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Crítica | Rogue One: Uma História Star Wars

Escrito por Thiago Pinto

Sair do cinema depois da exibição de Rogue One: Uma História Star Wars não é uma tarefa fácil. Muito além de um fan-service, Rogue apresenta uma história única e inédita na saga galáctica, ultrapassando qualquer expectativa e se tornando um dos melhores filmes de Star Wars.

Rogue One destoa bastante dos outros filmes. Apesar de todos sabermos o que acontece, a brincadeira do ‘’spoiler de 40 anos’’, ainda assim conseguimos ficar excitados e ansiosos pelo o que está por vir. Logo no começo, apresentando a relação da protagonista Jyn Erso (Felicity Jones) com seu pai Galen Erso (Mads Mikkelsen), Rogue prometia ser grandioso.

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Grandioso é o adjetivo que cada personagem merece. Começando pela a dupla Cassian Andor (Diego Luna) e K-2SO (Alan Tudyk), Andor é um dos principais da equipe Rogue One junto de seu andróide K-2SO, que serve como o alívio cômico principal e é tão carismático quanto o famoso C-3PO. Jyn Erso representa a protagonista  feminina forte com bons momentos de ação e persistência para alcançar seus objetivos, além de ter que lidar o tempo todo com as consequências de suas escolhas. Andor, K-2SO e Erso são a trindade do longa, ambos funcionam juntos e têm uma química explorada da melhor maneira.

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Porém, há coadjuvantes que conseguem ultrapassar qualitativamente seus protagonistas. Estes são Chirrut Imwe (Donnie Yen) e Baze Malbus (Jiang Wen). Imwe é o religioso, crente do poder que a força tem sobre o mundo. Seu parceiro Malbus faz a parte cética, onde não acredita nas “baboseiras” da força. Notável a semelhança de sua descrença com a de Han Solo, mas esta consegue ser tão fundamentada quanto. Imwe e Malbus protagonizam as melhores cenas de ação e algumas de diálogo, deixando suas marcas registradas.

Bodhi Rook (Riz Ahmed) é o desertor do império e anseia por reconhecimento da rebelião. Rook teve que entregar uma mensagem para Saw Guerrera, interpretado pelo fantástico Forest Withaker, um dos extremistas rebeldes. Star Wars sempre colocou em pauta a questão: política x religião (força). O personagem de Withaker abrange essa pauta quando é citado como um “extremista”, demonstrando a situação desagradável e instável da galáxia, e o que a rebelião pode causar nas pessoas.

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Sempre presente na franquia, o antagonismo está fragmentado dessa vez. Apesar de o General Krennic (Ben Mendelsohn) ser o que mais (obviamente) aparece no filme, este fica completamente embaixo da sombra de Darth Vader. O milorde do lado negro está de volta! É algo para comemorar e a narrativa nos brinda com momentos icônicos e muito mais surpreendentes do que nós vimos nos trailers. Rogue One honra Darth Vader.

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Rogue One quer deixar registrado que não é um EPISÓDIO. Suas tentativas foram um sucesso. O diretor Gareth Edwards foi corajoso em apresentar um trabalho totalmente novo nas telas. A trilha da força, dos Jedi’s e do Lado Negro está remixada, mas continua mexendo com os nossos corações. O cenário também está incrível. Se você é apaixonado pelo episódio IV, não há como você se decepcionar. Cada alienígena, espécie, torre ou casa homenageiam e retomam o ambiente do episódio IV, principalmente.

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Provado no episódio VII, elogiado pelos fãs e pela crítica, a evolução na computação gráfica ajudou muito a Star Wars. Não só pelas explosões ou naves gigantescas, mas sim pela dinâmica presente. Ver a câmera acompanhando freneticamente as X-Wings passando pela tela, atirando para todos os lados. Isso pode ser uma bomba, mas Rogue One tem as batalhas mais épicas da franquia. Destróier’s caindo, X-Wings e T-Fighters batalhando entre si, batalhas no solo entre rebeldes e Troopers recebem um tratamento muito mais especial. É algo que dá brilho nos olhos e coceira na mão de tanto querer aplaudir e gritar dentro do cinema.

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Nostálgico nem chega perto de ser a palavra que descreva Rogue One. Roteiro inédito, totalmente independente. Orquestrado com personagens excelentes, juntos de uma trilha sonora e um ambiente remodelados, dão vida própria à Rogue One. Nunca ouvimos falar da missão que roubou os planos da Estrela da Morte na franquia. Talvez nunca ouviremos. Mas ela será lembrada por nós. Dentro dos nosso corações na gavetinha escrita: “Star Wars <3”.

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Sobre o Autor

Thiago Pinto

‘’E quando acabar de ler a matéria, terá minha permissão para sair’’

-Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)