Cavaquinho na roda de pagode da Torre. Químico de formação, blogueirinho por diversão e piadista de vocação. "Acredito que animês são a mídia perfeita para a comédia, e qualquer tentativa de fazer um show sério é um sacrilégio", respondeu ao ser questionado sobre o motivo de nunca ter visto Evangelion.
ou, “como fazer uma história de viagens no tempo dar errado“.
Japonês é um povo estranho? Já sabemos. Sejam bem-vindos a mais um “Primeiras Impressões“, aquela coluna que parece não ter padrão de postagem, mas que se você analisar direitinho, notará que sempre sai um monte delas de três em três meses. Iniciaremos as análises iniciais da Temporada de Verão com uma cor mais leve, já que no calorzão (lá do Japão, pelo menos) ser gótico não rola, então a moda diz que Laranja é o novo Preto (Perdão).
Com um mangá de extremo sucesso, e com publicação nacional pela editora JBC, Orange é um dos raros casos onde o nome não diz bulhufas sobre a obra (Parei pra pensar por uns vinte segundos aqui, e não me veio nenhum outro exemplo a cabeça… Esse negócio é raro mesmo). Pelo menos não inicialmente. Muitos estavam esperançosos para essa adaptação, e ela finalmente chega em nossas mãos, para podermos fazer piadinhas com aquela série sobre presidiárias.
Não me levem a mal pela primeira frase. Sei que muitos de vocês nem ligam tanto pra esse aspecto tirado de filme da Sessão da Tarde (Não, sério, esse anime não é quase a mesma coisa que aquele “A casa do lago”, filme de 2006 com o Keanu Reeves e a Sandra Bullock?). Mas eu tenho um problema pessoal com viagens no tempo, e vou matalas explicar os pontos que não gostei, mas daqui a pouco.
Vamos começar com a arte do show, que pode ser dividida em dois pontos: Uma animação fluida e bem adornada em todos os aspectos, com cenários de deixar qualquer um boquiaberto, cortesia da Telecom Animation. Por outro lado… Um design de personagens horrendo. Não sei o que houve com o responsável, Nobuteru Yuuki (que fez alguns designs bons no passado, como de Sakamichi no Apollon e Mushishi), mas o que ele entregou para Orange foi simplesmente medonho. Não é nem questão de os personagens serem ruins… Inclusive não são! Todos são bem característicos, com pontos que deixam seu design marcante, e fácil de fazer associações. Mas… Os personagens são mal desenhados, mal adaptados. Qual o problema com a cara dessa menina?
Além da cara estranha, ela tem um problema de coluna seríssimo.
Um outro tópico que posso levantar é o musical. Existe esse senhor de idade chamado Yukio Nagasaki, que por algum motivo desconhecido, está no mercado de direção de áudio para animes. O maluco deve ser um palhaço, aquele tiozão que faz a piada do pavê na festa de fim de ano da empresa. Não vejo outro motivo pras escolhas de músicas de fundo pra Orange. Por mais que elas não sejam totalmente fora de lugar, e funcionem bem para as cenas que são colocadas… Elas são esculachadas demais. É tipo um “Mano, ele tá zoando com a nossa cara, MAS ELE TÁ CERTO, então não podemos fazer nada a respeito“.
São músicas com pegada circense, de chacota, até um Country tem espaço na discografia do moço.
Sobre os personagens, todos tem seus pontos fortes. Não é um forte geral do anime, como foi com Netoge na temporada passada, mas é consistente. Sempre tenho aquela pulga atrás da orelha, de “eu duvido que pessoas de personalidade e estilos tão diferentes, seriam tão amigos assim”, mas na ficção nós relevamos esse aspecto, para dar maior diversidade ao elenco.
Apesar dessa diversidade e tudo mais, não vejo algo ‘novo’ em nenhum personagem. Todos os protagonistas são facilmente enquadrados em esteriótipos típicos, e não se esforçam nem um pouco em fugir deles. Autora foi bem feijão com arroz nesse quesito.
Agora o que eu queria ter falado desde o começo, e o que vocês não estavam afim de ler, por isso joguei pro final: A bendita viagem no tempo. Não gosto de dar sinopses ou contar o que acontece no decorrer do episódio, quando estou escrevendo um “Primeiras Impressões” (isso eu faço nos shitposts do Twitter, se alguém se interessar), mas vou abrir uma exceção pra esse caso.
Não vou nem entrar no mérito de COMO DIABOS ENVIARAM UMA CARTA PRO PASSADO sem usar um microondas, e pular pros problemas reais: A carta foi feita num ponto da linha do tempo, onde todos os acontecimentos que querem ser evitados, já ocorreram. Ela só deveria apontar o futuro com precisão, até o momento em que a protagonista do passado faz uma escolha diferente pela primeira vez. Efeito borboleta, conhecem? É improvável (para não dizer impossível) que os acontecimentos futuros continuem seguindo um padrão, depois de uma mudança drástica em um dos pontos. A autora tenta mostrar isso, passando sutilmente a ideia de que “o esqueleto se mantém, mas algumas coisas vão mudando, conforme ela muda suas escolhas“, mas o exemplo que tivemos até agora, poderia muito bem ser respondido com simples soluções, e mantém o problema da Teoria do Caos.
Imagens exclusivas da autora da obra, quando questionada sobre seus conhecimentos de mecânica quântica.
Porém, o maior problema de todos, é a apatia da garota principal, Naho. Eu fiquei simplesmente indignado com o desenvolvimento inicial do anime. A guria recebe uma carta, supostamente do futuro, que prevê com perfeição o futuro próximo dela… E não tem a mínima curiosidade de ler o resto? Absurdo. Pior: Depois de ler a primeira página (de muitas, visto que a história começa em abril e deve ir até… janeiro?), ela simplesmente ESQUECE DA EXISTÊNCIA dela por DUAS SEMANAS? Abobrinha. Garotas colegiais são loucas por coisas sobrenaturais e pitorescas, ainda mais quando envolvem algo que soe romântico. Em nenhuma situação isso soa plausível.
Mas se você não levar a mecânica quântica em consideração, até que dá pra engolir. Isso, claro, se você tiver afim de acompanhar uma história tearjerker com paradoxos temporais. Coisa que eu não sou muito chegado. Por isso, esse começo fecha com 6/10 pra mim. Se não fosse a Hanazawa Kana dublando a garota principal, pioraria um pouco.
A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios todos os domingos.
Os fãs de quadrinhos, cinema, séries, mangás, música, anime, cosplay e jogos de videogame já podem se preparar para invadir o Campo de Marte, na capital paulista, durante as férias de julho. Cerca de 120 mil deles irão participar do Anime Friends, o mais tradicional festival multitemático de cultura pop da América Latina, que completa 13 anos e acontece em dois fins de semana, nos dias 08, 09 e 10, 15, 16 e 17 de julho. E você também deve passar por lá!
O megafestival terá dezenas de atrações como convidados nacionais e internacionais, grandes shows musicais com bandas japonesas renomadas, concursos mundiais de cosplay, feira de colecionáveis e de quadrinhos, exposição e campeonatos de videogames, encontro com youtubers, comidas típicas, palestras e autógrafos com convidados nacionais e internacionais.
Colecionáveis no Anime Friends 2015.
Quando: 08, 09, 10, 15, 16 e 17 de julho Horários: Sextas-feiras das 12h às 21h, sábados e domingos das 10h às 21h. Local: Campo de Marte, em São Paulo – Av. Santos Dumont, 2241 (perto do Metrô Santana) Valores: Ingressos individuais de R$ 50 a R$ 120 ou o combo para 3 dias de R$ 120 a R$ 240. Ingressos no dia do evento de R$ 60 a R$ 140.
Em um palco imenso e cheio de luzes e efeitos especiais, irão se apresentar artistas nacionais e internacionais, como a aclamada banda japonesa Sambomaster, conhecida por representar temas do anime como Naruto e do drama japonês Densha Otoko, no dia 9, sábado, às 20h. O brasileiro Detonator e as Musas do Metal farão um show especial de aniversário de quatro anos da banda, no dia 15, sexta, às 19h. Também se apresentarão a dupla japonesa LM.C (17, às 19h30) e a cantora e pianista Mai Hoshimura (17, às 18h30).
Neste ano, o evento terá três shows especiais para séries de animes consagrados. No dia 09, os cantores japoneses Hiroki Takahashi, Yuuya Asaoka e Takayoshi Tanimoto juntarão forças com o brasileiro Ricardo Cruz no Super Friends Spirits Especial Dragon Ball. Já no dia 10, o especial será para a série Digimon, com Ayumi Miyazaki e Takayoshi Tanimoto. Já o especial que comemora os 30 anos de Cavaleiros do Zodíaco, no dia 16, contará com Yumi Matsuzawa, Nobuo Yamada e Ricardo Cruz.
