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Como entrar no mundo dos animes | Parte 1: O Choque Cultural

Japonês é um povo estranho. Vocês devem saber disso. E por isso mesmo que, pessoas que se envolvem demais nesse meio, acabam ficando tão estranhas quanto (veja eu, por exemplo!).

Mas, sendo o mais clichê que consigo pensar, é errado julgar um livro pela capa. Por causa desse ditado mais batido que argamassa na betoneira que estamos aqui hoje reunidos. Eu reuni dados de vários (uns… sete?) de vocês, usuários das partes menos obscuras da Torre, buscando informações relevantes sobre os motivos que os fazem não querer e/ou não terem vontade de assistir animes.

Essa série de posts servirá para quebrar alguns mitos que vocês têm, assim como dar dicas, recomendações ou simplesmente alguns toques, para quem sabe, fazer vocês lerem mais as minhas postagens que faço com tanto carinho.

  • O CHOQUE CULTURAL

Entenderam? Botei em fonte Impact, pois “choque” é um “impacto”… Hahaha.

Isso que eu chamo de CHOQUE CULTURAL.
Isso que eu chamo de CHOQUE CULTURAL.

A primeira coisa que você precisa entender com bastante clareza é: Você VAI estranhar o que está vendo. E isso é absolutamente normal. Muita gente encara essa “estranheza” como uma indicação de que isso não é algo feito pra ela… E embora isso possa ser verdade para alguns, não deve ser a regra.

Deixe-me explicar melhor: Por mais que existam milhões de fãs pelo mundo todo, “Anime” sempre foi (e sempre será) uma coisa feita por Japoneses, para Japoneses. E por conta disso, os ambientes; as situações; os personagens e suas atitudes; tudo isso será feito se baseando na convivência e na cultura de lá.

Sei que com a globalização, a internet e tudo mais, isso pode soar como mentira, mas acredite em mim: O Japão fica DO OUTRO LADO DO MUNDO! Sim, é verdade! Com um raio de 6.371 quilômetros, se traçarmos uma circunferência que passa por São Paulo e por Tóquio, fazemos vários arredondamentos (haha, arredondamentos. Estamos fazendo círculos, haha) e com uma continha que aprendemos na sexta série chegamos a uma distância de estrondosos 18.532,97 quilômetros daqui lá (Que, segundo meus cálculos, dá bem mais que 20.000 Léguas Submarinas. Ou não, nunca li esse livro).

Com essa distância toda, é normal de se imaginar que as pessoas que vivem por lá possuem hábitos e costumes diferentes dos nossos. Se dentro do nosso próprio país já existem diferenças culturais marcantes (como aqueles cariocas que chamam erroneamente “bolacha” de “biscoito”), como não haveria com o outro lado do mundo? Se acostumar com o modus operandi dos japonesinhos é o primeiro passo para começar a, de fato, gostar do que você está assistindo.

Não sei o que é mais inimaginável: Essa churrasqueira de Gremlim ou alguém usar luvas de cozinha num churrasco.
Não sei o que é mais inimaginável: Essa churrasqueira de Gremlin ou alguém usar luvas de cozinha num churrasco.

E se parar pra pensar, isso não é tão difícil assim. Você, caro leitor das partes menos obscuras da Torre, o que lia antes de vir pra cá? Alguma notícia sobre The Flash? Quem sabe um comentário sobre o trailer de Batman vs Superman? Pra ser sincero, não importa. Sabemos que, indiferente do que você estava fazendo antes de vir pra cá, essa coisa era, de alguma forma, relacionada com uma cultura estadunidense ou oriunda dela (e se não estava, bem… Só finja que estava e siga o exemplo). Lá, eles fazem coisas completamente diferentes do que nós fazemos aqui no Brasil. E você acha isso normal, você julga isso como algo comum. Tu não sai por ai falando “Nossa, eu não gostei daquele filme lá. Achei muito estranho! Magina que eles foram fazer um churrasco, e só tinha hambúrguer! Quem diabos faz hambúrguer num churrasco?“.

A cultura estadunidense (que faço questão de chamar assim, já que também sou americano e não faço metade das coisas que eles fazem) é tão impregnada no nosso dia-a-dia, que acaba sendo aceita subconscientemente. Nós nem nos questionamos mais quando vemos pessoas comendo bacon no café da manhã, ou correndo pela rua com copos do Starbucks, ou comemorando um feriado em Julho, o mês mais deprimente e sem feriados que existe. Você já se acostumou a lidar com essa diferença. O choque cultural já não é tão grande.

Entenderam onde eu quero chegar? No começo pode ser estranho ver os personagens comendo arroz no café da manhã, ou chamando os conhecidos pelo sobrenome. Pode ser engraçado lidar com todas as garotas usando saia o tempo inteiro, ou casais de namorados morrendo de vergonha de dar as mãos… Mas é uma questão de tempo até você começar a entender que é assim que funciona por lá, e simplesmente passar a aceitar sem levantar questionamentos. Se agora você evita, por se achar a diferentona ali no meio, dê mais uma chance, que você pode acabar gostando.

MAS QUE ABSURDO! NINGUÉM AVISOU QUE ESSE POST ERA 18+?

