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Primeiras Impressões | Yuri!!! on Ice

Atrasado sim, desistindo nunca. Apesar do nome, Yuri!!! on Ice não é uma história sobre garotinhas trocando beijos na neve. Na verdade, é uma história sobre dois garotos que dividem o nome Yuri, um treinador famoso e patinação no gelo. Mas poderia ser sobre as garotinhas se beijando, levando em conta que japonês é um povo bem estranho.

Animes e mangás sobre esporte são, quase sempre, parecidos. Não que não existam exceções. Sim, elas existem e são muito lembradas por todos, mas no grosso é quase sempre a mesma coisa. Mais especificamente sobre os animes, em toda temporada são lançados alguns do gênero, e quase sempre eles tratam de garotos ou garotas na escola que treinam e desejam subir na vida, competindo entre escolas e sempre usando o esporte como uma metáfora para a superação, aprendendo desde o básico. Porém, a temporada atual trouxe dois animes bem diferentes sobre esporte: Keijo!!!!!!!! e Yuri!!! on Ice. É a temporada dos animes de esporte cheios de exclamações!!!!!!!!!!!!!!!!! (Apesar do primeiro citado ser diferente por outros motivos).

Esse levou a Medalha de Ouro na categoria "Melhor Roupa de JoJo".
Esse levou a Medalha de Ouro na categoria “Melhor Roupa de JoJo”.

Dito isso, é importante ressaltar que não sou grande fã do gênero. Por não ser muito fã de esportes (seja vôlei, futebol ou qualquer outro), as obras japonesas sobre tais assuntos nunca chamaram minha atenção. Existe uma infinidade de obras nipônicas sobre futebol, algumas sobre basquete, vôlei, beisebol, diferentes tipos de luta e até sobre natação ou ciclismo. E sim, existem alguns sobre patinação no gelo, e nenhum deles jamais me cativou.

SHIKASHI, depois de quatro parágrafos de texto sobre nada, é aí que entra Yuri!!! on Ice. Poucas vezes tive contato com um anime tão envolvente e encantador como este. E se não bastasse a história cativante, os valores de produção da série beiram a perfeição.

No way! Estes garotos bonitos deslizando sobre o gelo são fabulosos!
No way! Estes garotos bonitos deslizando sobre o gelo são absolutamente fabulosos!

Resumidamente, Yuri!!! on Ice conta a história de um garoto japonês chamado Yuri Katsuki (oh!), que carrega nas costas o nome do Japão na área de patinação no gelo. Ele já é um profissional que cresceu adorando o esporte, e ao competir no Grand Prix Finale, ficou em último lugar. Quando retorna para sua terra natal pensando em desistir da carreria, após alguns eventos sua grande inspiração da vida, o ídolo Victor Nikiforov, bate na porta de sua casa dizendo que irá treiná-lo. Ao mesmo tempo, um jovem prodígio russo chamado Yuri Plisetsky (oh! São dois Yuris!) também deseja obter o treinamento de Victor após uma promessa. Victor e seus dois Yuris começam então seus treinamentos para competirem e descobrir qual será o discípulo definitivo do grande patinador, que então competirá nos grandes campeonatos de patinação no gelo. O que acontece daí pra frente, só assistindo para descobrir.

A premissa é ótima. O character design de Mitsurou Kubo e o desenvolvimento de todos os personagens também são ótimos. Logo de cara a diferença desta para outras obras sobre esportes ficam claras ao notarmos que o protagonista já é um adulto de 23 anos que compete e deseja aprimorar suas habilidades. Graças a este fator, toda a parte de descoberta do esporte e aprendizado é pulada, tornando a história bem fluida. Além disso, a animação proveniente do estúdio MAPPA (Shingeki no Bahamut: Genesis, Ushio to Tora, Zankyou no Terror) também é belíssima, e a trilha sonora é um show a parte. Entendeu? Patinação, esporte, TV, show… Enfim.

Toda vez que eles começam a girar, minha mente infernal toca a música do Pião da Casa Própria.

Os movimentos dos personagens são belissimamente animados. Por ser um leigo no assunto, é difícil eu julgar se o anime reproduz fielmente movimentos existentes nas competições de patinação no gelo, mas dando uma rápida pesquisada no papai Google notei que aparentemente sim, eles são bem fiéis a movimentos reais do esporte. Se isso é verdade ou não, só Deus sabe, mas se tá na internet é verdade e isso dá pontos adicionais à obra (que aliás, é uma obra original, não adaptada de mangá ou novel). E quando mencionei a bela trilha sonora é impossível não pensar imediatamente no lindo tema de abertura cantado por Dean Fujioka. Poucas vezes uma música de anime cantada em inglês ficou tão bela na história da Terra do Sol Nascente.

E caso seja do interesse do(a) espectador(a), Yuri!!! on Ice é cheio de baits de fanservices. Não que precise de muito esforço, já que patinação no gelo já é um esporte bem peculiar, mas algo similar a Free! (anime sobre natação), parte do público ficará bem satisfeito. Mas não, esse não é o foco da obra. É um adicional para shippers de BL. As situações são bem cômicas.

Yuri!!! on Ice foi uma grata surpresa. Ao somar uma animação linda, uma trilha sonora soberba, character design e development de primeira qualidade e uma narrativa fluida e cativante, a fama que o anime vem ganhando nesta temporada é totalmente merecida. Malemá consigo pensar em pontos negativos. Talvez o design dos cachorros, que ficaram meio estranhos. Mas isso seria forçar bastante a barra. Leva um 9/10 tranquilamente, com potencial de, se bem conduzido, manter o nível até o fim.

Novos episódios podem ser assistidos todas as quartas-feiras na Crunchyroll.

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Toriko | Mangá pode acabar nas próximas semanas

Toriko já foi um dos pilares da Shonen Jump. O mangá criado por Mitsutoshi Shimabukuro é publicado na revista semanal japonesa desde 2008, tendo totalizado 41 volumes publicados até o momento, compilando seus mais de 350 capítulos. E a história do bishokuya de cabelo azul pode finalmente estar caminhando para o seu final.

Foi anunciado que na edição #50 da Shonen Jump, que será lançada no dia 14/11, Toriko terá 31 páginas, dez a mais que o normal. Além disso, dois volumes encadernados (os volumes 42 e 43) foram anunciados em pré-venda pela Amazon japonesa, e com o lançamento totalmente atípico dos dois, os encadernados alcançam os capítulos atuais publicados na revista. Somando todos estes fatores (é extremamente incomum serem publicados dois encadernados ao mesmo tempo), especula-se que a série será finalizada nas próximas edições da Jump, pouco antes dos 400 capítulos.

Capa da edição encadernada número #41, a última publicada no Japão.

O mangá conta a história de um Caçador Gourmet chamado Toriko que tem como objetivo criar o Menu Perfeito de sua vida, composto por oito pratos de diferentes ingredientes. Ele e seus amigos caçam alimentos e enfrentam organizações, sempre com o objetivo de conseguir preparar os mais variados pratos, somando conhecimentos advindos tanto do mundo comum como do chamado Mundo Gourmet, onde os maiores Caçadores Gourmet da história desbravavam as terras.

Volumes 42 e 43 do mangá em pré-venda na Amazon japonesa.
Volumes 42 e 43 do mangá em pré-venda na Amazon japonesa.

Por alguns anos Toriko rivalizou com Naruto e One Piece nas melhores colocações de séries da Jump. Aos poucos a série passou por um declínio e novos sucessos (como Assassination Classroom, Haikyuu!! e Boku no Hero Academia) foram surgindo, e como consequência, tomando o espaço de diversas publicações, sendo Toriko uma delas.

