Eu poderia começar dizendo que japonês é um povo estranho, mas isso é coisa do Vinicius, então deixa pra lá. Além do mais, hoje o assunto é sério pois envolve vingança e máfia em um anime que conseguiu fisgar a todos logo no seu primeiro episódio com a promessa de ser um dos mais interessantes da temporada.
Produzido pelo mesmo estúdio responsável pela segunda temporada de Durarara!!, 91 Days (naindi uan kawaii desus, em japonês) é uma história original sobre assassinatos que se passa na cidade de Lawless, onde o comércio ilegal de bebidas é o centro dos negócios no mercado negro graças a implementação da Lei Seca. Após ter sua família assassinada por uma disputa da máfia, o protagonista busca vingança contra todos os responsáveis, após receber uma carta de um remetente misterioso que dizia para ele retornar a esta cidade e saciar sua sede de vingança.
O enredo é o ponto forte de 91 Days e se assemelha bastante a uma “história clássica de mafiosos” (estou sinceramente esperando uma cena onde algum personagem acordará com uma cabeça de cavalo na sua cama). O ódio do protagonista pela família Vanetti torna a tensão de algumas cenas algo que é possível sentir na pele, especialmente após as reviravoltas de roteiro. O final do segundo episódio, que foi ao ar recentemente, é de fazer qualquer um bater a cabeça na parede.
O primeiro episódio do anime abre com uma sequência (o assassinato da família de Angelo, o protagonista) de tirar o fôlego, violenta e realmente perturbadora. Algo interessante a ressaltar é que a obra é totalmente pé no chão, então não espere encontrar poderzinhos ou monstros gigantes. O maior monstro da história talvez seja a birita. Essa é marvada.
O verdadeiro inimigo dos homens.
O enredo interessante é somado a uma animação muito bonita do estúdio Shuka (que nome), que entrega designs de personagens muito competentes. Cada um possui características únicas, os cenários são bonitos e as cenas de ação são de tirar o fôlego. As cores combinam com o tipo de história contada , e talvez os únicos pontos fracos sejam os momentos de animação em CG, especialmente dos veículos, onde tudo fica meio bizarrinho. Ainda assim não é nada alarmante.
A trilha sonora de Shogo Kaida é outro ponto altíssimo de 91 Days (que eu acabei não explicando, mas recebe este nome pois mostrará o decorrer da história em noventa e um dias. Isso significa que teremos 91 episódios? Deus…). Com músicas belíssimas, e todas combinando perfeitamente com o tom da história, toda a trilha merece destaque e muitos elogios. Existem momentos que são bem parecidos com O Poderoso Chefão, com violinos e outros instrumentos que eu não possuo inteligência suficiente para diferenciar. Talvez nem sejam violinos. Enfim.
Corte rápido. Tramontina.
Apesar de você como espectador comprar a vingança do protagonista, ele não possui uma personalidade muito marcante. Angelo (que mudou seu nome para Avilo) é o típico personagem-calado-frio-e-inteligente de animes, fazendo com que a única empatia que você sinta seja pela vingança. Pode sentir-se mal, pois você vai desejar a morte de pessoas. Seu monstro.
Para equilibrar a balança da chatice, todos os outros personagens possuem personalidades bem marcantes. O que é triste, visto que (obviamente) o enredo entregará diversos assassinatos, e no final deve ser uma amargura só… Sério, nem precisa assistir, o final vai ser trágico com certeza. Você pode evitar essa tragédia na sua vida.
Brincadeiras à parte, 91 Days entregou até o momento dois episódios com uma qualidade bem acima da média, se destacando entre os animes da temporada. Com uma tensão adulta e um enredo convincente, se bem trabalhado até o fim, pode subir ainda mais rumo ao posto de Melhor da Temporada (por mais que seja até um pouco prepotente já ir afirmando isso, mas esse texto é única e exclusivamente minha opinião, então beleza). Este início de temporada entregou algo equivalente a uma nota 8/10, que pode subir ainda mais. Ou cair, vai saber né. Vale destacar, por fim, o tema de abertura cantado por TK do trio Ling Tosite Sigure, que é muito bom.
A série pode ser assistida pelo site da Crunchyroll, com novos episódios exibidos todas as sextas.
Para o Bizarro, ruim significa bom. Pior significa melhor. Bonito quer dizer feio. E apesar de todos os sentidos invertidos, a única coisa certa é que a diversão de se acompanhar a road trip do monstrengo e seu pior amigoJimmy Olsen é garantida desde o começo.
Bizarro é um lançamento recente da editora Panini para as bancas de todo o Brasil. Nos EUA, esta série foi publicada em seis edições e compilada posteriormente, sendo um dos destaques da iniciativa DC & Você (DC You, no original), recebendo muita atenção do público brasileiro graças ao artista envolvido no projeto: Gustavo Duarte.
Criado por Otto Binder e George Papp, Bizarro já passou por diversas remodelagens através dos longos anos de existência da DC Comics, indo de clonagem ou alienígena de um planeta quadrado até criação de Lex Luthor, passando nas mãos de diferentes equipes criativas. Já a reformulação do personagem feita em 2015 e presente no encadernado da Panini foca em um aspecto importantíssimo: a diversão.
A premissa é simples: Bizarro estava tentando agir “bem”, mas a população de Metrópolis está cansada desses “bons gestos”. Jimmy Olsen então convida o Superman às Avessas para uma viagem até os “Estados Unidos Bizarro”, também conhecido como Canadá. Mas quais as verdadeiras intenções do fotógrafo do Planeta Diário? E como será o dia-a-dia dos dois, acompanhados de (pasmem) seu Chupacabra de estimação?
O roteiro desta minissérie foi escrito por Heath Corson (Batman: Assalto em Arkham, Liga da Justiça: Guerra), e apesar de possuir algumas piadas bem inocentes o roteirista acerta ao brincar com o universo DC, utilizando personagens como a Zatanna e o Desafiador. Além disso, quando o autor apela para o nonsense, a história e as piadas funcionam de forma ainda mais positiva.
Porém, um dos pontos fracos de todas as edições é a linguagem confusa. Pudera, é o Bizarro! Em diversos momentos, a forma como o personagem fala torna a leitura pouco fluida e até mesmo confusa, com textos que dão voltas e voltas e não levam a lugar algum. Alguns destes diálogos são engraçados, porém outros são somente bobos. E aí entra a bela arte de Gustavo Duarte adicionando uma camada extra de qualidade na confusão.