O WEB POP Festival é um evento que tem como foco aproximar os internautas de seus youtubers preferidos com uma interação mais direta. Neste ano, irá dobrar de tamanho. Durante todos os dias de evento serão realizados bate-papos e brincadeiras com a participação do público, como jogos de perguntas e respostas, gincanas e sessões de autógrafos e fotos. Neste ano, o norte-americano Joe Inoue, que ficou conhecido por sua carreira como cantor tendo uma canção como tema do anime Naruto, será um dos convidados. Entre os demais youtubers estão Cauê Moura, Irmãos Piologo, Muca Muriçoca, Cellbits e mais.
O evento também conta com a Brasil Comic Con, edição nacional baseada no mais famoso evento de quadrinhos e cultura nerd do mundo, a San Diego Comic Con, além das competições de cosplay como o Yamato Cosplay Cup Brazil (YCC) com participantes de diversas regiões do Brasil, o Yamato Cosplay Cup International (YCCI) que premia o melhor cosplayer mundial, o Desfile Cosplay Kids, e o Concurso Cultural de Cosplay que possui inscrições gratuitas nos dias do evento, onde os participantes concorrem a prêmios.
A área de games contará com campeonatos de jogos como Naruto Shipuuden: Ultimate Ninja Storm 4, Mortal Kombat X e Fifa 16 e o Espaço Free Play, onde é possível treinar para os campeonatos ou simplesmente jogar com os amigos em diferentes plataformas sem pagar nada. Editoras de mangás, quadrinhos, livros e jogos como a Panini, JBC, NewPOP, Nova Sampa, Draco e Europa também estarão presentes, com estandes recheados de produtos, além é claro das lojas como a Liga HQ! e outras.
São muitas atrações, então não deixe de passar no Anime Friends 2016! Comprando os ingressos antecipadamente, você paga mais barato e já pode ir se preparando 😉
A Editora NewPOP, famosa no cenário de mangás brasileiro por trazer títulos alternativos, de nicho e clássicos da cultura japonesa, está passando por uma nova fase em seu relacionamento com o público.
Como anunciado no Twitter da editora, as redes sociais passarão a ser um canal mais ativo na comunicação com os clientes e fãs. Dúvidas, sugestões e reclamações agora podem ser tratadas de forma mais pessoal e informal, diretamente pelos recados do passarinho azul.
E entre as primeiras atividades do novo criador de conteúdo da rede de 140 caracteres, além de recapitulações dos lançamentos e anúncios recentes da editora, houve a estréia de uma nova forma de sugerir títulos para publicação no Brasil. No “Cantinho de Sugestões da NewPOP” você pode listar nomes de obras ou autores que você gostaria de ver sendo licenciados pela editora, além de sugestões de pontos de venda e melhorias nos produtos.
As redes sociais são parte importante da interação da NewPOP com o público.
Entre os títulos já publicados pela editora, destacam-se os diversos mangás e light novels BL (Boys’ Love); várias versões do sucesso mundial Mahou Shoujo Madoka Magica; Clássicos de Osamu Tezuka; e a light novel escrita pelo autor brasileiro Yuu Kamiya, No Game No Life.
Você pode encontrar a editora nas redes sociais: Twitter e Facebook, além do site oficial da editora. E caso tenha perdido o link que está camuflado lá em cima, o “Cantinho de Sugestões da NewPOP” pode ser acessado por aqui.
Caso queiram sugestões de o que sugerir, eu estou aberto a diálogo *wink*
Japonês é um povo estranho. Até quando falamos sobre coisas que já são estranhas normalmente, eles conseguem se superar e torná-las piores do que você podia imaginar. E o tema “Joguinhos online” é algo que claramente se encaixa nessa descrição. Sério, vocês já viram KanColle? Aquilo é bizarro demais.
Só que hoje, o Primeiras Impressões vai falar sobre um fato que só poderia ter sido desmentido numa obra de ficção vinda da Terra do Sol Nascente. Como tudo vindo de lá, o extenso e quase cansativo nome, Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta? serve como uma sinopse para o show: “E você pensou que não existiam garotas na internet?“.
Primeiramente eu queria comentar sobre a ambientação do jogo. Ou melhor, a representação da representação do jogo no anime. Ficou meio confuso? Enfim:
Eles estão jogando um bagulho bem simples. Joguinho 2D, com habilidades clicáveis e tal, no melhor estilo Tibia ou Ragnarok Online (Inclusive, a cidade principal do jogo é extremamente parecida com Prontera, a capital do reino de Ragnarok…). Mas quando as cenas se passam dentro do jogo, somos levados pra um ambiente imersivo completo: O traço sofre uma leve alteração para um padrão mais pincelado; as imagens de fundo se tornam menos detalhadas, dando maior destaque para os personagens; o movimento parece mais fluido, devido as cenas de ação… Para, logo em seguida, voltarmos para o quarto do protagonista, e lembrarmos que o jogo é 2D baseado em Sprites, quando olhamos pro monitor do garoto. Isso torna os momentos online muito mais interessantes e visualmente agradáveis do que seria se ficássemos na câmera real o tempo inteiro.
Esse aspecto de MMORPG, que tem sido, nos últimos anos, uma mídia muito utilizada na cultura japonesa no geral (Não consigo lembrar da última temporada que NÃO teve algum anime com ambientação completa ou alguma relação com jogos), não permite meios termos. É algo que, obrigatoriamente, acaba sendo extremamente positivo ou demasiadamente negativo. Exemplos negativos, temos aos montes por ai (olá, Sword Art Online!), mas é difícil encontrar um positivo (que não seja Log Horizon)… Mas Netoge parece estar caminhando para o lado certo.
Assim, não me levem a mal, mas eu sou um cara que joga muito no PC. Devido a isso, eu tenho um conhecimento, no mínimo, ‘satisfatório’ sobre como MMORPGs funcionam. E alguns animes conseguem me ofender com a forma que eles retratam os aspectos do jogo (Até hoje alguém já entendeu como funcionam as lutinhas em SAO? Aquilo não faz sentido nenhum). Não é o caso de Netoge. O autor realmente sabe o que é e como funciona o sub-mundo dos malditos joguinhos de computador que sugam as suas almas.
Isso é um ponto positivo, por retratar de forma mais fiel (na medida do possível) a real ambientação de um jogo online. Eles utilizam um sistema e formação de combate que faz sentido; botam a culpa no healer quando alguém morre; reclamam quando o tanque puxa mais mobs do que o grupo pode aguentar; usam uma linguagem típica de jogos, com termos que você vê com frequência no Reddit…
Por outro lado, pode acabar não sendo tão apelativo ou engraçado para alguém que não seja chegado ou não conheça muito sobre joguinhos, como eu já comentei num outro post.
Lembra do Alemão maluco jogando CS? É quase isso.
Mas chega de falar do jogo, e vamos falar sobre a vida real. Digo… Você consegue diferenciar os dois… Né?
O tema primário (ou a premissa) do anime beira a genialidade por misturar uma verdade absoluta com uma situação extremamente improvável. Esse contraste de real e inimaginável é um excelente mote pra comédia. E comédia é o objetivo do show. É óbvio que não existem mulheres na internet, mas quem iria imaginar que aquela garota que dá em cima de você online não é um velho barbudo brincando de shemale pra ganhar itens?
Acontece que isso é uma piada descartável. Você usa uma vez e ela não pode ser reutilizada. É ai que precisa entrar o tema secundário (ou o desenvolvimento) nem-tão-genial-assim. ‘Garota que vive no mundo da lua e não se toca das besteiras que faz‘ é um tópico bem batido e que eu consigo citar uns três que o usam só de cabeça. Não desmerecendo o uso do tema, que inclusive achei muito bem utilizado, mas é bom lembrar que já fizeram isso outras duas mil vezes antes.
“O mundo real e o virtual são coisas separadas! Não me importo com a identidade do jogador, desde que sua personagem seja bonitinha!”
O elenco de personagens foi muito bem construído em apenas dois episódios. Todos os protagonistas tem um design marcante (menos o rapaz, pois como já apontei diversas vezes, eles sempre são genéricos. Mas mesmo ele, em sua forma online, consegue ter seu charme), e uma personalidade bem definida. Desde o início, já é possível entender como eles funcionam e para onde eles estão indo, coisa que muitos animes demoram séculos para conseguir. Isso quando conseguem.