Como dito acima, esse é apenas o primeiro ponto. Ainda há vários outros para serem levantados, mas que não o faremos nesse post pois depois daquele último sobre a temporada de outono, eu não vou escrever coisas gigantes nunca mais.

Em breve teremos mais.

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JoJo | Diamond is Unbreakable tem primeiro trailer divulgado

Dois meses atrás foi anunciado que a David Production iria produzir a animação da Parte 4 de JoJo’s Bizarre Adventure. Todo o Staff e Elenco nos foi apresentado há cerca de um mês, e agora, durante a Jump Festa, a Warner Brothers Home Entertainment finalmente exibiu o trailer! Confira abaixo.

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Fall 2015: Uma análise da temporada até então

Japonês é um povo estranho, assim como sua programação na TV. Dividindo seu ano em quatro temporadas (e batizando-as com as respectivas estações do ano onde elas acontecem), as séries são alocadas em bloquinhos e se encaixam igual Tetris.

Isso significa que a maioria das séries estão sempre no mesmo número de episódios, numa determinada época. E em dezembro, a maioria dos animes que estrearam em outubro (na famigerada temporada de outono) já passaram de sua metade, e estão caminhando para seu final.

Isso também significa que é um ótimo momento para que pessoas que acham que tem algum conhecimento escrevam textos sem noção nenhuma falando sobre opiniões pessoais de desenhos que ainda estão inacabados. E é ai que eu entro.

Vamos fazer um geralzão na temporada de outubro, comentando como que estão os shows até então, dando dicas e recomendações (daquelas positivas e daquelas negativas) para que você, que pegou o bonde andando, possa ter uma noção de o que poderia assistir.

Lembrando que séries que são continuações não aparecerão. E que as imagens ilustrativas são, muitas vezes, bem enganadoras.

  • Comet Lucifer (MAL)
Isso na cabeça dele era pra ser um óculos?
Isso na cabeça dele era pra ser um óculos?

Comet Lucifer é o primeiro por nenhum motivo além de ordem alfabética. Não há nenhuma razão especial para estar no topo.

Você conhece alguma história que é tão confusa, com um desenvolvimento e consistência tão mal-elaborados, que os próprios personagens não são capazes de agir como um ser humano normal devia? Bem, agora conhece.

Usar do mistério para criar um clima bacana na história é normal. Diversos autores usam disso e se saem muito bem. Inclusive é um dos pontos fortes que eu cito sobre Gangsta. O problema é quando o mistério é grande demais e mantido por tempo demais.

Não há nenhuma, absolutamente nenhuma explicação de o que diabos está acontecendo na história. Sabemos que tem uma guria que está sendo perseguida por caras maus. Fora isso? Mais nada. É episódio atrás de episódio de conflitos envolvendo o protagonista defendendo a princesinha de maníacos, estupradores, sequestradores, líderes de organizações secretas… Mas não entendemos por qual motivo esses caras lutam. Nem os vilões, nem os mocinhos.

Mas ainda dá pra assistir pela animação e ambientação né?“… Não exatamente. As cenas de ação são em 3DCG horrendo e aquele tema de “cores fortes” que o anime passa não é trabalhado muito bem. Um trabalho bem porco do Estúdio 8bit.

  • Concrete Revolutio: Choujin Gensou (MAL)
E ainda por cima usa franja de emo…

Se você está assistindo One Punch Man (o que você obviamente está), a temática desse aqui já está metade construída. Só troque o protagonista careca por um cabeludo (e puxa, o cabelo ainda é rosa cintilante) e a comédia satírica por uma trama mais típica de quadrinhos.

Inclusive, esse é um dos animes mais comic-like dos últimos tempos. Pra vocês, leitores das partes menos obscuras da Torre, isso pode ser um ponto positivo. Os cenários são repletos de pontilhismo; os fundos são feitos com formas bem básicas e pintados com cores sólidas; Todo o resto é extremamente extravagante, com cores espalhafatosas e chamativas. O conjunto da obra realmente parece ter sido tirado de uma história em quadrinhos. Ótimo trabalho do Estúdio Bones.

A história começa tão bobinha como a de One Punch Man (que, no improvável caso de você realmente não estar acompanhando, eu comento mais abaixo), mas com o desenvolvimento, percebemos que existem dois momentos distintos, que são contados paralelamente. Seria o passado e o presente, ou o presente e o futuro? Quando que o “passado” irá explicar o que levou ao “futuro“? São tipos de narrativas típicas de comics e que não se vê todo dia.

  • Dance with Devils (MAL)
O cachorro parece mais carismático que a guria, não?

Pegue todos os pontos ruins de um Reverse-Harém e junte com todos os pontos ruins de um musical cancelado da Broadway. Aí adicione um pouco de Crepúsculo. Cria-se assim Dance with Devils.

Como de praxe, temos uma garota principal sem personalidade alguma, que acaba no meio de um cenário irreal cercada de homens que são mais bonitos, bem desenhados e femininos que ela. Ainda bem que citei Crepúsculo ali em cima, pois até que eles são parecidos.

