mary Janes” junto com a Mary Jane, Glory Grant e Betty Brant .A relação da Gwen com o resto da banda é bastante conflitante pois elas não sabem da vida dupla dela, e por este motivo as vezes ela precisa estar ausente.

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O maior sucesso da banda é a música “Face it Tiger”,  que traduzindo seria a a famosa frase da Mary Jane “Encare isso Tigrão”. Curiosamente, a banda Married with Sea monsters aproveitou o sucesso da Spider-Gwen e gravou algumas músicas da banda The Mary Janes, inclusive a música “Face it Tiger”, confira:  

Os inimigos de Gwen  

Matt Murdock – Ele não é o demolidor, ele é o Advogado do Rei do Crime e atua como seu braço direito . Seu plano era que a  Mulher-Aranha trabalhasse para ele, e então envia um criminoso para matar o Capitão George Stacy, acreditando que isso iria ajudá-la, pois ela estava sendo perseguida por ele que acreditava ser ela a assassina do Peter.

No fim da revista, Murdock revela para a teiosa que sabe quem realmente ela é. Mais tarde ele pode se revelar uma grande ameaça para Gwen e para o seu alter ego, a Mulher-Aranha.

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Abutre: É a primeira ameaça que a Mulher-Aranha tem que lidar na sua revista solo. Inicialmente ele revela que seus planos eram matar a teiosa para assim ganhar algum reconhecimento como vilão. Mais tarde ele se torna um  lacaio de Murdock.   

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Aleksei Sytsevich: É o criminoso que recebe as ordens de Murdock para matar o Capitão George Stacy acreditando que isto ajudaria a Mulher-Aranha, porém ele é detido por ela.  

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Frank Castle: Ele não é o Justiceiro mas sim o novo Capitão da Força Tarefa para Crimes Especiais que veio para substituir o Capitão George Stacy que havia sido atacado por Aleksei Sytsevich. Em um primeiro momento, Castle deseja a todo custo capturar a Mulher-Aranha por acreditar que ela esta relacionada com o Rei do Crime e também  julga-la pelo assassinato de Peter Parker. Mais tarde ele descobre a identidade da Mulher-Aranha e vê que ela é apenas uma adolescente.  

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Felicia Hardy: Nessa realidade, Felicia tem uma banda chamada Felicia + The Black Cats, onde ela é a vocalista e o resto da banda aparentemente são gatos.  Ela não é rival da Mulher-Aranha mas sim da banda The Mary Janes. Uma rivalidade que parece ser sustentada pelo desejo de sucesso entre a Mary Jane e Felicia.

O Pai de Felicia era um criminoso mundialmente conhecido como “Le chat Noir” e desde cedo ensinou a arte de roubar para a filha. Porém, quando ela ainda era jovem, seu pai foi assassinado por Murdock a mando do Rei do Crime. Ela cresceu e se tornou uma cantora bastante popular, mas tinha uma sede de vingança contra  Murdock. A história da personagem foi brevemente explorada mas talvez tenha alguma importância no futuro.

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Retorno 

A Revista da Spider-Gwen teve apenas cinco edições e só acabou por causa da saga Guerras Secretas, mas a revista retorna após o término do evento em Outubro, com a mesma equipe criativa e fará parte da iniciativa All New Diferent All Diferent, onde quase todas as revistas da Marvel serão lançadas a partir da primeira edição

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As novas histórias da Spider-Gwen ainda se passarão em um universo alternativo, mas nada impede que ela viaje entre os universos paralelos para aparecer em outras revistas.

Além da sua revista solo, a Spider-Gwen também aparecerá na revista Guerreiros da Teia, junto com outros aracnídeos de realidades alternativas.

Guerreiros da Teia será escrito por Mike Costa, com a arte de David Baldeon.

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