O anime baseado na obra teve um total de 147 episódios e dois filmes lançados, produzidos pela Toei Animation. No Brasil, a editora Panini publica a série bimestralmente, sendo o volume 22 o mais recente lançado.

Será que Toriko também está se despedindo da Jump, juntando-se aos recém despedidos como Naruto, Bleach e KochiKame? Saberemos em breve! Fique ligado no site da Shonen Jump para maiores informações.

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TOP 15 | Mangás que deveriam ser relançados/reimpressos

Entre 2014, 2015 e 2016 vivemos a Era de Ouro dos mangás no Brasil. Publicados entre diversas editoras, das maiores às menores, os gibis japoneses são atualmente lançados em diversos formatos, do luxo ao mais simples, com preços para todos os bolsos. E um dos motivos dos últimos anos terem sido tão positivos para o mercado brasileiro é a quantidade de relançamentos e reimpressões de mangás.

Yu Yu Hakusho, Berserk, Rurouni KenshinVagabond, Fullmetal Alchemist, Éden, Blade, Chobits, Hellsing, parte de Dragon Ball e títulos vindouros como Akira, InuYasha e Slam Dunk são alguns dos que compõe a extensa lista de relançamentos dos últimos anos, concluídos, iniciados ou anunciados neste período. SHIKASHI, ainda existem títulos que merecem ser relançados no Brasil, e este TOP 15 visa citar alguns destes títulos que deveriam ser republicados (em outro formato) ou que simplesmente poderiam ser reimpressos. Confira abaixo a lista dos quinze mangás escolhidos.

15 – Negima!

Uma das obras mais famosas de Ken Akamatsu, ao lado da já republicada Love Hina, Negima! foi completo no Brasil em 76 volumes meio-tanko (dividindo um volume japonês em dois). A obra possui originalmente 38 volumes, e merecia uma republicação no estilo do já citado Love Hina. Além da fama, Negima! também faz parte do universo do atual mangá de Akamatsu, UQ Holder!, que já é publicado no Brasil pela JBC e ganhará uma versão em anime muito em breve. Com um relançamento de Negima! a editora JBC teria um catálogo completo das mais famosas obras de Ken Akamatsu em seus formatos originais, com bom acabamento e nova revisão de texto.

14 – Fushigi Yuugi

Obra da famosa mangaká Yuu Watase (O Mito de Arata), Fushigi Yuugi é o maior sucesso da carreira da autora. Publicado no Japão de 1992 a 1995, a história é ambientada na China Antiga e foi publicada no Brasil pela editora Conrad de 2002 a 2005, no formato meio-tanko, totalizando 36 volumes (18 tankos originais japoneses). Por se tratar da obra mais famosa da autora, Fushigi merecia uma republicação em terras brasileiras, no formato original japonês com melhor acabamento gráfico. Porém, é importante lembrar do cancelamento de O Mito de Arata (obra mais recente da autora) pela Panini, visto que as vendas foram insatisfatórias na época (entre 2011 e 2013), e se alguma editora viesse a republicar Fushigi ela estaria, talvez, arriscando um pouco mais do que o normal.

13 – Hunter x Hunter

Este entra para a lista de reimpressões. Obra mais longeva do gênio Yoshihiro Togashi, Hunter x Hunter é publicado atualmente no Brasil pela editora JBC, já em seu formato original. No Japão, Togashi publica alguns capítulos por ano (se publicar), e isso faz com que a obra esteja em hiatos constantes. Contudo, os primeiros volumes de Hunter foram lançados por aqui em meados de 2008, aproximadamente oito anos atrás. Graças a este fator é praticamente impossível encontrar as edições em bom estado por preços justos. Apesar de ainda estar em publicação no Japão, outros mangás republicados no Brasil (como Berserk) são a prova de que seria possível relançar (ou reimprimir) um mangá que ainda esteja saindo por lá, caso o licenciante permita. Não é necessário um lançamento com qualidade superior (ao estilo de Yu Yu Hakusho, obra do Togashi mais famosa no Brasil republicada recentemente pela JBC), podendo somente repor as edições esgotadas para que se formem novos leitores, e estes possam acompanhar os lançamentos, como o vindouro volume 33 que deverá sair em breve nas bancas.

12 – Claymore

Outro para a lista de reimpressões. Ou talvez um relançamento com melhor acabamento? Publicado no Brasil pela Panini bimestralmente (e depois quadrimestralmente) entre 2009 e 2015, Claymore é um mangá de ação criado por Norihiro Yagi. Apesar de ter sido concluído há pouco mais de um ano no Brasil, Claymore sofre dos mesmos problemas de Hunter: a falta de edições em catálogo. Ainda é possível encontrar com certa facilidade os volumes finais (a obra é completa em 27 volumes) para compra, porém, os primeiros são mais complicados e quando estão disponíveis são por preços abusivos ou bem desgastados. A publicação espaçada (convenhamos, um volume a cada quatro meses é algo complicado) fez com que muitos volumes desaparecessem do mercado, impedindo que leitores interessados tentem completar a coleção. E um novo lançamento seria muito bem-vindo.

11 – Gunnm – Hyper Future Vision

Este entra para a categoria de Negima! Gunnm foi publicado no Brasil pela JBC entre 2003 e 2004 em formato meio-tanko, completo em 18 volumes. Mangá de ficção-científica criado por Yukito Kishiro, Gunnm possui uma temática ao estilo Mad Max, com uma cidade flutuante e o convívio entre humanos e ciborgues, que se encaixa numa categoria similar ao mangá Éden – It’s An Endless World que a JBC está finalizando a republicação no recém criado formato Big. Gunnm saiu no Japão entre 1991 e 1995 e é completo em 9 volumes, tornando um relançamento em terras tupiniquins algo bem agradável por ser um mangá curto com uma temática que está em alta na editora (que publica outras ficções-científicas e derivados como Terra Formars e Knights of Sidonia). Além disso, é a chance de revisar a tradução e adaptação e dar a oportunidade de novos leitores conhecerem um ótimo título.

10 – Bleach

Finalizado recentemente no Japão, Bleach, a maior obra de Tite Kubo, é publicado no Brasil pela Panini desde 2007, encontrando-se atualmente no volume 70. A série durou até a edição 73, e assim como Hunter e Claymore os primeiros volumes são impossíveis de se encontrar para compra. Como Bleach foi durante muito tempo um dos maiores sucesso da revista Shonen Jump, é possível que haja interesse da Panini em querer relançá-lo como fez duas vezes com Naruto (com a versão Pocket e recentemente com a edição Gold). Com o fim da série, mais leitores criaram interesse pela obra e seria uma boa chance para a Panini reeditar o texto, publicando o mangá com as onomatopeias originais japonesas e até uma revisão na tradução.

9 – Adolf

Clássico de Osamu Tezuka publicado no Japão entre 1983 e 1985, Adolf foi publicado no Brasil pela editora Conrad entre 2006 e 2007. A editora que recentemente finalizou a clássica série Gen – Pés Descalços desde então não fez uma reimpressão dos cinco volumes que compõe a obra de Tezuka na íntegra. A NewPOP vem publicando outras séries do Tezuka há alguns anos (Dororo, Kimba, Don Dracula e one-shots), porém, a editora nunca deixa seus títulos do Tezuka saírem de catálogo, e Adolf é uma das obras que deveriam estar sempre disponíveis, assim como a Conrad faz com o já citado Gen.