O anime é mais ou menos um “musical“. O que significa que todo episódio, um cara bonitão metido a malvado vai começar a cantar uma música. Mas, diferente de espetáculos bons (ou até de medianos), a sequência ritmada não adiciona em nada à trama, apenas conta, com rimas horríveis, tudo que já aconteceu no episódio, e tudo que já sabemos. Essas cenas são normalmente aquelas que apresentam pontos-chave de qualquer conto –  Por exemplo, o momento que Christine visita o túmulo de seu pai, no clássico “O Fantasma da Ópera” – mas não é o que acontece com a série.

Meu ‘eu’ interior teve uma vontade imensa de ver isso inteiro, só para poder reclamar de tão ruim que é. Mas você não precisa fazer isso, se não quiser.

  • Gakusen Toshi Asterisk (MAL)
Tanta tecnologia e ainda não inventaram um uniforme menos ridículo?

Nada como começar uma história mostrando uma luta totalmente descontextualizada entre dois personagens que eu nunca vi na vida, e com uma cinematografia que tenta juntar dois efeitos e não consegue ser efetivo em nenhum deles.

Escola especial feita pra treinar adolescentes que sem motivo nenhum tem poderes especiais de combate e precisam lutar entre si por também nenhum motivo aparente. Protagonista é especial e diferente de todos em sua volta e não sabemos o porquê. Ele se envolve com diversas garotas que do nada começam a querer entrar em suas calças, e não entendemos também qual a causa dele se importar tanto com elas, já que o mocinho tem um objetivo claro a cumprir e ajudá-las só o atrasa mais e mais.

Não entendo essa paixão do estúdio A-1 Pictures em animar Light novels que são todas parecidas entre si (Sword Art Online estou olhando pra você). De qualquer maneira, esse show se enquadra na descrição que eu dei acima (junto com dezessete milhões de outros), e pode ser a sua dose semanal de clichê genérico, caso queira.

“Essa música é sobre a experiência de assistir Asterisk”

Só saiba que o gênero está melhor representado por outra série, que eu comento abaixo. A diferença? Enquanto Asterisk já foi confirmado como sendo 2-cour (quando o anime passa na TV por duas temporadas, ou seja, terá 24 episódios), Rakudai Kishi no Cavalry, o seu clone-primo-rival terá apenas doze episódios. Se isso será o bastante pra fazer com que o provável “desenvolvimento da trama” compense, temos que esperar.

Tua conta e risco.

  • Heavy Object (MAL)
Tem outro Objeto Pesado que está levantando aqui…

Objetos” é um nome até que bem adequado para as coisas que existem nesse anime. Temos bolas gigantes cheias de canhões que andam por ai em velocidades absurdas e que são as armas definitivas na nova ordem mundial.

Esse aqui é baseado numa Light Novel escrita por Kazuma Kamachi. O nome pode soar familiar, já que é o mesmo cara que escreve a quase epopeia que é a série de To Aru Majutsu no Index. Diferente do irmão famoso, Heavy Object é uma história de ficção científica. O que não muda, porém, é o protagonista sem noção que vence lutas titânicas no melhor estilo Davi e Golias.

E as esporádicas cenas de fan-service totalmente dispensáveis. Que acontecem com uma frequência relativamente alta. Embora sempre no momento certo. Ou devia dizer… “Nunca no momento errado“. Afinal, quando é o momento certo de se ter safadezas bidimensionais?

Se o tema de “um futuro não tão distante” te agrada, pode ser uma boa pedida. Interessados em geopolítica e o xadrez que é o jogo de dominação mundial… Não esperem muito nesse começo; mas acredito fortemente que será um tema bastante abordado no futuro. Vale lembrar que Heavy Object terá 24 episódios para tentar chegar nesse tal “futuro”.

  • Starmyu: High School Star Musical (MAL)
As cores dos cabelos deles acabam me fazendo pensar que eles são tipo power rangers…

Caras, por quê?

Uma versão masculina de todos aqueles animes de idols que são tão famosos (e usados com frequência na tiração de sarro do público geral da animação japonesa). Mas enquanto os personagens são, claramente, do sexo masculino, com aparência e vozes de homens… O jeito que eles agem e as atitudes deles dizem outra coisa.

Se o que faz coisas para homens vender, são “Peitos”… Então o que faz coisas pra mulher vender, são “homens de sexualidade duvidosa“. Não sou uma garota, então não consigo entender o que é tão legal em caras fazendo coisas de mulher. Aceito esclarecimentos, se alguém entender. A área de comentários desta postagem pode ajudar.

  • Lance N’ Masques (MAL)
Olha o tamanho desse cavalo, amigo!
Olha o tamanho desse cavalo, amigo!

Lembra daquilo que eu comentei na resenha de Hazuki Kanon? De que japonês é capaz de transformar qualquer coisa em algo bizarro? Bem…

Contos de cavalaria, grandes representantes da primeira geração romântica européia… Repensados como um paraíso lolicon (Wikipédia te ajuda) em pleno século XXI.

A série tenta muito, mas muito, passar a impressão de que tudo e todos ali são fofinhos, bonitinhos e ingênuos. É algo tão forçado que acaba tornando a atmosfera que eles mesmos queriam criar, em algo insuportável. De forma análoga, a impressão de “mundo fantasioso” que se espera, não é suficiente; você quase não consegue sentir a atmosfera que eles te prometem na sinopse.

