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Anime Friends 2016 | Estivemos lá

“E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?”

– Carlos Drummond de Andrade, 1942

E então, o Anime Friends 2016 passou voando baixo, ligeiro, sem ser notado. Pousou no Campo de Marte, discreto. Descarregou suas maletas, suas muambas e tudo mais. Encontrou alguns velhos conhecidos, e também fez novas amizades. Se despediu de todos, com um aceno discreto…

Se você acompanha a Torre nas Redes Sociais, especialmente no Instagram ou no Facebook, deve ter ficado sabendo que estivemos lá, fazendo a cobertura do evento para vocês. E o que nos resta agora, é apenas um sabor amargo na boca. Amargo em qual sentido, você me pergunta? Em todos eles.

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https://www.instagram.com/p/BHnGqiEgktO/

Esse é, sem dúvida, o maior evento de cultura oriental do Brasil. Um título conquistado ao longo dos anos, na base de esforço, suor, lágrimas e muita mercadoria de origem duvidosa. Não é uma tarefa fácil, conseguir encher um lugar como o Campo de Marte. Ainda mais quando a maioria esmagadora das pessoas ali, são indivíduos que raramente saem de casa. São méritos positivos do evento, de ter conquistado um nome pra si. E maior ainda, de ter alcançado um público tão grande num ano de crise.

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https://www.instagram.com/p/BHpkwh4giFs/

A edição deste ano contou com diversos nomes da indústria musical japonesa. Foram diversos shows distribuídos ao longo dos dois finais de semana. Além disso, diversos estandes de figures e mangás, como de praxe, marcaram presença no evento. As editoras brasileiras de mangás realizaram suas palestras costumeiras (confira os anúncios da Panini clicando aqui e da NewPOP clicando aqui. A palestra da JBC foi coberta através no Twitter da Torre), lançamentos foram… lançados?, e diversas fotos foram publicadas. Todos buscando Fullmetal Alchemist, Log Horizon e vários outros. É um evento tradicional, onde costumes são respeitados todo ano. Inclusive otakus completando suas coleções pra lá e pra cá.

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https://www.instagram.com/p/BHnMbW7g1Nw/

O citado gosto amargo fica após o fim pois é sempre bom encontrar pessoas com os mesmos hobbies que você. Ter um lugar onde você possa ir e saber que lá, haverão colegas com quem você pode conversar abertamente, se divertir ao falar mal da waifu alheia, e essas coisas. A parte amarga é lembrar que esse lugar só existe por alguns dias, e que depois disso, é preciso voltar aos mais profundos abismos da internet.

Cosplayers, parceiros e otakus de todo o Brasil tornaram um evento já impregnado no subconsciente popular, mais uma vez, um aparente sucesso. E a vontade que fica é de que em 2017 tudo seja ainda melhor!

Por Vini Leonardi

Cavaquinho na roda de pagode da Torre. Químico de formação, blogueirinho por diversão e piadista de vocação. "Acredito que animês são a mídia perfeita para a comédia, e qualquer tentativa de fazer um show sério é um sacrilégio", respondeu ao ser questionado sobre o motivo de nunca ter visto Evangelion.