8 – Buda

Outro clássico de Osamu Tezuka publicado no Brasil pela Conrad, Buda possui 14 volumes e durou onze anos de publicação no Japão (de 721983). A série completa foi finalizada no mercado brasileiro entre 2005 e 2006, e assim como as publicações citadas anteriormente, é praticamente impossível encontrar todos os volumes para compra, tornando uma reimpressão do título algo essencial para o mercado.

7 – Gantz

Série criada por Hiroya Oku, Gantz é um seinen (mangá para adultos) de ficção-científica lançado no Brasil pela Panini em 2007, durando até 2014, tendo sido finalizado no volume 37. O mangá é um dos casos em que a editora já publicava seus novos títulos com as onomatopeias originais japonesas, porém a obra cai na mesma questão de Claymore, Bleach e Hunter x Hunter: é basicamente impossível encontrar os primeiros volumes em bom estado por um preço justo, e uma reimpressão ou relançamento seriam muito bem-vindos. Gantz é uma obra que, apesar de encerrada no Japão em 2013 rende frutos até hoje, como o recente filme em computação gráfica Gantz: O.

6 – Video Girl Ai/Len

Mangá de Masakazu Katsura, criador de Zetman, Video Girl é uma comédia romântica de ficção-científica publicada no Japão entre 1989 e 1991. No Brasil a série foi publicada pela editora JBC de 2001 a 2003 em meio-tanko, durando 30 edições. A versão original japonesa possui 15 edições, sendo treze de Video Girl Ai e duas de Video Girl Len. Com a recente publicação de Zetman no Brasil caminhando para o fim, é provável que Video Girl seja um dos futuros títulos relançados pela editora JBC, juntando-se aos relançamentos de mangás publicados em meio-tanko anos atrás, agora com nova tradução e melhor acabamento. E se isso não está nos planos da editora, deveria estar, pois nem só de relançamentos dos Cavaleiros do Zodíaco vive o mercado.

5 – Uzumaki

Uma das obras mais famosas do mestre do horror Junji Ito, Uzumaki não vê a luz do mercado brasileiro desde 2006, quando a Conrad publicou a série completa em suas três edições originais. Recentemente a editora DarkSide, conhecida por seus livros com ótimo acabamento gráfico, anunciou que estaria publicando a obra Fragments of Horror em 2017, também de Junji Ito, marcando assim sua estreia no mercado brasileiro de mangás. Com isso as expectativas ficam altas com relação a Uzumaki, que já recebeu uma edição integral de luxo publicada nos Estados Unidos pela Viz Media perfeita para o padrão de qualidade da DarkSide Books.

4 – Sanctuary

Yoshiyuki Okamura, também conhecido como Buronson ou Sho Fumimura, é o criador do famoso mangá Hokuto no Ken. Contudo, além de Hokuto no Ken, Sho publicou entre 1990 e 1995 um mangá policial inspirado em Mad Max ilustrado por Ryoichi Ikegami (Crying Freeman), completo em 12 edições, chamado Sanctuary. A obra teve cinco volumes publicados no Brasil pela editora Conrad entre 2006 e 2007, com o lançamento do sexto volume em 2008. O mangá foi então cancelado pela editora e os leitores brasileiros nunca tiveram a chance de ler o final da série. Uma excelente obra criada por dois ótimos mangakas, Sanctuary merecia uma segunda chance no Brasil.

3 – Cowboy Bebop

Cowboy Bebop possui duas séries em mangá com aventuras inéditas e paralelas em relação à animação. Cowboy Bebop: A New Story (completo em 3 volumes) foi publicado pela editora JBC no formato meio-tanko em seis edições, semanalmente, no ano de 2004. Recentemente a editora disponibilizou uma votação para que o público decidisse qual seria o próximo relançamento, e Cowboy Bebop era uma das opções. Infelizmente o título perdeu para InuYasha, porém a promessa é que Bebop também será relançado no futuro. E quem sabe a outra série inédita no Brasil, chamada Cowboy Bebop: Shooting Star, também seja lançada por aqui, completando as publicações de um título baseado em um famoso anime.

2 – Yu-Gi-Oh!

Yu-Gi-Oh! é um sucesso da Shonen Jump no Brasil e no mundo, e rendeu diversos spin-offs e diferentes cartas para jogos. A coleção completa possui 38 volumes e foi publicada no Brasil pela JBC entre 2006 e 2010, já no formato original japonês. O autor, Kazuki Takahashi, queria criar um mangá onde as pessoas não batessem em nada, mas sim competissem de outras formas. Então surgiu a ideia das batalhas através de um cardgame. Yu-Gi-Oh! tornou-se um sucesso estrondoso no Brasil graças ao anime exibido na Rede Globo, Nickelodeon e PlayTV, criando uma legião de fãs em terras tupiniquins. Por se tratar de uma obra nostálgica e com uma fanbase devota ou novos potenciais leitores, a saga de Yugi Muto merecia uma republicação no Brasil com melhor acabamento gráfico, no mesmo estilo do que foi feito com Rurouni Kenshin e Yu Yu Hakusho, outros clássicos da Jump.

1 – Shaman King

Por fim, outro título que estava na lista da pesquisa feita pela JBC e que ficou em segundo lugar, perdendo para InuYasha. Shaman King (1998-2004), criação de Hiroyuki Takei, foi publicado na íntegra pela editora no formato meio-tanko com um acabamento gráfico lamentável entre 2003 e 2006, totalizando 64 edições (32 tankos originais japoneses). Contudo, a JBC só publicou o que foi lançado pela Shonen Jump, e o verdadeiro final foi publicado após o fim da coleção no Japão, em um kanzenban. Graças a este fato os leitores brasileiros nunca tiveram a chance de conhecer o verdadeiro final da obra, tornando o relançamento em novo formato com melhor acabamento gráfico, tradução revisada e compilando todo o material algo essencial para o mercado brasileiro, visto que se trata de uma obra famosa no Japão e com um anime de suporte exibido no Brasil anos atrás.

Obviamente existem diversos outros títulos que merecem ser republicados ou reimpressos no Brasil. A Princesa e o Cavaleiro, Battle Royale, Angelic Layer, Fruits Basket, Bastard!!Monster (que já está esgotado há algum tempo) e diversos outros poderiam até mesmo compor uma segunda lista ou serem incluídos em um TOP 20. Vale também lembrar que as posições do TOP não são necessariamente a preferência ou necessidade de cada título para ser republicado, mas sim uma ordem aleatória.

Concorda com a lista? Discorda? Gostaria de citar outros mangás? Comente abaixo!

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Primeiras Impressões | Udon no Kuni no Kiniro Kemari

Imagine que você é um cara normal na casa dos 30 anos de idade que herda o antigo restaurante de seu falecido pai. Sem grandes promessas para seu próprio futuro, você visita o local com o objetivo de limpá-lo para vender e acaba encontrando um garotinho de rua, aparentando ter no máximo cinco anos de idade. Parece o sonho de um pedófilo, mas é só Udon no Kuni no Kiniro Kemari, anime recém-estreado (e ouso dizer, mais fofo) da atual temporada!

Produzido pelo estúdio LIDENFILMS (Terra Formars, Aiura), Udon no Kuni é a adaptação de um mangá criado por Nodoka Shinomaru. Dirigido por Ibata Yoshihide (Haikyuu!!), o anime contará com 12 episódios e narra a história de Souta Tawara, um designer que morava em Tóquio e herdou o restaurante de udon (tipo de macarrão japonês grosso feito de farinha, servido comumente como sopa) de sua família em Kagawa. Lá ele encontra um garotinho de rua escondido e com fome, e sem sinal de seus pais, acaba o adotando. Contudo, o garoto não é somente um perdido, mas sim um cão-guaxinim folclórico que se disfarça de criança!