Inclusive, a garota principal, Ako, é simplesmente fofa demais. Meu deus do céu, como o Japão consegue fazer personagens tão bonitinhos e que dão vontade de apertar ai que cuticuti meu deus…
Er, digo…
Então, uma conclusão seria que é um anime extremamente engraçado se você gosta de MMORPGs no geral, mas tem uma comédia apenas mediana caso não goste. É um anime que tem bons traços e boa animação, com personagens bacanas e de personalidade forte logo de cara. E também é um anime que sabe como um jogo funciona e entende o que mecânicas como “Aggro” são.
Tipo, sério. Cêis tão ligados que um jogo que não tem Aggro não funciona né? Na moral, não façam jogos sem Aggro.
O que acontece quando eu digo pra alguém que assisto animes.
Eu costumo dizer que tenho um sistema de notas especial apenas para comédias, e Netoge ficará com um belo 9/10 no meu Comedômetro até o momento que eu tiver saco de ir atualizar o meu My Anime List outra vez.
A série pode ser assistida na Funimation, caso a barreira idiomática não seja um problema. Caso seja, algum beco escuro da internet pode servir.
Olá! Sejam muito bem-vindos ao Primeiras Impressões, um quadro que servirá para podermos dar piti sobre coisas que estamos assistindo, sem termos que nos preocupar com profundidade ou seriedade. Mais seriamente, ele funcionará para, como o nome sugere, darmos nossas primeiras impressões sobre os lançamentos, tanto de séries quanto de animes.
E pra começar de maneira fabulosa, iremos falar sobre o cara mais legal do colégio.
Sakamoto desu ga? fez sua estréia na temporada de abril no dia oito (8), e desde cedo já chamou a atenção de muita gente. Afinal, como não se voltar para essa magnificência de pessoa que é o Sakamoto? Ele é tudo que você sempre quis ser, e ainda mais: Descolado, bonito, inteligente, atlético, bom cozinheiro, amigável, gentil… Ai… Que homem!
Essa comédia colegial parece ter vindo da cabeça de todos as crianças excluídas, góticas e emos do planeta. Afinal, quem não queria ter uma vida escolar como a do Sakamoto? Te pago uma coxinha se você, nos devaneios mais profundos da sua doentia mente, durante aquela massante aula de biologia, nunca pensou em fazer algo que ele faz, ou se imaginou sendo tão descolado quanto ele (me cobrem no Anime Friends/CCXP).
Um paralelo que posso fazer é com Joukamachi no Dandelion, de julho (Ou como eu gostava de chamá-lo, “DEMOCRACIA DUVIDOSA“).
É uma comédia bem simples, e que se apoia bastante em situações absurdas e características cartunescas dos personagens. Ou um famoso NONSENSE, se preferir. É um tipo de humor que eu simplesmente adoro, por apelar para a imbecilidade do espectador (coisa que eu tenho de sobra).
Continuando o paralelo, para conseguir preencher vinte minutos de tempo televisivo, ambos dividem seus episódios em “mini-episódios”. Lembra de quando você tinha doze anos, e sua única preocupação era qual capítulo de Os Padrinhos Mágicos estava passando no Disney Channel? É mais ou menos isso. Dividindo em partes menores e mostrando duas ou três historinhas na mesma semana, eles evitam o prolongamento excessivo de uma mesma situação, coisa que sempre acaba estragando comédias (vide Nurse Witch Komugi-chan R, na temporada passada). Inclusive esse é um dos motivos de porque curtas de comédia são tão bons, como Sekkou Boys foi na última temporada. Mas isso é assunto pra outro post.
Diferenças incluem a animação desanimadora da DEEN, quando comparada com o marcante Estúdio IMS. O tempo todo só temos uns tons pastéis deixando o clima extremamente pra baixo, um contraste enorme com a ambientação do anime. Pode até funcionar como forma de aumentar ainda mais o absurdo da comédia, mas eu não compro essa ideia não, e prefiro botar como incompetência do estúdio mesmo.
Eu quando sofro ataque das inimiga.
Também possui um design de personagens extremamente fraco: Tipo, sério? O cara mais famoso, descolado e popular da escola e ainda protagonista da história não tem nenhum destaque além dos óculos. Tá certo que protagonistas são genéricos mesmo… Mas todo o resto do elenco também? Na preview do episódio dois vimos uma tal de “idol do colégio”, e ela é simplesmente inexpressível.
Os outros “antagonistas”, ao menos, possuem um pouco mais de personalidade em seus designs. Os três amigos da primeira parte tem claramente uma pegada delinquente em seu visual, por mais óbvio e clichê que essas pegadas possam ser.
Uma última reclamação viria sobre a cena de abertura: Passar quase dois minutos num fundo estático com bonecos minúsculos feitos em 3DCG jogando vôlei de uma forma estranhamento desgostosa, enquanto conversam de uma forma estranhamento desgostosa… Foi uma exposição muito massante e que não valeu a piada que trouxe. Quando eles voltaram, no final, eu quase dei um suspiro de agonia.
Por outro lado, os pontos negativos acabam por aí. Eu não vejo motivos para reclamar de todo o resto do anime. O roteiro foi excelente; os personagens interagem entre si e com o ambiente de uma forma ótima (para uma comédia, etc); as músicas de fundo, em sua maioria, se mesclaram perfeitamente com as situações, deixando as cenas ainda mais engraçadas; As piadas são forçadas, mas o objetivo era esse desde o princípio, então entrega muito bem o prometido; o elenco de dubladores conta com diversos nomes de peso (como Hikaru Midorikawa no papel principal e Tomokazu Sugita sendo um dos punks) e que caíram muito bem em seus personagens.
Eu observando o recalque das inimiga
Pra um primeiro episódio, foi excelente. Pra quem gosta de humor retardado, é uma escolha obrigatória na season. Facilmente um 7/10, com potencial de crescimento elevadíssimo.
Você pode encontrar o anime para assistir na Crunchyroll, ou em qualquer beco escuro da sua internet.
Ou também, “Como sua opinião deve ser afetada pela alheia“.
Japonês é um povo estranho. E por mais que esse post não seja totalmente relacionado a japoneses, eu não sei iniciar textos de outra forma… É assim ou “Venho por meio desta“.
De qualquer maneira, venho por meio desta, descrever um aspecto que deveria ser óbvio para todo fã de alguma coisa (seja lá o que for), mas que percebo, pelas minhas interações amigáveis (e as não-amigáveis também) internet afora, que não é tão óbvio assim: Pessoas tem gostos diferentes, e a indústria faz seus produtos sempre pensando num determinado público-alvo. E que é normal você não gostar de algo que não foi feito pensando em você.
Tipo isso. Você claramente não é o público-alvo disso. Créditos: あれっくす (Pixiv)
Algumas semanas atrás, eu peguei um anime para assistir: Ore, Twintails ni Narimasu.Não vou entrar muito a fundo na série em si, mas vou usá-la como mote da discussão. O nome se traduz para algo próximo de “Então, eu me tornei uma Garota de Chiquinhas“, e como eu costumo dizer, coisas nipônicas sempre são tão idiotas como elas soam. Twintails não é muito diferente.
O rapaz literalmente se transforma numa garota de chiquinhas. Não é uma cilada; não temos desculpas esfarrapadas. O cara é uma garota. E embora isso não seja o que eu queria comentar de verdade, é só um ponto que vale ser ressaltado. Voltando…
A questão é como tal anime trata a tag “humor” no verso de seu Blu-Ray. Eu sou um cara esquisito, e adoro piadas retardadas, humor nonsense e ciente de si mesmo. Quebrar a quarta parede, debochar descaradamente das pessoas que estão assistindo e fazê-las gostar disso. Esse é meu tipo de humor. Eu não conseguia parar de gargalhar enquanto assistia cada episódio.
Porém, uma coisa que não saía de minha cabeça, com o passar das cenas em minha frente, era o pensamento de o quão de nicho era aquilo que eu assistia. Digo, eu sabia que a série seria algo que nem todos gostariam, até mesmo antes de parar para vê-la… Mas eu não imaginava que seria algo assim. Embora tenha sido uma surpresa agradável pra mim, trouxe a tona o pensamento descrito anteriormente.
Mais ou menos assim… Eu acho?
O quão boa é a especificação? Pensando em biologia (ou qualquer outra coisa), sabemos que com ela se perde generalidade, mas se ganha eficiência. É melhor ser um perito num único assunto ou ser mediano em todos? Essa discussão também é levantada quando falamos de entretenimento: Ou se faz um show para todos os públicos e que não agrade nenhum deles de forma satisfatória, ou se faz um show que seja excelente para um grupo seleto e todos os outros o vejam com maus olhos. O meio termo existe, mas consegue ser menos eficiente do que qualquer um dos extremos.