Mesmo sendo dirigido por Kyouhei Ishiguro, que fez um trabalho sensacional em Shigatsu wa kimi no uso no ano passado, o show parece não ter consistência o bastante pra se manter. E creio que o fato dele ser baseado em uma Light Novel com apenas dois volumes lançados, seja parte do problema.

  • One Punch Man (MAL)
Opa, spoilers?

Cem flexões, cem abdominais, cem agachamentos e dez quilômetros de corrida… Todo santo dia.

Acho que essa vai ser a parte mais desnecessária do post inteiro. Afinal, metade do planeta Terra já está assistindo One Punch Man. Não tenho porque argumentar motivos para você começar a vê-lo. Mas para as outras 3,6 bilhões de pessoas, segue abaixo.

Sabe todos aqueles esteriótipos e clichês de Shonen? Protagonista extremamente poderoso derrotando inimigos inderrotáveis? “O ser mais poderoso do universo” é derrotado e duas semanas depois alguém cinco vezes mais forte aparece? Esses e outros pontos são levantados e usados de forma impecável numa das obras aclamadas como uma das melhores paródias de gênero que existe.

O fantástico de One Punch Man é que ele pode agradar tanto quem gosta, como quem NÃO gosta de Shounen. Se você gosta, ele é um exemplar recheado de ação, lutas lindamente animadas e uma comédia interessante. Caso não goste… Ele tira sarro de tudo que caracteriza tal classificação e usa um humor requintado para conseguir fazer isso sem ofender os fãs do primeiro exemplo.

Só cuidado que bem… Como tudo que acaba virando excessivamente conhecido… Alguns fãs não são muito agradáveis de lidar.

  • Ore ga Ojou-sama Gakkou ni “Shomin Sample” Toshite Gets Sareta Ken (MAL)
Eu totalmente não roubei descaradamente essa imagem do site da Funimation, juro!

Ufa, respira. Sei que ler o título todo cansou.

Inclusive, obras com títulos gigantes e que servem como 80% da sinopse são bem comuns no Japão. Essa, por exemplo, se traduz para “História onde eu fui raptado por uma escola de madames para ser um ‘exemplo de pessoa comum’“.

O negócio é tão imbecil quanto soa, não tenha dúvida disso. O estúdio Silverlink, conhecido por fazer obras maravilhosamente bem animadas, parece estar usando todos os recursos que possui com o próximo anime da lista, e não sobrou muito pra esse. O que foi uma ótima escolha, se me permitem dizer

“Como podemos mostrar o quão sem noção essa guria é? / Faça ela ficar empolgada ao jogar um Vita”

Apesar de uma premissa… digamos… “inovadora” (aspas são importantes. Eu gosto de aspas), a série não vai muito além do esteriótipo que o gênero passa. Metade das cenas são de fan-service totalmente desnecessário e a outra metade são de piadas saturadas.

Mas tem umas referências legais.

  • Rakudai Kishi no Cavalry (MAL)
Sabe que eu já vi essa imagem umas vinte vezes, mas só reparei que a roupa da Stella tá rasgada agora?

Se você já viu pelo menos, digamos, uns quinze animes em toda a sua vida, a chance de você ter passado por um tipo que eu gosto de chamar de “Harém Escolar Mágico Genérico” é bem grande.

Gosto bastante desse nome, e me orgulho de tê-lo criado, pois é muito auto-explicativo. Rakudai Kishi no Cavalry é, sem dúvida, um exemplar do gênero Harém Escolar Mágico Genérico. E isso diz mais do que eu precisaria. Porém, eu não estaria citando a regra geral de forma tão esquiva assim, se não fosse pra dizer que temos uma possível (destaque para a probabilidade que essa palavra trás) exceção.

Diferente de Asterisk, citado acima nesta postagem, Rakudai é uma ovelha negra em diversos pontos. Ele basicamente “corrige” diversos absurdos que são corriqueiros no gênero, e com isso, transforma a obra em algo que é mais realista dentro de seu próprio universo.

Fora que temos personagens muito queridos por todos. Um exemplo é a nossa Princesa de um País longínquo de cabelo rosa genérica No.2, a dona Stella Vermilion. Sua popularidade é comprovada por esse tweet que está totalmente dentro do contexto:

Isso claramente está falando da personagem de Rakudai Kishi no Cavalry.

E minha consciência, de redator e de fã, ficaria pesada demais, se eu não citasse as maravilhas que a Silverlink está fazendo. Cada iene adquirido com a venda de objetos baseados em garotinhas de oito anos em poses e posições suspeitas (NSFW) foram bem investidos.

Para todos os outros detalhes, vide comentário sobre Asterisk. É sério.

  • Subete ga F ni naru (MAL)
Meias coloridas são legais, mas por favor, use os pares…

Por algum motivo, o sub-título desse aqui é “The perfect insider” (que se traduziria pra algo como “O informante/infiltrado perfeito“). Seria algum spoiler descarado que você só percebe depois de assistir? Seria uma localização ruim? Seria o resultado de japoneses tentando soar cult ao usar inglês? Sexta, no Globo Repórter.

Com uma apresentação de trama e personagens muito bem estabelecida desde os primeiros instantes do episódio inicial, você pode julgar rapidamente se esse é um show para você ou não. Em poucos momentos você consegue entender que o clima do anime será pesado o tempo inteiro, você percebendo ou não.