O primeiro episódio de Udon no Kuni foi uma grata surpresa sendo bastante introdutório e singelo. Seja por conta de sua belíssima animação bem detalhada e limpa ou por sua trilha sonora calma e tocante dirigida por Tsuruoka Yota (insira aqui uma infinidade de animes famosos), a obra entregue é de fazer qualquer um sorrir bastante. A premissa é simples e a simplicidade é bela. E fofa. Kawaii. Já falei que isso é muito fofo?

Em poucas cenas o anime situa bem o espectador sem parecer um panfleto de introdução, característica típica de obras seinen/josei slice of life. Utilizando flashbacks e detalhes simples nos cenários, aos poucos a história vai sendo contada e alguns personagens (que aparentemente serão parte do elenco fixo) são apresentados. E se não bastasse a ótima e relaxante construção de episódio (de verdade, assistir isso é muito desestressante), o elenco de dublagem também fez um ótimo trabalho, especialmente o responsável pela voz de Souta, Nakamura Yuuichi (Haikyuu!!91 Days da temporada passada, Drifters da atual temporada, Fairy Tail, Durarara!!, Fullmetal Alchemist: Brotherhood e outros).

Infelizmente, algumas cenas deste anime darão fome. Assista por sua conta e risco.

Para os mais conhecedores de animes a premissa deve lembrar bastante Barakamon, com um quê de Usagi Drop e Amaama to Inazuma. A diferença, além do restaurante da família de Souta ser de udon, é o lado místico/folclórico, já que o garotinho chamado Poko é um tanuki (cão-guaxinim) mágico descrito pelo monge do templo como “uma criatura que se disfarça de humano e vive assim durante anos e anos“. E Souta acaba descobrindo isso no final do episódio de forma hilária.

Parece doença mas é só um guaxinim mágico e fofo.

Souta, o protagonista, é o típico esteriótipo de personagem que não se importa com o legado da família. Ao demonstrar zero interesse em reabrir o restaurante, fica óbvia a construção de plot onde Souta reabrirá o negócio e tentará tocá-lo à sua maneira com a ajuda dos amigos e familiares (como sua irmã), motivado por sua convivência com Poko e aprendendo com as recém descobertas receitas de seu pai. A relação perturbada de pai e filho entre Souta e seu progenitor também deve servir como inspiração, especialmente para o seu convívio com Poko. É tudo muito bonito nessa belezinha. Até a música de abertura é uma belezinha.

Souta decide seguir os passos do pai.
Souta decide começar a seguir os passos do pai ao herdar seu restaurante.

Udon no Kuni no Kiniro Kemari tem potencial. Julgando somente pelo primeiro episódio e comparando com outros “primeiros episódios” da temporada assistidos até o momento, este foi de longe meu favorito, recebendo todo o apoio possível e a torcida para que o bom nível se mantenha.

A série é exibida aos sábados no Japão e pode ser assistida simultaneamente através do serviço de streaming Crunchyroll.

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Primeiras Impressões | Drifters

Samurais. Decapitações. Sangue jorrando em doses cavalares. Elfos. Esferas mágicas. Um homem usando óculos. Portas que levam a outros mundos. História japonesa e patos depenados. Adicione a tudo isso uma trilha sonora bem louca com um humor doente e temos Drifters, um dos animes mais promissores da atual temporada. É até meio louco parar pra pensar que tudo isso saiu da cabeça de um japonês estranho.

Drifters é um mangá escrito e ilustrado por Kouta Hirano. Caso o nome não signifique nada pra você, saiba que esse gordinho simpático é o criador de Hellsing, mangá violento com vampiros nazistas em dirigíveis matando pessoas por nada. Drifters vem sendo publicado no Japão numa velocidade tão lenta quanto a editora Nova Sampa lança mangás no Brasil, já que em sete anos a série teve somente cinco volumes compilados. Mas quem se importa? Nada impede que um anime bacana seja feito.

No vídeo acima é possível ter uma leve noção da porraloquice desse anime. Produzido pelo estúdio Hoods Entertainment (que só fez porcarias que não merecem ser mencionadas), Drifters possui uma história peculiar. Figuras históricas japonesas são teletransportadas para um mundo desconhecido onde deverão, basicamente, salvar esse mundo da destruição total. Mas é impossível chegar a essa conclusão assistindo somente o primeiro episódio, já que ele não diz absolutamente nada sobre a história. No próximo eles podem formar uma banda e começar a dar shows, destruindo essa parte do texto. Quem sabe?

Após sofrer ferimentos mortais durante a Batalha de Sekigahara (que ocorreu no ano de 1600), Shimazu Toyohisa se vê transportado para um corredor com diversas portas ao seu redor e um homem usando óculos sentado numa mesa. Subitamente, após ação do homem misterioso, Toyohisa é sugado para uma das portas e acaba sendo salvo e conhecendo outros dois guerreiros, Oda Nobunaga (daimyo do Período Sengoku da história japonesa que viveu entre 1534 e 1582) e a garota Nasu Yoichi Suketaka (samurai que viveu no final do Período Heian, entre 1169 e 1232). E o primeiro episódio acaba aí mas ouso prever que, juntos, essa turminha do barulho (que mal foi apresentada) entrará em várias confusões neste mundo com elfos e anões.

Remember Monstros S.A.? This is him now! Feel old yet?
Remember Monstros S.A.? This is him now! Feel old yet?

É difícil julgar Drifters somente pelo primeiro episódio, mas ao mesmo tempo o currículo do autor nos permite fazer isso. Hirano é um cara muito louco, que adora fazer loucuras loucas em situações malucas. E Drifters, numa primeira impressão, é o tipo de coisa que só um cara como ele conseguiria pensar. Ao mesmo tempo que a série parece não exigir muito do espectador, um leve conhecimento da história do Japão é importante para que algumas piadas façam sentido, visto que a obra usa tais personagens históricos como protagonistas. Porém, tirando isso, você pode simplesmente gostar de ver algumas cenas violentas, típicas das obras de Hirano, uma vez por semana.

E essa violência fica linda de se ver na ótima animação utilizada no anime. Ágeis, poluídas, meio granuladas e respeitando muito o traço do autor no mangá, as cenas são todas muito bem animadas. Além disso, o character design de Nakamori Ryouji (que trabalhou na animação Hellsing Ultimate) é perfeito e, sendo fiel à obra original, diferencia muito bem todos os personagens. Pausa rápida para admiração de violência gratuita:

VASH! SPLASH!

Outro ponto positivo do anime é sua trilha sonora, que simplesmente não dá a mínima para o contexto da época da Batalha de Sekigahara e enfia logo um rock’n roll nas cenas de luta, para alguns momentos depois utilizar uma típica música relaxante de dez horas do YouTube com o objetivo de criar um aspecto mais sério. Música essa que é quebrada rapidamente com um rap louco. No final das contas, assim como a trama, os personagens e a animação, a trilha sonora também é uma bagunça. É tudo uma bagunça. E funciona muito bem. Como ponto negativo só consigo pensar no ritmo acelerado até demais, dificultando a leitura e associação dos nomes de personagens. Alguns morrem com cinco segundos de cena, então tudo bem. Pausa rápida para admiração de violência gratuita:

VASH! VASH! PÉIM! BLOSH!