Não, a arte não é boba! Ela é cartunesca, e por isso mesmo se encaixa tão bem nessa premissa. Quem já leu outros trabalhos do autor, como Có & Birds, Chico Bento: Pavor Espaciar, Monstros! ou até mesmo sua série na Marvel, os Guardiões da Galáxia, já está acostumado com o tipo de humor e narrativa utilizados. E assim como em todas as obras citadas, no Bizarro é possível sentir as brincadeiras feitas através dos desenhos.
Gustavo faz brincadeiras com expressões corporais, capricha nas piadinhas espalhadas pelo cenário e é complementado em todas as edições com a arte em uma única página feita por convidados como Kelley Jones, Francis Manapul, Bill Sienkiewicz e outros, sempre em momentos especiais da história. Sobra até para o Batman!
No fim das contas, Bizarro é um quadrinho simples, e a simplicidade é bela. Para um personagem tão diferente, focar no humor é um caminho muito certo, e tudo apresentado torna a história amigável para qualquer geração de leitores, especialmente mais jovens (não ignorando, é claro, aquele fã mais velho da DC).
A série completa foi publicada em um único encadernado Capa Cartão que possui 148 páginas ao preço de R$ 21,90, com distribuição nacional. Mais informações aqui.
Em um novo encadernado lançado no Brasil pela Panini, Oliver Queen começa uma nova fase de sua vida nas mãos do roteirista Benjamin Percy. Arqueiro Verde: Pássaros da Noite marca o retorno do herói como um justiceiro social, se opondo totalmente à fase anterior e praticamente ignorando o que foi feito pouco antes por outro roteirista.
Oliver Queen está de volta em Seattle, vivendo com sua irmã Emiko. A nova fase do Arqueiro começa neste encadernado negando as histórias contadas anteriormente por Andrew Kreisberg, produtor de Arrow. Kreisberg assumiu a revista do Arqueiro na edição #35, seguindo o que foi feito antes por Jeff Lemire em uma fase muito elogiada pela crítica e fãs. Contando um arco de seis edições, a pequena fase de Kreisberg no Arqueiro foi extremamente criticada, visto que o autor tentou transformar a revista no que vem sendo feito no seriado de TV, adicionando personagens como Diggle e Felicity e tornando a história completamente cliché.
Após a Convergência, a DC Comics resolveu trocar a equipe criativa da revista do Arqueiro, trazendo então o escritor Benjamin Percy (que havia passado pela Detective Comics anteriormente) e o desenhista Patrick Zircher (Flash, Esquadrão Suicida), fazendo com que novos leitores pudessem se interessar pela mensal na iniciativa DC&Você.
O encadernado publicado este mês pela Panini contém as edições 41 a 44 e o Anual da revista Green Arrow. Nas três primeiras edições, Benjamin conta um arco envolvendo empresários brancos e um sistema de vigilância completamente opressor. Em poucas páginas é possível notar o tom completamente diferente do texto de Percy se comparado ao roteirista anterior.
Conhecido por histórias mais sombrias e pesadascom um tom de horror, o autor traz toda esta carga ao personagem ao unir violência, tecnologia e misticismo. Oliver deixa de ser heróico (mais uma vez, o oposto da fase anterior) e se torna muito mais um justiceiro preocupado com assuntos como racismo, opressão às minorias e aos mais pobres e doentes. A arte de Patrick Zircher é bem detalhada e realística, e casa muito bem com todo este tom mais sério, promovendo uma narrativa fluida e momentos sombrios bem desenhados.
Enquanto muda sua postura e modo de agir, Oliver também lida com as consequências de sua completa irresponsabilidade com relação aos negócios das Indústrias Queen, enquanto uma trama paralela envolvendo uma misteriosa doença chamado Lukos cresce aos poucos, culminando numa história onde existem pessoas matando estes doentes (algo semelhante às doenças sexualmente transmissíveis e o receio das pessoas para com os contaminados), enquanto o medo do governo é exposto, grupos de doentes se reúnem, entre outros aspectos.
Este arco ainda não foi concluído, deixando então somente um gostinho do que está por vir. É importante ressaltar que Benjamin Percy continuou como roteirista da revista do Arqueiro até a edição #52, e também assumiu o personagem no DC Rebirth, prometendo (e até agora realizando) aproximar ainda mais o herói ao que ele era antes dos Novos 52.
Um bom começo de fase, o encadernado pode ser apreciado por novos leitores. Escrevendo bem todos os personagens e criando situações chocantes e interessantes, Benjamin Percy parece ser o roteirista certo para o personagem já que esta versão do Arqueiro Verde foi bem aceita pelos críticos e fãs, aparentando ter vindo pra ficar.
Arqueiro Verde: Pássaros da Noite é um encadernado em capa cartão contendo 140 páginas em Papel LWC e distribuição nacional ao preço de R$ 21,90.
A DCComics está começando oficialmente este mês sua nova fase nos EUA, denominada DC Rebirth. Com o objetivo de suprir as vendas baseando-se nos pedidos de pré-vendas, os lojistas procuram fornecer uma quantidade de quadrinhos suficiente para seus compradores, criando uma nova lista baseando-se nas solicitações que já fizeram anteriormente.
Com base nestes pedidos, o primeiro Top 10 de solicitações foi oficialmente divulgado. Nove das dez primeiras revistas são da DC Comics, enquanto a concorrente Marvel ocupa o oitavo lugar com a adaptação oficial de ‘Star Wars: O Despertar da Força‘, seguida de mais revistas da DC.
A revista Número #1 é a da Mulher-Maravilha, que terá o roteiro de Greg Rucka,seguida do Flash e Aquaman. A personagem foi praticamente uma unanimidade de elogios no filme ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça‘, e deve conquistar o gosto de novos leitores a partir de então.
Confira o Top 10 de solicitações abaixo:
As primeiras edições do Rebirth já estão sendo lançadas este mês, e quinzenalmente novas revistas sairão. A cada mês a editora lançará uma nova revista, pelos próximos três meses, com novidades como Supergirl, Besouro Azul, entre outras.
Resta saber se o alto número de solicitações se manterá com as próximas edições e revistas, visto que a tendência deste número de solicitações sempre é cair com o passar dos meses. Fique ligado para mais novidades do Renascimento da Editora das Lendas, e confira aqui tudo o que você precisa saber sobre a renovação editorial!
