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Panini anuncia Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? e Yo-Kai Watch

Durante sua palestra no Anime Friends 2016, a Panini Mangás anunciou três novidades que irão compor seu catálogo, sendo elas: Dr. Slump de Akira Toriyama, Sakamoto Desu Ga? de Nami Sano e Yo-Kai Watch, baseado na franquia de jogos. Confira abaixo todas as informações!

Dr. Slump está de volta ao Brasil. Compondo o catálogo da Panini que já continha Dragon Ball e Ginga Patrol Jako, ambas obras de Akira Toriyama, Dr. Slump é um mangá completo em 18 volumes publicado antes de Dragon Ball, durante 1980 e 1984. O mangá foi o responsável por alçar a fama de Toriyama, e alguns personagens já até mesmo apareceram em Dragon Ball. Dr. Slump foi publicado anteriormente no Brasil pela editora Conrad. A editora Panini disse que ainda não há previsão de data de lançamento, preço ou formato do mangá.

Capa original japonesa do primeiro volume.
Capa original japonesa do primeiro volume.

Dr. Slump se passa na Vila Pinguim, um lugar onde os seres humanos vivem com todos os tipos de animais e outros objetos. Nesta vila, vive Sembe Norimaki, um inventor. Seu apelido é “Dr. Slump”. Ele constrói o que ele espera ser a primeira robô do mundo, a que ele deu nome de Arale Norimaki Sembe. Por ser um inventor muito desastrado, cria uma robô míope, e ela logo acaba precisando usar óculos. Arale é também muito ingênua. Ao contrário dos humanos, ela possui super-força. Em geral, o mangá centra-se em confusões entre Arale, a humanidade e as invenções do Dr. Sembe.

Outro anúncio da editora foi o mangá Sakamoto Desu Ga?, de Nami Sano. Adaptado para anime na última temporada japonesa, Sakamoto é um slice of life de comédia completo em 4 volumes. A história é centrada no incrível e popular garoto chamado Sakamoto, estudante do primeiro ano do ensino médio, adorado por garotas e invejado pelos garotos, que são todos ofuscados graças a magnitude de Sakamoto. Não importa quais problemas ele enfrente, Sakamoto consegue resolver tudo, e embora pareça frio e distante, consegue ajudar todos que precisam.

Capa original japonesa do primeiro (de quatro) volume.
Capa original japonesa do primeiro volume. A obra é completa em apenas quatro volumes.

Assim como Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? não possui maiores informações como preço, formato e data de lançamento.

Por fim, o mangá de Yo-Kai Watch também será trazido ao Brasil pela Panini. Yo-Kai Watch é uma franquia de jogos de RPG eletrônicos que segue a história de um garoto chamado Keita Amano. Um dia, quando estava procurando por insetos no bosque de Sakura New Town, o garoto se depara com uma peculiar máquina de cápsula ao lado de uma árvore sagrada. Quando ele abre uma das cápsulas, aparece um Yo-Kai chamado Whisper, que dá a Keita um dispositivo conhecido como Yo-Kai Watch. Utilizando isto, Keita é capaz de identificar e ver diferentes tipos de Yo-Kai que estão assombrando as pessoas e causando prejuízos. Acompanhados pelo gato Yo-Kai Jibanyan, Keita e Whisper começam a fazer amigos com todos os tipos de monstrinhos, os que ele poderá convocar para lutar contra os Yo-Kai mal-intencionados que habitam a sua cidade, assombrando os moradores e causando problemas terríveis.

Capa do primeiro volume japonês.
Capa do primeiro volume japonês.

O mangá é desenhado por Noriyuki Konishi e produzido pela Level-5, empresa responsável pela franquia de jogos. Atualmente, encontra-se em andamento no Japão com 8 volumes publicados, e também não foram divulgadas maiores informações sobre a edição brasileira.

Para maiores informações acompanhe as redes sociais da Panini Mangás.