A cultura é uma coisa que, mesmo sem estar ‘viva’, consegue seguir os conceitos definidos por Darwin. O que está melhor adaptado sobrevive. É por isso que esses dois pontos tão distantes acabaram se tornando os mais comuns hoje em dia. E, de novo, embora não seja o foco da postagem, merece um pouco de atenção.
Voltando à biologia, lá a especificação é algo bom. Quanto mais focado em algo você é, melhor naquilo você se torna, e maiores são as suas chances de sobreviver naquele ambiente. Se analisarmos a indústria de entretenimento, isso também é verdade. Nunca neguei que ser uma obra de nicho não gera lucros. E inclusive, acredito que gera até mais do que o outro caso. Mas a questão não é a indústria em si, mas sim como o comportamento dela é interpretado pelo público, e como tal público parece ignorar características e propriedades das obras.
Um exemplo bom de se dar aqui na Torre é o meu próprio. Vocês, caros leitores das partes menos obscuras do site, e que não desistiram de ler essa postagem lá no segundo parágrafo, muito provavelmente julgaram o tal anime onde o cara vira uma garota de chiquinhas como algo bizarro, não? E tenho quase certeza de que mudariam de calçada se cruzassem comigo na rua. Mas vocês já pararam pra pensar em como eu vejo vocês? Como eu julgo essas curtidas em fotos do “Deadpool Zueiro” ou esses miseráveis que trouxeram a guerra até nós lutando contra o reino de terror de um homem só?
Está na hora, rapazes.
E é por isso que, antes de dizer que algo é bom ou ruim, você precisa analisar se o que você está vendo foi, de fato, feito para você. Foi até bom eu postergar essa postagem por umas três semanas, pois agora temos um exemplo infame para acrescentar. Vocês sabem muito bem do que estou falando: A tal “crítica especializada” parece ter odiado Batman vs Superman, mas eu ainda estou pra encontrar uma só pessoa de carne e osso (que eu tenha certeza que não é um robô controlado pelos illuminatti programado para digitar postagens em sites) que diga que achou o filme “mais ou menos”.
Apenas uma prova a mais de que saber o que você está assistindo é algo bom. O filme de Batman vs Superman é bom mesmo, afinal? Eu não sei, pois não assisti (e nem vou tão cedo, com o preço que tá o cinema), mas segundo contatos (o Gabriel) ele foi muito bom pra quem é fã da DC. Mas se um dia eu parar pra vê-lo, saberei que o que estou vendo é algo feito para fãs da DC, e relevarei aquelas falas que parecem sem sentido para mim, ou aquelas cenas extremamente prolongadas que não entendo o motivo de ter mais de seis segundos. Afinal, isso não foi feito pra mim. Essas falas e cenas foram feitas para agradar o público-alvo, e não a mim. Para eles, tudo fez o maior sentido do mundo e foi sensacionalmente bem bolado.
Isso só quer dizer uma coisa: Ninguém, além de você, pode dizer se algo é bom ou ruim para você. “Crítica especializada” é algo que beira a idiotice, quando não é tratada como simplesmente uma análise da parte técnica – pois essa sim, possui regras e existe “certo” e “errado” do que se fazer. Embora isso sempre esteja acorrentado a doutrinas pré-estabelecidas. “Resenhas” e “análises” são apenas pontos de vista colocados no papel, e que devem ser levados em conta por você, apenas caso exista identificação com o tal autor. Afinal, você é um ser vivo adulto, andante e pensante, e tem capacidade de discernir quais informações são úteis ou não, certo? Esse post mesmo, pode ser totalmente irrelevante. You gonna carry that weight.
Mas nossa, em pleno ano corrente e temos que fazer postagens pra conscientizar pessoas de como gostos são diferentes e como isso precisa ser respeitado? Pois é, Oliver. Pois é.
Se você não leu a parte um, largue de ser louco de querer começar as coisas do meio, e leia-a aqui.
Japonês é um povo estranho. E embora o título de hoje possa fazer parecer que iremos discutir a linguística oriental (que, convenhamos, também é estranha. Sabiam que não existe “espaço” em frases em japonês? Elesescrevemtipoassim, só que com runas lunares), vamos falar mesmo de outro assunto que envolve as três flexões de verbo.
GÊNERO
Não, não ESSA discussão de gênero…
Da mesma forma que as suas tão queridas séries do Netflix são divididas em categorias, separando-as em coisas como “Romance”, “Terror”, “Psicológico”, “Só quero ver explosões” e “Amostra as teta” (e acho que “Game of Thrones” estaria em todas essas), animes também tem subdivisões, para deixar mais fácil a filtragem de o que você gostaria de assistir, ou o que será um lixo total.
O principal problema das pessoas que tem “preconceito” com anime é a ideia errônea de que todos eles são sobre ou A) Colegiais Seminuas ou B) Ninjas. Embora seja verdade que essas duas categorias cubram uns 90% de tudo que é lançado, ainda tem muita coisa que não cai no estereótipo das lendas urbanas do limbo.
Um dia™ eu planejo fazer uma série de posts contando detalhadamente sobre o que se trata cada gênero de anime, e o que eles têm a oferecer. Mas esse dia não é hoje, e por isso eu vou apenas explicar resumidamente o que se deve esperar de animações japonesas no geral, e como elas diferem de séries e sitcons americanas ou seja lá onde o Netflix esteja situado.
I) OS TRÊS PRINCÍPIOS DA COMÉDIA:
O primeiro princípio da comédia é a repetição… e o segundo princípio da comédia é a repetição. O humor japonês (não só o dos animes) segue uma vertente bem diferente do que o ocidental. Meu antigo professor de teatro, quando realmente aparecia para dar aulas, costumava dizer que “A verdadeira comédia é a desgraça alheia“, e isso resume bem a perspectiva que nós temos.
Animes diretamente focados na comédia existem, e são uns dos meus prediletos. Como foi dito no início, a repetição realmente é um ponto importante, mas ela sozinha não sustenta séries por mais de 100 episódios, como acontece com Gintama. Paródias também são muito mais comuns do que se espera (até por ser mais fácil de fazê-las, já que o risco de levar um processo por direitos autorais e/ou difamação é bem menor).
Porém, a verdadeira estrela das cenas de humor em qualquer mídia japonesa são o Boke e o Tsukkomi (E não, não estou falando grego. É japonês, lembra?). Também chamado de “Manzai”, esse tipo de comédia se centra em conversas onde o cara bobo (Boke) fala alguma coisa muito idiota, e o cara sério (Tsukkomi) reage, normalmente de forma exagerada. Isso pode gerar alguns problemas de “choque cultural”, pois a piada em si é a reação do Tsukkomi, e não o que supostamente viria depois. No começo você acaba esperando algo no nível de “O Gordo e o Magro”, onde após a conversação de uma ideia, o Magro acaba sendo convencido e quem se ferra é ele. Olha só, voltamos a desgraça alheia… Pois é, essa última parte se perde quando tratamos de Manzai. É só uma questão de se acostumar (e eu já escrevi um post inteiro sobre isso, lembra?). Isso acaba se tornando especialmente engraçado quando o dublador do Tsukkomi é ótimo em gritar.
Ah, o terceiro princípio da comédia? Bem…
II) UMA FATIA DE VIDA:
Perdão pelo título, não resisti.
“Slice of Life” é o maior terror daqueles que não estão totalmente (ou suficientemente) acostumados com a cultura japonesa. É um gênero onde – na maior parte dos casos – não há super-poderes, não há organizações malignas tentando dominar o mundo e nem há ninjas (nem sempre). A trama se desenvolve, como o título sugere, apenas seguindo a vida de um grupo de pessoas. Os temas são tão diversos como o dia-a-dia nos permite, e os dramas são coisas rotineiras, com o objetivo de você conseguir, de certa forma, se espelhar naquela personagem, enquanto ela supera suas dificuldades (ou morre. As vezes elas morrem).
Embora existam alguns seriados onde não há nada de “extraordinário”, e você também acompanha a rotina dos personagens, o que as diferem dos animes (além da cultura fazer com que o dia-a-dia deles seja diferente) é a premissa de muitos dos problemas que se tornam a trama principal. Explico: Como japonês é um povo estranho, você vai ver que uma frase mal entendida numa conversa aleatória no meio do primeiro episódio, vai ser a causa de uma caçada vingativa por trinta e oito episódios, sendo que tudo poderia ser resolvido em questão de minutos, sentando e conversando. Não sou a melhor pessoa pra fazer uma comparação, pois nunca parei pra ver uma série Slice of Life completa, mas pela minha experiência assistindo “Meninas Malvadas” (que se você parar pra pensar, tem uma ambientação bem anime-like, cheia de garotas colegiais), as tramas diárias americanas costumam ser bem mais agressivas.