DC Rebirth já começou nos EUA com sua Edição Especial lançada no dia 25 de Maio. No próximo mês os leitores poderão conferir as edições de Rebirth de cada personagem ou grupo, e a partir daí teremos o relaunch de quase todas as revistas quinzenais, recomeçando desde o número #1. Porém, com tantos títulos promissores, quais se destacam? Quais possuem as melhores equipes criativas? Confira abaixo uma pequena lista com os detalhes das HQs que prometem contar grandes histórias!
Vale ressaltar que as revistas destacadas para esta postagem foram escolhidas com base no gosto pessoal do redator. As HQs escolhidas são, principalmente, as que prometem trazer algo esperançoso ou revigorante aos personagens da Editora das Lendas que vinham sofrendo crises criativas há algum tempo. Abaixo, os títulos estão apresentados com seus nomes e os nomes de seus roteiristas.
Superman por Peter J. Tomasi
Peter Tomasi é sinônimo de qualidade. Escritor exclusivo da DC Comics há alguns anos, Tomasi passou por títulos como a Tropa dos Lanternas Verdes,Batman & Robin, Detective Comics, entre outros. Além do trabalho de roteirista, Tomasi também já foi Editor de títulos como a Liga da Justiça. Todas as obras escritas por ele são muito queridas e elogiadas pelos fãs, e recentemente o roteirista assumiu a revista do Superman, contando o último arco do personagem até sua morte (para o antigo Superman assumir o posto, como explicado nesta postagem). Uma coisa é fato inegável: Peter Tomasi respeita a essência dos personagens que escreve. O Superman passou por péssimas fases durante os Novos 52, sem se destacar entre as revistas mais vendidas, entre outros fatores desfavoráveis ao personagem e mudanças sem sentido. Pouco após Tomasi assumir o título do Escoteiro, as vendas subiram e a qualidade das histórias melhorou muito. Agora, no Rebirth, acompanharemos a história do Superman pré-Flashpoint e de seu filho sendo contadas por Tomasi, com a arte de seu parceiro Patrick Gleason, com quem já trabalhou em diversas revistas. A dupla promete entregar histórias excelentes do Azulão, e com isso renasce a esperança de que o Superman retorne ao posto de maior herói da DC Comics.
Batman por Tom King
Após a enorme (e querida por muitos) fase do Batman nas mãos de Scott Snyder, o cetro será passado para o roteirista em ascensão Tom King. Responsável pelos aclamados títulos Grayson, The Omega Men e Visão, King é um roteirista novato que vem apresentando excelentes histórias. Recentemente o escritor assinou um contrato de exclusividade com a DC Comics, e seu background como funcionário da CIA (é sério!) parece se encaixar perfeitamente com o Batman. As esperanças são de que King, ao lado dos desenhistas David Finch e Matt Banning, traga o personagem de volta com um lado mais detetivesco. O primeiro arco do Batman no Rebirth terá cinco edições e mostrará um embate entre o Morcego e dois novos heróis que surgiram em Gotham City com o objetivo de salvar a cidade do perigo que é o Batman. Será que o Cruzado Encapuzado é o herói que Gotham merece? Ou a cidade precisa de algo melhor? Os dilemas são intrigantes, e a curiosidade só aumenta. O Batman de Tom King é praticamente uma unanimidade entre os títulos mais aguardados do Rebirth.
Mulher-Maravilha por Greg Rucka
O retorno de Greg Rucka à DC Comics não poderia ser mais empolgante. Roteirista carimbado por histórias excelentes do Superman, Gotham Central, Batman, Action Comics e maxisséries como 52, Rucka também foi o roteirista de uma das mais elogiadas fases da Mulher-Maravilha. Agora, após alguns anos afastado da DC, nada melhor do que trazê-lo de volta para escrever a revista da Amazona! Ao lado do artista Liam Sharp, Rucka promete explorar os segredos do passado de Diana e criar algo diferente. Enquanto o primeiro arco chamado “As Mentiras” estará sendo desenvolvido, os leitores também acompanharão o arco “Mulher-Maravilha: Ano Um“, com a arte de Nicola Scott, onde será contada a vida de Diana desde a Ilha de Themyscira até seu primeiro ano como defensora da Terra. Os dois arcos irão se intercalar entre as revistas quinzenais, cada uma contendo um capítulo de um dos arcos, sucessivamente. Um desenvolvimento duplo não só é algo interessante como também é um excelente ponto de partida para novos leitores, o que torna (somado ao retorno de Rucka) o título da Mulher-Maravilha um possível novo sucesso de críticas.
Trindade por Francis Manapul
Francis Manapul ficou conhecido como artista e co-roteirista de títulos como The Flash e Detective Comics ao lado de Brian Buccellato. O novo título da Trindade será o primeiro trabalho contínuo de roteirista feito por Manapul, e ele não somente cuidará dos textos, como também será o responsável pela arte desta revista ao lado de Clay Mann. Francis é querido por muitos fãs da DC graças a sua excelente fase no Flash, contando histórias mais leves, com uma narrativa fluida (graças a sua belíssima arte) e tramas intrigantes, e assumir a Trindade é um sinal de confiança por parte dos editores da DC. Nada acerca desta revista foi divulgado até o momento, mas é fato que ela tem a atenção de muitos leitores graças ao nome responsável. Se ele entregará boas histórias ou não, só o tempo dirá, mas é fato que Manapul é outro profissional que conhece os personagens que escreve.
Arqueiro Verde por Benjamin Percy
Ben Percy escreve o Arqueiro Verde desde a iniciativa DC&Você. Oliver Queen sofreu diversas mudanças desde o reboot dos Novos 52, onde todo seu status quo foi alterado, e passou nas mãos de roteiristas variados. Ann Nocenti, Keith Giffen, Jeff Lemire, todos são nomes que contaram histórias do personagem nos últimos anos. Mais recentemente, antes de Ben Percy, o roteirista Andrew Kreisberg (responsável por Arrow) estava a frente do personagem em uma fase bem criticada pelos leitores. Quando Percy assumiu a revista o nível subiu novamente, e aparentemente a DC confia que o escritor continuará contando boas aventuras. O Arqueiro no Rebirth voltará a ser o que os fãs clamam há tantos anos: um justiceiro social que usa cavanhaque e namora a heroína Canário Negro. Percy promete se aproximar de boas fases do personagem, como nas mãos de Kevin Smith ou Mike Grell, e a arte ficou a cargo de Otto Schmidt. É o retorno do Arqueiro que todos amam, e só isso já torna esta revista uma leitura obrigatória!
