Tela Quente

Depois de Logan, o que esperar?

Escrito por Thiago Pinto

Sim. Essa é uma pergunta que venho me fazendo desde a exibição de Logan. Um filme belo, conduzido magistralmente por James Mangold que conseguiu captar emoção e respeitar toda a história do Wolverine em um único filme. O resultado, muitos de vocês já presenciaram: uma obra prima, que destoa de quase todos do gênero.

Neste ano, filmes baseados em quadrinhos e heróis predominam em vários meses. A Marvel Studios fez sua primeira estreia do ano com Guardiões da Galáxia Vol. 2. A Warner Bros/DC Comics chega em junho com o aguardado e dito como a “esperança do UCDC”, Mulher Maravilha, além de vários outros. 2017 promete ser uma grande fonte de entretenimento para todos os fãs. Só que Logan já passou, estreou em março e saiu de exibição em vários cinemas. (Aliás, o blu-ray com a versão em preto e branco chega em junho). Logan foi o produto de anos e anos de aventuras heroicas e filmes de variados estúdios, resultando nas múltiplas mensagens e pensamentos que ele nos deixou. Posso estar sendo imprudente, mas isso redefiniu o gênero e encerrou uma era.

Não estou querendo dizer que Mulher Maravilha, Liga da Justiça ou Homem-Aranha devem ser melhores do que Logan e nem ultrapassá-lo qualitativamente.  A questão é: O que eu vou levar para casa?

Fui uma criança que sempre brinquei com os meus bonecos do Homem de Ferro ou do Superman. Ia ao cinema várias vezes ao ano, principalmente nos filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi e do Batman de Christopher Nolan. Aquilo me despertava uma emoção que foi evoluindo e amadurecendo junto comigo. A geração (a minha) foi envelhecendo e querendo aventuras com mais seriedade e um leve toque dramático. É normal a necessidade disso, mas ao mesmo tempo, precisamos entender que os filmes de super- heróis não amadurecem como nós. Eles continuam tendo a famosa função de transmitir uma mensagem heroica através de uma batalha entre herói(s) e vilão. Depois de Logan, não é isso que eu quero mais; sair do cinema, assistir três vídeos: “Análise”, “Veredito”, “Crítica” e nunca pensar sobre novamente.

Essas linhas de produção precisam permanecer fazendo o que fazem. Filmes com aquela mensagem infantil e esperançosa. Porém, é realmente necessário parar no tempo? Vamos lá… não é uma discussão de querer se adaptar a um público mais velho (algo que não precisa acontecer), mas tentar fazer filmes que saiam do padrão e surpreendam de alguma forma, ainda mais com a concorrência e a exigência existentes no cinema atual.

A redefinição do gênero, que para alguns com a mesma opinião que a minha, ocorreu em março desse ano, é a prova mais que concreta que está na hora de haver mudanças, pois os longas de heróis vão cair no limbo e na repetição facilmente. Criar e inventar coisas novas. Novos personagens e conceitos que irão despertar a emoção novamente, tanto para mim quanto para os mais novos, e no final de cada filme, seja da Fox, da Marvel Studios, da Sony ou da DC, eu tenha a resposta para a minha pergunta: O que esse filme me deixou?

Comentários
Compartilhar

Sobre o Autor

Thiago Pinto

‘’E quando acabar de ler a matéria, terá minha permissão para sair’’

-Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)