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Clube do Suicídio é o novo anúncio da NewPOP

Hoje, dia 16/07, ocorreu a palestra da editora NewPOP no Anime Friends 2016, onde diversas informações acerca de seu catálogo foram divulgadas. Entre elas, um anúncio: Clube do Suicídio, ou Jisatsu Circle (Suicide Club), chegará ao Brasil trazido pela editora!

Suicide Club é um mangá publicado no Japão em 2002. Baseado no filme homônimo lançado em 2001 (no Brasil chamado de O Pacto), Suicide Club possui apenas um volume, e conta a história do suicídio coletivo de 54 garotas, todas estudantes de um mesmo colégio. Elas se atiram na frente do metrô, causando enorme comoção pública. Com apenas uma sobrevivente, começa uma investigação acerca do misterioso acontecimento e quais mistérios cercam a garota que sobreviveu a isto.

Capa original japonesa.
Capa original japonesa.

Dos gêneros horror, drama psicológico e mistério, Suicide Club ainda não possui uma data de lançamento marcada, bem como acabamento e preço. A editora comentou que, durante o próximo semestre, a meta é normalizar as publicações que estão atrasadas.

No Brasil, mangás de horror ainda não são parte integral do catálogo das editoras, tendo somente obras lançadas esporadicamente.

Visite o site da editora para acompanhar as novidades clicando aqui.

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Resenha | Knights of Sidonia #1

Escrever sobre ficção científica sempre é algo bastante complicado, pois exige pesquisa profunda sobre o tema ao buscar comparações com histórias bem sucedidas do gênero, seja quanto as referências à construção desse universo ou as reflexões sobre a mensagem que a obra deseja passar. Dentre os vários subgêneros que a ficção científica contém, um dos mais famosos entre os japoneses é o “Mecha” (abreviatura do termo mecânico), sendo mais conhecido popularmente pelos robôs gigantes, geralmente controlados por pilotos e que têm como maiores sucessos: Gundam, Neon Genesis Evangelion, Macross, Gurren Lagann, entre outros.

Recentemente a JBC publicou no Brasil, uma obra que ganhou uma animação feita pela Netflix, chamada de “Knights of Sidonia“, que segue o gênero mecha e teve uma receptividade muito positiva do público do famoso canal de streaming.

SINOPSE

Há muito tempo, o planeta Terra foi destruído por seres alienígenas, chamados Gaunas. Felizmente, os humanos conseguiram sobreviver lançando-se ao espaço em enormes naves espaciais. Porém os Gaunas continuam atrás dos seres humanos e as naves são obrigadas a fugir deles. Mil anos se passaram desde a destruição da Terra, e a história segue o jovem Nagate Tanikaze, um novato que viveu sua vida toda no subsolo de Sidonia, uma das imensas naves que saíram da terra. De cara ele é colocado como piloto de guardião “mecha” e agora Nagate buscará proteger Sidonia da ameaça dos Gaunas.

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Esse é nosso garoto, com todos os clichês que possa ter.

 

Falando sobre o mangá especificamente, uma coisa que percebo ao ler é a transmissão de uma aura muito silenciosa. Diversos quadros brancos, poucas onomatopeias e traços muito simples em vários momentos. Nas partes em que há os confrontos entre gaunas e mechas da Sidonia, existe confusão na arte, como se ainda estivesse a procura de um estilo, diferenciando-se de um gênero que apresenta tantas referências.

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Os guerreiros de Sidonia.

Quanto ao enredo, toda ficção científica exige que haja um universo estabelecido para que seja crível e compremos a ideia do universo onde se passam os eventos, e Sidonia consegue desenvolver bem este conceito, bem como estabelecer hierarquias e criar diferenças sociais entre seus tripulantes. Além disso, na sua população, existem conceitos biológicos modificados para que houvesse o desenvolvimento dessa nova raça humana, que faz fotossíntese (a mesma das plantas), possui reprodução assexuada, podem modificar seus corpos a seu bel-prazer, entre outros tantos conceitos, para que possam permitir a sobrevivência à deriva no espaço.