Besouro Azul por Keith Giffen
Ted Kord ou Jaime Reyes, quem é o melhor Besouro Azul? Já sei: que tal ninguém brigar por isso, com uma revista onde ambos os personagens serão protagonistas? Esta é a promessa da nova fase do Besouro Azul escrita por Keith Giffen. Como os leitores viram no Especial do Rebirth escrito por Geoff Johns, Kord atualmente é o mentor de Jaime, e os heróis devem investigar as origens do besouro mágico do garoto. Apesar de não termos muitos detalhes acerca desda revista (que será lançada somente em Setembro), Giffen, ao lado do artista Scott Kollins,promete fazer algo leve e quem sabe até descompromissado. Aos que não sabem, Keith Giffen escreveu a revista do Besouro Jaime Reyes após a saga Crise Infinita (onde Ted morreu e Jaime assumiu o posto de Besouro Azul), além de ter escrito a antiga revista da Liga da Justiça (e a Liga Internacional) onde Ted Kord era um dos principais membros, ao lado do Gladiador Dourado. Caso faça algo parecido com seus trabalhos posteriores, a nova fase dos Besouros promete conter histórias muito intrigantes e recheadas de momentos divertidos.
Supergirl por Steve Orlando
Meu nome é Kara Zor-El. A nova fase da Última Filha de Krypton deve se distanciar de tudo feito durante os Novos 52 e se aproximar do que o seriado de TV vem fazendo (muito bem). A partir de agora, Supergirl trabalhará em parceria com o DEO (como na série), e deverá balancear sua nova rotina de estudante terráquea com a vida de heroína. Steve Orlando assumirá o roteiro desta nova fase, e a arte ficará a cargo de Brian Ching. Juntos, esta equipe criativa também trará elementos do passado de Kara, com influências diretas vindas de Krypton. O título da Supergirl merece destaque pela renovação que deve ocorrer na sua personalidade. Há alguns anos a personagem possui a imagem de “mulher esquentada quer que bater em todo mundo“, e a nova fase do Rebirth deve tentar tornar a personagem um símbolo de esperança tal qual seu primo, Superman.
Liga da Justiça por Bryan Hitch
Esta é outra unanimidade. Sinônimo de qualidade há alguns anos, Bryan Hitch vem contando belas histórias na revista LJA há pouco mais de um ano. Respeitando a essência de cada personagem da Liga e ao mesmo tempo criando tramas interessantes e bem escritas, o cetro de Geoff Johns será passado para Hitch na revista Liga da Justiça, onde o famoso artista trabalhará como roteirista e a arte ficará a cargo de Tony S. Daniel. A nova fase da Liga deverá começar explorando o novo Superman vindo de outra terra, e logo em seguida começará o arco “Máquina de Extinção“, onde a Liga enfrentará uma ameaça que deseja destruir não somente o mundo, mas também o universo inteiro. Terremotos, erupções e pessoas sendo controladas mentalmente serão os estopins deste arco, onde até mesmo o Batman deverá buscar ajuda de pessoas em quem ele não confia para deter esta nova ameaça. O nome desta entidade vilanesca é Awakened (Acordado ou Desperto, em tradução livre)ti, e ela botará todos os heróis da Liga em problemas aparentemente insolucionáveis. A trama envolvendo uma nova ameaça pode ser bem explorada e apresentar diversas surpresas, tornando a revista da Liga outra leitura obrigatória.
Batgirl por Hope Larson
Hope Larson é uma roteirista premiada com o Eisner e autorabest-seller do New York Times. Se não bastasse, some essa verdadeira carteirada ao artista que assumirá a Batgirl no Rebirth: Rafael Albuquerque. Juntos, a dupla de peso tomará o cetro de Brenden Fletcher, Cameron Stewart e Babs Tarr, que foram os responsáveis pela reinvenção da personagem há algum tempo, criando uma fase muito elogiada pelos críticos e fãs. Inicialmente, a nova fase da Batgirl lidará com as Aves de Rapina (já que a Canário Negro foi reintroduzida nas páginas da Batgirl, nada mais justo), e em sua revista solo a Garota de Gotham (esse título existe?!) estará treinando com o objetivo de aperfeiçoar suas habilidades e um velho conhecido retornará à sua vida, marcando um verdadeiro alvo em suas costas. A Batgirl é uma das personagens (ao lado da Arlequina de Amanda Conner e Jimmy Palmiotti) mais queridas da DC atualmente, e a leitura de sua revista desde a revitalização da edição #35 é essencial para qualquer fã de quadrinhos. As mulheres da DC Comics se tornam, a cada dia, tão importantes quanto os heróis medalhões conhecidos por todos, provando serem um sucesso de vendas em uma indústria tão machista.
Super Sons
Outra revista que será lançada somente em Setembro, Super Sons é por enquanto um dos maiores mistérios da editora. Não sabemos oficialmente a equipe criativa que assumirá este título, mas sua premissa é interessante o suficiente para que ele esteja nesta lista. A proposta desta HQ é contar histórias focadas no Robin Damian Wayne, filho do Batman, e em Jonathan Kent, filho do Superman com Lois Lane, o novo Superboy. O site Newsarama apontou que o time responsável seria o roteirista Christopher Burns, ex-editor da Boom! Comics e produtor de comédias, e que a arte ficaria a cargo de Jorge Jimenez, ilustrador das artes divulgadas. Como o DC Rebirth voltará a tratar do legado, uma revista focada nos filhos dos maiores heróis da editora é algo essencial para que a proposta da revitalização se realize. Nas imagens oficiais do Rebirth, Damian e Jonathan vem recebendo algum destaque, o que aumenta ainda mais a expectativa para com esta revista. Caso o time responsável foque em aventuras de adolescentes, a DC pode ter outro sucesso (como Academia Gotham e a própria Batgirl) em mãos.