III) COM GRANDES PODERES, VEM GRANDES…
Mas, se você quer assistir o dia-a-dia de pessoas com a vida muito melhor que a sua, existe Novela pra isso, não é? O negócio é ver gente dando porrada umas nas outras, soltando energia pelas mãos e tal.
Super-poderes em animes costumam ser bem aceitos por vocês, visitantes das áreas menos obscuras da Torre. Isso se dá pois o que mais existe em quadrinhos, comics e HQs (que até hoje eu não sei se existe uma diferença entre os três) são pessoas com habilidades especiais e pouco questionamento sobre elas. Por isso, não me prolongarei muito nessa parte, e só farei o favor de citar Super Sentai pra vocês.
Super Sentai é um negócio muito grande lá no Japão. No ar desde 1975, essa série (com pessoas de verdade, não é uma animação) é o que deu origem à sua cópia ruim: os Power Rangers. Embora fosse mais válido eu citar que animes Shounen de lutinha normalmente são episódicos, com diversos vilões de pouca relevância pro enredo como um todo, apenas para que existam explosões… Acho que falar de Power Rangers é mais fácil e ajuda vocês a associar melhor o que estou dizendo. Além do mais, Super Sentai é uma referência do gênero como um todo, e diversos animes seguem tendências estabelecidas por ele.
Fora que depois eu faço um post sobre isso.
NÚMERO:
“Nossos segredos guardados, enfim revelados… nus sobre o sooooooooool!”
Falando em números… Logo o que vem a cabeça são os grandes. Mas pode desencanar que quando o assunto é desenho, a maior parte deles é pequeno (menos os preços das coisas, mas eu comento sobre isso lá em baixo). E no contexto gramatical que envolve esse post todo, podemos dizer também que é normalmente no Plural.
E já que estamos falando em Números, vou fazer a contagem usando apenas primos. É bom que vocês se acostumam ao enorme apelo familiar que temos nas obras japonesas (e consequentemente, suas complexas árvores genealógicas):
II) VINTE MINUTOS:
Tá, um monte de seriado também tem em média, vinte minutos de duração, e daí? Ah, é bom comentar que todos os animes tem, em média, vinte minutos de duração, né? Afinal, algumas séries tem o dobro do tamanho (e eu dropei Falling Skies por não aguentar assistir um negócio tão longo, mesmo tendo gostado do que vi).
E, embora o subtítulo sugira vinte, também existem os animes chamados “curtas”. Talvez você os curta. Categorias variam, de coisas de três minutos, a coisas de quinze minutos. Um ponto interessante a se notar é que todos, independente de sua duração, precisam ter um tema de abertura e/ou encerramento (que são importantes. Tipo, muito importantes. Posso comentar outro dia sobre). Isso leva a situações onde um curta tem três minutos, mas metade dele é o encerramento, dando um tempo útil de menos de 90 segundos.
Tão curto quanto, será essa parte do post.
III) DOZE EPISÓDIOS:
Até hoje, eu não entendo a lógica (se é que existe uma lógica) do número de episódios que uma série tem por temporada. Cada hora é um número, e cada série tem o seu. Como o Japão é um pouco mais metódico que o ocidente, por lá a coisa é diferente, e temos – quase – tudo nivelado (embora tenhamos programas que começam em horários como 15h37). Dentro de cada temporada (que explicarei no próximo número primo), tudo precisa ter a mesma duração. A programação da TV nipônica é bem mais rígida, e não dá pra simplesmente mudar algo para o horário nobre, só porque começou a fazer sucesso.
Daí o padrão adotado foi o que eu já tinha explicado num post anterior: O número de episódios de um show precisa, necessariamente, ser um múltiplo de 12 + 1. As vezes algumas abominações aparecem, como coisas de 10, 15 ou 18 episódios, mas elas são sempre compensadas na temporada seguinte.
E já que estamos falando de aberrações e episódios, um comentário rápido sobre OVA’s. Sigla pra “Original Video Animation“, são episódios que não fazem parte de uma temporada propriamente dita. Eles normalmente tem a mesma duração de um episódio normal (embora possam ser menores ou maiores), e retratam coisas pouco relevantes para o enredo principal (implicando que os episódios normais são relevantes). Seria o equivalente a “Episódios Especiais” de séries, que contam alguma coisa que aconteceu fora dos acontecimentos da série principal, ou tem algum comentário dos diretores, ou coisas assim. Não vejo série o bastante pra saber se algo mais existe.
V) QUATRO TEMPORADAS:
Não, a palavra “Temporada” acima não tem a mesma semântica que na frase “The Big Bang Theory tem uma porrada de temporadas”. Embora a palavra seja empregada nesse sentido, também para animes (i.e. “Naruto tem uma porrada de temporadas”), o termo, no contexto, implica outra coisa.
O período de aproximadamente treze semanas, onde diversos shows são lançados e estão com número de episódios semelhantes, é chamado de “Temporada”. Como uma pessoa com habilidades medianas em matemática consegue supor, quatro temporadas totalizam 52 semanas, também conhecido como um ano. Outra coisa que temos quatro durante o ano são as estações; daí, as temporadas são batizadas com a estação onde elas ocorrem.
Em Janeiro, temos a Temporada de Inverno; Em Abril, a Temporada de Primavera; em Julho, a Temporada de Verão; e em Outubro, a Temporada de Outono. Vale lembrar que as estações do ano no hemisfério norte são invertidas, por isso a associação mês-estação não faz muito sentido pra nós.
Se há alguma diferença entre as temporadas? Teoricamente, todas são iguais, não havendo nenhuma vantagem ou desvantagem entre escolher uma ou outra pra lançar o seu desenho. Na prática, alguns feriados afetam a competição por vagas em determinados períodos do ano. Por exemplo, coisas lançadas em Outubro terão seus Blurays vendidos próximo ao Natal (e daí a fama de Outubro sempre trazer os melhores shows).
Conhecer o conceito de “Temporada” é importante pois o ano inteiro haverá coisas sendo lançadas, mas se você quiser acompanhar algo desde o início, precisa saber quando elas começam. Também é importante pra saber quando algo em específico vai começar, ou pra se preparar mentalmente pra nova leva de fanboys alucinados que virá poluir suas redes sociais.
GRAU:
Nem é bem disso que estamos falando, mas pelo menos tu não apareceu com um termômetro.
Só percebi que não faço ideia de o que “Grau” significa, gramaticamente, depois que escrevi o resto do post inteiro… Bem, seja lá o que for, vou usar esse espaço pra explicar conceitos que soam diferentes pra quem não conhece o submundo das animações japonesas.
I) Grande parte dos animes são ADAPTAÇÕES:
Esse é um ponto que costuma ser estranho para pessoas que são acostumadas com séries. Embora hoje em dia estejamos tendo bastante conteúdo com origem em outras fontes (vide esses milhões de seriados sobre heróis… Inclusive eu dropei Supergirl no episódio dois), a grande maioria dos roteiros são originalmente escritos para o show.
E enquanto isso pode não ser algo extremamente relevante, é algo que eu gostaria de comentar, pois muitas vezes, o anime pode sofrer com problemas na adaptação de seu conteúdo original para animação. Diversos tipos de problemas, sendo um deles o que eu comentarei a seguir.
II) Grande parte dos animes são objetos de PROPAGANDA:
Dezessete temporadas no ar? Horário nobre na televisão? Alta qualidade de produção? Isso tudo é importante, mas não o foco principal da maioria esmagadora dos animes.
Como comentado acima, a maioria das animações são baseadas em outras coisas. Seja um Mangá (espécie de ‘comic japonês’), uma Light Novel (Uma série de livros curtos, de 100 a 200 páginas, que normalmente possuem linguagem mais leve e com Kanjis menos complexos, daí o nome, ‘light’), uma Visual Novel (Jogo onde você encarna um protagonista e lê a história dele. Opções aparecem em momentos-chave, e fazem você tomar rumos diferentes no desenvolvimento) ou um joguinho de celular, o maior foco dessas adaptações não é o produto novo, mas sim o antigo.
Animes são feitos, acima de tudo, para promover; fazer propaganda; divulgar; jogar panfleto pro alto sobre… A sua obra original. É muito comum que shows acabem em momentos de tensão (malditos cliffhangers!) ou ao fim de um arco que claramente não é o que o encerra. Isso serve para atiçar as pessoas a irem buscar a continuação no seu local de origem.
Às vezes o Cliffhanger é literal…
III) Quem determina a continuação de algo são SUAS VENDAS:
Esqueça essa conversa de ibope, audiência, número de visualizações… Quem manda no negócio dos animes são as vendas posteriores.