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Os temidos gaunas.

Novamente falando do enredo, começa a parte clichê da coisa. Tanikaze, por algum motivo ainda inexplicável, é uma espécie de escolhido, e mesmo sem nunca ter pertencido a elite de Sidonia e nunca ter pilotado uma nave, ele é recrutado para missões e, mostrando-se habilidoso, desperta a ira do seu rival.

Entretanto, Sidonia detém qualidades. O autor sabe variar a maneira de contar uma história ao não apegar-se somente a jornada do herói e sim, expor o desenvolvimento daquela sociedade. Evidencia coisas do cotidiano das pessoas, trabalha bem o conceito de expansão dentro de Sidonia e também trabalha com flashbacks para dar uma profundidade maior ao que se passa.

Sidonia não exibiu o seu total potencial, o que é normal. A história ainda no seu primeiro volume tem um dinamismo interessante, possui um clímax que desperta a curiosidade e nos apresenta um universo com enorme potencial. Algo que pode incomodar alguns é a questão do papel. Nunca fui, em minhas análises, de tocar a crítica ao material da editora, porém, como Sidonia tem uma arte limpa demais, com muitos quadros brancos, dá pra perceber um pouco de dificuldade para ler a obra. No geral, Sindonia merece atenção, por tentar inovar em certos conceitos da ficção científica e é uma experiência intrigante para quem gosta do gênero.

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Até a próxima.

FICHA TÉCNICA

Knights of Sidonia – Vol. 01 de 15
Publicado em: Abril de 2016
Editora: JBC
Gênero: Seinen-Ficção Científica- Mecha
Autor: Tsutomu Nihei (Blame!)
Status: Série concluída / Mensal
Número de páginas: 20o paginas (papel offset) / Leitura Oriental
Formato: 13,7×20 cm / P&B com páginas coloridas / Lombada quadrada
Preço de capa: R$ 17,50

 

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NewPOP | Editora abre novo canal de sugestões

A Editora NewPOP, famosa no cenário de mangás brasileiro por trazer títulos alternativos, de nicho e clássicos da cultura japonesa, está passando por uma nova fase em seu relacionamento com o público.

Como anunciado no Twitter da editora, as redes sociais passarão a ser um canal mais ativo na comunicação com os clientes e fãs. Dúvidas, sugestões e reclamações agora podem ser tratadas de forma mais pessoal e informal, diretamente pelos recados do passarinho azul.

E entre as primeiras atividades do novo criador de conteúdo da rede de 140 caracteres, além de recapitulações dos lançamentos e anúncios recentes da editora, houve a estréia de uma nova forma de sugerir títulos para publicação no Brasil. No “Cantinho de Sugestões da NewPOP” você pode listar nomes de obras ou autores que você gostaria de ver sendo licenciados pela editora, além de sugestões de pontos de venda e melhorias nos produtos.

As redes sociais são parte importante da interação da NewPOP com o público.
As redes sociais são parte importante da interação da NewPOP com o público.

Entre os títulos já publicados pela editora, destacam-se os diversos mangás e light novels BL (Boys’ Love); várias versões do sucesso mundial Mahou Shoujo Madoka Magica; Clássicos de Osamu Tezuka; e a light novel escrita pelo autor brasileiro Yuu Kamiya, No Game No Life.

Você pode encontrar a editora nas redes sociais: Twitter e Facebook, além do site oficial da editora. E caso tenha perdido o link que está camuflado lá em cima, o “Cantinho de Sugestões da NewPOP” pode ser acessado por aqui.

Caso queiram sugestões de o que sugerir, eu estou aberto a diálogo *wink*

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Assassination Classroom | Criador Yusei Matsui confirmado na New York Comic Con 2016

O aclamado e talentoso criador Yusei Matsui estará cruzando o oceano, para aparecer na New York Comic Con.