Serão muitas revistas interessantes no Renascimento da DC. Action Comics por Dan Jurgens, Aquaman de Dan Abnett, Arlequina de Amanda Conner & Jimmy Palmiotti, Asa Noturna de Tim Seeley, New Super-Man por Gene Luen Yang e uma infinidade de outras HQs merecem a atenção dos leitores, mas seria impossível comentá-las todas em uma única postagem. O fato é que a DC parece finalmente ter ajustado grande parte de suas equipes criativas, gerando alguma expectativa em novos leitores e trazendo de volta os leitores mais antigos. Esperemos que a Editora conte boas histórias no que promete ser um sucesso de críticas e um estouro comercial.
A DCComics deu início, no dia 25 de Maio de 2016, à sua nova fase editorial intitulada DC Rebirth. O objetivo deste relaunch é aproximar a editora às suas antigas características, que envolvem o legado dos heróis, otimismo e mais amor. Esse novo momento da Editora das Lendas começou com uma edição especial lançada neste dia, escrita por Geoff Johns e intitulada DC Universe: Rebirth Special #1, onde as primeiras sementes do que virá a seguir foram plantadas.
Porém, apesar de dar início a um novo momento para os quadrinhos, algumas situações precisam ser explicadas aos leitores que estavam afastados da editora. O DC Rebirth é um ponto de partida para novos leitores, mas também respeita a continuidade dos personagens desde o reboot realizado em Flashpoint, explicando que foram roubados dez anos de história dos personagens. Confira abaixo todos os detalhes básicos da cronologia e da revista especial!
Existem dois Wally West?
A partir de agora, sim. O Especial do DC Rebirth é todo narrado pelo antigo Wally West, personagem querido dos fãs e tido por muitos como o melhor Flash de todos os tempos. Wally, o garoto ruivo, foi ajudante de Barry Allen e após a morte de seu mentor durante a Crise nas Infinitas Terras, o até então Kid Flash (membro dos Novos Titãs) assumiu o posto de Flash, dando continuidade ao legado de Barry.
Pra não ter erro.
Wally foi um dos personagens esquecidos após Flashpoint, com os Novos 52, e agora sabemos que ele também havia sido roubado da história. Porém, durante os Novos 52 um novo Wally West surgiu, e a edição especial do Rebirth explica o motivo de existirem dois personagens com o mesmo nome. O garoto negro chamado Wally também faz parte da família, e com o retorno do Wally original, o novo assumirá o posto de Kid Flash, utilizando a clássica roupa amarela e vermelha. Com isso, o antigo Wally utilizará um novo uniforme e será membro dos Titãs (equipe composta pelos personagens mais velhos, como Dick Grayson), enquanto o Wally mais novo será o Kid Flash dos Jovens Titãs (a nova equipe liderada por Damian Wayne). Tem Wally para todo mundo!
Qual é a do Superman?
Aqui as coisas se complicam um pouco. Na atual cronologia existiam dois Clark Kent/Superman: o dos Novos 52 e o pré-Flashpoint. Durante Flashpoint tudo foi resetado e os personagens foram rejuvenescidos e alterados, e nisso foi gerado um Superman com mais atitude, sem relações com Lois Lane, etc. Este Superman foi o único da Terra principal até então. Porém, durante a saga Convergência, algumas alterações nas múltiplas realidades da DC foram feitas, e uma delas foi tirar Lois & Clark (os antigos) de suas linhas do tempo e jogá-los no universo atual. Com isso, passamos a ter dois Superman, um mais jovem e outro mais velho, casado com Lois Lane e criando seu filho Jonathan (o novo Superboy no Rebirth). O que aconteceu foi: o Superman dos Novos 52 morreu na revista Superman #52, lançada há pouco tempo. Impedindo um vilão, o herói se sacrifica e tem seus poderes transferidos para Lois Lane (do universo dos Novos 52), transformando-a na nova Superwoman, e pouco antes, ele conversou com o até então desconhecido Superman mais velho. Com isso, este Superman pré-Flashpoint deve assumir o posto principal do herói deste universo até então estranho para ele.
Três Coringas?
Na saga Guerra de Darkseid Batman assumiu o posto de Metron na Poltrona Mobius e obteve conhecimento ilimitado. Em um rápido momento, o herói pergunta qual a verdadeira identidade do Coringa.
Pois agora, graças ao Especial do Rebirth, sabemos qual foi a resposta da Poltrona: é impossível dizer, pois não existe somente um Coringa, mas sim TRÊS. Na revista podemos ver que os três Coringas seriam o original, o da Piada Mortal e o dos Novos 52. Porém, os leitores não sabem nada além disso já que este gancho foi deixado em aberto e deve ser explorado no futuro, provavelmente na revista do Batman.
O Retorno da Sociedade da Justiça
Após o início dos Novos 52 outro grupo icônico da DC que acabou esquecido foi a SJA. Desde 2012, o que era a Sociedade da Justiça acabou se tornando a elogiada revista Terra 2, com novas versões dos heróis Alan Scott, Jay Garrick, etc. Como a proposta do Rebirth é trazer o legado dos heróis de volta, a antiga Sociedade também voltará, e na Edição Especial Wally faz uma visita a um antigo membro do grupo, Johnny Thunder, internado em um asilo.
Aparentemente, a história dos heróis mais velhos também foi roubada, mas Johnny possui lembranças e tem algum envolvimento com o desaparecimento dos heróis de guerra. Wally diz que Johnny deve “invocar o Gênio” para trazer os antigos de volta, e este breve momento se encerra com Johnny utilizando a clássica palavra de invocação de seu parceiro, um gênio de outra dimensão, chamado Relâmpago. Johnny inicia sua conversa com Wally dizendo “I see you“, e termina gritando a palavra mágica “Cei-U“, pedindo que o Relâmpago volte. Outro capítulo em aberto.
O Legado e Relacionamento dos Heróis
Em algumas páginas, a Edição Especial do Rebirth também dita o futuro para outros personagens da DC, trazendo o legado e o amor de volta às vidas dos heróis. A Legião dos Super-Heróis deve voltar, já que na revista uma garota loira (provavelmente Satúrnia) está conversando com oficiais acerca de alguns acontecimentos, mencionando o futuro e encerrando com a aparição do Anel da Legião. Aos que não conhecem, a Legião é um grupo do futuro que se inspira no icônico Superman.