Drifters entregou um primeiro episódio muito bom. Não se levando muito a sério e prometendo situar o espectador aos poucos especialmente com relação aos mistérios (tipo quem diabos é aquele cara do corredor), a trama tem um potencial absurdo e praticamente infinito, já que existem diversas portas diferentes que, deduzo, levam para outros mundos. A ideia gera situações cômicas com um humor típico do autor, e mesmo que entregue um desenvolvimento de personagens raso como um pires, tem um potencial gigantesco para gerar uma boa diversão despretensiosa.

Resta saber se, com tão pouco material do mangá disponível até o momento, o estúdio optará pela fidelidade ou apelará para os tão odiosos fillers, que porém, podem ser bem aplicados numa ideia como a desta série. É tudo uma incógnita e uma bagunça, assim como esse anime. Mas que ele é legal, é.

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A importância da série do Flash

O Flash sempre foi um dos personagens mais queridos entre fãs da DC Comics. Seja graças a passagens memoráveis nos quadrinhos e sua importância histórica ou ao desenho animado da Liga da Justiça, o herói é o primeiro sinônimo de velocista lembrado pelo inconsciente popular. “Tal pessoa é rápida como o Flash“; “Fui e voltei rapidinho igual o Flash“. Entretanto, o Velocista Escarlate nunca recebeu a merecida atenção em adaptações live-action (apesar das tentativas, uma delas nos anos 90) até o ano de 2014, quando a série The Flash produzida pelo canal CW estreou. E com ela tudo mudou, pois os conceitos do universo de quadrinhos da DC Comics começaram a ser levados a sério de forma fiel, alcançando um novo público a partir daí.

Contém spoilers das duas primeiras temporadas de Flash.

O universo de séries da CW começou em outubro de 2012 com Arrow. O sucesso da série do Arqueiro Verde foi estrondoso, e graças a ele temos hoje diversas séries (algumas bem sucedidas, outras nem tanto) baseadas em quadrinhos, tanto da Marvel quanto da DC. Obviamente o histórico de séries de TV produzidas pela DC Comics é muito mais antigo, vindo desde os anos 50. Porém, a série do Arqueiro foi a responsável por modernizar as adaptações de quadrinhos seriadas na TV, além de verdadeiramente introduzir um universo coeso de adaptações live-action, algo semelhante ao que a Marvel vinha fazendo no cinema.

A série da DC mais recente até então era Smallville, que teve sua última temporada exibida em 2011, também no canal CW. Os atuais produtores do CWverso (como é chamado o universo das séries da emissora) apresentaram um pitch de uma produção baseada no Arqueiro Verde e receberam carta branca com uma única condição: afastar ao máximo a vindoura série do Arqueiro da fantasia que era Smallville.

Teve então o início da vida do Arqueiro Verde na TV, que ruma atualmente para sua quinta temporada, absorvendo inicialmente muita inspiração do realismo de Christopher Nolan em suas adaptações do Batman. A jornada de Oliver Queen seria a transformação de um vigilante procurado pela polícia para um herói conhecido, e com isso a personalidade clássica do Arqueiro dos quadrinhos foi perdida entre outros altos e baixos. Contudo, a segunda temporada (tida como a melhor da série) começou a introduzir elementos fantásticos dos quadrinhos como a droga da super-força Miraclo, “super” vilões e Barry Allen, o cientista forense que foi atingido por um raio e ganhou super velocidade. E com o renascimento de Barry Allen num hospital de Central City a DC Comics ganhou uma nova vida na TV, algo semelhante ao que ocorreu em 1956, quando a Era de Prata dos quadrinhos teve início graças ao novo Flash (o mesmo Barry Allen) e posteriormente, em 1959, ao novo Lanterna Verde (Hal Jordan), modernizando a DC da época.

The Flash é uma série que transpira quadrinhos. O cientista forense Barry Allen teve sua mãe assassinada por um misterioso borrão amarelo e seu pai foi julgado culpado. Vivendo com uma família adotiva, Barry cresce tentando desvendar o mistério do assassinato de sua mãe até o dia em que o Acelerador de Partículas dos Laboratórios S.T.A.R explode, gerando uma tempestade que deu poderes de diferentes formas a pessoas de diferentes tipos, entre elas o próprio Barry, atingido por um raio que gerou sua super-velocidade. A origem dos poderes de Barry foi adaptada para se encaixar à premissa da série, porém o grosso está aí.

O crescimento de Barry como um herói é explorado desde o primeiro episódio. O personagem vivido por Grant Gustin descobre novos limites para seus poderes a cada aventura, assim como nos quadrinhos as diferentes versões do Flash sempre fizeram. Tais aventuras acabam culminando em histórias envolvendo conceitos até então intocados em filmes ou séries. É importante lembrar que para algo se tornar verdadeiramente revolucionário deve abranger o maior público possível ao mesmo tempo que introduz algo novo ou simplesmente muda paradigmas. “The Flash” fez ambas as coisas, além de ter afastado o tom sombrio presente até então em Arrow e ter ideias atualmente refletidas nos quadrinhos e no cinema.

"O Flash do século 25 é o oposto de mim! Ao invés de ser um defensor da Lei... Ele é um bandido!"
“O Flash do século 25 é o oposto de mim! Ao invés de ser um defensor da Lei… Ele é um bandido!”

O público-alvo da CW sempre foi os jovens. O catálogo de séries do canal é direcionado a pessoas mais novas, e isso gera o aspecto de “novela” das produções, sempre com dramas familiares e mensagens motivacionais. Porém, o trunfo de Flash está no modo como as histórias são contadas. Sendo um verdadeiro seriado de super-herói, as motivações dos personagens são muito bem trabalhadas (principalmente na primeira temporada), contando com um elenco de apoio excelente. De forma orgânica, Flash alcançou um novo público e começou a plantar as sementes de ideias exploradas nos quadrinhos desde os anos 50, sempre com destaque para a Era de Prata, fase da qual os idealizadores do seriado extraem muita inspiração, ditando assim o tom dos episódios.

Em uma única temporada Barry lidou com vilões “pé-no-chão”, animais com poderes (como o Gorila Grodd), viagens no tempo e o grande vilão Flash Reverso, responsável pela morte da mãe do herói. Numa crescente, os 23 episódios aos poucos adicionaram elementos importantes para a trama e para o final deste arco, fazendo com o que o público novato no mundo dos quadrinhos se acostumasse com tais conceitos e os consumidores fiéis de HQs sintam-se homenageados. Você pode não gostar da forma como a série é contada ou dos padrões da CW, mas há de convir que a coragem investida pelo trio de produtores (Greg Berlanti, Andrew Kreisberg e Geoff Johns) tentando aproximar a série dos quadrinhos é louvável. Tudo isso numa mídia mais limitada como a TV.

“Flash de Dois Mundos” referenciada no segundo episódio da segunda temporada.

Com a segunda temporada os fãs presenciaram mais conceitos bem trabalhados em tela, repetindo, totalmente inéditos para o público que consome somente live-actions tanto da DC quanto da Marvel. De forma massiva a série utilizou o conceito do Multiverso existente nos quadrinhos desde os anos 50, introduzido numa história da Mulher-Maravilha onde a heroína encontrava uma versão alternativa dela mesma, e posteriormente (tida como introdução oficial pela editora) na clássica “Flash de Dois Mundos“, onde Barry Allen encontra o Flash da Era de Ouro, Jay Garrick, que o inspirou a se tornar herói. Nunca negligenciando tais ideias a série da CW bebe diretamente da fonte dos clássicos do personagem para contar suas histórias, adaptando-as a um novo público consumidor. Rapidamente algumas Terras Paralelas foram estabelecidas na TV, incluindo uma onde o Caçador de MarteSupergirl e seu primo Superman residem, enfrentando alienígenas frequentemente. Flash é capaz de fazer amizade com personagens de outras Terras e chamar a atenção de novos públicos através de um simples portal para um mundo que está vibrando em uma frequência diferente.