O autor e artista do popular mangá e anime Assassination Classroom, Yusei Matsui, virá para o evento para painéis e sessões de autógrafos, em uma parceria entre VIZ Media e ReedPOP. Assassination Classroom tem sido bem recebido no Japão, e rapidamente tem conseguido seguidores e fãs na América do Norte. Para muitos, será uma grande chande de encontrar e conhecer o criador em pessoa, durante a New York Comic Con.

O Vice-Presidente Global Sênior da ReedPOP, Lance Fensterman, disse: Yusei Matsui é uma grande influência na indústria do mangá, e seu trabalho continua a ser um monstruoso sucesso ao redor do mundo. Nós estamos empolgados em dar as boas-vindas à ele na New York Comic Con, onde terá de certo, incríveis experiências com os nossos fãs aqui nos Estados Unidos.”

Yusei Matsui - New York Comic Con

Assassination Classroom centra em torno de estudantes, que tem a impossível missão de tentar matar o professor deles. A ação é garantida. Ele é responsável por detruir a Lua, e por tentar destruir a Terra. Duas coisas colocam-se em seu caminho. Uma, ele é um polvo alienígena com super-poderes. Dois, ele é muito bom, em ser um professor, e os alunos não querem perdê-lo.

Quando o Team Jump encontrou-se com o autor na Jump Festa desse ano, eles perguntaram para Yusei Matsui, sobre a sensação de ver seu mangá sendo bem recebido nos Estados Unidos. Yusei Matsui disse: “A série traz muitas experiências, que típicos japoneses do ensino fundamental ou estudantes colegiais poderiam se familiarizar. Se uma pessoa fora do Japão também pode gostar da minha obra, isso realmente faz pensar, que nós todos sejamos humanos, não importa onde vivemos. E isso me faz muito feliz. Eu espero encontrar vocês e compartilhar uma bebida algum dia! Eu realmente gostaria de perguntar o que vocês todos gostam da série. Espero ter a oportunidade de escutar suas opiniões.”

A New York Comic Con acontecerá entre os dias 6 e 9 de outubro.

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Resenha | One-Punch Man #1

Sabemos que na cultura pop japonesa, principalmente quando adentramos nos mangás e animes, nos deparamos com gêneros e estilos diferentes. Dentre esses gêneros um dos mais famosos é o “shounen”, que consiste em um protagonista masculino fisicamente fraco (tem suas exceções) e com poucas habilidades, mas sempre otimista e com objetivo de ser o melhor. Com o passar do tempo, ele se torna mais forte, sempre representando uma mensagem “gamba-re-o” (significa algo como “esforce-se”) o que é muito legal, mas de extrema repetitividade dentro desse tipo de entretenimento.

A obra de que vos falo é a antítese dessa mensagem, chamada “One-Punch Man“. Concebida inicialmente como uma web-comic, tinha uma qualidade gráfica bem baixa, mas com um roteiro pra lá de inovador. Escrito por “One” e depois revisitada com a arte sublime de Yusuke Murata, que a tornou comercialmente viável no mercado, transformando assim, uma das obras de maior hype internacional dos últimos tempos. Vinda de terras nipônicas, chegando a concorrer ao prêmio Eisner, e até  ganhou uma excelente adaptação animada feita pela Mad House. A Planet Mangás, selo da Panini Brasil, comprou a ideia do hype  e trouxe para o Brasil esse incrível material nos moldes similares a “Vagabond” e “Planetes.

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Web x versão de editora.

A SINOPSE

One-Punch Man  é o que o título que descreve: um homem com apenas um soco, ou seja, ele não precisa dar mais de um soco pra derrotar qualquer inimigo. Este homem é Saitama, um jovem recém-desempregado, que após salvar um garoto de ser morto por um homem caranguejo, resolve se tornar herói. Em sua jornada, Saitama fica tão forte, que derrota os monstros com apenas um soco e isso o deixa muito entediado, e sempre encontra alguém que diz ser mais forte, mas no final é sempre a mesma história, como disse antes, um soco só basta.