Direta e indiretamente, a série aborda temas existencialistas filosóficos que eu, particularmente, não recomendaria para pessoas que estão passando por momentos instáveis na vida. Apenas para evitar a fadiga. Porém, dependendo da sua mentalidade, o tema pode soar tão imbecil que a série pode vir a ser uma comédia. Coisa normal em temas muito “profundos“.

  • Taimadou Gakuen 35 Shiken Shoutai (MAL)
Vento: funciona em apenas 20% dos personagens de anime.

Ah, é verdade. Temos um terceiro Harém Escolar Mágico Genérico nessa temporada. Como poderia me esquecer? Para mais informações no gênero, conferir Asterisk e Rakudai, acima. Você acham que eu estou brincando, né? Bem que eu queria. Bem que eu queria…

O que temos de diferente é que aqui nós treinamos caçadores de magos, e não magos em si. Super inovador, não? Um grupo militar cheio das maiores, mais poderosas e tecnológicas armas de fogo disponíveis para a humanidade… E um protagonista usando uma espada. Como eu sempre digo, o protagonista tem que ser diferente, não tem? É quase que uma vontade de querer ser hipster.

Um dos pontos a ressaltar é que, até então, a série tem sido muito episódica. Não houve um grande desenvolvimento da trama real, de o que fará a história andar. E como serão só doze episódios, ser episódico até o oitavo não é muito interessante. Mas justamente por ser desse jeito, pode acabar sendo algo mais leve de assistir, já que não existe um compromisso tão grande de ambas as partes.

  • Valkyrie Drive: Mermaid (MAL)

Bem… Uma série de ação… Muito… “Animada”… Onde garotas se divertem… Juntas… E se unem… para batalhar pelo que sonham… Com vigor e suor em seus rostos…

Pera ai, elas tão NUMA IGREJA?!

Tá bom, é um bagulho lésbico. Felizes?

Temos várias gurias que andam por ai brigando entre si, e metade delas se transformam em armas quando são “estimuladas” pela outra metade. Não podíamos esperar menos de uma obra original enviada pro estúdio ARMS (que produziu obras-primas do gênero, como Queen’s BladeHyakka Ryouran. Se é que me entende).

Bobo” tem sido uma palavra que eu vejo sendo usada com frequência pra descrever esse anime. Mas não o bobo de ingênuo. Mas sim o bobo de… ridículo. E a maioria é assim mesmo, então tudo bem. Temos uma premissa sem pé nem cabeça, cujo único intuito é manter o declínio populacional japonês; uma animação razoável que provavelmente será melhor nos blurays; uma tempestade sem fim de censura que pode ser evitada usando vídeos de canais pagos; entre outros pontos.

É uma boa escolha caso você queira se divertir.

Se é que você me entende.

  • Young Black Jack (MAL)
A cabeça dessa menina não é proporcional não…

Uma mistura entre Doctor House e Surgeon Simulator. Favor não confundir com a adolescência daquele ator que fez Escola de Rock.

Ver um graduando em medicina com perícia em facas, em plena guerra do Vietnã. É isso o que você terá que lidar. Citei Surgeon Simulator ali em cima porque metade dos episódios vão ser quase iguais ao jogo: Um cara aleatório aparece na frente do médico com pouco ou nenhum contexto e ele irá cortá-lo ao meio.

Normalmente, em seriados médicos, o drama é construído a partir da sua afeição para com o personagem que está quase morrendo. Por gostar do personagem, por acabar se apegando a ele, que você torce para que a cirurgia dê certo, para que ele se recupere, e coisas do gênero. Só que não é bem assim que funciona em Young Black Jack. Acabamos assistindo aqueles programas didáticos que passam no Discovery.

E quando ele não está cortando pessoas que nunca vimos antes, Jack está por ai refletindo sobre assuntos pouco relevantes, e passando horas num mesmo lugar. Se prepare para encarar a mesma sala por quinze minutos.

E isso resume os lançamentos de outubro. Me façam prometer que eu nunca mais vou fazer uma postagem tão grande quanto essa, por favor. Quaisquer dúvidas, procurem no Google, não sou seu empregado.

Nah, até respondo. Só comentar aí. Comenta, vai. Por favor.

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Indicação | Usagi Drop

Porque o simples às vezes mostra o que há de melhor na humanidade.

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JoJo | Staff e Elenco de Diamond is Unbreakable

Desde o anúncio de que uma animação da parte 4 do mangá de JoJo’s Bizarre Adventure realmente aconteceria, algumas semanas atrás, fãs de toda parte do mundo tem ficado de olho nos sites de notícias, no aguardo de mais informações quanto a produção, elenco e, claro, data de estréia.

Pois bem, a espera acabou.

O site da revista DengekiG postou mais cedo na tarde (do Japão) de hoje um artigo com tudo que nós queríamos saber sobre a famigerada série do Diamante Inquebrável. Onde está a notícia, porém? Ao que parece, o estagiário da edição digitou o nome de um dublador errado, e por consequência, foi as pressas deletar o artigo. Provavelmente foi o trabalho de uma Stand da revista inimiga. Mas como nada escapa do implacável olhar vigilante da internet, o cache pode ser encontrado aqui.