Com relação ao Átomo, o aluno Ryan Choi assumirá o posto de seu mentor, Ray Palmer, em busca do herói que está preso no Microverso. Jaime Rayes e Ted Kord trabalharão juntos, descobrindo os segredos acerca do Besouro de Jaime. Jaime é o Besouro Azul criado durante a Crise Infinita, após a morte de Ted Kord. Na edição #50 da Liga da Justiça ocorreu uma mudança com relação à Lanterna Verde Jessica Cruz e ela deve trabalhar em parceria com Simon Baz, outro Lanterna criado nos Novos 52. Aqualad está em dúvida sobre quem ele é, Arqueiro Verde e Canário Negro, que não possuíam relacionamento algum durante os Novos 52, voltam a se encontrar, e Aquaman pede Mera em casamento. É literalmente o retorno do legado e do amor, a esperança de que dias melhores e mais inspiradores retornarão.
E Watchmen? Agora faz parte do Universo DC?
Uma das decisões mais polêmicas tomadas com o Rebirth foi o possível envolvimento de Watchmen na cronologia dos heróis. Aparentemente, quem roubou os dez anos de história e criou o mundo dos Novos 52 pode ter sido o Dr. Manhattan. Mas quais seriam as consequências disso?
Por enquanto tudo é pura especulação, mas algumas coisas fazem sentido. Watchmen foi criado por Alan Moore inicialmente com os personagens da antiga Charlton Comics, editora que existiu entre os anos 40 e 80, e foi englobada na DC Comics após a Crise nas Infinitas Terras. Estes personagens seriam o Besouro Azul, Capitão Átomo, Questão, entre outros. Como o tom da história é muito adulto, Moore criou seus próprios personagens baseando-se nos da Charlton, e contou a história mais aclamada dos quadrinhos,desconstruindo tudo que os heróis representavam, lidando de forma mais séria com o que até então era muito inocente e infantilizado.
Watchmen foi um dos pontos que afastou Moore da DC Comics, que alguns anos mais tarde fez a minissérie Antes de Watchmen, explorando o passado dos personagens desta história. A editora parece já não se importar com o que Moore pensa, e a possível inserção de Watchmen no universo regular dos heróis é uma prova cabal disso, além de possuir um significado metafórico muito forte.
No Especial do Rebirth, Wally diz que uma guerra virá. Uma guerra entre o amor e a apatia. Estas palavras deixam a entender que os heróis, agora voltando a ser símbolos de esperança, terão de lidar com o universo caótico e pessimista de Watchmen. E outras características ficaram em aberto, como o personagem Mr. Oz, que em determinado momento conversa com o Superman mais velho, falando sobre uma tragédia e deixando mais questões em aberto. Mr. Oz é especulado por muitos como Ozymandias, o “antagonista” de Watchmen. Além disso, na edição #50 da Liga da Justiça, o vilão Coruja (membro do Sindicato do Crime) foi explodido no espaço da mesma forma que Rorschach em Watchmen (e Pandora, na Edição Especial do Rebirth). A possível morte do Coruja é especulada por muitos como uma indicação de que os novos vigilantes de Gotham (que serão explorados na revista do Batman e aparecem rapidamente no Especial do Rebirth) podem ser o Coruja e a Espectral, dois dos protagonistas de Watchmen.
Será mesmo que a DC irá explorar tudo relacionado a Watchmen, inserindo a obra no universo regular dos heróis? Ao que tudo indica, sim. E no final da revista, o tempo retrocede no relógio, metaforicamente dizendo que além de corrigir o tempo perdido, a volta da esperança e do otimismo teriam feito o tempo para o fim do mundo aumentar. O tempo volta, remetendo ao retorno da era heroica para a DC. E mais dúvidas surgem na cabeça dos fãs.
Como podem ver, o DC Rebirth promete muito. A Edição Especial soou para muitos como um grande pedido de desculpas por alterar o que os fãs da DC amavam tanto. Por ter acabado, graças aos Novos 52, com tantos personagens queridos. Por ter extinguido o otimismo e as boas relações dos heróis. E finalmente, tudo parece voltar ao que era antes, aos melhores momentos. Resta saber como esta nova fase da Editora das Lendas se sairá, e se os novos títulos estarão a altura do que foi prometido com esta edição especial. E, claro, se os ganchos deixados em aberto serão explorados em breve.
Criada por Becky Cloonan, Brenden Fletcher e Karl Kerschl, a série Academia Gotham (Gotham Academy no original) está chegando ao Brasil com suas seis primeiras edições compiladas em um encadernado, atualmente nas bancas. Somando características de Harry Potter e Scooby-Doo, a revista não somente é uma excelente história sobre adolescentes, como também é uma ótima adição para o mundo do Batman.
A Academia Gotham é a escola especial para adolescentes mais prestigiada de Gotham City. Financiada pelo bilionário Bruce Wayne, a história deste quadrinho gira em torno de Olive Silverlock, uma garota que teve suas memórias e sua personalidade mudadas após um misterioso incidente ocorrido no verão passado. Voltando à escola, ela terminou seu namoro e começou a se afastar de todos os colegas, sofrendo lapsos mentais algumas vezes com pequenas cenas do ocorrido. Forçada a ser mentora de uma garota (irmã do ex-namorado), a protagonista deve lidar com uma novata hiperativa, e o quadrinho segue a rotina de Olive e sua nova ‘amiga’ Maps, resolvendo mistérios (fantasmas, cultos bizarros, etc) e descobrindo coisas sobre a escola e o incidente de Olive.
Olive Silverlock, Mia “Maps” Mizoguchi e Kyle Mizoguchi.
A premissa de Academia Gotham é bem simples. Durante as seis primeiras edições a história é totalmente focada no mistério acerca de Olive e seu relacionamento com todos os colegas (e possíveis inimigos) da escola. Enquanto tenta descobrir mais acerca de suas memórias perdidas, Olive e seus novos amigos acabam se metendo em diversas encrencas e resolvendo mistérios inusitados, uma característica que remete muito ao desenho Scooby-Doo.
O que dá a liga deste quadrinho é a excelente utilização de aspectos do universo do Batman sem soarem forçados, como o próprio herói, o Asilo Arkham e até mesmo alguns vilões. Apesar da história se passar numa escola para adolescentes, os roteiristas se preocupam sempre em situar tudo no universo de Gotham, sempre com designs góticos, criando um aspecto estilo Harry Potter. No final das contas, Academia Gotham é uma junção de Scooby-Doo, adolescentes carismáticos e Harry Potter. E a arte de Karl Kerschl é um show a parte que prende a atenção de qualquer leitor.
O quadrinho brinca bastante com algo relacionado ao Morcego.