Connor Hawke, Flash dos anos 90 e um anel da Legião dos Super-Heróis. Todas imagens mostradas no momento em que Barry viajou para outra Terra pela primeira vez.
Connor Hawke, Flash dos anos 90 e um anel da Legião dos Super-Heróis. Todas imagens mostradas no momento em que Barry viajou para outra Terra pela primeira vez.

Além do Multiverso, fãs do Flash lidam desde sempre com a ideia do Legado de super-heróis. Barry Allen tornou-se o Flash somente graças a inspiração proporcionada por Jay Garrick. Wally West, o Kid Flash de Barry, tornou-se o Flash para honrar a morte de seu mentor durante a Crise nas Infinitas Terras. E o legado do Flash (bem como a Família Flash) sempre cresce. Tal abordagem também não é esquecida pela série da CW, onde na segunda temporada a maioria dos personagens de legado foram introduzidos. O Wally da série (baseado nos Novos 52), inclusive, é um fã do Flash e será utilizado como Kid Flash na terceira temporada. Jesse Quick foi atingida pela segunda explosão do Acelerador de Partículas e Jay Garrick é um Flash mais velho interpretado por John Wesley Shipp, o ator que deu vida ao Flash na série de TV dos anos 90. Sim, o legado é presente até na vida real.

Nas mãos de Mark Waid (maior e melhor roteirista a passar pela revista do herói, e grande fã da série de TV), o conceito da Força da Aceleração foi criado, e nas mãos de Kevin Smith a ideia foi adaptada e explorada a fundo pela primeira vez na telinha, sempre com o objetivo de ser algo didático para todos os públicos. E aos poucos as sementes são plantadas.

A Família Flash dos quadrinhos.
A Família Flash dos quadrinhos.

Porém, é importante ressaltar que a importância do seriado do Flash vai além da introdução de conceitos a novatos (algo extremamente positivo, obviamente). O sucesso gigantesco da série teve impacto até nos quadrinhos, onde muitos especulam que as mudanças recentes foram feitas para adequar o tom de ambas as mídias. Recentemente o legado foi trazido de volta com o Rebirth da DC Comics, onde o Wally West original retornou nas mãos de Geoff Johns e Barry deve treinar o segundo Wally. Com essa mudança, o cinema também foi impactado, com Johns assumindo um cargo mais alto e prometendo otimismo e esperança aos filmes da editora. Algo mais leve, similar ao que as séries de TV (Flash, Arrow, Supergirl e Legends of Tomorrow) se tornaram.

O já citado elenco de apoio também recebe atenção especial. Vilões como o Capitão Frio, Nevasca, Patinadora Dourada, Grodd, Flautista e Onda Térmica são bem trabalhados, alguns explorados até mesmo em spin-offs, e heróis também foram introduzidos aos poucos. Nuclear (com o conceito de legado explorado mais uma vez), Mulher-Gavião, Gavião Negro e Vibro foram alguns dos heróis apresentados na série de forma natural e, quase sempre, com bons atores. Por fim, o elenco de humanos razoavelmente normais, como Harrison Wells (vivido por Tom Cavanagh) ou o pai adotivo de Barry, Joe West (Jesse L. Martin) são responsáveis por alguns dos melhores momentos.

E as referências aos quadrinhos não param:

“Flash desaparece na Crise. Céu vermelho desaparece. Completa a fusão da Wayne Tech e Indústrias Queen.”

Não param:

Flash (uma miragem dele) se sacrifica para salvar o multiverso como na Crise original.

E não param:

Zoom torna-se o Flash Negro, entidade mortífera inimiga do Flash.

Com a promessa de expandir ainda mais esse universo da TV, a terceira temporada de Flash está marcada para estrear dia 04 de outubro de 2016. A ideia da vez será o paradoxo do Flashpoint, saga moderna dos quadrinhos da DC criada por Geoff Johns e responsável pelo início dos Novos 52, adaptada ao contexto da série e prometendo impacto nas séries irmãs.

Que o time responsável por The Flash é fã do universo dos quadrinhos, todos já sabemos. O que ninguém esperava, talvez nem mesmo a Warner, era o fenômeno que o Velocista Escarlate se tornaria, retornando ao posto de uma das revistas mais vendidas da editora, rendendo muito com merchandising e com novos fãs tão devotos. O Flash voltou com tudo desde 2014 graças a série, e isso inegavelmente é um Fato Flash.

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Como o Rebirth salvou o Superman

Superman. O maior herói de todos os tempos, condenado a sofrer nas mãos de roteiristas que das duas, uma: ou não entendiam o personagem ou simplesmente distorciam tudo que ele sempre representou. Desde o reboot dos Novos 52 em 2011, o Superman deixou de ser um personagem chamariz da DC. A cueca por cima da calça sumiu, e o amor dos fãs mais antigos foi junto. Personagens como a Arlequina começaram a vender mais que o azulão. Mas a nova reformulação da Editora das Lendas, o Rebirth, vem fazendo jus ao personagem, salvando o herói da exposição ao sol vermelho dos últimos cinco anos.

Voltemos à 2011. A DC Comics anuncia seu reboot, com origens dos heróis recontadas (quase todas, pelo menos), artistas assumindo o cargo de roteiristas, velhos nomes voltando (e outros simplesmente largando de vez a editora), entre outras mudanças radicais. Um grande nome recebe a missão de recontar a origem do Superman neste universo mais jovem e com mais “atitude”: Grant Morrison.

Morrison, se encaixando à premissa de um universo de heróis jovens e sem quaisquer experiência, decide aproximar o Superman de suas origens da década de 30, quando Jerry Siegel e Joe Shuster o idealizaram. A revista Action Comics #1 de 1938 foi onde o herói surgiu. E em 2011, também na Action Comics #1 (que teve sua numeração zerada no reboot), Morrison deu início à sua fase que durou cerca de vinte edições. A origem do personagem foi recontada, e nestas revistas podemos captar diversas referências ao Superman inicial dos anos 30, um pouco mais violento e menos “símbolo de esperança“. Esse Superman jovem e mais violento, usando calça jeans e camiseta, posteriormente se tornou o herói com roupa azul sem a clássica cueca por cima da calça (que perdura até os dias de hoje). Mas a atitude menos racional e mais muscular continuou, se expandindo às outras revistas como a Liga da Justiça, Batman/Superman e a própria Superman, que inicialmente era escrita pelo grande George Pérez. Pérez inclusive largou a DC Comics de vez graças à péssima experiência no reboot, perdido no meio da bagunça.

Apesar da boa fase de Morrison no título (que do meio para o fim começou a envolver loucuras como Mxyzptlk e duendes de outras dimensões), pouquíssimas vezes o personagem agia como o que todos os leitores estavam acostumados. O conceito de reset foi literal no herói, enquanto Batman e Lanterna Verde mantiveram suas cronologias. Após essa fase, roteiristas como Greg Pak, Geoff Johns e Scott Lobdell assumiram o personagem, e mesmo com alguns bons momentos (especialmente na curta passagem do Johns), ele não evoluiu em momento algum, e tais fases serviam mais como histórias para cumprir tabela do que boas aventuras propriamente ditas. Em diversos momentos, a DC simplesmente parecia estar perdida: tirou os poderes do herói, revelou sua identidade, fez com que ele ganhasse novos poderes, criou novas revistas (razoavelmente bem sucedidas em vendas, como Superman Sem Limites, que apesar da história fraca contava com nomes top sellers na equipe criativa), etc. E nada parecia atrair a atenção dos leitores. Neste momento estamos prestes a entrar no Rebirth.