Sabe aqueles box com Bluray (ou DVD, se você for macaco velho/pobre, igual eu sou) que contém todos os episódios de uma série, tem uma capinha bonita, e vende por uma fortuna nas Lojas Americanas? O que dá lucro para quem produz os animes é justamente isso.
Um show comum, com 1-cour de duração (12~13 episódios), normalmente venderá quatro ou cinco “volumes” de Blurays. Um volume trará entre um e três episódios da série e normalmente algum bônus como um pequeno especial de cinco a dez minutos, e custa em média uns ¥7,000 (o que dá uns R$230).
Pode parecer caro pra caramba… É porque é caro pra caramba, propositalmente. Não vou me detalhar em como funciona a venda de Blurays no Japão, mas esse artigo da Anime News Network (que está em inglês, infelizmente) se dedica a explicar isso.
Voltando ao assunto, o que importa é que pessoas que compram esses volumes existem, e o que determina o futuro de uma série, é a quantidade de malucos que pagaram o preço de um pulmão por ela.
Inclusive, pegar a audiência desprevenida é o terceiro princípio da comédia.
Japonês é um povo estranho. Vocês devem saber disso. E por isso mesmo que, pessoas que se envolvem demais nesse meio, acabam ficando tão estranhas quanto (veja eu, por exemplo!).
Mas, sendo o mais clichê que consigo pensar, é errado julgar um livro pela capa. Por causa desse ditado mais batido que argamassa na betoneira que estamos aqui hoje reunidos. Eu reuni dados de vários (uns… sete?) de vocês, usuários das partes menos obscuras da Torre, buscando informações relevantes sobre os motivos que os fazem não querer e/ou não terem vontade de assistir animes.
Essa série de posts servirá para quebrar alguns mitos que vocês têm, assim como dar dicas, recomendações ou simplesmente alguns toques, para quem sabe, fazer vocês lerem mais as minhas postagens que faço com tanto carinho.
O CHOQUE CULTURAL
Entenderam? Botei em fonte Impact, pois “choque” é um “impacto”… Hahaha.
Isso que eu chamo de CHOQUE CULTURAL.
A primeira coisa que você precisa entender com bastante clareza é: Você VAI estranhar o que está vendo. E isso é absolutamente normal. Muita gente encara essa “estranheza” como uma indicação de que isso não é algo feito pra ela… E embora isso possa ser verdade para alguns, não deve ser a regra.
Deixe-me explicar melhor: Por mais que existam milhões de fãs pelo mundo todo, “Anime” sempre foi (e sempre será) uma coisa feita por Japoneses, para Japoneses. E por conta disso, os ambientes; as situações; os personagens e suas atitudes; tudo isso será feito se baseando na convivência e na cultura de lá.
Sei que com a globalização, a internet e tudo mais, isso pode soar como mentira, mas acredite em mim: O Japão fica DO OUTRO LADO DO MUNDO! Sim, é verdade! Com um raio de 6.371 quilômetros, se traçarmos uma circunferência que passa por São Paulo e por Tóquio, fazemos vários arredondamentos (haha, arredondamentos. Estamos fazendo círculos, haha) e com uma continha que aprendemos na sexta série chegamos a uma distância de estrondosos 18.532,97 quilômetros daqui lá (Que, segundo meus cálculos, dá bem mais que 20.000 Léguas Submarinas. Ou não, nunca li esse livro).
Com essa distância toda, é normal de se imaginar que as pessoas que vivem por lá possuem hábitos e costumes diferentes dos nossos. Se dentro do nosso próprio país já existem diferenças culturais marcantes (como aqueles cariocas que chamam erroneamente “bolacha” de “biscoito”), como não haveria com o outro lado do mundo? Se acostumar com o modus operandi dos japonesinhos é o primeiro passo para começar a, de fato, gostar do que você está assistindo.
Não sei o que é mais inimaginável: Essa churrasqueira de Gremlin ou alguém usar luvas de cozinha num churrasco.
E se parar pra pensar, isso não é tão difícil assim. Você, caro leitor das partes menos obscuras da Torre, o que lia antes de vir pra cá? Alguma notícia sobre The Flash? Quem sabe um comentário sobre o trailer de Batman vs Superman? Pra ser sincero, não importa. Sabemos que, indiferente do que você estava fazendo antes de vir pra cá, essa coisa era, de alguma forma, relacionada com uma cultura estadunidense ou oriunda dela (e se não estava, bem… Só finja que estava e siga o exemplo). Lá, eles fazem coisas completamente diferentes do que nós fazemos aqui no Brasil. E você acha isso normal, você julga isso como algo comum. Tu não sai por ai falando “Nossa, eu não gostei daquele filme lá. Achei muito estranho! Magina que eles foram fazer um churrasco, e só tinha hambúrguer! Quem diabos faz hambúrguer num churrasco?“.
A cultura estadunidense (que faço questão de chamar assim, já que também sou americano e não faço metade das coisas que eles fazem) é tão impregnada no nosso dia-a-dia, que acaba sendo aceita subconscientemente. Nós nem nos questionamos mais quando vemos pessoas comendo bacon no café da manhã, ou correndo pela rua com copos do Starbucks, ou comemorando um feriado em Julho, o mês mais deprimente e sem feriados que existe. Você já se acostumou a lidar com essa diferença. O choque cultural já não é tão grande.
Entenderam onde eu quero chegar? No começo pode ser estranho ver os personagens comendo arroz no café da manhã, ou chamando os conhecidos pelo sobrenome. Pode ser engraçado lidar com todas as garotas usando saia o tempo inteiro, ou casais de namorados morrendo de vergonha de dar as mãos… Mas é uma questão de tempo até você começar a entender que é assim que funciona por lá, e simplesmente passar a aceitar sem levantar questionamentos. Se agora você evita, por se achar a diferentona ali no meio, dê mais uma chance, que você pode acabar gostando.
MAS QUE ABSURDO! NINGUÉM AVISOU QUE ESSE POST ERA 18+?
Como dito acima, esse é apenas o primeiro ponto. Ainda há vários outros para serem levantados, mas que não o faremos nesse post pois depois daquele último sobre a temporada de outono, eu não vou escrever coisas gigantes nunca mais.
Japonês é um povo estranho, assim como sua programação na TV. Dividindo seu ano em quatro temporadas (e batizando-as com as respectivas estações do ano onde elas acontecem), as séries são alocadas em bloquinhos e se encaixam igual Tetris.
Isso significa que a maioria das séries estão sempre no mesmo número de episódios, numa determinada época. E em dezembro, a maioria dos animes que estrearam em outubro (na famigerada temporada de outono) já passaram de sua metade, e estão caminhando para seu final.
Isso também significa que é um ótimo momento para que pessoas que acham que tem algum conhecimento escrevam textos sem noção nenhuma falando sobre opiniões pessoais de desenhos que ainda estão inacabados. E é ai que eu entro.
Vamos fazer um geralzão na temporada de outubro, comentando como que estão os shows até então, dando dicas e recomendações (daquelas positivas e daquelas negativas) para que você, que pegou o bonde andando, possa ter uma noção de o que poderia assistir.
Lembrando que séries que são continuações não aparecerão. E que as imagens ilustrativas são, muitas vezes, bem enganadoras.
Comet Lucifer é o primeiro por nenhum motivo além de ordem alfabética. Não há nenhuma razão especial para estar no topo.
Você conhece alguma história que é tão confusa, com um desenvolvimento e consistência tão mal-elaborados, que os próprios personagens não são capazes de agir como um ser humano normal devia? Bem, agora conhece.
Usar do mistério para criar um clima bacana na história é normal. Diversos autores usam disso e se saem muito bem. Inclusive é um dos pontos fortes que eu cito sobre Gangsta. O problema é quando o mistério é grande demais e mantido por tempo demais.
Não há nenhuma, absolutamente nenhuma explicação de o que diabos está acontecendo na história. Sabemos que tem uma guria que está sendo perseguida por caras maus. Fora isso? Mais nada. É episódio atrás de episódio de conflitos envolvendo o protagonista defendendo a princesinha de maníacos, estupradores, sequestradores, líderes de organizações secretas… Mas não entendemos por qual motivo esses caras lutam. Nem os vilões, nem os mocinhos.
“Mas ainda dá pra assistir pela animação e ambientação né?“… Não exatamente. As cenas de ação são em 3DCG horrendo e aquele tema de “cores fortes” que o anime passa não é trabalhado muito bem. Um trabalho bem porco do Estúdio 8bit.
Se você está assistindo One Punch Man (o que você obviamente está), a temática desse aqui já está metade construída. Só troque o protagonista careca por um cabeludo (e puxa, o cabelo ainda é rosa cintilante) e a comédia satírica por uma trama mais típica de quadrinhos.