Apesar de (quase sempre) adolescente serem chatos e cheios de problemas, essa característica funciona e é muito bem trabalhada com o passar das edições. Enquanto tudo no início é novo e Olive é uma personagem calada e chata, o leitor acaba se identificando com algum personagem e todos evoluem no decorrer da história. É um quadrinho que cresce muito com o passar das edições.
Rendendo uma leitura fluida com momentos divertidos e um mistério intrigante, Academia Gotham é um ótimo gibi sobre adolescentes e seus relacionamentos. Um respiro para o universo saturado do Batman, o encadernado da Panini é um dos melhores materiais da DC encontrados nas bancas atualmente.
Academia Gotham: Mistério na Sala de Aula possui 132 páginas em papel LWC, formato 17 x 26 cm e distribuição nacional ao preço de R$ 19,90.
A DC Entertainment anunciou hoje, dia 17 de Maio, o novo logo que passará a ser a identidade visual da DC Comics nos próximos anos. O objetivo do novo logo é respeitar os quase 80 anos de história da editora, e criar um vislumbre do futuro.
“Enquanto os quadrinhos continuam sendo o coração da DC, a marca evoluiu para diferentes histórias sendo contadas em diversas mídias. A DC é a casa dos maiores super-heróis e super vilões, e o novo logo possui o caráter e a força para estar ao lado dos outros símbolos icônicos da DC“, disse Amit Desai, Vice Presidente Sênior de Marketing e Global Franchise Management da DC Entertainment. “O lançamento do novo logo é um perfeito tributo ao legado da DC, o futuro excitante, e mais importante, nossos fãs.“
O novo logo da editora será lançado junto da revista DC Universe: Rebirth Special #1, escrita por Geoff Johns, que marcará o início da nova fase da DC Comics. O Rebirth promete trazer de volta aspectos clássicos da editora, respeitando seu legado e misturando com conceitos modernos.
“Estou muito orgulhoso que a revista Rebirth será a primeira HQ publicada com o novo logo da DC“, disse Geoff Johns. “Na minha opinião, o novo logo da DC somado ao Rebirth são construídos tendo com base o que foi feito antes, e olhando para o que virá amanhã.“
O novo logo da DC já foi introduzido nas plataformas digitais da editora, incluindo os appsDC Comics e DC All Access, e também a todos os sites e redes sociais. O novo logo foi revelado em parceria com o Pentagram.
Todos os logos da DC Comics com o passar dos anos. O novo logo remete muito ao de 1972.
DC Universe: Rebirth Special #1 será publicado no dia 25 de Maio, já contendo o novo logotipo da Editora das Lendas. Fique ligado na Torre de Vigilância para mais novidades do Rebirth!
Superman foi julgado culpado por…? Assistindo Batman vs Superman: A Origem da Justiça muitas pessoas ficaram confusas com alguns detalhes da trama, muito por conta dos cortes secos graças à edição confusa. Enquanto algumas dessas pensaram que o governo estava incriminando Superman por ter matado (a tiros? Sério?) as pessoas da vila africana onde Lois Lane ia realizar uma entrevista, outras simplesmente não entenderam nada da trama principal de induzir um pensamento dúbio acerca de Superman e as motivações de Lex Luthor. [Contém spoilers do filme]
Uma das primeiras cenas do filme mostra Lois Lane chegando na vila chefiada por terroristas para realizar uma entrevista. Seu parceiro e fotógrafo nesta viagem (segundo o diretor Zack Snyder, o fotógrafo é Jimmy Olsen) é exposto pela equipe de mercenários que estava presente ali aparentemente trabalhando para o líder, revelando que na verdade Jimmy trabalhava com a CIA para descobrir a localização do chefe terrorista.
Lois Lane é, então, tomada como refém. Isso faz com que Superman saia de onde estava para salvá-la, mas antes, o grupo de possíveis mercenários liderado por Anatoli (que receberá mais destaque conforme o filme avança) massacra as pessoas da vila a tiros e foge. Superman rompe a barreira do som algumas vezes, desce e salva Lois. Esta cena é a base de toda a trama do filme, incluindo boa parte das manipulações de Lex Luthor.
O arquiteto por trás de toda a trama do filme.
A mídia e o governo não culpam Superman por ter matado as pessoas, mas sim por não ter agido antes delas morrerem, se preocupando somente em salvar Lois Lane. A Senadora (interpretada por Holly Hunter) passa o filme todo perguntando a especialistas e membros da mídia se Superman deveria agir como um salvador messiânico de toda a humanidade, ou se preocupar apenas com o que é do interesse dele (como na mente de boa parte das pessoas, aconteceu no vilarejo africano). Superman não é um assassino direto, mas a mídia é levada a pensar que ele simplesmente não quis salvar ninguém no massacre graças a ausência de provas que contestem essas afirmações.
No tiroteio, uma das balas é cravejada no diário de anotações de Lois. Com o desenrolar do filme, descobrimos que a bala é feita de um metal diferente produzido pela LexCorp. Mas qual seria o interesse de Lex Luthor em incriminar o Superman?
A população exige saber quais as motivações do Superman.
O Lex deste universo é mais perturbado que qualquer uma de suas encarnações anteriores. Um garoto que tinha problemas de relação familiar com seu pai, Luthor pretende criar uma arma capaz de destruir Superman, que ele acredita ser uma possível ameaça para toda a humanidade (graças a batalha de Metrópolis contra o General Zod). Esta arma seria feita de kryptonita (da qual ele já tinha acesso a um pequeno fragmento presente na nave kryptoniana abandonada, mesmo fragmento que ele estudou e descobriu que degradava as células dos kryptonianos).
No momento que os exploradores que trabalhavam para Lex encontram uma grande pedra de kryptonita presente em uma ilha do Oceano Índico, o jogo político começa. Lex precisa não só do direito de importar esta pedra para os EUA, como também a licença do governo para que ele estude os efeitos de tal descoberta, utilizando tudo o que restou da batalha de Metrópolis (incluindo o corpo de Zod), e criando uma arma baseando-se nestes estudos.
Encontrada no Oceano Índico, a rocha de kyptonita une Lex Luthor e a paranóia de Bruce Wayne.