Convergência foi publicada. A saga que unia todos os universos alternativos da DC (pré-Crise, pré-Flashpoint, Entre a Foice e o Martelo e uma infinidade de outras realidades) em batalhas por suas sobrevivências serviu cronologicamente para trazer de volta um personagem querido dos fãs: o Superman. O mesmo que teve sua origem recontada por John Byrne na década de 80 logo após a Crise nas Infinitas Terras. O mesmo que se sacrificou enquanto lutava com Apocalypse para salvar a humanidade, e voltou dos mortos algum tempo depois. O personagem que teve sua origem reformulada por Mark Waid. O herói casado com Lois Lane (sem romance com a Mulher-Maravilha, como nos Novos 52), e mais: um pai. Esta Lois Lane pré-Flashpoint (a saga que deu origem aos Novos 52) tem um filho no final da Convergência, e então o Superman e sua esposa ganharam uma revista própria escrita por Dan Jurgens (roteirista do Superman dos anos 90, responsável pelo épico de ação que foi a morte do herói), aclamada pela crítica e fãs, chamada Lois & Clark. O casal está focado em criar seu filho, Jon, e isto foi o pontapé inicial que culminou no Rebirth.

O Superman clássico e querido pelos fãs havia voltado. Mas o Superman jovem dos Novos 52 ainda estava vivo. O que fazer? Simples: matar o dos Novos 52 e ao mesmo tempo criar um legado para este personagem, marca registrada da DC Comics. Com sua morte, o Superman mais velho (que até então agia nas sombras, evitando atrair holofotes) assume seu posto com o objetivo de honrar o símbolo da casa de El ostentado por ambos, e novos heróis surgem, como o Lex ‘Superman’ Luthor e a Superwoman. Grandes nomes como Peter J. Tomasi Patrick Gleason (dupla responsável pela excelente revista Batman & Robin) assumem a revista do Superman. Dan Jurgens fica com Action Comics, com a numeração antiga voltando a partir da edição #957. Isto é uma mensagem clara aos fãs: a esperança e o otimismo proclamados por Geoff Johns na edição especial DC Universe Rebirth também retornaram para o maior herói de todos os tempos. É o mesmo que todos amávamos antes dos Novos 52, aquele que se importa com todas e quaisquer vidas.

Não bastasse este resgate, as referências à história do personagem não param. Ao mesmo tempo, em Action Comics Dan Jurgens traz de volta toda a angústia da Morte do Superman ao fazer o Apocalypse retornar ameaçando a vida de todos, e mostrando o lado heroico de Lex Luthor, inspirado pelo sacrifício do jovem Kal-El, enquanto em Superman, Tomasi e Gleason trazem o Erradicador (personagem do Retorno do Superman) como o principal vilão, botando em risco a vida de Jon Kent, o super-filho, desenvolvendo ainda mais a relação familiar dos dois, algo similar ao excelente trabalho feito pela mesma dupla criativa na revista Batman & Robin, quando Damian e Bruce se aproximaram verdadeiramente como pai e filho.

Derivados como Superwoman guardam ideias que pegaram todos os leitores de surpresa, algo difícil de ser feito nos dias de hoje. Ao mesmo tempo em que a revista da heroína possui ligação com o “Super-universo”, Phil Jimenez também a utiliza para aparar pontas soltas deixadas pela Convergência, entregando brilhantemente uma história que soa como uma homenagem ao passado de Lois Lane e ao mesmo tempo honrando o mito do Superman. Na China, surge o New Super-Man de Gene Luen Yang. A Supergirl clássica está de volta pelas mãos de Steve Orlando. A Liga da Justiça de Bryan Hitch conta com a presença do Superman em tempo integral. E o universo do “Super” está mais próspero do que nunca, algo que não aconteceu nos últimos cinco anos. E os números do mês passado comprovam que o interesse dos leitores pelo personagem aparentemente foi retomado:

Com as edições #2 e #3 o herói continua firme no Top 20 de revistas mais vendidas dos EUA. Em dado momento dos Novos 52, o Superman chegou ao lamentável posto de revista número 310 nas vendas. O Superman Chinês aparece no Top 10, aparentemente tendo atraído a atenção dos leitores. E ainda não temos os números das vendas de revistas como Superwoman e Supergirl, que devem ser divulgados em breve.

Se números não são sinônimo de qualidade (e realmente não são), existe uma alternativa simples: perguntar a qualquer fã do Superman ou ler as diversas críticas em sites de quadrinhos. Superman e Action Comics, respectivamente, são duas das revistas mais elogiadas da reformulação da DC (ao lado do Batman de Tom King, da Mulher-Maravilha do Greg Rucka e do Arqueiro Verde de Benjamin Percy). E acredite: isso também é algo que não acontecia há um bom tempo.

A promessa aparente da DC para com o universo do Superman continua promissora, já que outras séries devem surgir em breve, como Super Sons, focada em Jon (já como Superboy) e Damian, tendo assim mais uma revista relacionada ao kryptoniano. Dan Jurgens, Peter Tomasi e Patrick Gleason seguem insanamente suas histórias, com ganchos promissores, cenas memoráveis e arcos de estreia muito interessantes. O sol amarelo voltou a brilhar e o Superman recobrou seus poderes, agora capaz de alçar vôos inalcançáveis até então. E a esperança dos fãs é de que a editora não jogue mais Kryptonita no personagem num futuro próximo, tornando-o incapaz novamente. O maior herói de todos merece ter o seu melhor oferecido a todos os leitores podendo voltar a inspirar novas gerações, mostrando o verdadeiro significado de ser um símbolo de esperança.

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A turnê da Canário Negro chegou no Brasil

Com a iniciativa DC & Você seguindo a todo vapor em terras brasileiras, a Panini Comics lançou o sexto encadernado da nova fase da Editora das Lendas, sendo este o primeiro inteiramente protagonizado por personagens femininas. “Canário Negro: O Som e A Fúria” conta a história de uma nova fase na vida da heroína, enquanto deve lidar com sua rotina de vocalista e enfrentar inimigos ao mesmo tempo.

Criando um spin-off derivado das páginas de Batgirl, o roteirista Brenden Fletcher recebeu uma importante missão: revitalizar uma das heroínas mais famosas da DC Comics. A Canário Negro sempre foi uma das personagens mais queridas pelos fãs, tida como a segunda mulher mais importante da Liga da Justiça, atrás somente da Mulher-Maravilha. E assim como o competente escritor modernizou a Garota Morcego, a história se repete nas páginas do gibi de Dinah Lance.

Dinah assumiu o posto de vocalista na recentemente rebatizada banda Canário Negro, e a partir daí, começou a causar furor no mundo da música. Usando o apelido DD, a personagem acaba notando que, por algum motivo misterioso, todos os shows de seu grupo (composto por Lorde Byron, Ditto e Incrível Paloma) acabam atraindo algum tipo de confusão, sempre terminando em violência e tudo sendo destruído. A partir daí, a história explora não somente a vida da banda, como também o passado de Dinah e os inimigos que ela acaba enfrentando.