Key Visual para o Anime

A Staff quase não mudou, se comparado com as primeiras temporadas. Bom sinal, para o que talvez será uma outra adaptação impecável.

Os nomes:

Naoko Tsuda como Diretor;

Toshiyuki Kato como Diretor de Série;

Yuuta Takamura como Diretor-Chefe;

Yasuko Kobayashi como Compositor de Série;

Terumi Nishii como Designer de Personagens (E aqui uma novidade! Terumi Nishii é conhecido por seus trabalhos desenhando garotinhas mágicas para a série infantil Precure!);

Kenta Mimuro como Designer das Stands e Diretor de Animação;

Shun’ichi Ishimoto como Sub-Designer de Personagens;

Yukitoshi Hōtani como Designer de adereços;

Kaoru Aoki, Junko Nagasawa na área de Arte;

Yuko Sato nas Cores;

Shunichiro Yoshihara como Diretor de Arte;

Kazuhiro Yamada como Diretor de Fotografia;

Kiyoshi Hirose  como Editor;

Yoshikazu Iwanami como Diretor de Som;

Yuugo Kanno nas Músicas;

Produção de Animação: David Production

Além da equipe de produção, a data de estreia também foi divulgada, estando marcada para Abril de 2016.

A Warner Brothers Home Entertainment revelará o primeiro vídeo promocional do anime na Jump Festa, durante os dias 19 e 20 de Dezembro.

JoJo’s Bizarre Adventure é um dos mangás mais longos do Japão. Atualmente em sua Parte 8, a David Production já animou as três primeiras partes do mangá, sendo elas respectivamente: Phantom Blood, Battle Tendency e Stardust Crusaders. Diamond is Unbreakable dá continuidade à série, lidando com novos problemas situados no Japão, mas ainda assim referenciando todas as partes anteriores.

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Análise | Gangsta. #7 a #12

Lembra daquele dia em 2001? No comecinho de setembro? Você, criança alegre, que se preparava para ir para o colégio, estava sentado no sofá, com uma bisnaguinha numa mão e um Toddynho na outra, super ansioso para o desfecho da luta de Goku contra Majin Bu e Babidi. Depois de uma semana inteira de gritos, ele finalmente se transformaria pela primeira vez, em Super Sayajin 3. Quando, do nada, o programa é interrompido para comentar sobre alguma coisa de aviões batendo em torres. Foi mais ou menos assim que o anime de Gangsta. terminou sua exibição nas televisões japonesas. Mas já voltamos para comentar sobre isso.

A segunda metade da série continuou nos moldes da primeira. Em cada episódio, uma pequena parte daquele caótico e complexo mundo nos era explicado. Doze ou treze movimentos eram feitos por baixo dos panos (e isso não foi uma piada com prostituição, juro!) mas apenas um ou dois nos eram revelados. Uma característica que o autor Kohske colocou na obra, e a levou de forma esplêndida por todo o caminho, é a de nunca dar informações além do necessário. Ele quer ter o controle total da situação, e por isso sempre precisa ter algo na manga para nos fisgar quando for preciso.

O passado dos Handymen já nos fica mais claro depois de certos episódios. Embora ele ainda esteja com clima de aula de matemática – com mais dúvidas do que respostas – nos foi mostrado exatamente o suficiente para que, ambos os pequenos Nicolas e Wallace caíssem na nossa zona de “ain, tadinho deles!” (Curiosidade literária babaca, um recurso muito semelhante é usado por Jorge Amado, aclamado escritor baiano, no livro “Capitães da Areia”). Nenhuma história consegue seguir se o público não tiver uma conexão com os protagonistas. Mostrar apenas o que era necessário para criar um afeto para com os personagens foi uma jogada de efeitos positivos tanto em curto quanto longo prazo. Agora, ela serve para que tal conexão citada acima exista, e nos faça “torcer pelos mocinhos”. No futuro, poderá vir a servir como uma forma de quebra de paradigma, ao mostrar o outro lado que ele não quis que nós víssemos agora.

Intimamente ligado às vivências de nossos heróis, está a história da própria cidade. Cidade esta que recebe sutilmente, personificação na forma dos próprios moradores. Ela funciona como um organismo vivo, e as pessoas que vivem nela são partes desse sistema complexo. Todos os acontecimentos ali retratados se interligam de forma extremamente orgânica. Um naturalismo (da escola literária) leve no ambiente, que já era mais visível nos Twilights: os seu instinto animalescos, as vezes, sobrepujam o pensamento racional (Como por exemplo, Nic usar doses extremas de Uppers para poder enfrentar seus oponentes; ou Doug aceitar trabalhos que obviamente não deveria, apenas pelo desejo de lutar).

Mas voltando ao assunto citado ironicamente no primeiro parágrafo. Caso não tenha ficado claro: o anime terminou no meio de um arco. Próximo do clímax do desenvolvimento – ou, pelo menos, num ponto alto dele – o show simplesmente acabou. O por quê disso? Um motivo simples: não tinha muito mais o que animar. O mangá, que é lançado mensalmente no Japão (isso quando o autor não está doente demais para escrever), possui apenas seis volumes. Os doze episódios da animação foram suficientes para adaptar quase todo o material original. Só para dar uma ideia, o arco onde o anime termina (do grupo de Hunters com nome feito pelo Google Translate) ainda está acontecendo no mangá.