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Que queixo desse garoto!

A cidade onde Saitama reside, a Z, é sempre alvo de ataques, assim como as cidades vizinhas, restando para ele ser um herói por hobby, defender todos ao seu redor ou pelo menos, não deixar que destruam seu apartamento. Então sua vida muda  de certa forma com a chegada do ciborgue  Genos, no qual acreditava ser forte o suficiente, mas vê em Saitama o seu mestre ideal, os dois acabam se tornando amigos e enfrentando inúmeros desafios.

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Forte, SQN!

Entretanto, o que faz a história ser tão boa, visto que, poderia deixar qualquer um entediado com a sinopse, é a questão da desconstrução de uma linha narrativa muito presente e comum, como se fosse a quebra de uma fórmula, pois Saitama não precisa se tornar forte, ele já é tão forte, não precisando ter um objetivo máximo. Ele só é ele mesmo, uma pessoa comum que vive como se fosse alguém comum, que lava a louça, que vai ao supermercado, que assiste tv, lê mangás, há uma abordagem muito humana da coisa de ser herói. Isso fica longe de ser algo monótono, você se diverte, e muito, com a falta de noção que o Saitama tem em vários aspectos, isso o torna um personagem muito carismático.

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As expressões do Saitama, são as melhores!

One-Punch Man  é um mangá que diverte. O enredo tem como ponto alto Saitama sendo engraçado e debochado, deixando para Genos o lado mais racional da coisa.  Enfim vamos ver a jornada de Saitama, em busca de um oponente que realmente tenha valor ou que pelo menos o faça suar.

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Até a próxima!

FICHA TÉCNICA

One Punch Man – Vol. 01 de 10
Publicado em: Março de 2016
Editora: Panini
Gênero: Shounen
Autor: One/Yusuke Murata (Eyeshield 21)
Status: Série em andamento / Bimestral
Número de páginas: 208 paginas (papel offset) / Leitura Oriental
Formato: 13,7×20 cm / P&B / Lombada quadrada
Preço de capa: R$ 16,90

Fonte: Panini Mangás

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JBC | Escolha o próximo relançamento de mangá

A Editora JBC anunciou recentemente, na edição de 2016 do seu grande evento Henshin +, que estará relançando o mangá Fullmetal Alchemist, de Hiromi Arakawa. Devido ao grande número de pedidos feitos por fãs, ainda no evento a editora anunciou que criaria um formulário para que seja escolhido o próximo relançamento! Confira abaixo todas as informações.

As opções de relançamento são os mangás: Inu Yasha (56 volumes), Shaman King (32 volumes), Cowboy Bebop (6 volumes), Angelic Layer (5 volumes), A Princesa e o Cavaleiro (4 volumes) e, por fim, Fruits Basket (23 volumes).

Estes são os mangás disponíveis para votação no formulário de relançamento.

Para votar, acesse o formulário da Pesquisa JBC clicando aqui. É possível escolher apenas um dos mangás, então pense bem antes de preencher!

Vale lembrar que a JBC finalizou recentemente o relançamento de Yu Yu Hakusho (19 volumes). Além disso, a editora conta com outros mangás sendo relançados, como Blade: A Lâmina do Imortal e Éden: It’s An Endless World em formato BIG, e os mangás Chobits e Hellsing, que foram relançados recentemente e já estão concluídos.

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Resenha | Vagabond #1

Há um ditado que diz: um é pouco, dois é bom e três é demais. Mas esse ditado não pode ser aplicado a grandiosa obra Vagabond de Takehiko Inoue que, após muito tempo e muitas negociações sobre os seus direitos de publicação no Brasil, agora foram adquiridos pela Panini.