Inclusive, esse é um dos animes mais comic-like dos últimos tempos. Pra vocês, leitores das partes menos obscuras da Torre, isso pode ser um ponto positivo. Os cenários são repletos de pontilhismo; os fundos são feitos com formas bem básicas e pintados com cores sólidas; Todo o resto é extremamente extravagante, com cores espalhafatosas e chamativas. O conjunto da obra realmente parece ter sido tirado de uma história em quadrinhos. Ótimo trabalho do Estúdio Bones.
A história começa tão bobinha como a de One Punch Man (que, no improvável caso de você realmente não estar acompanhando, eu comento mais abaixo), mas com o desenvolvimento, percebemos que existem dois momentos distintos, que são contados paralelamente. Seria o passado e o presente, ou o presente e o futuro? Quando que o “passado” irá explicar o que levou ao “futuro“? São tipos de narrativas típicas de comics e que não se vê todo dia.
O cachorro parece mais carismático que a guria, não?
Pegue todos os pontos ruins de um Reverse-Harém e junte com todos os pontos ruins de um musical cancelado da Broadway. Aí adicione um pouco de Crepúsculo. Cria-se assim Dance with Devils.
Como de praxe, temos uma garota principal sem personalidade alguma, que acaba no meio de um cenário irreal cercada de homens que são mais bonitos, bem desenhados e femininos que ela. Ainda bem que citei Crepúsculo ali em cima, pois até que eles são parecidos.
O anime é mais ou menos um “musical“. O que significa que todo episódio, um cara bonitão metido a malvado vai começar a cantar uma música. Mas, diferente de espetáculos bons (ou até de medianos), a sequência ritmada não adiciona em nada à trama, apenas conta, com rimas horríveis, tudo que já aconteceu no episódio, e tudo que já sabemos. Essas cenas são normalmente aquelas que apresentam pontos-chave de qualquer conto – Por exemplo, o momento que Christine visita o túmulo de seu pai, no clássico “O Fantasma da Ópera” – mas não é o que acontece com a série.
Meu ‘eu’ interior teve uma vontade imensa de ver isso inteiro, só para poder reclamar de tão ruim que é. Mas você não precisa fazer isso, se não quiser.
Tanta tecnologia e ainda não inventaram um uniforme menos ridículo?
Nada como começar uma história mostrando uma luta totalmente descontextualizada entre dois personagens que eu nunca vi na vida, e com uma cinematografia que tenta juntar dois efeitos e não consegue ser efetivo em nenhum deles.
Escola especial feita pra treinar adolescentes que sem motivo nenhum tem poderes especiais de combate e precisam lutar entre si por também nenhum motivo aparente. Protagonista é especial e diferente de todos em sua volta e não sabemos o porquê. Ele se envolve com diversas garotas que do nada começam a querer entrar em suas calças, e não entendemos também qual a causa dele se importar tanto com elas, já que o mocinho tem um objetivo claro a cumprir e ajudá-las só o atrasa mais e mais.
Não entendo essa paixão do estúdio A-1 Pictures em animar Light novels que são todas parecidas entre si (Sword Art Online estou olhando pra você). De qualquer maneira, esse show se enquadra na descrição que eu dei acima (junto com dezessete milhões de outros), e pode ser a sua dose semanal de clichê genérico, caso queira.
“Essa música é sobre a experiência de assistir Asterisk”
Só saiba que o gênero está melhor representado por outra série, que eu comento abaixo. A diferença? Enquanto Asterisk já foi confirmado como sendo 2-cour (quando o anime passa na TV por duas temporadas, ou seja, terá 24 episódios), Rakudai Kishi no Cavalry, o seu clone-primo-rival terá apenas doze episódios. Se isso será o bastante pra fazer com que o provável “desenvolvimento da trama” compense, temos que esperar.
“Objetos” é um nome até que bem adequado para as coisas que existem nesse anime. Temos bolas gigantes cheias de canhões que andam por ai em velocidades absurdas e que são as armas definitivas na nova ordem mundial.
Esse aqui é baseado numa Light Novel escrita por Kazuma Kamachi. O nome pode soar familiar, já que é o mesmo cara que escreve a quase epopeia que é a série de To Aru Majutsu no Index. Diferente do irmão famoso, Heavy Object é uma história de ficção científica. O que não muda, porém, é o protagonista sem noção que vence lutas titânicas no melhor estilo Davi e Golias.
E as esporádicas cenas de fan-service totalmente dispensáveis. Que acontecem com uma frequência relativamente alta. Embora sempre no momento certo. Ou devia dizer… “Nunca no momento errado“. Afinal, quando é o momento certo de se ter safadezas bidimensionais?
Se o tema de “um futuro não tão distante” te agrada, pode ser uma boa pedida. Interessados em geopolítica e o xadrez que é o jogo de dominação mundial… Não esperem muito nesse começo; mas acredito fortemente que será um tema bastante abordado no futuro. Vale lembrar que Heavy Object terá 24 episódios para tentar chegar nesse tal “futuro”.
As cores dos cabelos deles acabam me fazendo pensar que eles são tipo power rangers…
Caras, por quê?
Uma versão masculina de todos aqueles animes de idols que são tão famosos (e usados com frequência na tiração de sarro do público geral da animação japonesa). Mas enquanto os personagens são, claramente, do sexo masculino, com aparência e vozes de homens… O jeito que eles agem e as atitudes deles dizem outra coisa.
Se o que faz coisas para homens vender, são “Peitos”… Então o que faz coisas pra mulher vender, são “homens de sexualidade duvidosa“. Não sou uma garota, então não consigo entender o que é tão legal em caras fazendo coisas de mulher. Aceito esclarecimentos, se alguém entender. A área de comentários desta postagem pode ajudar.
Lembra daquilo que eu comentei na resenha de Hazuki Kanon? De que japonês é capaz de transformar qualquer coisa em algo bizarro? Bem…
Contos de cavalaria, grandes representantes da primeira geração romântica européia… Repensados como um paraíso lolicon (Wikipédia te ajuda) em pleno século XXI.
A série tenta muito, mas muito, passar a impressão de que tudo e todos ali são fofinhos, bonitinhos e ingênuos. É algo tão forçado que acaba tornando a atmosfera que eles mesmos queriam criar, em algo insuportável. De forma análoga, a impressão de “mundo fantasioso” que se espera, não é suficiente; você quase não consegue sentir a atmosfera que eles te prometem na sinopse.
Mesmo sendo dirigido por Kyouhei Ishiguro, que fez um trabalho sensacional em Shigatsu wa kimi no uso no ano passado, o show parece não ter consistência o bastante pra se manter. E creio que o fato dele ser baseado em uma Light Novel com apenas dois volumes lançados, seja parte do problema.
Cem flexões, cem abdominais, cem agachamentos e dez quilômetros de corrida… Todo santo dia.
Acho que essa vai ser a parte mais desnecessária do post inteiro. Afinal, metade do planeta Terra já está assistindo One Punch Man. Não tenho porque argumentar motivos para você começar a vê-lo. Mas para as outras 3,6 bilhões de pessoas, segue abaixo.
Sabe todos aqueles esteriótipos e clichês de Shonen? Protagonista extremamente poderoso derrotando inimigos inderrotáveis? “O ser mais poderoso do universo” é derrotado e duas semanas depois alguém cinco vezes mais forte aparece? Esses e outros pontos são levantados e usados de forma impecável numa das obras aclamadas como uma das melhores paródias de gênero que existe.
O fantástico de One Punch Man é que ele pode agradar tanto quem gosta, como quem NÃO gosta de Shounen. Se você gosta, ele é um exemplar recheado de ação, lutas lindamente animadas e uma comédia interessante. Caso não goste… Ele tira sarro de tudo que caracteriza tal classificação e usa um humor requintado para conseguir fazer isso sem ofender os fãs do primeiro exemplo.
Só cuidado que bem… Como tudo que acaba virando excessivamente conhecido… Alguns fãs não são muito agradáveis de lidar.
Ore ga Ojou-sama Gakkou ni “Shomin Sample” Toshite Gets Sareta Ken (MAL)
Eu totalmente não roubei descaradamente essa imagem do site da Funimation, juro!
Ufa, respira. Sei que ler o título todo cansou.
Inclusive, obras com títulos gigantes e que servem como 80% da sinopse são bem comuns no Japão. Essa, por exemplo, se traduz para “História onde eu fui raptado por uma escola de madames para ser um ‘exemplo de pessoa comum’“.