Talvez a discussão correta a ser levantada é se foi um bom momento para realizar a adaptação. Tivemos esse final meio vascaíno por não haver mais nada pra colocar depois. Mas o ritmo que o anime teve foi razoável o bastante para eu poder dizer que está bom. Talvez se tivéssemos esse arco já concluído, o show tivesse que dar sebo nas canelas pra conseguir terminá-lo de forma digna. É um problema enfrentado por muitas adaptações (e as vezes até obras originais), devido à natureza da programação televisiva japonesa: Suas séries precisam ter, necessariamente, um número múltiplo de 12 (com margem de erro de um para mais ou para menos) episódios para ir ao ar. O seu ritmo precisa acompanhar essa estimativa. Se o diretor decidir ir muito rápido, pode acabar o material original antes do prazo (além de ouvir reclamações no Reddit e 4chan de que o anime está rushado); se ele ir muito devagar, a experiência se tornaria massante e não avançaria a história. Being Director is suffering.

Caso o anime tenha te deixado frustrado, uma notícia talvez boa, talvez ruim, é que, graças ao enorme amadorismo da indústria brasileira, o mangá de Gangsta. será publicado em terras tupiniquins. A JBC comprou os direitos da obra e a veiculará em formato bimestral, a R$ 13,90 cada. Por outro lado… a frustração fica ainda maior quando se leva em conta que o estúdio Manglobe, que animou a série – e nos deixou o que será, possivelmente, o maior cliffhanger da história dos desenhos chineses – declarou falência poucas semanas depois do fim do show. Embora mudanças de estúdio aconteçam entre temporadas de um mesmo anime, elas são raras (porque ninguém gosta de mexer nas fezes alheias), o que diminui drasticamente as chances de uma continuação acontecer, mesmo se as vendas de Blurays forem boas (o que eu garanto: não serão).

Final horrendo ou não, isso não afeta o que foi construído ao longo de treze semanas (pois tivemos um episódio recap entre o nono e o décimo, chamado de 9.5). O show como um todo foi excepcional para quem gosta do gênero; pra quem não é muito chegado em animes mas gosta de filmes políciais hollywoodianos; ou simplesmente pra quem finge ser superior por só assistir seinens 2edgy4me. Pelo menos, aprendemos hoje que nunca se deve encerrar nada pela metad

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O diamante é inquebrável! Animação da Parte 4 de JoJo anunciada!

Enquanto alguns redatores que teriam um ecstasy muito maior em publicar essa notícia dormem tranquilamente o seu sono de beleza, a cidade S, na prefeitura M está em festa.

Algumas horas atrás, foi publicado pelo Twitter oficial da versão animada de JoJo’s Bizarre Adventure, que uma adaptação para as TV japonesas da Parte 4 do mangá, Diamond is Unbreakable, foi liberada. O anúncio foi feito ao final de um evento ao vivo sobre a terceira parte da saga (Stardust Crusaders, que já foi animada em duas temporadas de 24 episódios).

Mais informações ainda não foram divulgadas. Então dados como temporada de lançamento, número de episódios, elenco de dubladores e de direção, ainda são um mistério. Elas deverão ser soltas aos poucos, num futuro próximo.

Enquanto o Site oficial do anime ainda mostra as figuras dos personagens de Stardust Crusaders, ao abri-lo, um vídeo aparece, oficializando o anúncio da nova temporada, que adaptará a ação na vida de Josuke Higashitaka. Tal vídeo segue abaixo:

JoJo’s Bizarre Adventure (JoJo no Kimyō na Bōken, no original) é um mangá de extremo sucesso no Japão. Publicado desde 1987, a obra de Hirohiko Araki acompanha a vida da Família Joestar e de seus descendentes. Em cada Parte do mangá, uma história é contada, e conta com um protagonista diferente. O que todas elas tem em comum é o parentesco de um causo com o seu antecessor; o característico apelido de “JoJo” para seu personagem principal; e, claro, o fator bizarro que não está atoa no nome da obra.

Tirando aquelas animações horríveis dos anos 1990 que ninguém leva a sério, JoJo já possui três temporadas concluídas. A Primeira cobre a história das Partes 1 (Phantom Blood) em 8 episódios, e Parte 2 (Battle Tendency) em 16, completando assim 24 episódios. As outras duas contam a Parte 3, Stardust Crusaders, em 24 episódios cada.

E com esse anúncio, todos nós nos sentimos completamente revigorados, como se tivéssemos acabado de colocar um novo par de cuecas no dia de Ano novo.

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Análise | Gangsta. #1 a #6

O que temos quando juntamos um samurai surdo, um gigolô de tapa-olho, uma ex-prostituta com dependência química e uma cidade regada pelo crime? A resposta (que bem que poderia ser um novo filme do Tim Burton, estrelando Johnny Depp) está na obra da mangaká Kohske.

Com seu primeiro volume lançado em 2011, Gangsta. (com o ponto, para alegria de Eurico Miranda) é um mangá que acompanha as vidas de Arcangelo Worick e Nicolas Brown na cidade fictícia de Ergastulum. Cidade tal que nos fica bem claro, logo ao início da narrativa, que não se trata de um lugar onde você gostaria de passar as férias: drogas e prostituição preenchem cada esquina; cartéis, gangues e máfia são os que mandam nas ruas; corpos derrubados em combate profanam vielas; o dólar-turismo está em alta, etc.