Assim como o Bizarro de Gustavo Duarte foi uma modernização de um personagem conhecido, a revista da Canário Negro introduz novos elementos que funcionam muito bem. O roteiro, acompanhado das belíssimas artes de Annie Wu e Pia Guerra, sempre tenta focar no dia-a-dia da banda encrenqueira, acompanhando seus shows, backstages e até mesmo os elementos do passado do grupo, já que Dinah não foi a vocalista fundadora.

Compilando as edições #1 a #7, o encadernado possui um arco fechado que funciona muito bem. Aos poucos uma trama maior vai sendo costurada, e a história não falha ao tentar explorar um pouco mais do passado da protagonista. Por ser uma revista de super-heróis, todas as edições obviamente acabam descambando para momentos de porradaria, mas isso acaba sendo uma tendência de mercado para agradar todos os públicos. Afinal, seria inviável contar uma história somente da vida de artista de uma mulher que possui um grito fatal.

Mas já que é necessário termos momentos de ação, também é importante citar seus méritos. As cenas de luta são muito bem ilustradas, algumas misturando elementos musicais (como ondas sonoras, instrumentos e partituras), outras simplesmente de porrada bruta. E nisso entram os vilões, com motivações um pouco clichés, mas que funcionam dentro da proposta da revista. No final do arco, o grande vilão é bem mais interessante. Algo que beira o lado Grant Morrison da vida.

É importante lembrar que, pela história ser parte do novo universo da DC, elementos da antiga cronologia não fazem parte do passado da personagem. Porém, mesmo para os mais saudosistas, as novas personagens utilizadas são boas a ponto de segurar a história contada, já que todas possuem personalidades interessantes e bem construídas (especialmente Lorde Byron e Ditto, a garotinha).

No fim das contas, O Som e A Fúria é uma aventura despretensiosa, nova e ao mesmo tempo muito interessante graças a sua proposta, que é muito bem trabalhada – apesar de alguns clichés básicos – e se encerra de maneira inesperada (no bom sentido da palavra). Por ser um arco fechado, talvez o aproveitamento seja ainda melhor do que em outros encadernados publicados recentemente (como Arqueiro Verde: Pássaros da Noite, que deixou um arco pela metade). Porém, ainda existem pontas que estão soltas e devem ser exploradas num segundo volume.

Canário Negro: O Som e A Fúria é um encadernado em capa cartão contendo 164 páginas em Papel LWC e distribuição nacional ao preço de R$ 22,90.

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Panini anuncia Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? e Yo-Kai Watch

Durante sua palestra no Anime Friends 2016, a Panini Mangás anunciou três novidades que irão compor seu catálogo, sendo elas: Dr. Slump de Akira Toriyama, Sakamoto Desu Ga? de Nami Sano e Yo-Kai Watch, baseado na franquia de jogos. Confira abaixo todas as informações!

Dr. Slump está de volta ao Brasil. Compondo o catálogo da Panini que já continha Dragon Ball e Ginga Patrol Jako, ambas obras de Akira Toriyama, Dr. Slump é um mangá completo em 18 volumes publicado antes de Dragon Ball, durante 1980 e 1984. O mangá foi o responsável por alçar a fama de Toriyama, e alguns personagens já até mesmo apareceram em Dragon Ball. Dr. Slump foi publicado anteriormente no Brasil pela editora Conrad. A editora Panini disse que ainda não há previsão de data de lançamento, preço ou formato do mangá.

Capa original japonesa do primeiro volume.
Capa original japonesa do primeiro volume.

Dr. Slump se passa na Vila Pinguim, um lugar onde os seres humanos vivem com todos os tipos de animais e outros objetos. Nesta vila, vive Sembe Norimaki, um inventor. Seu apelido é “Dr. Slump”. Ele constrói o que ele espera ser a primeira robô do mundo, a que ele deu nome de Arale Norimaki Sembe. Por ser um inventor muito desastrado, cria uma robô míope, e ela logo acaba precisando usar óculos. Arale é também muito ingênua. Ao contrário dos humanos, ela possui super-força. Em geral, o mangá centra-se em confusões entre Arale, a humanidade e as invenções do Dr. Sembe.

Outro anúncio da editora foi o mangá Sakamoto Desu Ga?, de Nami Sano. Adaptado para anime na última temporada japonesa, Sakamoto é um slice of life de comédia completo em 4 volumes. A história é centrada no incrível e popular garoto chamado Sakamoto, estudante do primeiro ano do ensino médio, adorado por garotas e invejado pelos garotos, que são todos ofuscados graças a magnitude de Sakamoto. Não importa quais problemas ele enfrente, Sakamoto consegue resolver tudo, e embora pareça frio e distante, consegue ajudar todos que precisam.

Capa original japonesa do primeiro (de quatro) volume.
Capa original japonesa do primeiro volume. A obra é completa em apenas quatro volumes.

Assim como Dr. Slump, Sakamoto Desu Ga? não possui maiores informações como preço, formato e data de lançamento.

Por fim, o mangá de Yo-Kai Watch também será trazido ao Brasil pela Panini. Yo-Kai Watch é uma franquia de jogos de RPG eletrônicos que segue a história de um garoto chamado Keita Amano. Um dia, quando estava procurando por insetos no bosque de Sakura New Town, o garoto se depara com uma peculiar máquina de cápsula ao lado de uma árvore sagrada. Quando ele abre uma das cápsulas, aparece um Yo-Kai chamado Whisper, que dá a Keita um dispositivo conhecido como Yo-Kai Watch. Utilizando isto, Keita é capaz de identificar e ver diferentes tipos de Yo-Kai que estão assombrando as pessoas e causando prejuízos. Acompanhados pelo gato Yo-Kai Jibanyan, Keita e Whisper começam a fazer amigos com todos os tipos de monstrinhos, os que ele poderá convocar para lutar contra os Yo-Kai mal-intencionados que habitam a sua cidade, assombrando os moradores e causando problemas terríveis.

Capa do primeiro volume japonês.
Capa do primeiro volume japonês.

O mangá é desenhado por Noriyuki Konishi e produzido pela Level-5, empresa responsável pela franquia de jogos. Atualmente, encontra-se em andamento no Japão com 8 volumes publicados, e também não foram divulgadas maiores informações sobre a edição brasileira.

Para maiores informações acompanhe as redes sociais da Panini Mangás.

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Cultura Japonesa Mangá

Clube do Suicídio é o novo anúncio da NewPOP

Hoje, dia 16/07, ocorreu a palestra da editora NewPOP no Anime Friends 2016, onde diversas informações acerca de seu catálogo foram divulgadas. Entre elas, um anúncio: Clube do Suicídio, ou Jisatsu Circle (Suicide Club), chegará ao Brasil trazido pela editora!

Suicide Club é um mangá publicado no Japão em 2002. Baseado no filme homônimo lançado em 2001 (no Brasil chamado de O Pacto), Suicide Club possui apenas um volume, e conta a história do suicídio coletivo de 54 garotas, todas estudantes de um mesmo colégio. Elas se atiram na frente do metrô, causando enorme comoção pública. Com apenas uma sobrevivente, começa uma investigação acerca do misterioso acontecimento e quais mistérios cercam a garota que sobreviveu a isto.

Capa original japonesa.
Capa original japonesa.

Dos gêneros horror, drama psicológico e mistério, Suicide Club ainda não possui uma data de lançamento marcada, bem como acabamento e preço. A editora comentou que, durante o próximo semestre, a meta é normalizar as publicações que estão atrasadas.

No Brasil, mangás de horror ainda não são parte integral do catálogo das editoras, tendo somente obras lançadas esporadicamente.

Visite o site da editora para acompanhar as novidades clicando aqui.