A EDIÇÃO ATUAL

Voltando ao que interessa, o mangá… A nova edição publicada pela Panini é o que podemos chamar de um meio termo. Ao nível de qualidade das edições “definitivas” publicadas pela Conrad, um dos mais belos que já tive em mãos no quesito material, a edição da Panini é competente, seguindo um modelo de publicação que foi feito em Planetes (com resenha feita por este que vos escreve), com orelhas e papel off-set, uma diagramação menor do que a feita pela Conrad e menos folhas coloridas que a sua predecessora. Todavia, com um preço bem competitivo para um material desta qualidade.

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Que capa singela!

 

A HISTÓRIA

Shinmen Takezo e Hon’iden Matahachi, dois rapazes da vila de Miyamoto, vão à guerra em busca do reconhecimento de seus nomes como guerreiros. Eles sobrevivem por pouco a famosa batalha de Sekigahara, que definiu os rumos do shogunato japônes, marcado na  história como o evento que deu início a Era Tokugawa. Mas o lado que escolheram lutar acabou derrotado. Por acaso, uma saqueadora de corpos, chamada Akemi, encontra-os feridos enquanto fazia o seu árduo trabalho, levando ambos para a casa de sua mãe, Okoo.

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Eu estou vivo!?

 

Após alguns dias, bandidos atacam a casa das mulheres e Takezo os enfrenta enquanto Matahachi foge com uma delas. A partir daí, começa a aventura solitária de Takezo que mais tarde, será rebatizado como Miyamoto Musashi, que futuramente será reconhecido como o maior samurai que já andou pelo mundo.

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Quem lhe chamou?

 

A arte do mangá é uma coisa de outro mundo, que acima de tudo faz com que a história tenha uma fluidez impressionante, em todos os quesitos técnicos, como cenários, expressões e personalidades dos personagens, as sequências de combate, beirando a perfeição narrativa. O único defeito que vejo no mangá é que ele ainda não foi finalizado; entretanto, dá pra entender o motivo… Aliás, dêem graças ao editor do Takehiko Inoue, pois quase não teríamos sequer uma concepção, uma vez que o mangaká, famoso também pelo mangá esportivo Slam Dunk, quase largou a carreira por desanimo mas, ao ler Musashi, ficou perplexo e resolveu tomar como um desafio para a sua vida essa adaptação.

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Taca lhe pau!

 

Vagabond é a transcrição para a nona arte do épico japonês do maior samurai de todos os tempos, Miyamoto Musashi, que tem como base o famoso romance escrito por Eiji Yoshikawa, publicado no Brasil pela editora Estação Liberdade, um livro sublime mas com uma escrita bastante carregada; coisa que o mangá, principalmente por ser arte sequencial, livra-nos da linha descritiva, importante, mas muito denso em alguns momentos.

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Um calhamaço dos bons, diga-se de passagem!

Vamos torcer para que o mangá finalize seu ciclo. Mesmo que ainda esteja em andamento, 37 volumes servem como um bom começo para que todos possam conhecer  e acompanhar a jornada de Takezo. 

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Até a próxima.

VAGABOND – Vol. 01 de 37
Publicado em: Março de 2016
Editora: Panini
Gênero: Épico histórico
Autor: Takehiko Inoue (Slam Dunk)
Status: Série em andamento / Mensal
Número de páginas: Cerca de 240 páginas (papel offset) / Leitura Oriental
Formato: 13,7×20 cm / P&B com páginas coloridas / Lombada quadrada
Preço de capa: R$ 17,90

Fonte: Panini Mangás

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Resenha | Hazuki Kanon wa Amakunai (Vol. 01)

Japonês é um povo estranho. Um dos esteriótipos que é muito marcado na cultura doentia deles é a dos “Valentões de Colégio“. Diferente do ideário ocidental (principalmente o Estadunidense), os valentões de olhos puxados não saem por ai derrubando livros de nerds. Eles vão atrás de confusão pela rua enquanto vestem seus uniformes, para trazerem fama de durões para seu local de estudo – e demarcar território, quase como você fazia no GTA San Andreas.