Uma adaptação para anime foi aprovada e, com a temporada de julho, nos trouxe as desventuras dos Handymen para as telinhas nipônicas. Dirigido por Shukou Murase (um pouco famoso por seu trabalho como roteirista de Samurai Champloo) e animado pelo não-tão-famoso estúdio Manglobe (que animou Deadman Wonderland; The World God Only Knows e o infame mas divertido Samurai Flamenco), Gangsta. aparece como uma opção que se destaca no cenário atual – que é dominado pelo “moe” e pelo apelo sexual desenfreado que está levando o Japão ao declínio populacional – por ser uma obra que, perdão pela liberdade tomada, eu não encontraria melhor descrição do que “Edgy“.

Os protagonistas, casualmente chamados de Worick e Nic, são conhecidos na cidade como os “Handymen” (um termo inglês para algo como “quebra-galhos” ou “faz-tudo”). Num lugar onde várias partes precisam trabalhar mutualmente, mas não conjuntamente, para manter um equilíbrio delicado de forças, um grupo neutro é essencial para limpar a sujeira daqueles que tentam abalar as bases do sistema. É exatamente aqui que nossos mocinhos entram: eles tomam serviços tanto da polícia quanto da própria máfia, para resolver qualquer perturbação da “paz”.

Logo no primeiro episódio, conhecemos Alex, uma prostituta que era forçada a trabalhar numa área próxima à base dos Handymen. Mais tarde, descobrimos que ela era empregada por um zé-ruela que tentou criar uma nova facção na cidade, rompendo o tão querido equilíbrio de forças. Após acabar com a ameaça, Worick decide por “levá-la como espólio”, e ela se junta ao grupo como secretária.

Se esse papinho de guerra de gangues, limpeza e corrupção não foi o suficiente pra te comprar, pode sentar que ainda tem muita coisa pra jogar no ventilador. Como se todo esse cenário torpe não bastasse, temos ainda um fator de ficção-científica na história: Em Ergastulum, existem os Twilights. Não, eles não brilham no sol. É assim que são chamados os homens e mulheres que possuem uma alteração genética, que lhes dá capacidades físicas sobre-humanas, em troca de possíveis deficiências corporais e uma vida bem mais curta que o normal.

Consequência (ou causa, ainda temos seis episódios para esclarecer isso) de um tipo de droga usada no passado durante uma guerra, os Twilights – também chamados de “Dog Tags“, por causa de suas identificações militares (veja imagem abaixo) – sofreram perseguições por parte dos humanos “normais”, e muitas questões éticas foram levantadas para chegar a algum lugar nesse conflito, embora não tenha dado muito certo. Por vários anos, os Twilights viveram num estado de escravidão; tendo poucos – ou quase nenhum – direito civil, totalmente subjugados pelos “normais”.

Foi só após proposta por parte de uma das três famílias, e muito bate-boca (a maioria resolvido na base da porrada) que os Twilights conseguiram voltar a sociedade – ou tentam. Caso respeitassem As três leis impostas a eles pelos “normais”, poderiam ter direitos – quase – iguais ao de qualquer humano (provável referência à Isaac Asimov, criador das leis da robótica).

Piadas a parte, Gangsta. se aproxima muito mais de filmes hollywoodianos de temática policial e toques cômicos (Como um Bad Boys um pouco mais sério) do que da mídia em que ele realmente se originou. Apenas o fato dos protagonistas serem homens formados, na casa dos trinta anos, já mostra uma distância entre os milhares de colegiais que normalmente vemos em animes salvando o mundo e desafiando leis físicas para cair em cima de peitos (e que não me levem a mal, eu gosto deles também!).

Com uma classificação etária de R-17+, o show não tem pudor e mostra cenas de violência explícita e sexo implícito (com o que a TV japonesa permite) ao longo de todos os episódios. Eles adoram te lembrar que essa cidade é o berço do caos e não medem esforços pra reforçar essa lembrança a cada cinco minutos.

E como não pode faltar, a trilha sonora de Gangsta. é sensacional. Confesso não ser o maior apreciador de músicas de fundo do mundo; mas as que estão presentes nesse show são muito bem colocadas, e aumentam a imersão no clima tenso que está quase o tempo todo presente. Mais importante para pessoas alheias e desinteressadas ao estudo musical (como eu sou), os temas de Abertura (“Renegade” por STEREO DIVE FOUNDATION) e Encerramento (“Yoru no Kuni” por Annabel) são muito contagiantes e emocionais (respectivamente, embora não exclusivamente).

Para não acabar transformando essa análise num resumo, deixo minha língua parar de correr por aqui. Garanto que só contei o essencial para te dar uma visão ampla do que esses seis primeiros episódios nos mostraram, e que sua experiência com a série será maravilhosa (se gostar da temática, claro).
Caso inglês não seja um problema, e você curta ficar na legalidade, o serviço de simulcast Funimation transmite os episódios nas madrugadas de domingo. Por mais que eu não seja fã da empresa (mas isso é assunto pra outra postagem) essa é a única alternativa.

https://www.youtube.com/watch?v=L2xpcZn0nOI

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