Lex utiliza de chantagem com um possível político corrupto para obter a licença que, um tempo depois, é vetada pela Senadora. Enquanto isso, Bruce Wayne vem investigando o que seria o Português Branco que ele tem ouvido falar e que aparentemente carrega ilegalmente um item capaz de enfraquecer o Homem de Aço. Bruce nutre um ódio pelo Superman graças a destruição de Metrópolis e a morte de milhares de pessoas. Lex se aproveita deste ódio, apoiando um ex-funcionário da Wayne Financial que também odeia o Superman. Este funcionário perdeu suas pernas na queda do prédio das indústrias Wayne, e é utilizado como marionete por Lex para trazer Superman até a corte, com o objetivo de dizer quais seus ideais para com a segurança do planeta. É importante ressaltar que o Lex deste universo já tem conhecimento não só das identidades de ambos os heróis, como possuiarquivos sobre estranhos casos dos chamados meta-humanos que vem surgindo há algum tempo.
Para que o plano de Lex funcione, é de suma importância que ele já possua um conhecimento sobre as identidades de ambos os heróis. Sabendo que Superman é o repórter Clark Kent, ele não só aproxima os dois como também envia fotos de um preso (que foi marcado pelo Batman no início do filme) morto, espancado na prisão por ser um possível estuprador ou traficante de mulheres. Clark acredita que os métodos do Batman são muito violentos, enquanto Bruce é manipulado (graças ao ex-funcionário que também foi manipulado por Lex) a crer que o Superman não somente é uma possível ameaça, como deve ser destruído.
“Ele é como um Reino de Terror de um homem só.”
Retornemos ao filme. Após a Senadora vetar a licença de Lex e Superman começar a agir como um salvador da humanidade, Bruce (já com um grande ódio nutrido) realiza uma perseguição com o Batmóvel para tentar obter a pedra de kryptonita e é confrontado por Superman, que também já havia recebido as fotos do presidiário que foi espancado até a morte. Os heróis se encontram trajados pela primeira vez, e Lex tira sua kryptonita do porto. Então, chegamos na cena do confronto da Senadora com o Homem de Aço.
Aqui, Lex utiliza a cadeira de rodas que ofereceu ao ex-funcionário para explodir todo o congresso. Havia uma transmissão ao vivo sendo realizada neste momento, e todos os cidadãos (incluindo Bruce) observam Superman sair ileso enquanto todos no capitólio pegam fogo. Isso leva a kryptonita (com a morte da Senadora, muito mais fácil de se manter para estudos) a ser roubada pelo Batman. Superman culpa a si mesmo por não ter conseguido evitar a morte das pessoas no capitólio. Enquanto isso, Lex inicia a terceira parte de seu plano: obter conhecimento acerca de todo o universo. Para isso, ele utiliza as digitais de Zod (que haviam sido cortadas antes) e a nave kryptoniana abandonada para acessar os arquivos acerca de tudo conhecido. Aqui, ele não só obtém o conhecimento de outros planetas (possivelmente um deles sendo Apokolips) como também descobre o projeto secreto de Krypton para criação do Apocalypse. Bruce se prepara para confrontar o Superman (que está isolado e pensativo no ártico) e Lex inicia a criação do monstro como uma precaução. “Se o homem não matar Deus, o Diabo matará“.
Durante a transmissão do capitólio, Bruce não só assiste a destruição como também recebe as mensagens que Lex Luthor preparou com o objetivo de aumentar seu ódio.
Bruce prepara a área do prédio abandonado do Departamento de Polícia de Gotham justamente para confrontar Superman sem botar em risco a vida de civis. Lex observa de longe o Bat Sinal sendo ligado, e Lois é sequestrada por Anatoli para ser utilizada como um método de chamar o Superman (como vimos no começo do filme, ele sempre aparece para salvá-la). Frente a frente com Lex Luthor, Superman descobre que sua mãe está sendo mantida como refém, amordaçada (impossibilitando que ela grite por socorro) e a única maneira de salvá-la é indo confrontar o Batman. Ele então parte para pedir por ajuda do Morcego, mas não é ouvido (o ódio torna homens bons… Cruéis) e acaba sendo derrotado e impedido de ser atravessado pela lança de kryptonita (forjada anteriormente) no último segundo. No final das contas, o homem não matou Deus, e Batman parte para salvar Martha Kent enquanto Superman vai até Lex Luthor para impedi-lo de agir além de todos os problemas que já havia causado.
Isso culmina na criação do Apocalypse, levando à batalha final de Batman, Superman e Mulher-Maravilha (que possui uma trama secundária bem simples no filme) contra Apocalypse, culminando num final trágico que torna Superman um grande messias para a humanidade, o salvador que deu sua vida em troca da segurança do planeta.
O “falso deus” se torna o salvador da humanidade.
Resumindo, sim, Lex Luthor possui uma motivação e Superman estava sendo incriminado por algo que não poderia ter impedido. Lex é um vilão manipulador, que utilizou todos os personagens do filme como suas marionetes para tentar por em prática diversos planos com um único objetivo: inferiorizar e destruir o Superman. A manipulação da mídia, do governo e de todo o resto está relacionada de alguma forma aos planos de Lex, desde a segunda cena do filme (descoberta da kryptonita) e do massacre no vilarejo africano que Superman não pôde impedir. O filme acaba com Lex Luthor preso, Bruce e Diana discutindo sobre o futuro e os possíveis meta-humanos, além da promessa: “Nós podemos fazer melhor. Nós faremos. Nós TEMOS que fazer.“
As prévias da nova linha editorial da DC Comics estão saindo a todo vapor. Há alguns dias foram divulgados os previews da nova revista do Arqueiro Verde, e hoje, dia 07/05, o Comic Book Resources divulgou exclusivamente os designs de visuais da Supergirl e do novo Superboy.
O novo visual da Supergirl traz de volta a saia vermelha em um design feito por Brian Ching. A revista será escrita por Steve Orlando.
Já o novo Superboy (John Kent) teve seu redesign feito por Jorge Jimenez. O herói mirim será protagonista da revista Super Sons, que deve ser publicada em setembro, e dividirá o título com Damian Wayne, o Robin.
O Rebirth da DC Comics começará oficialmente dia 25 de maio, com o lançamento da revista “DC Universe: Rebirth“, escrita por Geoff Johns e ilustrada por Gary Frank, Ivan Reis, Phil Jimenez e Ethan Van Sciver. A proposta da iniciativa é trazer de volta elementos da DC clássica que haviam se perdido desde o reboot de 2011, Os Novos 52.