E claro que, como tudo que existe na face da terra, algum mangaká louco conseguiu transformar esse conceito em algo moe. O trabalho de Kobashiko (autor não muito conhecido, mas trabalhou em alguns mangás spin-off da série iDOLM@STER.) em “Hazuki Kanon wa Amakunai” (“Hazuki Kanon is not sweet“, em inglês) é o exemplo perfeito disso. Ele fez tal tema – normalmente com cara de Shounenzão das massas – virar um mangá de comédia-romântica (kind of) em 4-koma.

Aliás, o mangá é um 4-koma… Coisa que eu só percebi na metade do capítulo 2… Eu realmente tava achando o negócio sem sentido nenhum, e bem… Claro que não teria sentido, eu estava lendo errado! Voltei pra reler e foi tipo usar Flash na Digglet’s Cave, saca?

Caso não saibam, um 4-koma é um tipo de mangá onde cada página possui duas colunas de quatro quadros cada (daí o nome). O sentido de leitura é diferente do mangá original: Normalmente, se lê da direita para a esquerda, de cima pra baixo. Num 4-koma, se lê por coluna: primeiro os quatro quadros da coluna da direita, e depois os quatro quadros da coluna da esquerda. O restante das regras se mantém.

Abaixo, uma imagem altamente trabalhada por especialistas de edição, mostrando resumidamente a ordem de leitura de um 4-Koma:

Vemos o dia-a-dia escolar da protagonista, Hakuzi Kanon, dar uma reviravolta. Sempre de cara fechada, ela tem fama de delinquente. Pode não ser inteiramente verdade, mas também não é inteiramente mentira. Seus motivos, muitas vezes, acabam sendo mais nobres do que aparentam.
Sempre por ai arranjando brigas sem querer e matando aulas na enfermaria, suas diversas fachadas começam a cair quando sua vida se encontra com a dos amigos de infância Tamaki Daichi (um cara meio sem noção que nunca larga sua câmera de vídeo) e Kihou Tomoka (a típica garota animada mas que esconde uns segredinhos bizarros).

Depois que Tamaki acaba se fascinando por Hazuki, e a filma sem permissão, ele vai atrás dela, para poder realizar seu recém-formado sonho de filmá-la mais vezes. Atrás de seu amigo, Kihou acaba se juntando ao novo grupo que se encontra na enfermaria em todos os intervalos.

Enfermaria, aliás, que é o reino, império, território e capitania do lendário (auto-proclamado) Blackhole Jun, aka BJ. O enfermeiro da escola, que parece estar na casa dos 30, mas age como um adolescente desiludido. Kuroanada (seu nome “real”, por mais que não goste) age como o professor que é, quando necessário. Esse tipo de personagem acaba sendo um dos meus prediletos em qualquer obra, por adorar o giro extremo que ocorre nas personalidades delas.

Nos treze capítulos do primeiro volume, somos apresentados aos personagens, e rapidamente nos envolvemos com eles. Não por termos alguma trama envolvente ou uma história bem elaborada, mas justamente pelo contrário: é um mangá leve, tranquilo, que sempre te dá um ar fresco. É uma ótima pedida para relaxar. Muita gente chama obras assim como simplesmente “chatas”, mas é por não gostar do gênero, por preferir coisas mais pesadas, com mais ação. Não os culpo, gosto é algo que varia muito. Tem gente que gosta do que eu gosto, e tem gente com gosto ruim.

Atualmente, existem dois volumes lançados no Japão, com o primeiro (e parte do segundo) traduzido pela Doki para o inglês. Caso você esteja meio pra baixo, arranje um pirulito (não o da Hazuki, por favor!) e pegue pra ler esse mangá.

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My Hero Academia ganha spin-off e pode virar anime

Na próxima edição da revista semanal japonesa Shonen Jump os leitores terão um grande anúncio com relação ao título My Hero Academia (Boku no Hero Academia).  Possivelmente a novidade será um anime!