O negócio é tão imbecil quanto soa, não tenha dúvida disso. O estúdio Silverlink, conhecido por fazer obras maravilhosamente bem animadas, parece estar usando todos os recursos que possui com o próximo anime da lista, e não sobrou muito pra esse. O que foi uma ótima escolha, se me permitem dizer
“Como podemos mostrar o quão sem noção essa guria é? / Faça ela ficar empolgada ao jogar um Vita”
Apesar de uma premissa… digamos… “inovadora” (aspas são importantes. Eu gosto de aspas), a série não vai muito além do esteriótipo que o gênero passa. Metade das cenas são de fan-service totalmente desnecessário e a outra metade são de piadas saturadas.
Sabe que eu já vi essa imagem umas vinte vezes, mas só reparei que a roupa da Stella tá rasgada agora?
Se você já viu pelo menos, digamos, uns quinze animes em toda a sua vida, a chance de você ter passado por um tipo que eu gosto de chamar de “Harém Escolar Mágico Genérico” é bem grande.
Gosto bastante desse nome, e me orgulho de tê-lo criado, pois é muito auto-explicativo. Rakudai Kishi no Cavalry é, sem dúvida, um exemplar do gênero Harém Escolar Mágico Genérico. E isso diz mais do que eu precisaria. Porém, eu não estaria citando a regra geral de forma tão esquiva assim, se não fosse pra dizer que temos uma possível (destaque para a probabilidade que essa palavra trás) exceção.
Diferente de Asterisk, citado acima nesta postagem, Rakudai é uma ovelha negra em diversos pontos. Ele basicamente “corrige” diversos absurdos que são corriqueiros no gênero, e com isso, transforma a obra em algo que é mais realista dentro de seu próprio universo.
Fora que temos personagens muito queridos por todos. Um exemplo é a nossa Princesa de um País longínquo de cabelo rosa genérica No.2, a dona Stella Vermilion. Sua popularidade é comprovada por esse tweet que está totalmente dentro do contexto:
Isso claramente está falando da personagem de Rakudai Kishi no Cavalry.
E minha consciência, de redator e de fã, ficaria pesada demais, se eu não citasse as maravilhas que a Silverlink está fazendo. Cada iene adquirido com a venda de objetos baseados em garotinhas de oito anos em poses e posições suspeitas (NSFW) foram bem investidos.
Para todos os outros detalhes, vide comentário sobre Asterisk. É sério.
Meias coloridas são legais, mas por favor, use os pares…
Por algum motivo, o sub-título desse aqui é “The perfect insider” (que se traduziria pra algo como “O informante/infiltrado perfeito“). Seria algum spoiler descarado que você só percebe depois de assistir? Seria uma localização ruim? Seria o resultado de japoneses tentando soar cult ao usar inglês? Sexta, no Globo Repórter.
Com uma apresentação de trama e personagens muito bem estabelecida desde os primeiros instantes do episódio inicial, você pode julgar rapidamente se esse é um show para você ou não. Em poucos momentos você consegue entender que o clima do anime será pesado o tempo inteiro, você percebendo ou não.
Direta e indiretamente, a série aborda temas existencialistas filosóficos que eu, particularmente, não recomendaria para pessoas que estão passando por momentos instáveis na vida. Apenas para evitar a fadiga. Porém, dependendo da sua mentalidade, o tema pode soar tão imbecil que a série pode vir a ser uma comédia. Coisa normal em temas muito “profundos“.
Vento: funciona em apenas 20% dos personagens de anime.
Ah, é verdade. Temos um terceiro Harém Escolar Mágico Genérico nessa temporada. Como poderia me esquecer? Para mais informações no gênero, conferir Asterisk e Rakudai, acima. Você acham que eu estou brincando, né? Bem que eu queria. Bem que eu queria…
O que temos de diferente é que aqui nós treinamos caçadores de magos, e não magos em si. Super inovador, não? Um grupo militar cheio das maiores, mais poderosas e tecnológicas armas de fogo disponíveis para a humanidade… E um protagonista usando uma espada. Como eu sempre digo, o protagonista tem que ser diferente, não tem? É quase que uma vontade de querer ser hipster.
Um dos pontos a ressaltar é que, até então, a série tem sido muito episódica. Não houve um grande desenvolvimento da trama real, de o que fará a história andar. E como serão só doze episódios, ser episódico até o oitavo não é muito interessante. Mas justamente por ser desse jeito, pode acabar sendo algo mais leve de assistir, já que não existe um compromisso tão grande de ambas as partes.
Bem… Uma série de ação… Muito… “Animada”… Onde garotas se divertem… Juntas… E se unem… para batalhar pelo que sonham… Com vigor e suor em seus rostos…
Pera ai, elas tão NUMA IGREJA?!
Tá bom, é um bagulho lésbico. Felizes?
Temos várias gurias que andam por ai brigando entre si, e metade delas se transformam em armas quando são “estimuladas” pela outra metade. Não podíamos esperar menos de uma obra original enviada pro estúdio ARMS (que produziu obras-primas do gênero, como Queen’s Blade e Hyakka Ryouran. Se é que me entende).
“Bobo” tem sido uma palavra que eu vejo sendo usada com frequência pra descrever esse anime. Mas não o bobo de ingênuo. Mas sim o bobo de… ridículo. E a maioria é assim mesmo, então tudo bem. Temos uma premissa sem pé nem cabeça, cujo único intuito é manter o declínio populacional japonês; uma animação razoável que provavelmente será melhor nos blurays; uma tempestade sem fim de censura que pode ser evitada usando vídeos de canais pagos; entre outros pontos.
Uma mistura entre Doctor House e Surgeon Simulator. Favor não confundir com a adolescência daquele ator que fez Escola de Rock.
Ver um graduando em medicina com perícia em facas, em plena guerra do Vietnã. É isso o que você terá que lidar. Citei Surgeon Simulator ali em cima porque metade dos episódios vão ser quase iguais ao jogo: Um cara aleatório aparece na frente do médico com pouco ou nenhum contexto e ele irá cortá-lo ao meio.
Normalmente, em seriados médicos, o drama é construído a partir da sua afeição para com o personagem que está quase morrendo. Por gostar do personagem, por acabar se apegando a ele, que você torce para que a cirurgia dê certo, para que ele se recupere, e coisas do gênero. Só que não é bem assim que funciona em Young Black Jack. Acabamos assistindo aqueles programas didáticos que passam no Discovery.
E quando ele não está cortando pessoas que nunca vimos antes, Jack está por ai refletindo sobre assuntos pouco relevantes, e passando horas num mesmo lugar. Se prepare para encarar a mesma sala por quinze minutos.
E isso resume os lançamentos de outubro. Me façam prometer que eu nunca mais vou fazer uma postagem tão grande quanto essa, por favor. Quaisquer dúvidas, procurem no Google, não sou seu empregado.
Nah, até respondo. Só comentar aí. Comenta, vai. Por favor.
Desde o anúncio de que uma animação da parte 4 do mangá de JoJo’s Bizarre Adventure realmente aconteceria, algumas semanas atrás, fãs de toda parte do mundo tem ficado de olho nos sites de notícias, no aguardo de mais informações quanto a produção, elenco e, claro, data de estréia.
Pois bem, a espera acabou.
O site da revista DengekiG postou mais cedo na tarde (do Japão) de hoje um artigo com tudo que nós queríamos saber sobre a famigerada série do Diamante Inquebrável. Onde está a notícia, porém? Ao que parece, o estagiário da edição digitou o nome de um dublador errado, e por consequência, foi as pressas deletar o artigo. Provavelmente foi o trabalho de uma Stand da revista inimiga. Mas como nada escapa do implacável olhar vigilante da internet, o cache pode ser encontrado aqui.
Key Visual para o Anime
A Staff quase não mudou, se comparado com as primeiras temporadas. Bom sinal, para o que talvez será uma outra adaptação impecável.
Terumi Nishii como Designer de Personagens (E aqui uma novidade! Terumi Nishii é conhecido por seus trabalhos desenhando garotinhas mágicas para a série infantil Precure!);
Kenta Mimuro como Designer das Stands e Diretor de Animação;
Além da equipe de produção, a data de estreia também foi divulgada, estando marcada para Abril de 2016.
A Warner Brothers Home Entertainment revelará o primeiro vídeo promocional do anime na Jump Festa, durante os dias 19 e 20 de Dezembro.
JoJo’s Bizarre Adventure é um dos mangás mais longos do Japão. Atualmente em sua Parte 8, a David Production já animou as três primeiras partes do mangá, sendo elas respectivamente: Phantom Blood, Battle Tendency e Stardust Crusaders. Diamond is Unbreakable dá continuidade à série, lidando com novos problemas situados no Japão, mas ainda assim referenciando todas as partes anteriores.